quinta-feira, 2 de julho de 2020

Adolescente é morto a tiros no Bairro Vila Alpina em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata   - 02/07/2020 09h54 

Um adolescente, de 17 anos, foi morto à tiros na madrugada desta quinta-feira (2), no Bairro Vila Alpina em Juiz de Fora.

A vítima já estava caída ao solo quando a Polícia Militar (PM) chegou ao endereço da ocorrência, na Rua Eurico Viana, por volta de 1h35.

O óbito do adolescente foi confirmado no local do crime por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A perícia técnica constatou uma perfuração por arma de fogo próximo à uma das orelhas da vítima.

Também no local, a PM recolheu 40 pedras de crack que estavam embaixo do corpo da vítima. De acordo com informações da PM, o adolescente era conhecido no meio policial por ter envolvimento com o tráfico de drogas.

O corpo foi recolhido pela funerária acionada. Segundo a PM, não haviam testemunhas e, até a última atualização desta reportagem, não há informações sobre a autoria do crime.

O G1 entrou em contato com a Polícia Civil, que afirmou que o caso será encaminhado para a Delegacia Especializada de Homicídios, onde será investigado.

02/07 - Dia do Bombeiro / Dia do Hospital / Dia da Independência da Bahia/Santo Estevão / #Nostradamus/# Itamar Franco e saiba +

http://www.bombeiros.mg.gov.br/ 
Dia do Bombeiro - Dia dedicado ao Bombeiro.
Ficheiro:Brasão CBMRJ mini.PNG
1856 - Criação do primeiro Corpo de Bombeiros brasileiro, o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, vindo a se transformar futuramente no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do RJ
Dia do Hospital - Dia dedicado ao Hospital.
Dia da Independência da BahiaData da Consolidação da Independência do Brasil na Bahia (feriado estadual baiano e data histórica brasileira)
Portugal - Feriado Municipal em Almeida e Funchal.

1927 - Uma mulher escala pela primeira vez o monte Kilimanjaro.
1928 - Um decreto concede o voto sem restrições às mulheres no Reino Unido.
1940 - Instituída a lei que regulamentou o salário mínimo no Brasil
1967 - Incêndio destruiu as instalações da TV Record, em São Paulo.
1990 - A cantora Madonna é impedida de se apresentar em Roma. A Igreja Católica considerou inadequado o uso de símbolos religiosos como o crucifixo.
2005 - Primeiro dia do Live 8, em que participaram mais de 1000 músicos, para pressionar o G8 a perdoar a dívida externa dos países mais pobres.

Nascimentos
1914 - Mário Schenberg, físico e crítico de arte brasileiro (m. 1990).
1916 - Zélia Gattai, escritora brasileira (m. 2008)
1975 - Danni Carlos, atriz e cantora brasileira.
1995Felipe Araújo, cantor brasileiro.

Falecimentos
1566 - Nostradamus, astrólogo e matemático francês.
2008Aroldo Melodia, compositor e cantor brasileiro (n. 1930).
2011 - Itamar Franco, ex-presidente e senador brasileiro (n. 1930).
http://pt.wikipedia.org/wiki/2_de_julho

quarta-feira, 1 de julho de 2020

TJMG determina que Tetê Festas e Castelo da Borracha indenizem atingidos por incêndio em Juiz de Fora

Por Fellype Alberto, G1 Zona da Mata
01/07/2020 16h57 
Incêndio na Tetê Festas e Castelo da Borracha em outubro de 2011 em Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Integração

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que a Tetê Festas e o Castelo da Borracha indenizem os moradores atingidos durante o incêndio ocorrido em outubro de 2011 em Juiz de Fora. O julgamento foi realizado e a decisão publicada nesta terça-feira (30).

Ao G1, a defesa da Tetê Festas informou que vai recorrer da decisão. A reportagem entrou em contato com a defesa do Castelo da Borracha, mas até a última atualização da matéria não obteve retorno.

