sexta-feira, 12 de julho de 2013

Droga achada em canavial de Ipeúna 'caiu' de avião que errou alvo, diz PF

12/07/2013 
Do G1 Piracicaba e Região
A pasta base de cocaína encontrada por funcionários de uma usina, em um canavial de Ipeúna (SP), na manhã desta sexta-feira (12) foi jogada por um avião de traficantes que pode ter errado o alvo para entrega, segundo o delegado Polícia Federal (PF) Florisvaldo das Neves.

Os 116,9 quilos de pasta base de cocaína foram encontrados em uma plantação de cana próxima à divisa da cidade com Charqueada (SP). O produto foi achado por volta das 5h30 desta sexta por trabalhadores que faziam a colheita da cana com maquinário. Ao perceber que algo havia ficado enroscado no equipamento, os funcionários da empresa encontraram a droga, que estava em sacolas e prensado em forma de tabletes.

Desde o final de abril que a PF realizava buscas no local, de acordo com o delegado. “Na época recebemos denúncia e fomos ao local indicado, mas encontramos apenas resquícios das drogas. Uma perícia foi feita e comprovou que o entorpecente foi arremessado por um avião. Essa droga provavelmente vem do exterior, do Paraguai ou da Bolívia", disse Neves.

Localização da droga
De acordo com o delegado, funcionários da usina foram avisados da possibilidade de ainda haver mais drogas no canavial. As investigações da Polícia Federal indicam que os traficantes esperavam que a carga caísse a 800 metros do local onde foi encontrado nesta sexta, mas um erro fez com que a droga caísse na área errada e de difícil localização devido à cana.
Pasta de cocaína foi encontrada em canavial de Ipeúna (Foto: Fernanda Zanetti/G1)

“A gente sabia que o entorpecente estava perdido no canavial, mas não sabia exatamente onde. Na época utilizamos guindaste e até o helicóptero Águia da Polícia Militar sobrevoou a área, mas nada foi encontrado. Semana passada também foram feitas operações, mas nada foi encontrado", disse Neves.

Investigação
Um inquérito foi aberto e a Polícia Federal trabalha com a hipótese de os criminosos serem da região de Campinas (SP).

O delegado informou ainda que tem sido comum no interior de São Paulo a prática de despejar drogas com aviões. “Foram feitas várias apreensões de aeronaves e entorpecentes. Normalmente o entorpecente é arremessado e um grupo no chão passa e coleta. Há casos também em que o avião aterrissa para entregar a droga", afirmou.

Geração Facebook diz “não” à Força Sindical, à CUT e aos partidos políticos, e Dia Nacional de Lutas vira um grande mico. Falha tentativa dos “aparelhos” de ganhar as ruas

12/07/2013 às 6:47

Micou de maneira retumbante o tal Dia Nacional de Lutas. A CUT, a Força Sindical, outras centrais e os partidos políticos de esquerda foram malsucedidos na tentativa de pegar carona da onda de protestos que sacudiu o país. Houve, sim, muita atrapalhação nas estradas, ocupação em porto, escaramuças, dificuldades aqui e ali, mas nada nem remotamente parecido com os protestos havidos no mês passado. ATENÇÃO, LEITOR! Se eu fosse um desses “cientistas sociais” que têm medo dos seus alunos e gostam de posar de moderninhos – aquela gente, sabe?, que agora deu para falar em “crise da democracia representativa” –, estaria achando lindo o que aconteceu. Mas eu não acho, não. Na verdade, o evento desta quinta jogou ainda mais luzes sobre os havidos no mês passado e só reforçaram alguns temores que eu tinha. O que significa o micão desta quinta, em contraste com aquele milhão e meio de dias atrás? Significa que reivindicar o inexequível é bem mais gostoso, o que nos remete a um dos lemas de Maio de 1968, na França: “Seja realista, peça o impossível”. O evento também expõe uma das forças e, ao mesmo tempo, das maiores fragilidades da “onda de protestos” no Brasil: a composição social de quem vai ou foi às ruas. O primeiro passo para responder de forma eficiente à realidade e admiti-la: os pobres, com raras exceções, preferiram, até agora, ficar em casa.

Assim, entendam direito o meu ponto: não lamento o fato de o protesto desta quinta ter sido malsucedido porque gostaria de ver a CUT, a Força e até os petistas a liderar a massa… Eu não! Deus me livre! Lastimo é que a pobreza de liderança política no Brasil se reflita também nos sindicatos e que estejamos sem o fio que possa desatar o nó. Vamos lá. Milhões de trabalhadores poderiam ter ocupado as praças para cobrar redução na jornada de trabalho, certo? É uma reivindicação muito mais, como direi?, palpável do que os tais 20 centavos. Mas aí alguém se lembrou de gritar: “Não é pelos 20 centavos”. E estava dada a deixa para uma mobilização que tem, sim, âncoras no mundo real – corrupção dos políticos, ineficiência do serviço público, gastança de dinheiro –, mas que se expressa numa espécie de bolha de sensações e de emoções. Para voltar a Maio de 1968, o que conta é fazer as barricadas do desejo. A utopia é a da ausência de estado, assuma isso a forma violenta (os baderneiros) ou pacífica (uma coisa, assim, “faça amor, não faça a guerra”).

