domingo, 14 de julho de 2013

Bêbado bate em companheira e morre depois de cair de uma escada em Juiz de Fora

14/07/13 
FERNANDA VIEGAS

A morte de um homem de 42 anos, cujo corpo foi encontrado na madrugada deste domingo (14) em Juiz de Fora, na Zona da Mata, apresenta uma controvérsia. A princípio, João Carlos do Amaral teria caído de uma escada, mas, por causa de um corte atrás da orelha, há suspeita de que ele tenha sido assassinado. A motivação pode ter sido uma briga que ele teve com a companheira, Ana Maria Ferreira, de 59 anos, momentos antes da morte. Ele teria chegado em casa bêbado, batido na mulher e, em seguida, sido perseguido pelos filhos dela.

Uma testemunha contou à Polícia Militar (PM) que Amaral chegou em casa, na rua São Tancrácio, no bairro Megiolário, por volta das 3h50. Na intenção de defender a mãe durante a briga, os dois filhos de Ana Maria partiram para cima do agressor, que teria caído da escada que dá acesso à residência deles. Depois da queda, ele teria conseguido se levantar, ir até a rua, sentar na calçada e, depois, se deitar. Como estava imóvel e sem respirar, a testemunha chamou a PM. Uma equipe do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e constatou o óbito.

Fica, agora, a cargo da Polícia Civil investigar o caso para esclarecer a morte do homem. A ocorrência foi registrada na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora.
Jornal O Tempo

JF - Mais um adolescente é morto a tiros

13 de Julho de 2013 - Juiz de Fora

Um adolescente de 16 anos morreu após ser vítima de disparos de arma de fogo na noite da última sexta-feira (12), no Bairro Parque das Torres, na Zona Norte da cidade. Conforme informações da Polícia Militar (PM), a corporação foi acionada por volta das 20h30, devido a um desentendimento entre a vítima e outro adolescente, de 17 anos, que teria realizado os disparos. Wemerson de Oliveira Hugo Flores foi socorrido pelo Samu e levado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada deste sábado. Segundo a Secretaria de Saúde e o boletim de ocorrência, os disparos atingiram o tórax e a cabeça do adolescente. O suspeito fugiu.

Wemerson é a 28ª vítima de homicídio na Zona Norte este ano e o décimo adolescente morto nessa região. Os familiares do adolescente ficaram desolados com a notícia e esperam que o suspeito seja localizado. "Estamos com medo. O Parque das Torres sempre foi um bairro violento, mas de algum tempo para cá está ainda mais perigoso", desabafa o pai da vítima, 50 anos. Ele ainda conta que o filho foi à casa de conhecidos que moram no Jóquei I e teria sido abordado na volta para casa. "Fizeram uma covardia. Meu filho era um menino tranquilo, estudava, não se envolvia com drogas, mas esses meninos implicavam muito com ele. Parece que ontem ele resolveu responder às provocações e, depois de uma discussão, um deles pegou uma arma e atirou contra o Wemerson."

Parentes do adolescente dizem que a briga começou próximo a uma passarela que liga o Jóquei ao Parque das Torres, mas teria terminado com os disparos perto da casa onde ele vivia. Em março, um homem de 32 anos foi morto a tiros na mesma região, e uma criança, 5, que passava pelo local com familiares, teria sido atingida de raspão.
Tribuna de Minas

Cinco homens são assassinados na madrugada e manhã deste domingo em BH e região

14/07/13 
ANDERSON ROCHA

Cinco homens foram assassinados em Belo Horizonte e região metropolitana da capital na madrugada e manhã deste domingo (14). De acordo com informações da Polícia Militar, há casos de bala, facadas e espancamento. Algumas das vítimas tinham envolvimento com tráfico de drogas.

A primeira morte foi registrada pela Polícia Militar às 01h26 da madrugada, na rua Candeia, altura do número 459, no bairro Jardim Laguna, em Contagem. Segundo informações dos militares do 18º Batalhão de Polícia Militar, o homem, de 34 anos, foi encontrado caído no local, com diversas marcas de tiro. A vítima foi socorrida até a Unidade de Pronto-Atendimento da Ressaca, mas não resistiu e faleceu. A polícia suspeita de envolvimento do homem com o comércio de drogas.

