sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Polícia de Cruzeiro do Sul investiga denúncias de crimes sexuais na web

08/11/2013 
Francisco Rocha
Do G1 AC
De acordo com a polícia, internet é a principal arma dos pedófilos (Foto: Francisco Rocha/G1)

A delegacia de Combate ao Crime Contra a Mulher, à Criança e Adolescentes, em Cruzeiro do Sul (AC), investiga ao menos menos 20 denúncias de crimes sexuais que tiveram início por meio da internet.

Em um dos casos, já concluído pela Policia Civil, um homem de 35 anos começou amizade com uma menor de 13 anos. Após transmitir confiança à vítima, a menor passou a enviar fotos sensuais para o aliciador, que acabou abusando sexualmente da adolescente.

Segundo a delegada Carla de Brito, que investiga os casos, o crime de estupro de vulnerável contra a menor foi descoberto porque a família desconfiou do comportamento da garota e procurou a polícia. Durante a investigação, foi constatado que o homem tinha abusado sexualmente da menor e o mesmo foi encaminhado ao presídio local.

“A internet é uma das principais armas dos pedófilos, os pais precisam ter mais cuidado com seus filhos nas redes sociais e saber com quem estão conversando. Muitas dessas adolescentes e até mulheres adultas acabam se tornando alvo desse tipo de crime por conta das fotos sensuais que são postadas na internet e isso chama atenção dos criminosos”, explica a delegada.

Além do crime de pedofilia, a polícia investiga outras denúncias de pessoas que tiveram seus e-mails e facebook hackeados e sofreram injúria e difamação por parte dos criminosos.

“As pessoas precisam ter mais cuidado com o uso das redes sociais, essa ferramenta não é 100% segura como muitos pensam. Em alguns destes casos, o hacker se passava pelo dono do perfil da rede social, para difamar a pessoa e até amigos de bate papo da vítima que sem saber, enviavam conteúdos e fotos de cunho sexual para o aliciador”, diz a delegada.

O G1 tentou ouvir algumas vítimas que registraram boletim de ocorrência na delegacia de polícia, mas ninguém quis falar sobre o assunto.

Para a psicóloga Cintia Sampaio, nos casos que envolve adolescentes é preciso que os pais ou responsáveis estejam mais atentos quanto ao uso das redes sociais. A especialista diz ainda que a maioria das adolescentes que postam fotos sensuais na internet, são jovens que querem chamar atenção e ser elogiadas.

“Esse é o grande perigo, elas se expõem e acabam se tornando, na maioria das vezes, vítimas de pessoas mal intencionadas. Nem sempre a imagem que se vê na internet condiz com o caráter da pessoa”, explica a psicóloga.

Mais de 60% das cidades mineiras não conseguiram pagar 13º salário

08/11/2013
Votação. Prefeitos de 21 cidades do Alto Jequitinhonha decidiram suspender as atividades municipais

ISABELLA LACERDA

Prefeitos de 114 cidades mineiras dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas decidiram suspender suas atividades e fechar as portas durante dois dias no mês que vem para chamar a atenção dos governos federal e estadual a respeito da situação de calamidade das contas públicas municipais. Na reta final do ano, o principal alvo da reclamação dos gestores é o pagamento do décimo terceiro salário dos servidores, que precisa ser depositado até 30 de novembro.

Estimativa da Associação Mineira de Municípios (AMM) indica que, neste ano, mais de 60% das 853 cidades mineiras não devem conseguir arcar com o salário extra no prazo.

Ontem, prefeitos de 21 cidades que integram a Associação dos Municípios do Alto Jequitinhonha (Amaje) decidiram suspender as atividades municipais nos dias 12 e 13 de dezembro. Segundo o presidente da entidade, o prefeito de Angelândia, Thiago Pimenta (PMDB), os municípios não têm conseguido cumprir com serviços básicos, como saúde e educação. “Se na base da conversa não está resolvendo, teremos que tomar medidas mais radicais. Nos dias da paralisação, nada vai funcionar nas cidades, apenas serviços emergenciais como saúde, educação e limpeza urbana”, explica.