Cobrar redução da jornada e fim do fator previdenciário, olhem que coisa!, parece apequenar o movimento e a razão por que se vai às ruas; é, como diriam os adolescentes hoje em dia (de maneira irritante), “tipo assim” coisa de pobre, de um pragmatismo incompatível com o sonho e com as evocações românticas. Os “sonháticos” querem um outro mundo possível… Não! Na verdade, pretendem um outro mundo… impossível. Nele, não só os políticos não roubam como, a rigor, não há políticos nem política.

É claro que eu poderia lembrar àqueles valentes cientistas sociais que têm medo de contrariar os alunos que também as manifestações de junho levaram às ruas as… minorias!, ainda que tenham mobilizado, sei lá, 20 ou 30 vezes mais gente do que a desta quinta-feira. Huuummm… Então vamos ver: líderes que efetivamente representam grupos e com os quais se podem fazer acordos mobilizam meia dúzia de gatos-pingados; não líderes – e que, portanto, não lideram, mas alçados pela imprensa à condição de estrelas da não representação – conseguem criar eventos que reúnem alguns milhares. Muito bem! O que se vai negociar com eles? Chamem a Mayara Vivian e os coxinhas radicais do Passe Livre… 

Há quem se deixe cair de encantos por um paradoxo cuja graça, havendo alguma, é não mais do que literária – e literatura meio velha, da década de 60: a “juventude” (ah, os tarados pela juventude…) que está nas ruas tem força, mas não sabe o que quer, e os que sabem o que querem já não têm força. Mas onde está a virtude desse troço? Se isso produzir algo, tenho minhas dúvidas, será, no máximo, um impasse. Para o qual ninguém tem resposta.

Dilma está encalacrada? Está, sim, de dois modos distintos: há o impasse de fundo, que diz respeito ao esgotamento do modelo lulo-petista, do qual, vamos ser francos, até havia pouco, a esmagadora maioria da imprensa não havia se dado conta. Ou havia? Leiam os jornais de há dois ou três meses. Com ou sem “povo” na rua, o país ia mal das pernas. E agora ela enfrenta o descontentamento com “tudo isso que está aí”. Ocorre que esse “tudo isso” pode se voltar contra qualquer um; ele é dirigido, na verdade, contra o governante de turno. E não consegue se transformar numa agenda.

Essa conversa mole da “sociedade horizontal”, sem hierarquia de valores, sem eixo e sem centro, sinto muito, é conversa de bêbados. É divertido e coisa e tal, mas sempre chega a hora de pagar a conta e de voltar para casa – sem contar a ressaca… Não vai a lugar nenhum e ainda pode produzir alguns desastres. Boa parte do que o Congresso votou até agora, emparedado pelas ruas, se querem saber, não é coisa boa e tende a ter efeitos deletérios. Na esfera econômica, o país vive um congelamento branco de tarifas públicas que pode ter efeitos desastrosos. Ensaia-se facilitação de mecanismos de democracia direta que, se efetivados, tornarão a democracia brasileira refém de minorias organizadas e barulhentas.

Caminhando para a conclusão

Sim, as centrais sindicais e os partidos quebraram a cara ao tentar, de maneira oportunista, pegar carona no movimento das ruas. Tiveram uma lição e tanto. Mas isso só nos diz o tamanho do impasse e os riscos que estão por aí. Não há nada de belo ou de bom numa sociedade sem interlocutores considerados confiáveis para articular o futuro. Vivemos, nesses dias, sob uma espécie de ditadura do presente.

Pode dar em quê? No quadro atual, há, sim, o risco de eleger em 2014 alguém que fale em nome da “não política”, e aí saberemos o que é crise! Mas o mais provável é que se tenha mesmo uma saída “conservadora” – no caso, conservadora do statu quo; vale dizer: a continuidade do petismo. E isso seria igualmente desastroso.

Por Reinaldo Azevedo

JF - Homem é encontrado morto em prédio em construção

12 de Julho de 2013 - Juiz de Fora

Um homem de 59 anos foi encontrado morto em um prédio em construção, na manhã desta sexta-feira (12), na Avenida Sete de Setembro, no Bairro Costa Carvalho, Zona Sudeste. Por volta das 8h, responsáveis pela obra localizaram o corpo de Dirceu Eduardo de Souza caído no terceiro andar do edifício, com uma perfuração no peito. Ao lado do cadáver havia uma lima (ferramenta usada para serrar metal) suja de sangue. A suspeita é de que o objeto foi usado para golpear o homem no centro do tórax, causando sua morte. O óbito foi constatado pelo Samu. A Polícia Militar foi acionada e registrou o caso como homicídio após levantamentos realizados no local por peritos da Polícia Civil.