A decisão do TJMG reformou a proferida em primeira instância e apontou que cada um dos 35 processantes receba uma indenização de R$ 15 mil morais, com correção monetária e juros de 1% ao mês desde a ocorrência do incêndio, há quase nove anos.

Além disso, a condenação também ocorreu por danos materiais aos moradores, de acordo com os prejuízos sofridos por cada um.

De acordo com a relatora do processo, desembargadora Evangelina Castilho Duarte, os processantes “se viram privados de usufruir de vários bens e ainda sofreram consequências sérias relacionadas ao incêndio em seus imóveis residenciais, não apenas materiais como psicológicas”.

O TJMG afirmou no processo que os estabelecimentos “possuíam em seus estoques materiais com alto índice de inflamabilidade, tais como plásticos, papéis, fogos de artifício, no caso da primeira, e mangueiras, solventes e materiais derivados de petróleo”.

Na decisão publicada também consta que, de acordo com o laudo técnico da Polícia Civil, o Castelo da Borracha “possuía em seu estoque material encostado nas paredes do prédio, o que não é permitido, obstruindo a área de ventilação entre os materiais estocados”.

Além disso, segundo o acórdão, o mesmo laudo técnico da Polícia Civil apontou para “a inexistência de AVCB - Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros, e do PSCIP - Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico”.

Diante destas informações, O TJMG decidiu pela responsabilização civil da Tetê Festas e do Castelo da Borracha e que as empresas devem, portanto, indenizar os moradores pelos prejuízos sofridos em decorrência do incêndio.

Relembre o caso
O incêndio aconteceu na tarde do dia 24 de outubro de 2011, em uma das áreas de maior movimento da região central da cidade.

A suspeita é de que o incêndio tenha começado na Tetê Festas - uma loja de artigos para festas infantis. Por causa do material armazenado pelo estabelecimento, as chamas se espalharam rapidamente, atingindo o Castelo da Borracha e outros três imóveis. Não houve vítimas.

Na época, o Corpo de Bombeiros informou que mais de 50 homens trabalharam no combate às chamas durante toda a madrugada. A PM também informou na ocasião que a região foi isolada, a energia, cortada, e o trânsito desviado.

A estrutura dos imóveis ficou comprometida e, pelo menos, duas construções foram demolidas por causa do incêndio.

Integrante de quadrilha que cultiva e vende maconha em Lavras é preso pela Polícia Civil

Por Da Redação , 01/07/2020 às 20:23
   atualizado em: 01/07/2020 às 20:26

Foto: Divulgação / Polícia Civil
RESUMO
. Integrante de quadrilha que cultiva e vende maconha em Lavras é preso pela Polícia Civil
.Grupo ainda produzia óleo a partir da cannabis e comercializava para enfermos desesperados
. Polícia Civil já prendeu outros três suspeitos de integrar o mesmo grupo criminoso


Um homem foi preso nesta quarta-feira (1º) por suspeita de integrar uma quadrilha que cultivava e comercializava maconha em Lavras, no Sul de Minas. Com ele, a polícia encontrou uma grande quantidade de droga, celulares e dinheiro em espécie. 

A investigação que apura o modus operandi da quadrilha teve início em março deste ano, quando foi realizada a primeira prisão em flagrante de um dos integrantes do grupo. 

Na residência dele, foi encontrada grande quantidade de plantas grandes já produzindo, além mudas, sementes, insumos para o cultivo e maconha pronta para o comércio. 

Apesar de ter sido preso em março, esse homem estava em liberdade provisória, mas foi detido novamente nesta quarta-feira junto ao comparsa. A Polícia Civil explicou que esse suspeito foi detido em razão de mandado de prisão preventiva.

Óleo
Além de cultivar a maconha e de trabalhar o entorpecente para consumo de usuários, os criminosos dessa quadrilha também produzem um óleo com as plantas. 

Segundo a investigação da Polícia Civil, o produto era vendido para fins de recreação e também como promessa de tratamento de doenças. Contudo, ele não passava por testes de órgãos da saúde, não tinha autorização e também não era fiscalização.

