quinta-feira, 18 de julho de 2013

'Já está estruturada', diz MP-RJ sobre comissão para investigar vandalismo

18/07/2013 
Isabela Marinho
Do G1 Rio
Ponto de ônibus destruído após protesto (Foto:Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Após reunião com representantes do governo e da segurança pública do estado do Rio, o procurador-geral Marfan Vieira anunciou, na noite desta quinta-feira (18), que uma comissão especial formada pelas polícias Civil e Militar, Ministério Público (MP) e o próprio governo vai investigar os responsáveis pelos atos de vandalismo durante os protestos, além da atuação da polícia. O objetivo é não deixar impunes os crimes cometidos nas manifestações.

"Já está estruturada. Amanhã [sexta] serão desenhados os detalhes operacionais desta comissão. Ela vai trabalhar os inquéritos que já existem e vai levar a investigação às origens dessas pessoas, de onde vêm, pelo que são movidas, pelo que são financiadas, quem está por trás disso. Ou continuaremos a prender em flagrante e depois nada acontecendo no poder judiciário", disse.

A reunião foi convocada pelo governador Sérgio Cabral, a pedido de Marfan, após a destruição causada por uma minoria de manifestantes no Leblon e em Ipanema, na noite desta quarta (17). Depois de cerca de quatro horas de ato pacífico, um grupo de mascarados e policiais entraram em confronto por volta das 23h. Em seguida, dezenas de jovens inciaram saques, depredações e vandalismo pelas ruas dos bairros. Quinze pessoas foram detidas, nove presas — apenas um segue detido, por ter cometido crime inafiançável, porte de explosivos, segundo a Polícia Civil — e cinco policiais ficaram feridos, segundo a PM.

Infiltrados
Marfan Vieira disse ainda que na manifestação desta quarta-feira no Leblon havia agentes do MP infiltrados fotografando e filmando para ajudar nas investigações. O procurador disse que já se sabia que atos de vandalismo seriam praticados e, por isso, os agentes foram ao local disfarçados.

Mais cedo, Cabral havia convocado para outra reunião, de emergência, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Em ambas os encontros, também estiveram presentes o secretário de Estado da Casa Civil, Régis Fichtner; o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame; o comandante da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho; e a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha.

No encontro, Beltrame disse que o campo operacional irá fazer mudanças na ação da PM, mas rebateu as acusações de abusos cometidos pela polícia. "Para tachar alguém de ter cometido excesso, eu preciso dar o direito a ampla defesa. Sindicâncias são abertas para ter o efetivo apuratório", afirmou o secretário, garantindo que, se constatado excessos, haverá a punição devida, "seguindo os procedimentos normais da corporação".

PMMG - Candidatos excedentes do CFO e CHO serão convocados

18/07/2013

O Exmo. Sr. Governador do Estado, Antônio Anastasia, acaba de promover mais uma política de valorização dos policiais militares e de investimento na segurança pública. 

Trata-se da autorização para o aproveitamento dos candidatos excedentes do concurso do CFO. Serão convocados 70 candidatos excedentes deste concurso. 

Há que se ressaltar o enorme impacto positivo no interesse público, pois possibilitará que 119 cargos de 2º Tenente do QOPM sejam preenchidos a partir de 2014, quando da formatura das turmas. 

Além disso, também serão aproveitados 26 candidatos excedentes do concurso do CHO. Essa medida possibilitará o reconhecimento dos policiais militares que se dedicaram aos estudos, na busca do crescimento profissional e ascensão na carreira. 

Estas providências atestam a grande importância atribuída pelo Governo do Estado e pelo Comando da Polícia Militar às questões sociais, sempre em defesa do interesse público, conjugado aos nobres interesses dos policiais militares. 


MÁRCIO MARTINS SANT´ANA, CEL PM 
Comandante-Geral

Tiro que matou médico em MG pode ter saído da arma de tenente, diz PM

18/07/2013
Fernanda Resende
Do G1 Triângulo Mineiro
A Polícia Militar (PM) não descarta a possibilidade de que o tiro que atingiu e matou o dermatologista Marcos Vinicius Galante Buissa, de 52 anos, possa ter saído da arma de um tenente que estava no local. A informação foi repassada durante uma coletiva de imprensa entre representantes das polícias Militar e Civil na tarde desta quinta-feira (18). Por medida preventiva, o policial foi preso e está à disposição da Justiça Militar.