De acordo com informações do policial responsável pela ocorrência, tenente João Baptista, há cerca de um ano Dirceu dormia no local com a permissão do proprietário. O responsável pela construção contou que acolheu a vítima. "Ele costumava ficar na rua (Avenida Sete), então deixei que dormisse na obra, mas não trabalhava aqui. Hoje estávamos no local quando uma pessoa pediu para eu mostrar um apartamento, e o encontrei morto. Parece que pegaram a lima e fincaram nele." A ex-mulher de Dirceu, 50, também esteve presente no endereço após ser avisada sobre o caso por parentes. Segundo ela, a vítima morava, anteriormente, com a família no Bairro Linhares, Zona Leste, e deixou um filho de 18 anos.

Conforme o tenente João Baptista, da 135ª Companhia da PM, não foram constatados sinais de arrombamento na porta de acesso ao prédio. Os responsáveis pela construção também não deram falta de materiais. Segundo o policial, foi verificado que a perfuração no peito da vítima não era proveniente de arma de fogo. "A lima teria sido introduzida no corpo dele e estava ao lado suja de sangue. Ele também apresentava uma lesão na mão que pode ter sido de defesa, mas não podemos afirmar." O corpo foi removido e encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

JF - Caminhoneiros e taxistas na mira de ladrões

11 de Julho de 2013 - Juiz de Fora 
Dois crimes em sequência assustaram caminhoneiros, na madrugada desta quinta-feira (11), em um posto de combustíveis na esquina das avenidas JK e Antônio Simão Firjan, no Distrito Industrial, Zona Norte. Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, por volta das 4h30, um motorista, 31 anos, compareceu ao posto da PM em Benfica e relatou que estava dormindo dentro de um caminhão Mercedes-Benz, com placa de Barbacena (MG), quando foi surpreendido por dois criminosos. A dupla estilhaçou o vidro do quebra-vento da janela ao lado do condutor e mostrou um objeto, afirmando estar armada. Em seguida, os bandidos tentaram abrir a porta do veículo gritando "me dá dinheiro, senão te mato". Apesar das ameaças, a vítima conseguiu ligar o caminhão e deixar o local para acionar a polícia.

De acordo com a PM, outro caminhão foi alvo dos ladrões no mesmo posto nesta madrugada. Um Volkswagen, de Muriaé (MG), também teve o quebra-vento danificado, mas, desta vez, o motorista, 45, não estava no interior do veículo, porque dormia em um hotel próximo. A vítima chegou a ouvir o barulho do vidro quebrando e correu até o caminhão, mas não conseguiu impedir o furto do tacógrafo - aparelho que registra graficamente a velocidade do veículo. Policiais militares fizeram buscas na região, mas nenhum suspeito foi localizado.

Agressão a socos
Dois taxistas também foram alvo de assaltantes na madrugada de quinta. No São Benedito, Zona Leste, um motorista, 48, foi agredido a socos por um passageiro. De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 3h30 na Rua Maria do Carmo Alves. O condutor relatou à PM que havia pego uma pessoa na Rua Halfeld, Centro, com destino ao bairro. Ao chegar no endereço, o homem agrediu a vítima a socos e mostrou uma mochila, afirmando estar armado com revólver e exigindo dinheiro. O ladrão roubou R$ 80 e fugiu. Militares fizeram rastreamento na região na tentativa de capturar o bandido, mas ele não foi encontrado.

Já na Zona Norte, um taxista, 40, teve R$ 100 roubados no fim de uma corrida. Ele relatou à PM que, por volta das 2h30, trafegava pela Avenida JK, quando um homem solicitou embarque perto da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, em Benfica. O passageiro disse ao motorista que a esposa dele estava internada e que precisava buscar roupas para ela no Jóquei Clube II. Ao chegar na divisa com o Jardim Natal, o homem desembarcou do táxi e colocou a mão sob a blusa, simulando estar armado. Após roubar o dinheiro, o criminoso fugiu por um escadão. A vítima deixou o local e encontrou com uma viatura da PM, mas, apesar do rastreamento, o ladrão não foi localizado.
Fonte Tribuna de Minas

Comerciantes pedem mais policiamento

11 de Julho de 2013 - Juiz de Fora 

Os assaltos a estabelecimentos comerciais no Centro têm deixado inseguros os comerciantes da Rua Henrique Surerus. Apesar de na via só terem sido registradas duas ocorrências de roubos neste ano, casos ocorridos no entorno, como um homicídio após um assalto em uma pizzaria que fica na Rua Espírito Santo e tentativas de furtos na área, deixaram os lojistas em alerta. Alguns estão fechando as portas mais cedo, e outros investiram em sistemas de segurança. Eles cobram mais policiamento na região.