Alvo 
A partir da prisão em março, a Polícia Civil identificou outros dois suspeitos. A dupla, que foi presa, era responsável pela produção artesanal do óleo, que era vendido para pessoas em todo o país. 
De acordo com as investigações, os compradores, muitas vezes, estavam desesperados com pessoas enfermas ou portadoras de doenças crônicas. Esses compradores eram enganados quanto ao produto, fabricado sem nenhuma norma higiênica e farmacêutica.

Plantação
A Polícia Civil identificou o sítio onde a plantação de cannabis sativa era cultivada. As plantas foram apreendidas.

Novo presidente do TJMG diz que evento de posse para 200 pessoas é sessão de trabalho

Por Amanda Antunes , 01/07/2020 às 18:14
atualizado em: 01/07/2020 às 18:17

Foto: Amanda Antunes


RESUMO
. Novo presidente do TJMG diz que evento de posse para 200 pessoas é sessão de trabalho
. Desembargador alega que evento deve contar com a presença de todos os desembargadores e que espaço do tribunal seria pequeno para a cerimônia 
. Desembargador Gilson Soares Lemes foi empossado em cerimônia realizada no Palácio das Artes, em Belo Horizonte

O Palácio das Artes, no Centro de Belo Horizonte, recebe na noite desta quarta-feira (1°) a cerimônia de posse da nova diretoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que deve reunir cerca de 200 pessoas, em meio ao isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus.

O novo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Gilson Soares Lemes, foi questionado sobre a realização do evento com cerca de 200 pessoas em meio à pandemia do coronavírus.

O desembargador explicou que já estão sendo feitas reuniões e outras atividades presenciais por integrantes do TJMG, que não foram questionadas como a posse, determinada pelo regimento.

“Nenhuma dessas reuniões e nenhuma dessas eleições foram citadas pela imprensa. Agora, na posse, o evento está sendo citado como um ato festivo. Não é. Essa é uma sessão de trabalho, que o nosso regimento determina que seja presencial com a presença dos desembargadores em um espaço maior porque dentro do Tribunal o espaço é muito apertado e não comporta as pessoas”, explicou.

JF- 01/07 - Boletim Covid-19

8217 - Suspeitos
1944 - Confirmados
    57 - Óbitos
      0 - Óbitos em investigação

Informação atualizada em: 01/07/2020 - 17:52:28

Homem é preso com 140 kg de maconha e haxixe na BR-040, em Juiz de Fora

Por BRUNO MENEZES
01/07/20 - 12h51
Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Um homem de 39 anos foi preso na manhã dessa quarta-feira (1º) na BR-040, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 140 quilos de maconha e haxixe no porta-malas de um carro. A prisão faz parte da operação “Barrilete Cósmico” deflagrada pela Polícia Civil que visou combater o tráfico de drogas na região. Segundo o delegado Tayrony Espíndola da Delegacia Regional de Muriaé, o suspeito já vinha sendo investigado há meses e é considerado o homem responsável por abastecer a cidade de Muriaé com drogas. 

“Ele fornecia drogas inclusive para grupos rivais dentro de Muriaé, não importando que tipo de grupo. Era responsável por disseminar grande parte da droga distribuída em Muriaé. Ele foi abordado e não resistiu à abordagem ”.

Segundo o delegado, toda a droga seria distribuída na cidade ainda nessa quarta-feira. A maconha estava armazenada em tabletes e os haxixes foram embalados à vácuo. O valor estimado da carga chega a R$ 100 mil. Ao todo dez policiais participaram da operação, desde a busca por informações do paradeiro do suspeito até a efetiva prisão. A investigação apontou também que as drogas eram buscadas em outros estados e que o indivíduo trabalhava como “freelancer”.

“Estamos apurando ainda, mas grande parte dessa droga poderia alimentar o mercado local em Muriaé”, explicou o delegado. O suspeito foi levado para 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora, onde foi autuado por tráfico de drogas.