Por volta de 01h45, segundo a polícia, outro homem foi morto, mas por facadas. O crime aconteceu na rua Treze, altura do número 34, no bairro Jardim Bandeirantes, em Esmeraldas. A vítima foi encontrada com ferimentos de faca dentro de uma residência. Os militares do 40º Batalhão levaram-no até o Hospital São Judadas Tadeu, mas ele não resistiu aos cortes e morreu. A polícia não tem informações da identidade do homem. O crime será investigado pela Delegacia de Ribeirão das Neves.

Às 03h12 a Polícia Militar recebeu um chamado sobre a morte de um homem baleado. Os militares do 34º Batalhão compareceram à rua Cinabrio, altura do número 20, no bairro Senhor dos Passos, na região Noroeste, onde averiguaram a morte da vítima, que foi encontrada já em óbito, caída no chão.

MANHÃ Outros dois homens morreram na manhã deste domingo. Às 6h44, militares do 22º BPM seguiram até a rua Demetrio Ribeiro com rua Padre Julio Maria, no bairro Saudade, na região Leste da capital, onde um homem foi baleado e faleceu no local.

Um outro homem foi morto por espancamento, na rua Perobas Nove, no bairro Parque São João, em Contagem. Os militares do 39º Batalhão foram chamados às 7h15 para atender o caso de um homem, que faleceu após ser espancado.
Jornal O Tempo

Deputados têm imóveis em BH e bolsa-aluguel. Levantamento mostra que 33 parlamentares ganham benesse, mesmo com casa na capital mineira

14/07/2013
Mais de 90% dos deputados estaduais mineiros recebem o auxílio-moradia de R$ 2.850 mensais

RODRIGO FREITAS

Com R$ 2.850 mensais no caixa, muitas famílias brasileiras – hoje enquadradas na dominante classe média – conseguem se virar para pagar todas as suas contas e até garantir um passeio aos fins de semana ou nos meses de férias. Mas, para 71 dos 77 deputados estaduais mineiros, esse valor significa apenas o auxílio-moradia para que eles se estabeleçam na capital. Mais do que isso, dos parlamentares que recebem a benesse, 33 – quase a metade – têm imóveis registrados em seu nome na região metropolitana de Belo Horizonte, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apenas nesta legislatura, que se iniciou em fevereiro de 2011, a Assembleia já pagou R$ 5 milhões aos deputados sob a rubrica do auxílio-moradia. Tudo com o dinheiro do contribuinte mineiro. Com a verba, seria possível, por exemplo, comprar mais de 400 mil livros didáticos de ensino médio ou construir dez postos de saúde, segundo apurou a reportagem.

Com R$ 2.850 mensais para o aluguel de um imóvel, é possível locar um bom apartamento de quatro quartos e duas vagas de garagem no Santo Antônio, bairro nobre da região Centro-Sul de Belo Horizonte. No Santa Lúcia ou na Serra, locais igualmente valorizados na mesma região, é possível pensar num três quartos, também com duas vagas. Os valores foram obtidos a partir de pesquisas em sites de redes de imobiliárias que atendem a região metropolitana de Belo Horizonte.

RICOS. Dos 33 deputados que têm imóveis na região metropolitana da capital e, ainda assim, recebem o benefício, 12 têm mais de uma casa ou apartamento em seu nome. O campeão é o tucano Bonifácio Mourão, que tem cinco apartamentos na capital, em bairros como Lourdes e Gutierrez, com valor total declarado de R$ 989 mil. Segundo dados do TSE, o parlamentar ainda possui 11 terrenos e 20 salas comerciais no interior do Estado. O total dos bens de Mourão chega a R$ 2,75 milhões.