O médico foi atingido durante uma explosão de caixa eletrônico em uma agência bancária do Bairro Martins, nesta madrugada (18). O dermatologista, que estava de plantão em uma unidade médica próxima ao local, ouviu o barulho da explosão e saiu do hospital para ver o que estava acontecendo. Perto da agência bancária, vários disparos de arma de fogo foram feitos em direção à vítima, que foi atingida. O homem chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Apuração do crime 
Além de representantes das polícias Militar e Civil, o secretário de Defesa Social do Estado também esteve presente na coletiva realizada no auditório da 9ª Região Integrada De Segurança Publica (9ª Risp) para falar sobre o caso.

O comandante da 9ª Região da PM, coronel Dilmar Crovato, falou sobre os acontecimentos e apresentou a versão do militar. Segundo o comandante, o tenente afirmou que utilizou arma de fogo durante a ação dos criminosos. O policial explicou que ao chegar ao local se deparou com homens armados e que houve confronto e troca de tiros. A arma do militar era um fuzil.

Um dos disparos teria atingido o médico, que estava do lado de fora do hospital. Crovato comentou, também, que ainda não é possível afirmar se o tiro saiu da arma do PM, mas devido a uma compatibilidade entre a bala que atingiu o médico e o armamento utilizado pelo militar, o tenente foi autuado.

Alguns relatos de testemunhas retificam esta versão e afirmam que não houve troca de tiros e que somente os policiais teriam atirado. “Estamos buscando materializar versões tanto de testemunhas quanto militares. É prematuro dizer de onde veio o disparo, pois sabemos de registros anteriores onde cidadãos infratores também utilizaram de armas de grande calibre”, afirmou o comandante.

O tenente tem oito anos de polícia, sendo dois, como oficial de Uberlândia.

A delegada regional da Polícia Civil, Márcia Regina Pussoli, informou que um inquérito já foi instaurado para apurar o crime. “Pedimos todas as perícias, tanto do local como do Instituto Médico Legal (IML). A polícia já ouviu algumas testemunhas e o mais rápido possível teremos uma resposta ao caso. Temos 30 dias para finalizar o inquérito, mas vamos dar prioridade as apurações e tentar fechar o assunto o quanto antes”.

Para o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Cylton Brandão, as investigações para saber de onde teria vindo o tiro que acertou o médico estão bem avançadas e em curto prazo a polícia deve chegar às conclusões.

Bombeiro é encontrada morta no elevador após incêndio em prédio da Savassi

18/07/2013
Chamas atingiram dois apartamentos do edifício, sendo um embaixo do outro

JULIANA BAETA / CAROLINA CAETANO
JHONNY CAZETTA

Uma militar da equipe do Corpo de Bombeiros morreu após inalar a fumaça de um incêndio ocorrido na tarde desta quinta-feira (18), na Savassi, região Centro-Sul da capital. A mulher foi encontrada desmaiada em um elevador do Condomínio Residencial Solar das Águias, ocorrido na rua Tomé de Souza.

Segundo as primeiras informações dos Bombeiros, o incêndio já havia sido controlado e os militares realizavam apenas o rescaldo do fogo. Os moradores já haviam sido autorizados a voltar aos seus apartamentos e um deles encontrou a mulher inconsciente dentro do elevador. A própria equipe tentou reanimar a mulher, mas ela não resistiu a inalação da fumaça tóxica e acabou morrendo no final desta tarde.

O incêndio começou por volta de 15h30, após um defeito no ar condicionado do apartamento 802 causar o fogo, que se espalhou pelo apartamento. Um dos cômodos ficou completamente destruído e as chamas chegaram a atingir também o apartamento correspondente do andar de cima. Cerca de 10 viaturas do Corpo dos Bombeiros estiveram no local e as chamas foram controladas. Nenhum morador ficou ferido. A Defesa Civil interditou o local e, nesta sexta-feira (19), será realizada nova vistoria para verificar a possibilidade de liberação do prédio.

