Duas universidades, uma americana e outra alemã, estão desenvolvendo um dispositivo que consegue isolar 25% dos íons de cloreto; a expectativa é de alcançar 99% de remoção
Químicos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e da Universidade de Marburg, na Alemanha, estão trabalhando numa promissora nova tecnologia para dessalinização de água. Caso o desenvolvimento continue a ser satisfatório, é possível que futuros aparelhos possam fazer a operação de forma simples, portátil e com baixo consumo de energia.
A tecnologia consiste num chip de pequena voltagem que é preenchido com água do mar e possui um microcanal com duas ramificações. Na junção delas, há um eletrodo incorporado, que neutraliza alguns dos íons de cloreto da água para criar uma “zona de depleção de íons”, que aumenta o campo elétrico local, se comparado com o restante do canal. Essa mudança do campo elétrico é suficiente para redirecionar os sais para uma das ramificações, enquanto a água dessalinizada sai pela outra.
“As pessoas estão morrendo por falta de água fresca. E elas vão continuar a morrer até que haja algum tipo de avanço, e é isso o que nós esperamos que nossa tecnologia vá representar”, diz Tony Frudakis, fundador e CEO da Okeanos Technologies, empresa envolvida no desenvolvimento do chip. O estágio atual da pesquisa remove cerca de 25% dos sais e produz alguns apenas nanolitros de água. Porém, os pesquisadores acreditam que, com futuros avanços, conseguirão alcançar uma taxa de 90% de remoção, necessária para produzir água potável, também possibilitando a produção de quantidades satisfatórias para o consumo.
16 Jul 2013
Com informações do TreeHugger / Foto: Universidade do Texas
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