Segundo o peemedebista, a cidade de pouco mais de 8.000 habitantes arrecadou até outubro apenas 50% do esperado. “Tenho que pagar o décimo terceiro, e essa é uma grande preocupação, mesmo tendo cortado 25% dos servidores”, argumenta.

A decisão da Amaje ocorre um dia após as 93 prefeituras da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) também decidirem fechar as portas. A greve foi marcada para 14 de dezembro. “Aumentar o Fundo de Participação dos Municípios, que caiu depois que o governo federal resolveu desonerar o Imposto sobre Produtos Industrializados, e torná-lo uma parcela única, que não fica oscilando mês a mês, seria a melhor ajuda que o governo poderia nos dar”, afirma o presidente da Amams e prefeito de Mirabela, Carlúcio Mendes (PSB).

O número de prefeituras que vão suspender suas atividades ainda pode aumentar, já que outras associações estão discutindo o tema.

Ontem, o presidente da AMM, Toninho Andrada, ressaltou que a decisão dos gestores “é dura”, mas considerou a iniciativa “necessária”. Ele destacou o pagamento do décimo terceiro como um problema. “Acreditamos que mais de 60% dos prefeitos terão problema de arcar com os extras em 2013”. No ano passado, o percentual de prefeituras que tiveram dificuldade para pagar o benefício foi de 60%, e, em 2010, de 35%.

Reclamação dos prefeitos é recorrente
O fim do ano é o período em que as reclamações dos prefeitos se tornam mais recorrentes. Neste ano, porém, a decisão de paralisar as atividades é considerada uma novidade para a Associação dos Municípios Mineiros (AMM).

O presidente da entidade, Toninho Andrada, explica que os gestores públicos estão há anos “de pires na mão”. Mas, no fim do ano, as dívidas e problemas acumulam. “Nós tentamos de todas as formas negociar, mas não tem surtido efeito. E, neste ano, junta as dificuldades financeiras com as dívidas herdadas da gestão anterior”, ressalta.

Padaria foi assaltada no São Mateus

08/11/2013 - Juiz de Fora 
Imagem ilustrativa
Rua Cândido Tostes- São Mateus

Nesta sexta-feira(8), por volta das 07:35 h, teria ocorrido um roubo a estabelecimento comercial.

Um indivíduo trajando caça jeans, jaqueta da cor marrom e capacete de cor verde, adentrou a padaria e solicitou alguns produtos.

Ao chegar em frente a funcionária responsável pelo "caixa" sacou uma arma de fogo e anunciou o assalto.

O autor evadiu-se com o numerário, latas com cervejas, isqueiros e cigarros.

A ação do meliante foi captada pelas câmeras do circuíto interno e as imagens serão enviadas à Polícia Civil no intuito de auxiliar nas investigações. 

Policiais militares realizaram um rastreamento nas imediações e registraram a ocorrência na delegacia.

Licenças médicas agravam redução no efetivo policial

08 de Novembro de 2013 - Juiz de Fora 

Necessidade de mais vigilância nas ruas foi alvo de manifesto de taxistas esta semana e levou prefeito a cobrar mais homens para as polícias em JF

Por Marcos Araújo


A necessidade do aumento do efetivo policial nas ruas de Juiz de Fora é consenso e levou até mesmo o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) a cobrar mais agentes para o município esta semana, após o assassinato de um taxista, na noite da última segunda-feira. No entanto, o número de homens em atuação na segurança pública é ainda menor do que apontam as estatísticas, já que muitos estão afastados por motivos de saúde. O problema afeta unidades das polícias Militar e Civil em todo o estado. De acordo com dados da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), o percentual mensal de policiais militares afastados por estes casos gira em torno de 7% a 8%. Já na Polícia Civil, dados do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas (Sindpol) apontam que o índice é de aproximadamente 30%. De acordo com a assessoria de comunicação da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, atualmente, cinco servidores estão afastados. Já a assessoria de comunicação organizacional da 4ª Região de Polícia Militar (4ªRPM) informou que não conta com dados a respeito de policiais afastados do trabalho por motivo de estresse.