Funcionário morre em acidente na fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora

Por Milena Grijó, G1 Zona da Mata
01/07/2020 09h56 
Parque Industrial da Mercedes Benz em Juiz de Fora — Foto: Mercedes Benz/Divulgação

Um homem, de 57 anos morreu, na madrugada desta quarta-feira (1), após acidente na fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora.

De acordo com informações da Polícia Militar (PM), a equipe foi acionada por volta das 2h30 para atender a ocorrência de acidente.

A vítima, que trabalhava como mecânico da equipe de manutenção da fábrica, realizava um trabalho corretivo em uma plataforma, quando uma parte da estrutura caiu sobre a mesma, esmagando-a.

Um segundo funcionário, de 50 anos, que também realizava a manutenção, conseguiu se desvencilhar da estrutura no momento do ocorrido e escapou sem ferimentos.

A retirada da vítima do local do acidente foi feita pela equipe de setor de saúde e segurança e da empresa.

O funcionário foi levado ainda com vida para a Unidade Pronto Atendimento (UPA) Norte, unidade hospitalar mais próxima. No entanto, o óbito foi confirmado ainda no deslocamento.

A Polícia Militar colheu depoimentos de testemunhas, e os levantamentos de praxe foram realizados pela perícia. O corpo da vítima foi encaminhado à funerária conveniada.

De acordo com apuração da TV Integração, a fábrica tomou todas as providências e cancelou o expediente presencial nesta quarta-feira (1).

O G1 entrou em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora e Região (STIM/JF), que afirmou a liberação de nota oficial após a apuração dos fatos.

A equipe de reportagem pediu posicionamento da Mercedes-Benz que, se posicionou por meio de nota (veja a íntegra):

Confira a nota na íntegra:
"É com muito pesar que a Mercedes-Benz informa um grave acidente ocorrido nessa madrugada, 1º de julho, na fábrica de veículos comerciais de Juiz de Fora (MG). Infelizmente, o profissional que era mecânico de manutenção na Funilaria, e que atuava na empresa há 22 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu durante o atendimento médico e encaminhamento ao Pronto Socorro. Sentimos muito pelo ocorrido e pela grande perda que ele, aos 57 anos, deixará à nós e, principalmente, à sua família. Nesse momento, nós da Mercedes-Benz estamos prestando toda assistência possível aos familiares e colegas que conviviam com o funcionário, em seu dia a dia. Por conta do acidente, interrompemos totalmente a produção nessa quarta-feira, 1/7, na fábrica mineira, enquanto estão em andamento as análises criteriosas sobre o ocorrido."

Adolescente morre presa em carro que caiu nas águas do Paraibuna em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata
01/07/2020 11h08 
Veículo cai nas águas do Rio Paraibuna e adolescente morre, em Juiz de Fora — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Uma adolescente, de 17 anos, morreu após o veículo em que ela estava cair dentro do Rio Paraibuna, no Bairro Furtado de Menezes, em Juiz de Fora.

A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar (PM), por volta das 23h30 desta terça-feira (30). De acordo com as informações passadas, o acidente ocorreu na Rua Francisco Valadares.

O resgate foi realizado pela equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros, que encontraram a vítima inconsciente, ainda dentro do veículo.

A garota foi conduzida para Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS) pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), onde foi confirmado o óbito.

Segundo os Bombeiros, por conta da forte correnteza e turbidez da água, foi necessária a utilização de equipamento de mergulho completo para a realização do resgate. Outras três pessoas também estavam no carro, mas conseguiram sair após a queda.

Os cinco militares que trabalharam na localização da vítima também foram encaminhados ao HPS, para procedimentos protocolares de descontaminação, devido a poluição das águas do Rio Paraibuna.

Até a última atualização desta matéria, segundo a PM, o veículo se encontra submerso no Rio Paraibuna.