Depois de duas ocorrências de furto, a gerência de uma agência de vendas de passagem rodoviária instalou câmeras de segurança. "Os equipamentos ajudam a inibir a ação de criminosos, mas trabalhamos em alerta e com medo. Os bandidos agem a qualquer hora do dia, e não vemos policias por aqui," afirma o gerente da empresa, Ricardo de Assis. O caso mais recente registrado no estabelecimento aconteceu em abril. Três homens, sendo dois deles provavelmente menores de idade, roubaram a agência no meio da tarde. Conforme o boletim de ocorrência, um dos suspeitos estaria armado de revólver. Eles teriam entrado no local e anunciado o assalto a dois funcionários, de 23 e 46 anos. O grupo fugiu com R$ 1.700 e um aparelho de telefone celular. O mesmo estabelecimento já havia sido alvo de ação criminosa semelhante em janeiro.

Uma loja de lingerie já mudou o horário de funcionamento para preservar os funcionários. Há mais de dois meses, o local está fechando as portas uma hora mais cedo que o habitual, às 18h. No último dia 3, dois meninos, aparentando 10 anos, segundo testemunhas, invadiram o comércio e anunciaram o assalto. Porém, conforme uma funcionária, como a loja estava cheia, eles desistiram e fugiram. "Os bandidos estão audaciosos e, como esta rua tem pouco movimento, eles se sentem mais à vontade para agir. Trabalho com medo o dia todo, falta policiamento nesta área", relata uma funcionária que prefere não se identificar.

Proprietário de uma casa de decoração, Jamil dos Santos também reclama da falta de policiamento. "Já pedimos mais policiais aqui, mas não adianta." Uma das funcionárias do estabelecimento, Kelly Adriana, diz que trabalha com medo. "Tem horas que fico aqui sozinha. Até agora não machucaram ninguém, mas uma hora isso pode acontecer." Segundo ela, há cerca de um mês, uma Kombi foi arrombada em frente à loja por volta de 14h. "A proprietária do veículo é moradora da rua. Enquanto ela foi ao apartamento, arrombaram o veículo e levaram uma mala. Só não entraram aqui porque o local estava cheio."

Ações preventivas
De acordo com o comandante da 30ª Companhia de Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento no Centro, capitão Marcelo Monteiro de Castro, a Rua Henrique Surerus, assim como toda a região central, conta com um amplo patrulhamento e diversas ações preventivas. "Naquele trecho que fica perto da Avenida Presidente Itamar Franco estão instaladas agências bancárias e casa lotérica, o que significa que, diariamente, lançamos mão de patrulhamento no local, com policiais a pé, de bicicleta e de motocicleta, além das viaturas. O objetivo é garantir a segurança para todo o território do Centro e não apenas para uma rua específica", enfatizou o policial, acrescentando que autores de crimes estão sendo identificados e retirados de circulação. Ele ressaltou ainda que ações com abordagens de motocicletas, veículo bastante usado para a fuga de criminosos, são realizadas com frequência. "Nessas operações estão sendo feitas apreensões com resultados positivos para a segurança em toda a área central."

Um país em transe e sem agenda. E se um ET pedisse “levem-me a seu líder”?

11/07/2013 às 9:09

Li em um dos noticiários eletrônicos que as manifestações e protestos desta quinta foram marcados por “lideranças tradicionais”, que estariam tentando se aproveitar da “energia” (?) das ruas. Parece que essa expressão compreende os líderes da Força Sindical, da CUT, do MST e de outros movimentos sociais. A estes se oporiam, então, entendo, as “lideranças não tradicionais”. Não sei direito o que isso quer dizer. Acho que designa os indignados que falam contra os partidos, contra a política, contra os políticos. Devem ser os “líderes” do Twitter e do Facebook, os representantes de si mesmos, que estariam a evidenciar a crise de representatividade ou, sei lá, a falência dos regimes democráticos tradicionais. ATENÇÃO! VAGABUNDOS INTELECTUAIS QUE FALAM NA CRISE DA DEMOCRACIA TRADICIONAL ESTÃO É INVESTINDO NUMA DITADURA CRIATIVA…

Leiam o noticiário do dia e tentem achar um eixo para as manifestações. Não há. Os sindicalistas dizem querer a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas e o fim do fator previdenciário. Os sem-terra vão reclamar da suposta lentidão nos assentamentos; esse e aquele grupos pedirão que saúde e educação tenham garantidos, respectivamente, 10% do Orçamento da União; outros cobrarão a estatização das empresas de transportes públicos; há quem peça a “desmilitarização da PM”; também existem os que não abrem mão da saída de Renan Calheiros; o povo de não sei onde quer o fim de uma praça de pedágio; os médicos rejeitam – por bons motivos, claro! –, o plano do governo para a área; os pelegos da UNE estão protestando a favor de não sei quê (contra o governo é que não é, certo?)… Bem, meus caros, cada um pegue a sua bandeira ou cartolina, vá para a praça e decida cassar de terceiros o direito de ir e vir. Nos dias em que um lema imbecil e autoritário como “Não me representa” é visto como verdadeira poesia da cidadania, vale, então, o “eu me represento”. Logo, imporei a terceiros a minha vontade e a minha pauta. Quem não gostar que faça o mesmo. O espaço público deixa de ser de todo mundo para ser terra de ninguém.