Conforme a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por se tratarem de dados estratégicos, os números atuais do efetivo da Polícia Militar e dos militares que se aposentaram nos últimos anos em Juiz de Fora não podem ser divulgados. Entretanto, conforme levantamento da Tribuna realizado junto à Polícia Militar de Minas Gerais e à Polícia Civil, em 2012, Juiz de Fora possuía 1.778 militares, sendo 217 lotados no setor administrativo, resultando em um policial para cada grupo de cerca de 300 habitantes. Na Polícia Civil, havia 220 policiais, o que representa um agente para cada cerca de 2.400 moradores. A tensão do dia a dia compromete ainda mais o efetivo, que sofre com a falta de recomposição. Na Polícia Militar, por exemplo, os últimos concursos ocorreram em dezembro de 2012, com 160 vagas para soldados que começarão o curso em janeiro de 2014. Outro, ainda em andamento, foi realizado no segundo semestre desse ano para 130 cargos no setor administrativo.

Rotina estressante

Profissionais das duas corporações apontam como desafios o risco de morte e a falta de reconhecimento no trabalho. Entre os momentos mais críticos de suas atividades, eles apontam abordagens, confronto armado, perseguição, negociação com bandido, incursões noturnas e ocorrências em áreas consideradas violentas. A carência de viaturas é outro problema apontado pelos trabalhadores. Um PM lotado na 4ª RPM, que não terá o nome, idade e companhia na qual atua divulgados, falou sobre as dificuldades de seguir na profissão. "Quem está há muitos anos na PM olha para trás e vê que perdeu muito tempo para desfrutar da família e do lazer, em busca de progressão na carreira. É triste constatar que não recebeu valorização. Não temos preparo psicológico para lidar com isso", desabafa. O militar acrescenta que a sobrecarga de trabalho é outro fator que contribui para que a atividade seja considerada uma das mais estressantes pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "Falta efetivo na PM, pois muitos estão se aposentando e poucos entrando, o que leva à sobrecarga. Quem estava no administrativo há 15 anos está sendo colocado na rua e se depara com o registro de ocorrência informatizado, com o qual não está acostumado. Também tem que aprender a lidar com outro tipo de violência e queixas de abuso de autoridade. Como ficaram muito tempo numa rotina interna, não sabem como tratar essa nova realidade, e isso gera estresse psicológico, ocasionando afastamentos do serviço."

'O senso comum aponta que o problema é da polícia'

O coordenador da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), subtenente Luiz Gonzaga, aponta que a função de policial é de natureza estressante, porque, quando o profissional sai para o trabalho nas ruas, conta com um risco iminente. "Não há policial com mais de três anos na corporação que não tenha um conhecido que tenha morrido em serviço ou em razão de estar trabalhando", observa, enfatizando que o maior motivo para o estresse é a ausência de segurança. "O que mais provoca inquietação é saber que sua ação, no dia a dia, que é tirar de circulação pessoas que estão no crime, não resulta efetivamente numa solução do crime e nem na diminuição da violência, porque temos um sistema de segurança pública que, se não está falido, caminha para a falência. Não temos um sistema de justiça que seja eficiente, não temos um sistema prisional eficaz e nem uma política de ações sociais que dê resultados. O caldo disso é uma violência generalizada que coloca todos em alerta permanente, e o policial, além da tensão da atividade, tem que lidar com a cobrança de resultado, pois quando se pontua que a segurança pública é ineficiente, o senso comum aponta que o problema é da polícia. Assim, se o Estado é ineficiente, a polícia é ineficiente e o profissional paga um preço por ações políticas."

