A execução é usada pelos inimigos da intervenção
Francisco Bendl
Percebo nitidamente uma orquestração contra a intervenção na segurança do Rio maior do que eu imaginava. A ponto de já ter feito uma vítima que a mídia e a esquerda já rotularam de mártir! As demais pessoas que morreram do mesmo jeito, assassinadas, faziam parte do roteiro, digamos assim, então o descaso e a negligência criminosa das ditas autoridades.
Não esperavam que uma vereadora do PSOL, mulher, jovem, negra, pudesse ser o alvo de bandidos, ainda mais que era defensora dos Direitos Humanos, e de quem escolhera apoiar, naturalmente, menos daqueles que elegeu como causadores da pobreza e miséria, pois estes poderiam ser mortos que a vereadora não se importaria!
BUSCA DE PODER – Agora, o debate que está sendo feito em torno desse assassinato tem sido producente, haja vista eviscerar o conflito entre esquerda e direita, cujo objetivo de ambas as tendências e conforme escrevi ontem é o mesmo, o poder. Lá no Planalto, então, os planos para roubar o dinheiro público e explorar o povo.
Mas, esta morte violenta e injustificável evidenciou, com muita clareza, que a demagogia continua a mesma, firme, poderosa, enganadora, e que ainda leva multidões a se solidarizarem com episódios que deveriam encarar como normal, pelo fato de se comportarem com desdém diante da sequência de vidas ceifadas diariamente, e de amigos, conhecidos e até parentes!
Foi visível o teatro que a multidão prestou homenagem à vereadora e protestou contra Temer e a violência porque reuniu as pessoas, elas conversaram, se indignaram, se revoltaram e… segue o barco.
OUTRAS VÍTIMAS – Observou-se que as demais vítimas que tombaram da mesma forma sequer foram lembradas; não houve comoção popular; os partidos de esquerda ainda criticavam duramente a intervenção; os bandidos eram injustiçados em face da truculência policial.
O próprio povo que compareceu à Câmara, no Rio, explicitamente alardeou para quem quisesse ver e ouvir que não vale nada, que pode ter a sua vida dizimada porque faz parte de um contexto que o deixa resignado por entender que “Deus quis assim”! Menos a vida de uma pessoas atuante na política, que estava trabalhando em prol dos necessitados, pois o povo espera permanente e irritantemente por alguém que faça o que é preciso em benefício da comunidade.
ENDEUSAMENTO – A omissão e a passividade da população consigo mesma levam a comportamentos desta ordem, de endeusar pessoas que faziam algo, mesmo que sem resultados práticos, mas que se importavam com os necessitados, porque estes não movem uma palha em prol de si mesmos.
Enfim, tomara que os debates de hoje sejam nos moldes dos de ontem, produtivos, respeitosos, mesmo com uma farpa aqui e acolá, mas dentro dos princípios da civilidade.
Trata-se de um assunto por demais importante, além do crime, que necessita ser revolvido, discutido, e se entender as razões pelas quais o povo ficou nesta dependência absoluta, e a violência alcançou este patamar praticamente insolúvel!