Na segunda posição está Alencar da Silveira Junior (PDT), que tem quatro apartamentos – nos bairros Lourdes, Buritis e Estoril – avaliados em R$ 1,46 milhão. Além disso, ele é dono de três apart-hoteis na Savassi e no Funcionários e um apartamento em construção em Lourdes. O parlamentar ainda investe em imóveis: tem 50% de 20 apartamentos em construção no bairro Santa Mônica, em Venda Nova. Sua declaração de bens soma R$ 4,84 milhões.
Jornal O Tempo

sábado, 13 de julho de 2013

Nova arma não letal lança raio agonizante que dispersa multidões a grandes distâncias

11/07/2013

“Você pode até acreditar que é capaz de resistir. Seu corpo discorda veementemente”, descreve o repórter Spencer Ackerman, da revista Wired, que participou de uma demonstração da arma Active Denial (algo como “Negação Ativa”), uma arma não letal desenvolvida pelo exército dos Estados Unidos.

“Em um segundo, meus ombros e meu tórax estavam na temperatura de um outdoor colocado em um campo de Virgínia no começo da primavera”, continua Ackerman. “A sensação faz com que seus nervos tomem conta de sua débil consciência, então não era como se eu tivesse pensado que sair da frente do raio era uma boa ideia, eu fiz o que meu corpo me disse para fazer” – e o que os desenvolvedores da arma esperam que multidões façam, se ela for colocada em uso.


Fruto de décadas de pesquisa, a Active Denial é capaz de soltar um raio de micro-ondas com 2m de diâmetro e atingir alvos a centenas de metros. Os efeitos são paradoxais: mesmo sem provocar qualquer tipo de queimadura (pelo menos na imensa maioria dos casos), o raio pode causar uma dor insuportável, como se você estivesse dentro de um forno em alta temperatura.

Perigo de abuso
Desde o final dos anos 1990, mais de 11 mil voluntários participaram de testes da Active Denial e, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, houve apenas oito casos de queimaduras, dos quais apenas dois precisaram de cuidados médicos – se esses dados forem precisos, o número de casos é pequeno (menos de 1 em mil) comparado com o de outras armas não letais, como o taser (cerca de 3 em mil). 


A princípio, uma série de testes, feitos por diversos laboratórios, mostrou que a Active Denial “apenas” causa dor, sem interferir em implantes metálicos ou marcapassos, nem elevar o risco de câncer.

Essa propriedade, usada por seus defensores para mostrar que o aparelho seria menos perigoso do que armas similares, é justamente um dos riscos apontados por quem se opõe ao uso da Active Denial: a arma pode ser usada de forma abusiva, pra torturas, sem deixar marcas ou ferimentos como evidência. 


Além disso, os críticos apontam que, como ocorre com tasers e balas de borracha, há o risco de usarem a Active Denial levianamente, ao invés de tentar resolver conflitos de modo pacífico e deixar armas não letais como último recurso. 


Mesmo sem ter chegado a ser usada “no mundo real”, a Active Denial é, desde o primeiro protótipo, uma arma polêmica, e não se sabe se seu uso será permitido mesmo em situações de conflito intenso.[New Scientist]

http://hypescience.com/nova-arma-nao-letal-dos-eua-lanca-raio-agonizante-que-dispersa-multidoes-a-grandes-distancias/
Por Guilherme de Souza em 19.05.2013 as 14:00

Acidente grave com ônibus deixa mortos e feridos na BR-259, em MG

13/07/2013 
Diego Souza e Saulo Bernardo
Do G1 Vales de Minas Gerais
Veículo saiu de Sobradinho-DF, e seguia para Setubinha, município da região nordeste de Minas Gerais. (Foto: Reprodução/InterTV)

Pelo menos 10 pessoas morreram e outras 10 ficaram gravemente feridas em um acidente na noite desta sexta-feira (12), próximo ao distrito de Goiabal, no km 223, da BR-259, a aproximadamente 60km de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais. O acidente teria acontecido quando o ônibus descia uma serra em curva e possivelmente perdido o freio.