Na noite desta quinta, o Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar, por meio da assessoria de imprensa, divulgou uma nota em que lamenta a morte da militar e informa que prestará todo apoio aos familiares da vítima. Ainda segundo a nota, a militar tinha 33 anos e era lotada no 1º Batalhão de Bombeiros Militar.
Jornal O Tempo

Sargento dos Bombeiros é detido por posse ilegal de arma

18 de Julho de 2013 - Juiz de Fora

Um sargento do Corpo de Bombeiros foi detido nesta quinta-feira (18) por posse ilegal de arma de fogo e munição. De acordo com o documento policial, ele teria apontado o armamento para um condutor, de 39 anos, após uma discussão no trânsito. Segundo o relato do motorista, ele trafegava pelo Morro da Glória, região central, em um Chevette, quando sinalizou para entrar em uma rua. Neste momento, foi ultrapassado por um Corolla, dirigido pelo militar. O sargento não teria concordado com a manobra feita pelo homem, e mostrou uma arma de fogo para ele.

O condutor do Chevette acionou a PM, que realizou rastreamento e localizou o sargento no Bairro Mariano Procópio, na mesma região. Em buscas dentro do veículo, os policiais localizaram uma bereta 950, calibre 6.35 e oito cartuchos intactos em baixo do banco do condutor. O bombeiro não apresentou documentação do armamento e negou que apontou a arma para o outro condutor. Ele foi preso, mas pagou fiança e foi liberado. O Corpo de Bombeiros informou que só irá se pronunciar sobre o fato após apuração interna.
Jornal Tribuna de Minas

Pesquisadores criam chip de dessalinização de água

Duas universidades, uma americana e outra alemã, estão desenvolvendo um dispositivo que consegue isolar 25% dos íons de cloreto; a expectativa é de alcançar 99% de remoção

Químicos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e da Universidade de Marburg, na Alemanha, estão trabalhando numa promissora nova tecnologia para dessalinização de água. Caso o desenvolvimento continue a ser satisfatório, é possível que futuros aparelhos possam fazer a operação de forma simples, portátil e com baixo consumo de energia.

A tecnologia consiste num chip de pequena voltagem que é preenchido com água do mar e possui um microcanal com duas ramificações. Na junção delas, há um eletrodo incorporado, que neutraliza alguns dos íons de cloreto da água para criar uma “zona de depleção de íons”, que aumenta o campo elétrico local, se comparado com o restante do canal. Essa mudança do campo elétrico é suficiente para redirecionar os sais para uma das ramificações, enquanto a água dessalinizada sai pela outra.

“As pessoas estão morrendo por falta de água fresca. E elas vão continuar a morrer até que haja algum tipo de avanço, e é isso o que nós esperamos que nossa tecnologia vá representar”, diz Tony Frudakis, fundador e CEO da Okeanos Technologies, empresa envolvida no desenvolvimento do chip. O estágio atual da pesquisa remove cerca de 25% dos sais e produz alguns apenas nanolitros de água. Porém, os pesquisadores acreditam que, com futuros avanços, conseguirão alcançar uma taxa de 90% de remoção, necessária para produzir água potável, também possibilitando a produção de quantidades satisfatórias para o consumo.
Com informações do TreeHugger / Foto: Universidade do Texas

Vicentão e mais 12 são denunciados pelo Ministério Público

18 de Julho de 2013 - Juiz de Fora

Por Daniela Arbex e Renato Salles
O ex-presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, Vicente de Paula Oliveira (Vicentão), acaba de ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais por suspeita de chefiar quadrilha especializada no saque fraudulento de precatórios e requisições de pequeno valor (RPV). Além dele, outras 12 pessoas, entre empresários, professor universitário, advogados e funcionária da Caixa Econômica Federal, poderão responder por diversos crimes, como estelionato, falsificação de documento público e formação de quadrilha (ver quadro). De acordo com a denúncia feita pelo procurador da República André Luiz Tarquínio da Silva Barreto, de Belo Horizonte, membros do grupo se faziam passar por beneficiários das quantias e sacavam o dinheiro no banco por meio de documentos falsificados. A ex-secretária de Vicentão na presidência da Câmara, Juliana Moreira Correa, também é apontada no esquema. Dois homens citados na denúncia já respondem a ação penal no Estado do Rio de Janeiro por participação em outra quadrilha envolvida no mesmo tipo de crime.