Entregadores de aplicativos fazem greve nacional nesta quarta-feira

Por AGÊNCIA BRASIL
01/07/20 - 07h42
Entregadores de iFood, Uber Eats, Rappi e outros aplicativos fazem protesto nacional por maior remuneração
Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

Os entregadores de aplicativos promovem uma greve nacional hoje (1º) por melhores condições de trabalho, medidas de proteção contra os risco de infecção pelo novo coronavírus e mais transparência na dinâmica de funcionamento dos serviços e das formas de remuneração.

A paralisação foi chamada por trabalhadores de empresas como Rappi, Loggi, Ifood, Uber Eats e James. Os organizadores argumentam que o movimento foi construído por meio da interlocução por grupos na internet, embora algumas entidades tenham se somado, como associações de entregadores e de motofrentistas.

Os entregadores cobram o aumento das taxas mínimas recebidas por cada corrida e o valor mínimo por quilômetro. Atualmente, eles são remunerados por corrida e pela distância percorrida, e por isso esses dois indicadores acabam definindo o pagamento por cada entrega.

Os trabalhadores reclamam dos baixos valores e da variação deles para baixo. “Tem dia que é R$ 1, tem dia que é R$ 0,50. O Ifood e outras empresas mandam notificação para os clientes falando que já pagam. Não é verdade”, reclama Simões, entregador do Rio de Janeiro e uma das pessoas que está contribuindo com a organização da greve.

Outra reivindicação é a mudança dos bloqueios dos trabalhadores, que consideram arbitrários. Eles criticam o fato de motoristas terem sua participação suspensa ou até mesmo cancelada a partir de critérios não claros e sem a possibilidade de apuração dos ocorridos e de direito de defesa dos envolvidos.

“Elas fazem um bloqueio injusto. Nós dependemos da plataforma pra trabalhar e para levar o sustento para casa. Eu e mais 40 motoboys fomos suspensos na Loggi. Paramos três dias pra reivindicar e, no segundo dia, nos bloquearam. Isso aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Ifood , você entrega o pedido, o cliente alega que não recebeu, o Ifood manda outro pedido e acaba bloqueando o entregador por 48 horas sem sequer ligar para o entregador”, exemplifica Alessandro Sorriso, da Associação dos Motoristas Entregadores do Distrito Federal.

Tanto em relação à remuneração quanto aos bloqueios, os entregadores questionam a falta de transparência das plataformas, que não deixam claras as formas de cálculo dos pagamentos e os critérios utilizados para a suspensão das contas dos trabalhadores.

Pandemia
Sorriso acrescenta que a greve também cobra providências mais efetivas em relação aos riscos da nova pandemia, bem como auxílio para aqueles que forem infectados e precisarem se afastar. Algumas empresas, conta, não se manifestaram e não disponibilizaram apoio aos motoristas. Entre as que fizeram algo, ele cita o Ifood, que entregou potes de álcool em gel e máscaras laváveis.

“Mas outras plataformas, como Rappi e Uber Eats, não se manifestaram. A Loggi só deu vidrinho de álcool em gel que não dava para usar em um dia. Conheço gente que pegou covid. E quem pega não tem nenhuma assistência”, comentou o entregador.

Negociação
Simões relata que, até o momento, as empresas de entrega não entraram em contato para se reunir com os entregadores e iniciar uma negociação sobre suas demandas. Enquanto isso, as companhias vêm divulgando ações na mídia e aos seus usuários.

“A gente está indignado como a empresa trata uma coisa sem prova. Em vez de entrar em contato, solta notas para os comerciantes dizendo que vai ter greve, para ficar atento. A intenção não é fazer greve para fazer barulho, é porque temos reivindicações”, diz.

Estudo
Um estudo de sete pesquisadores, publicada na revista Trabalho e Desenvolvimento Humano e realizada neste ano, entrevistou entregadores de apps em 29 cidades durante a pandemia. O trabalho mostrou que mais da metade (54%) trabalham entre nove e 14 horas por dia, índice que aumentou para 56,7% durante a pandemia. Entre os ouvidos, 51,9% relataram trabalhar todos os dias da semana.