Ah, é claro que acho divertido ver o petismo passando calor. Há 11 anos combato algumas de suas farsas; há muito mais tempo critico seus viés autoritário e sua concepção totalitária de estado. Mas não me peçam, no entanto, para vibrar com esse “Je ne sais quoi” que tem levado as pessoas às ruas e tem imposto ao Congresso o regime da vaca louca. Não vou. Uma coisa é o PT se defrontar com suas próprias incompetências e ser confrontado com um discurso racionalmente organizado, que aponte uma saída, uma alternativa; outra, muito diferente, é o partido, ou seu núcleo duro, perder influência para a anarquia, de sorte a forçar uma torção à esquerda, como está acontecendo, do processo político.

Esse era, desde o início, o meu receio. E, por ora ao menos, a pior perspectiva que eu enxergava está em curso. Peço que vocês tomem especial cuidado com o discurso de alguns bobocas contra a política. Lembram-se do movimento “Cansei”? Tinha um alvo, sim: significava “cansei do PT”. Ele surgiu não muito tempo depois do mensalão. Foi impiedosamente ridicularizado até por humoristas da TV, que hoje estão a conclamar que o povo saia às ruas, aplaudindo, inclusive, a hostilidade aos políticos.

Isso é má consciência. É preciso que se perceba e se rejeite uma operação intelectual sutil e perigosa que está em curso: “Apostamos que o PT faria tudo diferente. Nós nos decepcionamos. Se é assim, então não queremos mais saber dos políticos”. Como assim? Quer dizer que o petismo era a fronteira possível da política? Quem não quer saber dos políticos quer, então, saber de quem ou do quê?

Eis a hora em que lideranças realmente fazem falta. A presidente Dilma, como se percebe, está perdida – é vaiada até quando anuncia que vai liberar dinheiro para as prefeituras. Quem hoje fala em seu nome é Aloizio Mercadante, cuja arrogância era detestada por seus pares quando estava no Senado… Imaginem, então, falando como o homem forte do Executivo. A oposição, convenham, tenta engrossar a voz das ruas. Ocorre que não temos um coro, mas uma algaravia. O que aconteceria se um ET baixasse no Brasil e pedisse “Levem-me a seu líder”?

“Ah, Reinaldo, veja lá. O senado aprovou em segunda votação uma PEC que permite que projetos de lei de iniciativa popular possam ser apresentados com a assinatura de apenas 0,5% do eleitorado (700 mil assinaturas). O texto também prevê que se apresentem emendas à Constituição, o que hoje não é permitido; nesse caso, será necessário ter a assinatura de 1% (1,4 milhão). E essas assinaturas podem ser colhidas eletronicamente, por intermédio da Internet.”

É? E por que eu deveria ficar contente com isso? Satisfeito eu ficaria se o país adotasse, por exemplo, o voto distrital, de sorte que a população tivesse, aí sim, maior proximidade com seus representantes. Submeter permanentemente a Constituição a minorias organizadas e barulhentas – e nunca à maioria, que é sempre desorganizada e silenciosa – não me parece, lamento, uma boa escolha. A primeira vítima de uma democracia que vivesse sob a tutela de grupelhos organizados seria a segurança jurídica. Onde ela não existe, os investimentos despencam, a confiança vai para o brejo, e se entra na espiral negativa.

“Ah, esse é o discurso apocalíptico dos reacionários, dos que não querem mudar nada…” Besteira! É o discurso dos que acreditam que a mudança só é duradoura quando se investe também na estabilidade. Querem um exemplo do que não fazer? Se você, leitor, fosse um investidor, escolheria hoje a área de transporte público, por exemplo? Por quê? A rigor, todos os setores com tarifas controladas passaram a ser potencialmente perigosos.

Finalmente…

Sim, eu também estou entre aqueles que estranham o silêncio de Lula. Ninguém ignora que duas são as especulações principais: a) a de que estaria doente, evitando, então a exposição pública; b) a de que estaria torcendo para o circo pegar fogo, estimulando no PT o movimento “queremista”, que já está em curso.

Não faço votos no mal de ninguém – nem de Lula. Espero que esteja saudável. Estranho também, reitero, o seu silêncio, mas não vejo por que se deva cobrar que fale alguma coisa, como se guardasse alguma verdade oracular. A democracia lhe garante o direito de falar o que lhe der na telha, mas prefiro a poesia do seu silêncio.

Encerro lembrando que é pura cascata esse negócio de que é próprio das democracias a permanente mobilização da sociedade e coisa e tal. Não! Próprio das democracias é a clareza das regras, democraticamente instituídas, que funcionem e permitam às pessoas cuidar de suas próprias vidas e planejar o seu futuro. Se a gente não consegue ir ao barbeiro ou supermercado porque as vias estão obstruídas, alguma forma de ditadura está em curso…

Ainda voltarei a essas coisas todas. Agora vou ver uma igreja do século 14. Ontem, uma das filhas me perguntou ao passar em frente ao monumento: “Será que dura mais sete séculos, pai?”. Não sei.