Segundo o teor da denúncia do MPF, a quadrilha conseguia sacar dinheiro de beneficiários em ações na Justiça que já tinham morrido ou sequer sabiam ter direito a benefício por meio de procurações falsificadas. "Eles chegavam ao requinte de lavrar as procurações em cartório, utilizando-se inclusive do nome de pessoas falecidas", afirmou o procurador. A quadrilha também falsificava, de maneira sofisticada, carteiras de identidade e outros documentos exigidos pelas instituições bancárias para a abertura de contas-correntes e de poupança. O Ministério Público Federal informou, ainda, que os envolvidos tinham acesso a informações privilegiadas a respeito dos dados dos beneficiários e da disponibilidade dos precatórios para saque.

Na denúncia, Vicentão é apontado como o chefe da quadrilha, sendo ele quem "articulava os demais comparsas para que se dirigissem às agências bancárias, por vezes, acompanhando-os pessoalmente. Sacados os valores, também era Vicentão quem decidia sobre a divisão do produto dos crimes".

A suspeita de participação no esquema levou Vicentão para a cadeia em 2010, após a realização da Operação Pluto, deflagrada pela Polícia Federal em Juiz de Fora. O levantamento foi iniciado em abril daquele ano, após um "laranja" tentar fazer um saque de R$ 475 mil na cidade. A ação foi interceptada, e o homem, preso pela polícia. Na época, o chefe da Polícia Federal, Cláudio Nogueira, informou que os valores retirados variavam de R$ 200 mil a R$ 700 mil. Vicentão ficou preso por 41 dias no Ceresp, em Juiz de Fora, no período de 8 de julho a 17 de agosto daquele ano. Na mesma época, Hélcio Campos Ferreira Júnior chegou a ser preso.

Procurado pelas equipes de reportagem da Tribuna e da Rádio Solar, Vicentão negou as acusações de estelionato, falsificação de documento público, falsificação de documento particular e formação de quadrilha. "Eu só posso garantir que até hoje ainda não fui ouvido sobre o assunto. Vou ser muito sincero, não tenho nada a ver com isso. Se encontrar um papel de bala com minha assinatura, pode até me condenar à morte." O ex-vereador, que foi presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora entre 2005 e 2008 e parlamentar por mais de duas décadas, disse estar sendo perseguido e alega ter ido à falência. "Eu jamais participei disso. Nem mexer com o computador eu sei. O que tenho a dizer é que isso acabou com minha vida. Fui à falência. Não tenho dinheiro sequer para comprar alimentos para meus filhos. Vivo de favor da minha filha que está em Brasília. Isso acabou comigo. Não pude fazer mais nada. Hoje sou um qualquer. Não tenho condições de sobrevivência. Acabei de vender meu apartamento. Nem carro eu tenho para andar. É uma covardia com uma pessoa que tem uma vida pública de 20 anos de história. O que tenho que dizer é que tenho vencido todos os processos. Graças a Deus."

Suspeitos ainda podem apresentar defesa
A denúncia contra o ex-vereador Vicente de Paula Oliveira (Vicentão) e outras 12 pessoas ainda não chegou à secretaria da 4ª Vara Federal em Juiz de Fora. O diretor de secretaria, Paulo Henrique Simões Dias, explicou que, uma vez recebida a denúncia, os suspeitos serão citados para apresentação de defesa escrita que será analisada pelo juiz, podendo ser pedida inclusive a absolvição primária. "Não havendo, entretanto, nenhuma alegação capaz de afastar a denúncia, o processo segue os trâmites com marcação de audiência de instrução e julgamento para ouvir testemunhas de acusação, defesa e todos os denunciados."

Paulo informou, ainda, que, mesmo após a sentença, ainda cabe recurso em instâncias superiores, como o Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Se condenados, no entanto, os envolvidos com o esquema de fraude dos precatórios podem pegar mais de seis anos de prisão.

Nova investida
Apesar de ter sido desarticulado pela Polícia Federal, o grupo denunciado em Juiz de Fora por receber precatórios de forma fraudulenta teve ações registradas em outras cidades, como Três Rios, Valença, Vassouras, Barra do Piraí, Piraí e Rio das Flores, na região Sul Fluminense. Em uma nova investida da Polícia Federal, em 2011, três supostos integrantes do esquema chegaram a ser presos em flagrante na cidade de Três Rios. Raphael Monteiro de Barros Ferreira, 29 anos , João Batista Belizário, o "João do Ovo", 52, ambos de Juiz de Fora, e um funcionário da Caixa Econômica Federal, cujo nome não aparece agora na denúncia do Ministério Público Federal, foram detidos quando tentavam sacar um precatório no valor de R$ 264 mil. Eles foram reconhecidos por gerente do banco, por causa de um saque de R$ 250 mil efetuado na mesma agência, dinheiro que, mais tarde, chegou a ser reclamado pelo verdadeiro dono.