Como a PM sempre atua no calor das ocorrências, deslocando-se para locais de risco em potencial, seus agentes sempre trabalham na corda bamba. "Isso provoca uma descarga de adrenalina que leva a um estresse no organismo do policial, resultando também no estresse mental que provoca desequilíbrio e demanda por apoio médico." Outro aspecto que contribui para essa situação, conforme o subtenente, é o tamanho da polícia. "Não temos efetivo para atender a demanda de prevenção que é diferente da demanda para registro de ocorrência. Se será realizado um evento, a sociedade solicita policiamento com antecedência para se prevenir. Essa necessidade não tem sido atendida, porque o Estado não tem efetivo. Então, deixa-se de atuar na prevenção, para fazer o registro do fato criminoso, colocando sempre o policial no seu limite, provocando uma situação que, em determinado momento de sua vida, o militar terá de procurar o apoio médico." Segundo a 4ª Região de Polícia Militar, os policiais contam com Núcleo de Atendimento Integral à Saúde (Nais), onde podem ser tratados por psicólogos do quadro de oficiais da saúde. Eles também contam com um plano de previdência com rede credenciada de psicólogos disponíveis. Na Polícia Civil, a assessoria de comunicação da 1ª Delegacia Regional informou que não existem programas de tratamento psicológico.

Risco aumenta com contingente escasso na Polícia Civil

Na Polícia Civil, os problemas se repetem e são relacionados à sobrecarga, cobrança e precárias condições de trabalho. Como aponta o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol), uma situação grave vivenciada pelos policiais civis é a falta de armamento. Quanto aos coletes à prova de bala que também eram um problema, 84 unidades foram recebidas no município no final de outubro. Segundo o diretor do sindicato, Marcelo Armstrong, "o policial civil hoje trabalha com receio, pois não conta com armamento suficiente e sai para as ruas em viaturas em péssimas condições. Ele se encontra em uma posição muito frágil, sem contar a falta de efetivo, que faz um único servidor trabalhar por cinco", afirma, ressaltando que os profissionais ainda têm que lidar com o cumprimento de meta e o assédio moral por parte dos superiores. "Esses motivos repercutem no maior número de policiais afastados, pois eles tomam café da manhã, saem de casa e não sabem se voltam vivos."

Um agente que trabalha da Delegacia de Santa Terezinha e também terá seu nome preservado contou como a tensão faz parte da rotina dos policiais civis na cidade. Para se ter uma ideia, ele afirma que uma equipe completa é constituída apenas por dois agentes. "No momento de uma abordagem, isso pode ser um risco, já que nem contamos com rádio de comunicação na viatura. Se estivermos em uma situação de risco, não há como pedir socorro", enfatiza. Ele também acrescenta que é muito comum apenas um policial fazer a transferência de preso da unidade policial para os presídios. "O correto é ter três policiais para fazer o transporte de um preso. Entretanto, às vezes, acontece o contrário, um único agente vai na viatura com três prisioneiros." Ele ainda admite que os policiais têm que lidar com falta de munição e de equipamentos não letais, como spray de pimenta, arma de choque e balas de festim. "Isso aumenta os riscos e leva o policial a cometer atos desproporcionais nas situações de perigo, já que tem que proteger a si e à população, pois ele pode ser rendido, e o bandido ficar com sua arma." Para recompor seu efetivo, a fim de diminuir a sobrecarga de trabalho, a Polícia Civil abriu vagas para 293 escrivães em 2012. Todavia, apenas três foram lotados em Juiz de Fora. Em 2013, houve concurso para contratação de 866 técnicos assistentes, sendo que a região da Zona da Mata foi contemplada, até agora, com seis servidores. Também foram contratados 415 técnicos analistas, mas ainda não foram lotados. Em andamento, a corporação aguarda a finalização do processo para contratação de 121 médicos legistas, 95 peritos, 126 escrivães e 420 delegados.

É proibido prosperar. (Ao sair pela porta de um hotel qualquer de Havana um visitante.....)