Por Reinaldo Azevedo

O Fiat 147, o Lamborghini e o Porsche. Fique sério se conseguir.

(VAR-Palmares) - Vanguarda Armada Revolucionária Palmares

10/07/2013
Datas das operações 19691972
Motivos Combate à ditadura militar
Instalação de um Estadosocialista
Área de atividade Brasil
Principais ações Assaltos, atentados e sequestros
Ataques célebres Roubo do cofre do Adhemar
Status - extinta

Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) foi uma organização política armada brasileira de extrema esquerda, que combateu a ditadura militar brasileira (1964-1985) utilizando-se de tática de guerrilha urbana, visando a instauração de um regime de governo comunista no Brasil

Surgiu em julho de 1969, como resultado da fusão do Comando de Libertação Nacional (COLINA) com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) de Carlos Lamarca

Seu nome era uma homenagem ao maior quilombo da história da escravidão.


Roubo do "cofre do Adhemar
A ação mais conhecida da organização foi a "expropriação" do "cofre do Adhemar", contendo pouco mais de 2,5 milhões de dólares, em espécie, realizada em 18 de julho de 1969.

Esse cofre encontrava-se na residência de Anna Gimel Benchimol Capriglione, conhecida nos meios políticos pelo codinome "Dr. Rui", secretária e amante do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros

A informação havia sido dada por um seu sobrinho, Guilherme Schiller Benchimol, que havia aderido à organização na faculdade. Supunha-se que o dinheiro mantido no cofre seria produto da corrupção do ex-governador, conhecido pelo lema "rouba mas faz".

A ação se deu na mansão do irmão de Anna Benchimol em Santa Teresa, onde ela se encontrava, com o comando se passando inicialmente por policiais federais, num total de treze guerrilheiros na ação direta e outros na segurança externa, comandados por Juares de Brito. 

Os moradores, inclusive a dona, foram amarrados, telefones tiveram fios cortados e os automóveis existentes os pneus esvaziados. 

O cofre, muito pesado, foi retirado dela por meio de pranchas de rolamento e roldanas e arrastado até uma Veraneio Chevrolet C-14 estacionada na frente das escadas de granito da entrada da casa.

Levado a um "aparelho" no subúrbio carioca, foi aberto com maçarico e serra elétrica ao mesmo tempo em que se jogava água pela abertura para evitar queimar o dinheiro, que acabou ficando boa parte molhado e as notas de dólares postas para secar num varal.

O cofre foi cortado em pedaços e suas partes jogadas nos rios da Barra da Tijuca e do costão da Avenida Niemeyer.

Participaram da ação, entre outros, além do comandante Juares de Brito e do dirigente Antonio Espinosa, Sônia Lafoz, a única guerrilheira importante da luta armada – participante de assalto a bancos e sequestros de diplomatas, famosa por ser exímia atiradora e ter as mais belas pernas da guerrilha – que jamais foi presa, Darcy Rodrigues, ex-militar e braço direito de Lamarca, Reinaldo José de Mello, Wellington Moreira Diniz, o ex-sargento do exército José de Araújo Nóbrega, João Marques de Aguiar, o ex-açougueiro-guerrilheiro João Domingues, Fernando Borges e Jesus Paredes Soto. 

Carlos Minc, hoje político ligado ao meio-ambiente, foi um dos integrantes da VAR-Palmares que participou do assalto, então com 18 anos. 

Dilma Rousseff também participava da organização, mas não integrou a ação mais conhecida do grupo. Minc garante que ela não tinha qualquer papel destacado nos grupos de ação, atuando apenas na retaguarda.

Segundo outras versões, Dilma organizou toda a operação
Segundo Maurício Lopes Lima, um integrante de buscas da Oban (Operação Bandeirante), estrutura do serviço de inteligência das Forças Armadas e notório local de torturas a presos políticos, Dilma Rousseff era o "cérebro" da organização clandestina.

Antonio Espinosa, entretanto, participante da ação e um dos comandantes da VAR-Palmares, explica que Rousseff não teve qualquer participação no assalto, nem de seu planejamento, pois deixou de participar do comando nacional quando houve a fusão entre a VPR e o COLINA que originou a Palmares, algumas semanas antes da ação.

Depois do assalto, Carlos Lamarca, um dos comandantes da organização, emitiu o seguinte comunicado em nome da VAR-Palmares à agência France Press:
"Depois de uma longa investigação, localizamos uma parte da famosa ‘caixinha’ do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros, enriquecido por anos e anos de corrupção. Conseguimos US$ 2,5 milhões. Esse dinheiro, roubado do povo, a ele será devolvido."

