Sada Cruzeiro se consagra bicampeão mundial de vôlei
PUBLICADO EM 31/10/15 - 17h10
DANIEL OTTONI
@SUPER_FC
A soberba russa veio ao chão! Não teve favoritismo, milhões de euros investidos e atletas do mais alto nível, de algumas seleções do mundo, que impedissem o segundo título mundial do Sada Cruzeiro. O que era para ser do time do técnico Marcelo Mendez, estava guardado. E foi sobre o Zenit Kazan, da Rússia, considerada uma das equipes mais fortes do planeta, que o status de melhor time do mundo retornou para o CT do Barro Preto. A missão, que sempre se soube que seria complicada, foi cumprida e mostra a força de um grupo guerreiro e maduro, acostumado a chegar e vencer finais. O Cruzeiro mostra ser incansável na busca constante por fazer sempre o melhor, em buscar (e conseguir) cada vez mais. Superação é o que não falta quando este time entra em quadra, seja quem estiver do outro lado da rede.
A vitória de 3 a 1 (25/20, 21/25, 27/25 e 25/21) foi conquistada neste sábado, no ginásio Divino Braga, em Betim, palco do Mundial de clubes e de uma batalha final que não sairá tão cedo da memória de quem teve o privilégio de acompanhar de perto. A troca de pontos e a tensão foram constantes, como a cartilha de uma grande decisão rege.
Depois de ter caído para o mesmo Zenit na primeira fase, o Sada Cruzeiro mostrou ter assimilado muito bem as lições da derrota da última quarta-feira. O filme de 2013, quando venceu na hora certa e necessária, se repetiu, no mesmo poliesportivo, que parece dar sorte ao time estrelado.
O rendimento celeste foi outro, mais regular e consistente. A defesa esteve atuante e bem posicionada. A parte ofensiva foi bem, aproveitou bem grande parte das oportunidades no side out e nos contra-ataques para pressionar os russos o tempo todo. O saque, que havia tido altos e baixos no jogo da fase de classificação, encaixou e conseguiu dar trabalho para a linha de passe adversária, contribuindo para o bloqueio aparecer.
O Zenit não deixou de mostrar sua força, principalmente nos saques e ataques, mas teve pela frente um time inspirado, que não permitiu altos e baixos, como deve ser a postura em uma decisão de Mundial.
A torcida, que marcou presença novamente, jogou junto e fez sua parte, como era necessário. Das arquibancadas vieram gritos de apoio e de pressão sobre o adversário, que viu de perto o que é uma torcida de peso, que merecia também a medalha de ouro por ser o oitavo jogador.
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