Os feridos foram encaminhados para o Hospital Municipal e os corpos foram levados para o Posto de Perícia Integrada (PPI), em Governador Valadares. Até a manhã deste sábado a empresa não havia divulgado para a imprensa a lista com os nomes das vítimas e dos demais passageiros do ônibus.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, no ônibus havia 42 passageiros além de dois motoristas. Os passageiros eram fiéis da Igreja Assembleia de Deus Sobradinho. Eles participariam da inauguração de uma igreja. O veículo saiu de Sobradinho, no Distrito Federal, e seguia para Setubinha, município localizado na região nordeste de Minas Gerais.
No ônibus havia 42 passageiros além de 2 motoristas.(Foto: Reprodução/InterTV)

Além das malas, os bagageiros também estavam cheios de roupas e alimentos que seriam entregues à famílias do Vale do Jequitinhonha. Não havia crianças. Com base nas informações dos passageiros, toda a documentação do veículo estava em dia.

“O ônibus apresentou defeito no sistema de freio. O problema tinha sido resolvido durante a viagem. A intenção era fazer uma parada em Governador Valadares para todo mundo descansar. Porém, antes de chegar ouvi barulhos, avisei ao motorista, mas não deu tempo de fazer nada e parece que o ônibus perdeu o freio”, conta o pedreiro Udson Moreira Carvalho que estava no ônibus.

“A gente não conseguiu identificar as vítimas. Os sobreviventes foram socorridos de forma aleatória, alguns em ambulâncias municipais, outros com ferimentos menos graves pegaram carona. O que podemos confirmar é que era um ônibus de turismo, da empresa Brasil Tur, a documentação estava em dia e o motorista era habilitado. Dos 10 mortos, 8 eram mulheres e 2 homens”, afirma a tenente do Corpo de Bombeiros, Euneíse Costa.

O motorista que dirigia o veículo, abalado, não quis gravar entrevista. O motorista auxiliar disse que o ônibus não estava em alta velocidade e que eles tinham se revezado ao volante por algumas vezes. “Nenhum de nós estávamos cansados. Vínhamos nos revezando. Na hora do acidente houve desespero e pânico dentro do ônibus”, relata o motorista auxiliar Pedro Rocha.

O tráfego nos dois sentidos chegou a ser interditado, mas depois, uma das pistas foi liberada, mesmo assim com trânsito lento. Algumas pessoas acenderam velas no local em solidariedade às vítimas.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Presa quadrilha de tráfico de drogas que atuava em Juiz de Fora e BH

12 de Julho de 2013 - Juiz de Fora

A equipe da Delegacia Especializada Antidrogas de Belo Horizonte divulgou nesta sexta-feira (12) que apreendeu 82kg de drogas, em um esquema de tráfico de entorpecente entre Juiz de Fora e a capital mineira. O montante foi o maior volume de crack e cocaína já apreendido na história do Departamento de Investigação Antidrogas de BH. Grande parte, 66kg, foi recolhida em uma propriedade situada em Igrejinha, na Zona Rural de Juiz de Fora, onde morava um homem, 33 anos, que foi preso suspeito de integrar o "negócio". Também foram encontrados dois veículos e pouco mais de R$ 12 mil em dinheiro. De acordo com informações da Polícia Civil, as investigações duraram dois meses e foram concluídas entre o fim do mês de junho e início desse mês, quando, no último dia 3, o morador da Zona Rural foi pego no Terminal Rodoviário Miguel Mansur, entregando um 1kg de cocaína para uma mulher, 24. Ambos foram presos em flagrante. Na sequência, os policiais foram até a residência dele, onde estavam armazenados os 66 kg de cocaína e crack.

A primeira parte da operação de combate ao tráfico de drogas nos municípios de Belo Horizonte e Juiz de Fora, batizada de "Cerco à Mata", ocorreu em 29 de junho, quando um homem, 38, foi preso na chegada da capital, portando 10kg de crack e 5kg de cocaína. Conforme as investigações, o suspeito capturado na rodoviária da cidade trabalhava para um traficante de Juiz de Fora que cumpre pena no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG), pela prática de diversos crimes. Como apontou a apuração, o esquema dele realizava um consórcio para adquirir grandes quantidades de cocaína vinda do Estado do Mato Grosso. O entorpecente era usado para ser revendido no atacado a diversas cidades mineiras.