Outras ações planejadas
A VAR-Palmares teria também planejado em 1969 o sequestro de Delfim Neto, símbolo do milagre econômico e, à época, o civil mais poderoso do governo federal. O suposto sequestro, que deveria ocorrer em dezembro daquele ano, foi referido no livro Os Carbonários, de autoria de Alfredo Sirkis, em 1981

Antonio Roberto Espinosa, ex-comandante da Vanguarda Popular Revolucionária e da VAR-Palmares, reconheceu que coordenou o plano - do qual tinham conhecimento cinco membros da cúpula da organização. Segundo a publicou o jornal Folha de S. Paulo, Espinosa teria dito que Dilma Rousseff era integrante dessa cúpula. Espinosa, porém, desmentiu a informação, dizendo que Dilma nunca participou de ações ou de planejamento de ações militares, tendo sempre tido uma militância exclusivamente política. 

O sequestro não teria chegado a ser realizado porque os membros do grupo começaram a ser capturados semanas antes. Dilma nega peremptoriamente que tivesse conhecimento do plano e duvida que alguém realmente se lembre, declarando que Espinosa fantasiou sobre o assunto.

Em 5 de fevereiro de 1972 militantes da VAR-Palmares, ALN e do PCBR18 assassinaram a tiros o marinheiro inglês David Cuthberg, que se encontrava no país juntamente com uma força-tarefa da Marinha Britânica para as comemorações dos 150 anos de independência do Brasil

Após o atentado foram arremessados dentro do táxi onde ele se encontrava panfletos que informavam que o ato teria sido decisão de um "tribunal", como forma de solidariedade à luta do Exército Republicano Irlandês contra o domínio inglês.

Quase dois meses depois, três integrantes da organização, Lígia Maria Salgado Nóbrega – participante da execução de Cuthberg – Maria Regina Lobo Leite Figueiredo e Antônio Marcos Pinto de Oliveira foram mortos no Rio de Janeiro no que ficou conhecido como Chacina de Quintino.

Desmantelada devido à forte repressão dos militares, a VAR-Palmares teve duas de suas principais lideranças presas e assassinadas pelo regime: Carlos Alberto Soares de Freitas, um dos fundadores do Comando de Libertação Nacional (Colina), e Mariano Joaquim da Silva, o Loyola, veterano das Ligas Camponesas, "desaparecido" nos cárceres clandestinos do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) no Rio de Janeiro.
Relatório secreto da Aeronáutica indicando intenções da VAR-Palmares de assassinar "os elementos mais reacionários do Exército".

Em 13 de abril de 2011, após três décadas de sigilo, o Arquivo Nacional tornou público um documento, até então em poder da Aeronáutica, que revela que a organização guerrilheira VAR-Palmares determinara o "justiçamento", ou seja, o assassinato de oficiais do Exército e de agentes de outras forças tidas como reacionárias, nos anos da ditadura militar. 

O documento (um relatório de cinco páginas, denominado "A Campanha de Propaganda Militar"), redigido por líderes do grupo, avalia que a eliminação de agentes da repressão seria uma forma de sair do isolamento. O texto foi apreendido em um esconderijo da organização e encaminhado em caráter confidencial ao então Ministério da Aeronáutica. 

Sobre o justiçamento de militares, o documento recomendava: "Deve ser feito em função de escolha cuidadosa [trecho incompreensível] elementos mais reacionários do Exército." O documento classifica as ordens como uma resposta aos "crimes" do regime militar contra a esquerda: "O justiçamento punitivo visa especialmente paralisar o inimigo, eliminando sistematicamente os cdf da repressão, os fascistas ideologicamente motivados que pressionam os outros." 

A VAR-Palmares tinha definido como alvos prioritários o delegado Sérgio Paranhos Fleury, do DOPS, e seu subordinado "Raul Careca", acusados de comandarem a máquina da tortura em São Paulo, e pessoas ligadas à CIA

Na época da redação do texto (entre 1969 e 1970), certos setores da ditadura falavam sobre o completo extermínio dos subversivos. Em dezembro de 1968, o governo havia baixado o AI-5, que suprimia direitos civis e coincidia com o início de uma política de Estado para eliminar grupos de esquerda.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 

Comando geral da PM rebate críticas e enaltece ação dos militares durante manifestações pelo país

11/07/2013
Durante os protestos, concessionárias foram os principais alvos dos vândalos em BH

A Polícia Militar de Minas Gerais divulgou nesta quinta-feira (11) uma carta dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares do Brasil, enviada de Brasília, em que a corporação rebate críticas e enaltece a ação dos militares durante a onda de manifestações pelo país. Em nota, o comando da PM demonstra preocupação com a Copa do Mundo e e as eleições de 2014 e alerta para novas manifestação, com repercussão internacional negativa, caso não haja investimento na segurança pública.

Em nota, o Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros afirma ser "legítimo os movimentos pacíficos deflagrados pela sociedade civil brasileira", no entanto, condena "ações isoladas e promovidas por minorias significativas infiltradas aos manifestantes, que necessitavam e receberam tratamento com as ações Policiais Militares adequadas e legais".

