sábado, 23 de março de 2013

Dia da Meteorologia. Elizabeth Taylor(2), Chico Anysio(1)

23/03/2013 - Dia Mundial da Meteorologia

Fonte da figura: ourlifeatsea.com

A data de 23 de março foi escolhida como o "Dia Mundial da Meteorologia" por ser a data de fundação da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) da ONU, em 23 de março de 1950. 

A Organização, que tem sede em Genebra, na Suíça, trabalha como facilitadora mundial, estabelecendo por exemplo as bases das contribuições da Meteorologia para a conservação dos recursos hídricos do planeta, para a identificação das causas e para o combate à desertificação, nas causas das mudanças climáticas, no manejo das reservas hídricas das megacidades e regiões agrícolas, alguns dos principais problemas que estão afetando a vida do planeta.

2011 - Elizabeth Taylor, atriz anglo-estado-unidense (n. 1932)
Nome completoElizabeth Rosemond Taylor
Outros nomesDama Elizabeth Taylor
Liz Taylor
Elisheba Rachel
Nascimento27 de fevereiro de 1932
LondresInglaterra
 Reino Unido
Morte23 de março de 2011 (79 anos)
Los AngelesCalifórnia
 Estados Unidos
OcupaçãoAtriz

2012 - Chico Anysio, ator e humorista brasileiro (n. 1931)

Francisco "Chico" Anysio de Oliveira Paula Filho
Nascimento12 de abril de 1931
MaranguapeCeará
 Brasil
Morte23 de março de 2012 (80 anos)
Rio de JaneiroRJ
 Brasil
OcupaçãoHumoristaatorradialistadiretor

Fonte Wikipédia

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dilma compra falsos bilhetes de loteria

sexta-feira, 22 de março de 2013 | 05:02

Carlos Chagas

Perde-se nas brumas da História a prática de se enganar o semelhante, mas quase sempre o enganado é conivente com a enganação, imaginando-se enganador. Estão todo dia nos jornais episódios como o do cidadão que mostrou a outro um falso bilhete premiado da loteria, mas precisando correr ao aeroporto para pegar um avião, aceita vender a fortuna pela metade, na hora. Quem compra não é apenas otário, porque tem sua parcela de malandragem ao aceitar a operação, há décadas chamada de “conto do vigário”.


Com todo o respeito, certos partidos políticos estão conseguindo chantagear a presidente Dilma, que parece haver caído na armadilha. Semana passada foi o PDT, agora é a vez do PR e do PTB. Sob a ameaça de bandear-se para a candidatura de Eduardo Campos, Carlos Lupi conseguiu ocupar com um subordinado o ministério do Trabalho. Vendeu no palácio do Planalto o bilhete de loteria do apoio à reeleição, como se estivesse premiado.

Na fila para apresentar a mesma vigarice estão o presidente do PR, Alfredo Nascimento, desde que receba o ministério dos Transportes ou outro de igual importância, e o presidente do PTB, Benito Gama, na base do “qualquer ministério serve”.

Imaginando reforçar sua candidatura, que aliás não precisa de reforço, conforme o Ibope, Dilma mostra-se disposta a aceitar a chantagem. Acresce, no caso de Nascimento e de Gama, que ambos apenas acenam com o bilhete. Na verdade, quem preparou a trama foram os verdadeiros donos do PR e do PTB, Valdemar da Costa Neto e Roberto Jefferson, por coincidência em vias de começarem a dormir na cadeia, condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão.

Será que a presidente Dilma supõe-se assim tão esperta a ponto de lotear o ministério em troca do apoio desses partidos à conquista do segundo mandato? Quem garante que no próximo ano, mesmo de dentro da penitenciária, os dois chefões não mandem vender um novo bilhete de loteria para Eduardo Campos? Ou para Aécio Neves?

DEDO DO LULA

Tem-se a impressão de que o loteamento do ministério não seria prioridade da presidente Dilma, não fosse a influência do ex-presidente Lula. Em especial no seu segundo mandato, ele privilegiou partidos aliados com vagas em sua equipe, sem maiores critérios de qualidade. Dilma estava decidida a não promover senão mudanças pontuais, daquelas ditadas pelas circunstâncias. Apenas em abril de 2004 substituiria o monte de ministros que serão candidatos ao Congresso e aos governos estaduais.

É claro que o súbito aparecimento de Eduardo Campos na disputa presidencial terá interferido nos planos da presidente, mas maior e mais forte sugestão partiu mesmo de seu antecessor.

Indaga-se qual a participação do PT nessa mini-reforma ministerial em andamento e a resposta surge óbvia: nenhuma. Nem o companheiro-presidente, Rui Falcão, foi convidado a opinar, nem mesmo os ministros petistas deram palpite. Como ainda falta contemplar o PSD do ex-prefeito Kassab, pode ser que da direção petista venham a emergir alguns amuos. Afinal, em São Paulo, o novo partido posiciona-se contra o PT, de olho nas eleições de governador.
Tribuna da Internet/ http://www.tribunadaimprensa.com.br/

Alunos da rede estadual tomam ruas do Centro em protesto

22 de Março de 2013 - 12:03 - Juiz de Fora

Estudantes de oito colégios tomaram as ruas do Centro da cidade na manhã desta sexta (22) em manifestação unificada pela melhoria nas condições de ensino. Entre os participantes estavam alunos das escolas estaduais Batista de Oliveira, Delfim Moreira (Grupo Central), Duarte de Abreu, Duque de Caxias, Estevão de Oliveira, Fernando Lobo, Instituto Estadual de Educação (Escola Normal) e Juscelino Kubitschek (JK). O ato também contou com apoio de movimentos estudantis e sindicais, além de alguns pais e professores. Policiais militares acompanharam a passeata para garantir a segurança dos integrantes do movimento e que o fluxo de veículos não fosse totalmente interrompido. Já no final da manhã, na dispersão do ato iniciado às 7h, agentes de trânsito também atuaram nos principais cruzamentos.