Esse traficante, que já esteve incluído no programa "Procura-se" do Governo do estado, ganhou projeção nacional ao ser preso em julho do ano passado pela Polícia Federal num prédio de alto luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com mais de R$ 1 milhão de reais em dinheiro dentro de casa. Mesmo preso na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, ele, de acordo com a polícia, continuava comandando um poderoso esquema de tráfico de drogas, que, apesar de baseado no interior do estado, abastecia parte da capital, além de outros municípios.
Tribuna de Minas

PM prende suspeito de tráfico próximo a escola e +

12 de Julho de 2013 - Juiz de Fora

Um jovem de 21 anos foi detido, na noite de quinta-feira (11), suspeito de tráfico de drogas na Rua Diva Garcia, no Bairro Linhares, Zona Leste. Segundo boletim de ocorrência, por meio de denúncia de moradores, a Polícia Militar começou a monitorar a ação de dois homens que estariam traficando drogas próximos a igreja e a escola municipal do bairro. 

Conforme documento oficial, um dos suspeitos ficava na porta de um bar e recebia o dinheiro dos compradores. Mediante pagamento, ele caminhava até uma praça onde a droga ficava escondida em uma moita. O homem retornava à porta do estabelecimento e fazia a entrega do produto. Em seguida, um segundo envolvido na ação, parado próximo ao local da transação, recolhia a quantia e retornava ao seu posto de observação. 

No momento da abordagem da PM, o homem que guardava o dinheiro conseguiu fugir, apenas o suspeito responsável pela venda e entrega foi detido. Ainda conforme o boletim de ocorrência, já havia um mandado de prisão contra ele. Foram encontradas dez pedras de crack em seu bolso e a quantia de R$ 5, valor que seria cobrado por cada unidade da droga. Com o apoio de cães farejadores, foram localizadas mais cinco pedras da mesma substância as quais foram dispensadas pelo outro suspeito durante a fuga.

Dois presos no Nossa Senhora Aparecida

Dois homens de 24 e 26 anos foram detidos, na madrugada desta sexta-feira (12), suspeitos de tráfico de drogas no Bairro Nossa Senhora Aparecida, região Leste. De acordo com boletim de ocorrência, policiais militares em patrulha encontraram os dois em atitude suspeita. Ao perceber a presença dos policiais, os homens se esconderam em uma casa na Rua Carmela Dutra. Durante a fuga, um dos suspeitos teria arremessado um invólucro para a varanda do imóvel. No material descartado estavam 108 pedras de crack e uma bucha de maconha. Em abordagem, foi encontrada uma pedra de crack dentro do tênis de um dos homens. Ainda conforme boletim, a dupla seria conhecida por comercializar drogas na Rua Idelfonso Teixeira de Macedo, no mesmo bairro. Os dois foram encaminhados à 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC).

Droga achada em canavial de Ipeúna 'caiu' de avião que errou alvo, diz PF

12/07/2013 
Do G1 Piracicaba e Região
A pasta base de cocaína encontrada por funcionários de uma usina, em um canavial de Ipeúna (SP), na manhã desta sexta-feira (12) foi jogada por um avião de traficantes que pode ter errado o alvo para entrega, segundo o delegado Polícia Federal (PF) Florisvaldo das Neves.

Os 116,9 quilos de pasta base de cocaína foram encontrados em uma plantação de cana próxima à divisa da cidade com Charqueada (SP). O produto foi achado por volta das 5h30 desta sexta por trabalhadores que faziam a colheita da cana com maquinário. Ao perceber que algo havia ficado enroscado no equipamento, os funcionários da empresa encontraram a droga, que estava em sacolas e prensado em forma de tabletes.