08/11/2013

É PROIBIDO PROSPERAR

Ao sair pela porta de um hotel qualquer de Havana um visitante estrangeiro é cercado por três ou quatro homens. “Puros? Chicas?”, perguntam. Oferecem charutos e garotas de programa. Com as mulheres, a abordagem é mais sutil. “Quer tomar algo?”, dizem. Pelas ruas do centro, por entre casas em ruínas, o leque de ofertas aumenta: “Maconha? Cocaína?”. O convite para entrar em uma das bodegas, as vendinhas estatais em que os cubanos compram alimentos subsidiados, destoa dos outros assédios a turistas. “Venha fazer um passeio pela Cuba real”, diz o funcionário público, arriscando-se a perder o emprego e a ser preso por mostrar aos forasteiros os sinais da falência econômica do país.

Em uma balança antiga, ele indica quanto de feijão o Estado permite que se compre por mês para duas pessoas. Os grãos mal preenchem duas xícaras de chá. Os produtos a que cada família cubana tem direito são anotados em um cartão de racionamento. É assim há 51 anos e só piora. Em Camaguey, a terceira maior cidade de Cuba, o assédio nas ruas é parecido, mas o que mais chama atenção são as placas de casas à venda. Há mais de seis por quarteirão. Quando se pergunta aos donos o que pretendem com o dinheiro, a resposta mais comum é: “Comprar uma passagem e sair do país”. A segunda: “Ter o que comer”. Com a mão fechada, simulam o gesto de colocar algo na boca.
Idosa em venda estatal de alimentos, em Camaguey

Desde 2006 quando o ditador Fidel Castro transferiu a presidência da ilha para o seu irmão, o general Raúl Castro, o governo vem anunciando o que chama de reformas com o intuito de “atualizar o regime socialista”. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética e dos regimes do Leste Europeu, no início da década de 90 restaram no planeta apenas dois países com esse sistema político e econômico: Cuba e Coreia do Norte. Ao alardear “reformas”, o regime cubano passa a impressão de que está preparando o país para uma transição gradual para um modelo inspirado na China ou no Vietnã, que do comunismo mantiveram apenas a ditadura, mas se abriram para a economia de mercado. Amargo engano.
Interior de caminhão usado como ônibus, na província de Camaguey

A reportagem esteve durante oito dias em Havana e em Camaguey cidade com 320.000 habitantes, para avaliar o efeito das mudanças anunciadas nos últimos sete anos. Entre conversas com fazendeiros, pescadores, médicos, barbeiros e dissidentes a conclusão é que, a despeito da ajuda de países como Venezuela, China, Canadá e Brasil, a vida ficou mais difícil. O Estado, dominado pelos militares mantém o controle de todas as atividades relevantes. A perseguição política não foi aliviada. Apenas mudou sua natureza. Se antes era realizada buscando algum suporte na lei agora se dá de forma clandestina, com milícias governistas reprimindo os opositores.

Por fim, a população continua impedida de progredir. Aos olhos do regime castrista, a concentração da propriedade contradiz a essência do socialismo e jamais será permitida. “A China precisou de apenas cinco anos para liberar o capitalismo de maneira irrevogável”, diz o economista Rafael Romeu, da Associação para o Estudo da Economia Cubana em Washington. “Raúl Castro completou sete anos no poder e a economia continua na mesma.”

Pescadores no Malecón, em Havana. Eles são proibidos de vender o peixe

Em parte, as reformas fracassaram porque faltam os requisitos mínimos para que deem certo. Em 2008, o Estado cubano prometeu ceder terras estatais para usufruto de pequenos proprietários. Para entender essa mudança, é preciso voltar no tempo. Logo após a revolução de 1959, duas leis de reforma agrária estatizaram a maioria das propriedades. Em 1963, apenas 29% delas ainda permaneciam em mãos privadas. Os fazendeiros não só perderam seus hectares como tiveram tratores, colheitadeiras e insumos surrupiados pelo regime. A administração estatal foi um fiasco.