Cerca de metade dos entrevistados (47,4%) recebia até R$ 2.080 por mês e 17,8% disseram ter rendimento de até R$ 1.040 por mês. A maioria dos participantes do levantamento (58,9%) afirmou ter tido queda da remuneração durante a pandemia.

Segundo os autores, houve um aumento do número de entregadores como alternativa de pessoas que perderam renda durante a pandemia, mas apesar do aumento de entregas, os valores de hora/trabalho ou bonificação caíram.

Do total, 57,7% declararam não ter recebido nenhum apoio das empresas durante a pandemia para mitigar riscos e 42,3% disseram ter tido algum tipo de auxílio, como equipamentos de proteção e orientações. Independentemente do apoio, 96% comentaram ter adotado algum tipo de medida de proteção, como uso de álcool em gel e máscaras.

O professor de comunicação social da UNiversidade do Vale dos Sinos (Unisinos) e coordenador do projeto Fairwork no Brasil, da Universidade de Oxford, Rafael Grohmann, diz que a análise dessas plataformas em outros países revelou que elas não cumprem requisitos básicos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o trabalho decente: remuneração, condições de trabalho (inclusive saúde), contratos que reflitam a atividade, gestão dialogada e transparente e representação e liberdade de associação.

“As plataformas digitais de trabalho têm mecanismos de vigilância intensa e uma extração de dados dos trabalhadores com uma gestão algorítmica desse trabalho. Acaba virando uma caixa-preta, e o indivíduo acaba ganhando cada vez menos. Os entregadores estão desesperados, ou é isso ou não é nada”, comenta o pesquisador.

MPT
O Ministério Público do Trabalho vem investigando os aplicativos há alguns anos. Foram ajuizadas ações civis públicas para reconhecimento do vínculo de emprego nas companhias Loggi e Ifood, e outras estão em fase de apuração. Até o momento, essas ações não foram julgadas.

“O perfil dos motoristas é de jovens, a grande maioria negra. E não há esse empreendedorismo que se propala. Eles têm total dependência econômica, há relação de dependência e subordinação. Trabalham muitas horas por dia, esforço físico grande. É no mínimo 60 quilômetros por dia. Além disso, ficam totalmente sem direitos porque nem a empresa nem o restaurante e nem o cliente se responsabilizam”, ressalta Christiane Nogueira, da Procuradoria Regional do Trabalho de São Paulo.

Em março, o Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentou recomendações a empresas de aplicativos com diretrizes e ações a serem ofertadas aos trabalhadores, com vistas a garantir condições adequadas e evitar infecção pelo novo coronavírus. As companhias devem garantir assistência financeira para subsistência, “a fim de que possam se manter em distanciamento social, enquanto necessário, sem que sejam desprovidos de recursos mínimos para sua sobrevivência, garantindo-se a mesma assistência financeira para as trabalhadoras e trabalhadores das referidas categorias que possuam encargos familiares, que também demandem necessariamente o distanciamento social em razão da pandemia do novo coronavírus”.

Também estão entre as recomendações: 1) a oferta de informações claras sobre as regras trabalhistas e medidas de proteção diante da pandemia; 2) respeito às medidas sanitárias das autoridades de saúde internacionais, nacionais e locais; 3) distribuição de equipamentos necessários à proteção e desinfecção, com fornecimento de insumos em pontos designados e amplamente divulgados; 4) garantia de espaço de higienização dos veículos; 5) estimular ações de proteção como evitar contato físico, higienizar as mercadorias entregues e assegurar lugares seguros na retirada dos pacotes.

Empresas
A Agência Brasil entrou em contato com as empresas Ifood Uber Eats e Rappi, mas não recebeu retorno. A agência ainda busca contato com a firma Loggi. Em sua conta no Instagram, o Ifood publicou que “está ao lado dos entregadores”, que investiu R$ 25 milhões em proteção e segurança. De acordo com a companhia, foram distribuídos 4.500 litros de álcool em gel por dia e 800 mil máscaras reutilizáveis. O post argumentou ainda que em maio cada trabalhador recebeu R$ 21,80 por hora.