O Conselho "enaltece as ações técnicas das Polícias Militares, as quais ratificaram que nenhum direito pode ser exercido sem limites legais. Por isso, quando exercido inadequadamente, sem os devidos parâmetros legais, devem ser impostas restrições necessárias, razoáveis, legítimas e proporcionais por parte da Polícia Militar, a fim de que se respeite o direito à cidadania, preservando as garantias constitucionais individuais e coletivas. Assim, as Polícias Militares deram demonstração inequívoca de que são focadas no atendimento ao cidadão".

Ainda por meio de nota, o Conselho afirma que a "presença da Polícia Militar é imprescindível para garantir a manifestação pública e pacífica, não para reprimir direito assegurado aos cidadãos, mas para a manutenção da ordem pública".

Por fim, "manifesta sua preocupação com a realização da Copa do Mundo e as eleições, ambas em 2014, onde, se não houver investimentos nacionais significativos nas Policiais Militares e Corpos de Bombeiros, as ações constatadas no decorrer da Copa das Confederações poderão se repetir e novamente ter repercussões internacionais negativas".
Jornal O Tempo

80 trechos de rodovias em 18 estados registraram bloqueios

11/07/2013
Do G1, em São Paulo
Ao menos 80 trechos de rodovias em 18 estados foram bloqueados por manifestantes até as 13h30 desta quinta-feira (11), no Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, organizado por centrais sindicais e movimentos sociais. As interrupções foram mais intensas no início da manhã, mas pontos de estradas em 11 estados ainda permaneciam interrompidos no início da tarde. Em algumas rodovias houve queima de pneus, mas não há, até o momento, registro de confronto com a polícia (siga as últimas informações em tempo real).
Além de atos em rodovias, passeatas ocuparam ruas e avenidas de diversas cidades, fecharam o acesso a alguns portos e impediram o funcionamento de serviços de transporte público e de correio. Em ao menos cinco estados agências bancárias não abriram normalmente.
Todos os estados e o Distrito Federal tiveram protestos. Na lista de reivindicações estão pautas trabalhistas, como fim do fator previdenciário e das terceirizações, valorização da aposentadoria e redução da jornada de trabalho. Também há pedidos por reforma agrária e pelo fim dos leilões de poços de petróleo, entre muitas outras pautas de diferentes setores.
Tumultos
Em Mogi das Cruzes (SP), um grupo de manifestantes quebrou o portão e invadiu uma unidade da Gerdau, indústria que fica na Rodovia Ayrton Senna, para paralisar a produção. Cerca de 20 funcionários estavam no local e todos saíram. A ação durou cerca de 40 minutos.

Em Santos (SP), houve um pequeno tumulto envolvendo motociclistas e manifestantes no início da manhã. Em Natal (RN), um homem foi preso pela Polícia Militar por volta das 10h30. Ele estava dirigindo um ônibus alugado e transportando pneus usados que, segundo a polícia, seriam queimados no protesto. O suspeito foi levado para a delegacia de plantão da zona Sul da capital.

PRF fará desbloqueios
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou por telefone ao G1 que o governo federal vai tentar desbloquear rodovias federais interditadas por manifestantes. Segundo ele, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) buscará a desobstrução "pelo diálogo" e, depois, "a força policial vai conseguindo a desobstrução pelas vias legais".

De acordo com Cardozo, o governo reconhece a liberdade de manifestação, mas não concorda com o impedimento de "ir e vir das pessoas".

"O governo, embora reconheça a liberdade de manifestações, não pode concordar com o fechamento de estradas. O fechamento das estradas afeta o direito de ir e vir dos cidadãos, por esta razão, embora reconheçamos as manifestações, nós não concordamos com o fechamento das estradas e a Polícia Rodoviária Federal buscará atuar para desobstruir as estradas para garantir o direito de ir e vir", afirmou o ministro.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou em nota ter obtido junto à Justiça Federal em São Paulo decisão liminar que proíbe a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Força Sindical de interromperem rodovias federais do Estado. Em caso de descumprimento, está previsto multa de R$ 100 mil por hora.

Avenida Paulista
Pela manhã, diversas rodovias de São Paulo registraram bloqueios, entre elas Ayrton Senna, Dutra, Anhanguera, Anchieta, Cônego Domênico Rangoni e Padre Manoel da Nóbrega. às 13h30, no entanto, não havia nenhuma estrada interditada por manifestações no estado. Na capital, a Avenida Paulista é a única via com manifestação ativa, segundo a CET, tendo sida totalmente fechada (entenda as manifestações em São Paulo).

Apesar da série de protestos programados em São Paulo, os trens da CPTM e do Metrô e os ônibus operam normalmente na capital até o momento. Os sindicatos dos funcionários dos transportes públicos decidiram na quarta (10) não paralisar as atividades.
Manifestantes fecham a Avenida Paulista durante passeata em dia de protestos no país (Foto: Caio Kenji/G1)