Padaria no centro de Havana

Na província de Camaguey, conhecida pelas fazendas de gado, quase todas as terras estão cobertas por marabu, planta que se espalha como uma praga e inviabiliza o uso do solo. Os pequenos agricultores foram acuados, forçados à produção de subsistência. Estão proibidos de abater o gado ou produzir queijo. O leite só pode ser vendido ao Estado. O governo paga 1.16 peso cubano pelo litro e o revende por 60 pesos cubanos nas lojas administradas pelo Exército. Pela reforma anunciada por Raúl os produtores poderiam trabalhar terras estatais improdutivas. Em contrapartida, teriam de apresentar resultados em dois anos. Sem poderem vender seus produtos a um preço justo há décadas, contudo nenhum deles conseguiu juntar dinheiro para investir.
Cocotáxis de Havana. Os veículos são puxados por uma moto e os motoristas são funcionários estatais

Mesmo quando, por uma falha na planificação socialista, algum cidadão consegue se aproveitar de uma reforma estatal e prosperar, a reação é instantânea. Foi o que aconteceu após duas medidas recentes: a maior liberdade para viajar e para abrir pequenos negócios. Em 2012, eliminou-se a exigência da permissão de saída, o que facilitou a fuga em massa para o exterior. No mesmo ano, 182.000 cubanos deixaram a ilha, segundo estatísticas oficiais, número que representa 1,6% da população. Na tentativa de impedir um êxodo, outros países passaram a barrar a viagem no ponto em que os cubanos mais sentem: o bolso. Para conseguir um visto para visitar o Brasil, por exemplo, um cubano sem convite (“autofinanciado”, no linguajar do consulado brasileiro em Havana) deve comprovar 100 dólares no extrato de sua conta-corrente para cada dia de viagem. O valor é cinco vezes o de um bom salário mensal por lá.
Mulheres aguardam abertura de loja estatal em promoção, em Camaguey

A reforma que permitiu o trabalho fora da folha de pagamento do Estado, desde a revolução o único empregador da ilha, também foi tão efêmera quanto a espuma que se forma no encontro do mar com o Malecón. Logo que a nova regra foi anunciada, os pequenos empreendedores, ou cuentapropistas, passaram o chapéu entre os amigos, voaram para os Estados Unidos, o Panamá e o Equador e retomaram com as malas cheias de vestidos coloridos, chinelos e sapatos. Milhares de pequenas “butiques” improvisadas surgiram em diversas cidades e começaram a fazer uma concorrência inesperada às lojas estatais. “As peças do governo estão desatualizadas e custam o dobro das nossas”, diz o vendedor ambulante Leudys Reyes, no centro de Havana. Apesar de pagarem uma licença para vender roupas, ele e outros comerciantes foram expulsos das ruas por policiais em setembro. Um decreto publicado na Gazeta Oficial desse mês proibiu a venda de roupas importadas pelos cidadãos, e o negócio voltou a ser monopólio estatal.

Veículo abandonado em rua de Havana. Peças de reposição são uma raridade

Nas mais de 200 profissões liberadas, a chance de melhorar de vida passa longe. Para começar, carreiras tipicamente de classe média não estão na lista. Advogados, arquitetos, engenheiros, jornalistas e médicos continuam proibidos de montar um escritório ou um consultório. Os donos do poder sabem que da última vez que Cuba teve uma classe média, o ditador Fulgêncio Batista foi deposto. Por isso temem tanto o progresso individual. As profissões autorizadas prestam somente serviços básicos e foram submetidas a um pesado controle.

No Mercado Único de Quatro Caminhos, na capital, inspetores quintuplicam o imposto diário dos floristas nas datas comemorativas, de maior venda. “Todos os cuentapropistas ganham apenas o mínimo para viver”, diz o vendedor Vlademir Torro, de 34 anos. “Assim, o governo quer impedir que existam classes sociais.” Um recente decreto regulando as profissões independentes entra em detalhes tão mínimos que fica evidente a intenção de manter tudo sob controle estatal. O “cuidador de banheiros públicos”, por exemplo, pode pedir autorização a um conselho para limpar sanitários estatais, desde que pague o equivalente a 45 reais de imposto e não cobre dos usuários mais do que 1 peso cubano, ou 9 centavos de real por visita. Se Cuba fosse um país livre, os “cuidadores” se esforçariam para caprichar na limpeza para ter mais clientes e poder cobrar mais caro. Como não é os sanitários são uma imundície.