Desde o final de abril que a PF realizava buscas no local, de acordo com o delegado. “Na época recebemos denúncia e fomos ao local indicado, mas encontramos apenas resquícios das drogas. Uma perícia foi feita e comprovou que o entorpecente foi arremessado por um avião. Essa droga provavelmente vem do exterior, do Paraguai ou da Bolívia", disse Neves.

Localização da droga
De acordo com o delegado, funcionários da usina foram avisados da possibilidade de ainda haver mais drogas no canavial. As investigações da Polícia Federal indicam que os traficantes esperavam que a carga caísse a 800 metros do local onde foi encontrado nesta sexta, mas um erro fez com que a droga caísse na área errada e de difícil localização devido à cana.
Pasta de cocaína foi encontrada em canavial de Ipeúna (Foto: Fernanda Zanetti/G1)

“A gente sabia que o entorpecente estava perdido no canavial, mas não sabia exatamente onde. Na época utilizamos guindaste e até o helicóptero Águia da Polícia Militar sobrevoou a área, mas nada foi encontrado. Semana passada também foram feitas operações, mas nada foi encontrado", disse Neves.

Investigação
Um inquérito foi aberto e a Polícia Federal trabalha com a hipótese de os criminosos serem da região de Campinas (SP).

O delegado informou ainda que tem sido comum no interior de São Paulo a prática de despejar drogas com aviões. “Foram feitas várias apreensões de aeronaves e entorpecentes. Normalmente o entorpecente é arremessado e um grupo no chão passa e coleta. Há casos também em que o avião aterrissa para entregar a droga", afirmou.

Geração Facebook diz “não” à Força Sindical, à CUT e aos partidos políticos, e Dia Nacional de Lutas vira um grande mico. Falha tentativa dos “aparelhos” de ganhar as ruas

12/07/2013 às 6:47

Micou de maneira retumbante o tal Dia Nacional de Lutas. A CUT, a Força Sindical, outras centrais e os partidos políticos de esquerda foram malsucedidos na tentativa de pegar carona da onda de protestos que sacudiu o país. Houve, sim, muita atrapalhação nas estradas, ocupação em porto, escaramuças, dificuldades aqui e ali, mas nada nem remotamente parecido com os protestos havidos no mês passado. ATENÇÃO, LEITOR! Se eu fosse um desses “cientistas sociais” que têm medo dos seus alunos e gostam de posar de moderninhos – aquela gente, sabe?, que agora deu para falar em “crise da democracia representativa” –, estaria achando lindo o que aconteceu. Mas eu não acho, não. Na verdade, o evento desta quinta jogou ainda mais luzes sobre os havidos no mês passado e só reforçaram alguns temores que eu tinha. O que significa o micão desta quinta, em contraste com aquele milhão e meio de dias atrás? Significa que reivindicar o inexequível é bem mais gostoso, o que nos remete a um dos lemas de Maio de 1968, na França: “Seja realista, peça o impossível”. O evento também expõe uma das forças e, ao mesmo tempo, das maiores fragilidades da “onda de protestos” no Brasil: a composição social de quem vai ou foi às ruas. O primeiro passo para responder de forma eficiente à realidade e admiti-la: os pobres, com raras exceções, preferiram, até agora, ficar em casa.

Assim, entendam direito o meu ponto: não lamento o fato de o protesto desta quinta ter sido malsucedido porque gostaria de ver a CUT, a Força e até os petistas a liderar a massa… Eu não! Deus me livre! Lastimo é que a pobreza de liderança política no Brasil se reflita também nos sindicatos e que estejamos sem o fio que possa desatar o nó. Vamos lá. Milhões de trabalhadores poderiam ter ocupado as praças para cobrar redução na jornada de trabalho, certo? É uma reivindicação muito mais, como direi?, palpável do que os tais 20 centavos. Mas aí alguém se lembrou de gritar: “Não é pelos 20 centavos”. E estava dada a deixa para uma mobilização que tem, sim, âncoras no mundo real – corrupção dos políticos, ineficiência do serviço público, gastança de dinheiro –, mas que se expressa numa espécie de bolha de sensações e de emoções. Para voltar a Maio de 1968, o que conta é fazer as barricadas do desejo. A utopia é a da ausência de estado, assuma isso a forma violenta (os baderneiros) ou pacífica (uma coisa, assim, “faça amor, não faça a guerra”).