'Abandonei a política e vivo de favor'
Desde 2008, o então presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, Vicente de Paula Oliveira (Vicentão), é denunciado por envolvimento em esquemas de corrupção. Naquele ano, a Tribuna trouxe à tona o Caso Koji, a respeito da construtora que disputava e vencia licitações para realização de obras em diversas secretarias da Prefeitura. O esquema, que movimentou mais de R$ 5 milhões em três anos, era mantido por laranjas, todos com estreita ligação com o vereador que somava mais de 20 anos no poder.

A investigação do jornal levou o parlamentar a pedir afastamento da presidência da Câmara e a aceitação de denúncia contra ele na Comissão de Ética da Casa. O movimento "Fora Vicentão", liderado por entidades sindicais, acabou ganhando as ruas e a adesão da população, por meio de listas de abaixo-assinado que percorreram a cidade. Acuado, Vicentão renunciou ao mandato de vereador em 8 de outubro de 2008, três dias depois de sofrer derrota histórica nas urnas.

De lá para cá, o ex-político experimentou sucessivas derrocadas. A revelação de sua suposta participação na fraude dos precatórios foi mais uma, resultando em sua prisão no dia 8 de julho de 2010. Na ocasião, a Polícia Federal encontrou R$ 204 mil enterrados no quintal da sua casa, no Bairro Santa Cândida. Além de o dinheiro ter sido apreendido, o ex-vereador amargou 41 dias de detenção em cela comum no Ceresp. Ele foi preso em caráter preventivo.

No ano passado, Vicentão teve sua candidatura a vereador impugnada em ação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Como cabia recurso, concorreu pelo PTB sob júdice, recebendo dois únicos votos.

Agora, diante da denúncia do Ministério Público Federal, quase cinco anos após sua renúncia, ele diz ter perdido tudo. "Hoje abandonei a política e estou vivendo de favor. Não levei um centavo. O que fizeram foi bloquear tudo que eu tinha. Não tenho nada. Se precisar de R$ 100 para comprar um remédio, não tenho. Estou com plano de saúde atrasado, luz e água cortada. Não consegui aposentar."
Jornal Tribuna de Minas

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Governador e comandante geral da PM evitam comentar sobre salários do TJMMG

17/07/2013 

O governador Antonio Anastasia e o comandante geral da Polícia Militar de Minas, coronel Márcio Martins Sant´Ana, evitaram comentar sobre os super salários pagos a servidores do Tribunal de Justiça Militar. O órgão gasta 88% (mais de R$ 35 milhões) do seu orçamento anual de R$ 40 milhões com a folha de pagamento de 102 servidores. Juízes aposentados chegam a receber R$ 140 mil. Um funcionário do almoxarifado recebeu quase R$ 29 mil e uma bibliotecária chegou a ganhar R$ 34 mil. 

Anastasia defendeu a legitimidade do tribunal, mas disse que, como todas instituições, é preciso reciclar permanentemente. “Acompanho o tribunal há muitos anos e sei que ele vem prestando bons serviços. Agora, todas as instituições têm que, permanentemente, se reciclar, elas têm que se aperfeiçoar, prestar melhor serviço. Tenho certeza que o presidente do tribunal, que está até aqui nessa cerimônia, tem todo empenho nesse sentido”, disse durante a solenidade do Dia de Minas Gerais, realizada nessa terça-feira, em Mariana.

Já o coronel Márcio Martins destacou a importância do TJMMG para a Polícia Militar e posicionou-se contrário à extinção do órgão, como deseja o deputado Sargento Rodrigues (PDT), autor da denúncia. 

“Acho que seria uma perda muito grande. A Polícia Militar é um instituição hierarquizada, vertical, os seus servidores têm uma situação jurídica de militares e o que garante essa hierarquia, disciplina, em última instância, é a Justiça. As coisas são julgadas de maneira célere por pessoas de uma justiça especializada que conhecem muito as circunstâncias da nossa atuação”, argumentou. 