Lanchonete na cidade Camaguey. “Rico”, em espanhol, significa gostoso

No mês passado, o governo afirmou que unificará as duas moedas existentes na ilha. Na década de 90, para impedir a desvalorização do peso, criaram-se duas moedas e o câmbio foi fixado. Um peso conversível vale cerca de 1 dólar ou 24 pesos cubanos.

Para o governo, a mudança foi providencial. A dualidade é o que permite a um restaurante estatal pagar por mês a um garçom o valor de um prato de camarões “dois molhos”, de queijo e de tomate, vendido aos turistas. A prostituição, contudo, aumentou, pois a população ganha em pesos cubanos e precisa gastar em dólares. O salário médio é de 15 dólares e a cesta básica 110. Pais e namorados incentivam as jovens a fazer programas para encher a geladeira.

Agência de correios com imagem de Che Guevara, em Camaguey

O sistema também elevou a dependência dos Estados Unidos, embora o governo insista em pôr a culpa de todos os males no embargo econômico. Os cubano-americanos enviam por ano mais de 2 bilhões de dólares a seus parentes na ilha. Metade vai em dinheiro vivo. “Sem essa ajuda, muitos cubanos não teriam como sobreviver”, diz o economista Carmelo Mesa-Lago, da Universidade Pittsburgh. Há trinta voos diários procedentes dos Estados Unidos e um em cada cinco turistas vem de lá. No Museu da Revolução estudantes americanos com moletons de universidades seguram a expressão para não rir do péssimo inglês do guia oficial, enquanto este mostra o barco Granma usado por Fidel, Raúl e Che Guevara para chegar à ilha e iniciar a guerrilha.

Cuba só não é piada para os que ainda estão presos por lá.

http://www.luizberto.com/ Blog Besta Fubana

Kassab sabia, diz suspeito de chefiar fraude; ex-prefeito nega

Taxista foi assaltado em Igrejinha

08/11/2013 - Juiz de Fora 
Imagem ilustrativa

Rua Arno Krambeck Duque - Igrejinha

Nesta sexta-feira(8), por volta de 00:05 h, policiais militares registraram mais uma ocorrência de roubo a taxista.

A vítima,47, alegou que no Terminal Rodoviário Miguel Mansur três indivíduos embarcaram em seu veículo e determinaram o deslocamento.

Ao aproximarem do destino, um dos indivíduos portando uma arma de fogo lhe anunciou o assalto, enquanto outro autor portando uma faca apertou seu pescoço e proferiu ameaças de morte.

O bando teria subtraído R$150 e tomado rumo ignorado.

A ocorrência foi registrada na delegacia e a Polícia Civil se encarregará das investigações.

Emissão de documento é interrompida em posto de Juiz de Fora

08/11/2013 
Do G1 Zona da Mata

A emissão de Carteiras de Identidade no posto de identificação civil que funciona na Câmara Municipal está temporariamente interrompido. A entrega das cédulas para impressão pelo Estado foi reduzida à metade a partir deste mês. A expectativa é de que o envio de outra remessa do material aconteça nos próximos dias.

No posto estão disponíveis apenas 1.500 cédulas. Normalmente, são emitidas entre 120 e 150 identidades por dia. Por enquanto, os funcionários se limitam a realizar no posto na Câmara Municipal cancelamento de notas ou baixa prontuaria criminal, identificação de presidiários, pesquisa de impressões digitais, destinada à emissão de 2ª via para cidadãos com número da carteira acima de dez milhões, além de repasse de informações gerais.