Cobrar redução da jornada e fim do fator previdenciário, olhem que coisa!, parece apequenar o movimento e a razão por que se vai às ruas; é, como diriam os adolescentes hoje em dia (de maneira irritante), “tipo assim” coisa de pobre, de um pragmatismo incompatível com o sonho e com as evocações românticas. Os “sonháticos” querem um outro mundo possível… Não! Na verdade, pretendem um outro mundo… impossível. Nele, não só os políticos não roubam como, a rigor, não há políticos nem política.

É claro que eu poderia lembrar àqueles valentes cientistas sociais que têm medo de contrariar os alunos que também as manifestações de junho levaram às ruas as… minorias!, ainda que tenham mobilizado, sei lá, 20 ou 30 vezes mais gente do que a desta quinta-feira. Huuummm… Então vamos ver: líderes que efetivamente representam grupos e com os quais se podem fazer acordos mobilizam meia dúzia de gatos-pingados; não líderes – e que, portanto, não lideram, mas alçados pela imprensa à condição de estrelas da não representação – conseguem criar eventos que reúnem alguns milhares. Muito bem! O que se vai negociar com eles? Chamem a Mayara Vivian e os coxinhas radicais do Passe Livre… 

Há quem se deixe cair de encantos por um paradoxo cuja graça, havendo alguma, é não mais do que literária – e literatura meio velha, da década de 60: a “juventude” (ah, os tarados pela juventude…) que está nas ruas tem força, mas não sabe o que quer, e os que sabem o que querem já não têm força. Mas onde está a virtude desse troço? Se isso produzir algo, tenho minhas dúvidas, será, no máximo, um impasse. Para o qual ninguém tem resposta.

Dilma está encalacrada? Está, sim, de dois modos distintos: há o impasse de fundo, que diz respeito ao esgotamento do modelo lulo-petista, do qual, vamos ser francos, até havia pouco, a esmagadora maioria da imprensa não havia se dado conta. Ou havia? Leiam os jornais de há dois ou três meses. Com ou sem “povo” na rua, o país ia mal das pernas. E agora ela enfrenta o descontentamento com “tudo isso que está aí”. Ocorre que esse “tudo isso” pode se voltar contra qualquer um; ele é dirigido, na verdade, contra o governante de turno. E não consegue se transformar numa agenda.

Essa conversa mole da “sociedade horizontal”, sem hierarquia de valores, sem eixo e sem centro, sinto muito, é conversa de bêbados. É divertido e coisa e tal, mas sempre chega a hora de pagar a conta e de voltar para casa – sem contar a ressaca… Não vai a lugar nenhum e ainda pode produzir alguns desastres. Boa parte do que o Congresso votou até agora, emparedado pelas ruas, se querem saber, não é coisa boa e tende a ter efeitos deletérios. Na esfera econômica, o país vive um congelamento branco de tarifas públicas que pode ter efeitos desastrosos. Ensaia-se facilitação de mecanismos de democracia direta que, se efetivados, tornarão a democracia brasileira refém de minorias organizadas e barulhentas.

Caminhando para a conclusão

Sim, as centrais sindicais e os partidos quebraram a cara ao tentar, de maneira oportunista, pegar carona no movimento das ruas. Tiveram uma lição e tanto. Mas isso só nos diz o tamanho do impasse e os riscos que estão por aí. Não há nada de belo ou de bom numa sociedade sem interlocutores considerados confiáveis para articular o futuro. Vivemos, nesses dias, sob uma espécie de ditadura do presente.

Pode dar em quê? No quadro atual, há, sim, o risco de eleger em 2014 alguém que fale em nome da “não política”, e aí saberemos o que é crise! Mas o mais provável é que se tenha mesmo uma saída “conservadora” – no caso, conservadora do statu quo; vale dizer: a continuidade do petismo. E isso seria igualmente desastroso.

Por Reinaldo Azevedo