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por Editoria de web em Jornalismo / Atualizado 17/07, 14:23 h
Fonte: Rádio Itatiaia

PM desvenda "desmanche " em Chácara/Bicas e Juiz de Fora

17/07/2013 - Chácara/ Bicas/ Juiz de Fora


Nessa terça-feira(16), policiais militares do município de Chácara/MG em ação conjunta com equipes de Juiz de Fora, atuaram no combate ao desmanche de veículo automotor.

Os militares do Destacamento Policial de Chácara possuíam informações sobre um indivíduo que estaria praticando o crime.

Por volta das 22:00 h, as equipes compareceram em um sitio em Chácara e localizaram um Fiat Uno; que teria sido furtado e cujas peças seriam usadas em um outro carro.

O autor confirmou a existência de outros veículos e uma viatura compareceu no município de Bicas e efetuaram a apreensão de uma caminhonete.

Uma equipe de Juiz de Fora rastreou e localizou na Rua Rosa Sfeir, bairro Grajau/JF, um Fiesta da cor prata, mesmo tendo os meliantes alterado a carroceria para a cor preta.

Os policiais conseguiram mais informações sobre uma oficina mecânica do bairro Grama/JF, e outra no bairro Vila Ideal/JF, que seriam utilizadas para desmontagens de veículos de procedência duvidosa.

Nesta data, um cúmplice do autor também foi preso e na oficina do bairro Grama foram localizadas várias peças de carros.

Em uma residência no bairro Vila Ideal foram arrecadadas diversas placas e chassis de automóveis.


A ocorrência prossegue.

Tribunal de Justiça Militar paga salário de até R$ 69 mil por mês

16/07/2013 
Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia

Flávio Tavares/Hoje em Dia
Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais é um dos três existentes no Brasil

Em flagrante desrespeito à Constituição federal, o Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG) pagou aos juízes e servidores, em junho, salários até 150% maiores que o teto do funcionalismo público fixado em R$ 28 mil para 2013. Juízes e servidores do Judiciário especializado chegaram a receber até R$ 69 mil líquidos no mês passado, mais que o triplo do que recebeu a presidente Dilma Rousseff (PT) no mês de maio, último disponível para consulta (aproximadamente R$ 19 mil). Dos 13 juízes do TJMMG, oito receberam mais do que prevê a Constituição.

A farra com o dinheiro público chegou ao conhecimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde foram protocoladas três denúncias. Os super salários do TJ Militar vieram à tona depois de uma série de matérias publicadas pelo Hoje em Dia no fim do ano passado. Naquele ano, um servidor chegou receber em um único mês R$ 162 mil. Um assessor de imprensa contou com vencimento bruto de R$ 104 mil.

Na ocasião, o Tribunal atribuiu os vencimentos estratosféricos a decisões judiciais que teriam sido pagas aos funcionários e magistrados. Porém, segundo levantamento feito pelo Hoje em Dia, durante todo o primeiro semestre a situação voltou a se repetir.

3,3 milhões em um mês
Em junho, foram gastos R$ 3,3 milhões só com pagamento de pessoal, segundo planilha divulgada pelo TJ Militar. Nela constam salários de R$ 69 mil, R$ 67 mil, todos líquidos, ou seja, com os impostos e contribuições já descontados na folha.

Não são apenas os juízes que ganham acima do teto. Com um vencimento bruto R$ 87 mil, uma funcionária da assessoria de comunicação recebeu R$ 34 mil no mês passado. Outros dois servidores também estouraram o teto. Os salários do TJ Militar já custaram mais de R$ 11,6 milhões aos cofres públicos em 2013.

Basta analisar as planilhas de pagamento para perceber que os “penduricalhos” chegam a corresponder a mais da metade do pagamento dos servidores no fim do mês.

Na Assembleia
Está nas mãos dos deputados estaduais acabar ou “incentivar” a farra no TJM. Uma proposta de emenda constitucional do deputado Sargento Rodrigues (PDT) propõe acabar com a estrutura, tese defendida pelo presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa.

Já um projeto de lei – que aguarda apreciação em comissão – prevê a criação de 78 novos cargos no TJM, ao custo de R$ 3,9 milhões ao ano.