Na cidade, a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) também realiza o serviço. A UAI fica no Shopping Independência, na Avenida Presidente Itamar Franco, nº 3.600, e o horário de atendimento é das 8h às 17h.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Celular roubado de comandante-geral da Polícia Militar da BA custa R$ 900

07/11/2013 
Do G1 BA, com informações da TV Bahia
O celular funcional levado durante assalto sofrido pelo comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Alfredo de Castro, na orla da Boca do Rio, em Salvador, custa R$ 900. O crime foi cometido na manhã de quarta-feira (6).

Dois homens se aproximaram, um deles em uma bicicleta, e levaram o aparelho da PM. Segundo a assessoria, o coronel estava sem o efetivo que faz a sua segurança. "A gente espera que, com esse exemplo, as autoridades tomem providências, principalmente nessas áreas de atividade física, que a gente fica muito exposto, muito vulnerável", opina a estudante Vera Xavier. Suspeitos continuam sendo procurados.

Na manhã desta quarta, uma grupo com cerca de 30 policiais das Rondas Especiais da PM (Rondesp) foram vistos fazendo cooper em uma das pistas da Boca do Rio. À frente da tropa, um policial armado fecha o cruzamento de uma das ruas, enquanto os colegas correm no asfalto. Atrás, está outro policial, também armado, e um carro da Rondesp, acompanhando os exercícios. As armas usadas são dois fuzis modelo 556.

A PM informa que, só em 2013, já comprou cerca de mil fuzis. Um policial explica que, para que o fuzil dispare, precisa ser destravado, carregado e, depois, o gatilho tem que ser acionado. O diretor de comunicação da PM, Gilmar Santiago, informou que o uso de armas durante os exercícios nas ruas é rotineiro. "É um efetivo maior de policiais que atuam na tropa tática. É um contingente de policiais, inclusive, é de nossa responsabilidade a segurança e a integridade física desses companheiros", indica.

Dados apontam crescimento de homicídios em Juiz de Fora

07/11/2013 
Do G1 Zona da Mata
PM intensificará ações neste fim do ano (Foto: Reprodução/TV Integração)

De acordo com um levantamento da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), o número de homicídios em Juiz de Fora de janeiro a outubro em 2013 é maior do que o mesmo no ano passado. Em 2012 foram 48 assasssinatos, neste ano já são 83. Já dados da Polícia Militar (PM) apontam que houve 81 homicídios até outubro e, no mesmo período de 2012, a PM registrou 48.

Entre os números da violência está o assassinato de um taxista no Bairro Santa Rita, na noite desta segunda-feira (4). Crime que assustou a população da cidade. Além da vítima, outras 13 pessoas morreram no mês de setembro, sendo quatro por crimes passionais e nove por algum envolvimento com drogas.

Os dados ainda apontam para o aumento da violência nas cidades com mais de 500 mil habitantes. De acordo com o Mapa da Violência 2013, que considera dados do governo federal, todas as cidades têm taxas de homicídios acima da média. A pesquisa considera o nível de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. Em Juiz de Fora, a média é de 12,7, sendo que a causa do aumento está relacionada às brigas de gangue e ao tráfico de drogas.

Para evitar que outras pessoas sejam vítimas nos últimos meses do ano, a polícia garantiu que as ações serão mais incisivas. “No mês de novembro vamos deflagrar a operação natalina, empregando os efetivos administrativos, para tentar minimizar o número de homicídios”, assegurou o major da PM Ulisses Pires.

A delegada da Polícia Civil, Sheila Oliveira, ressaltou que a causa do aumento do número de homicídios é o acesso fácil às armas de fogo em Juiz de Fora e também o fortalecimento do tráfico de drogas. Segundo ela, estão sendo tomadas algumas medidas para diminuir esses índices, como a fusão da Delegacia de Homicídios com a delegacia que apura tráfico de drogas e o reforço do efetivo da delegacia. "Nós quase que dobramos o número de policiais", informou.

Taxista assassinado
Sobre o caso do assassinato do taxista Marcelo Luna Alvarenga, de 33 anos, a delegada disse que a linha de investigação predominante é a de que não foi um crime contra o patrimônio e sim uma execução, e que as investigações estão bastante avançadas.