Depois de se concentrarem em frente à Escola Normal, na esquina da Rua Espírito Santo com a Avenida Getúlio Vargas, os manifestantes tomaram a pista de subida da Avenida Independência até o cruzamento com a Avenida Rio Branco, onde realizaram paradas em frente a Superintendência Regional de Ensino (SRE) e ao colégio Delfim Moreira. O movimento provocou retenções no trânsito da região Central, devido à grande aglomeração de manifestantes. Conforme estimativa de policias lotados no Pelotão de Trânsito da Polícia Militar (PPTran), cerca de 200 pessoas participaram do movimento. Já o grupo de estudantes que liderou o ato acredita que pelo menos 300 estudantes acompanharam a passeata.

Os manifestantes ainda tomaram por alguns minutos as escadarias da Câmara Municipal, no Parque Halfeld, mas depois saíram novamente caminhando pelas ruas do Centro até chegarem à esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Espírito Santo, onde se localiza a sede da SRE, no edifício Alber Ganimi. Os alunos chegaram a montar uma comissão com integrantes de todas as escolas, com a intenção de se reunirem com representantes da superintendência. No entanto, desistiram de aguardar em frente ao prédio e seguiram novamente em protesto até o Conservatório Estadual de Música, localizado na Rua Batista de Oliveira.

Conforme o presidente de grêmio estudantil do Instituto Estadual de Educação, Juliano Rezende, 17 anos, o movimento foi organizado pelos próprios alunos e tem a intenção de cobrar do Governo estadual e da SRE medidas urgentes para melhorar o ensino na rede pública do estado. No início do mês, outros protestos foram realizados questionando a falta de professores e a demora em solucionar falhas na infraestrutura de algumas instituições de ensino, o que foi denunciado em uma série de reportagens da Tribuna. Em relação à falta de professores, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou na ocasião que um problema ocorrido no sistema de contratação, no início do período letivo, teria atrasado algumas designações, mas esclareceu que as nomeações de concurso público realizado foram iniciadas e que, até julho, 11.700 docentes serão nomeados em todo o estado de Minas Gerais.

Em relação aos problemas estruturais ocorridos nas escolas Delfim Moreira e Duarte de Abreu, que envolvem desde portas e janelas quebradas, infiltrações, falta de mobiliário e falhas no assoalho (que chegou a ceder na Delfim Moreira, provocando acidentes com aluno e professor), a SEE disse que autorizou o aluguel de um imóvel para que haja transferência dos alunos da Delfim Moreira até que as obras sejam realizadas no imóvel, que é tombado pelo Município. Já na Duarte de Abreu, a secretaria afirma que, desde o ano passado, recursos da ordem de R$170 mil foram empregados na reforma do telhado e do banheiro dos alunos. Além disso, no fim de 2012, outros R$160 mil teriam sido liberados para obras gerais, que estão em fase licitação. A pasta afirma que a SRE fez levantamento do mobiliário necessário e o processo de entrega já teria ocorrido.
http://www.tribunademinas.com.br/cidade/alunos-da-rede-estadual-tomam-ruas-do-centro-em-protesto

PM e PC fazem Operação integrada em Juiz de Fora

22/03/2013 - Juiz de Fora

Policiais militares e Policiais civis iniciaram nesta manhã (22/03), uma Operação Policial Integrada visando frear a crescente onda de criminalidade no município.

Vários "Mandados de Prisões" e " Mandados de buscas e apreensões" estão sendo cumpridos em diversos bairros.

No bairro São Benedito um homem teria sido preso portando uma arma de fogo.

Também ocorrem incursões nos bairros Vila Alpina, São Bernado, São Sebastião, Vitorino Braga, todos da região leste.

Vila Esperança I e II, na Região Norte, bem como na Vila Olavo Costa na região sudeste.

Os 150 policiais empenhados contariam com o apoio de 30 viaturas e teriam apreendido armas, drogas, dinheiro e detido seis pessoas.

Policial militar morreu após troca de tiros em Belo Horizonte

21/03/2013 
Do G1 MG
Policial morre após trocar tiros com adolescentes suspeitos de roubar carro em BH (Foto: Reprodução/TV Globo)

Um policial morreu, nesta quinta-feira (21), após uma troca de tiros com dois adolescentes, de 16 e 17 anos, suspeitos de roubar um carro no bairro Floramar, na Região Norte de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), a perseguição começou no Anel Rodoviário e terminou na Avenida Tancredo Neves, no bairro Castelo, na Região da Pampulha.

Segundo a corporação, o dono do veículo acionou a polícia logo depois do assalto. Um militar teria visto o carro roubado e começou a perseguição, junto ao helicóptero de apoio da PM. O policial se perdeu dos suspeitos. Mas outro PM à paisana continuou a busca até chegar ao Bairro Castelo, onde houve a troca de tiros e ele acabou sendo atingido.

O militar chegou ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII em estado grave e não resistiu aos ferimentos. Um dos adolescentes também foi atingido e encaminhado para o Hospital Odilon Behrens, com ferimentos em uma das pernas. Já o outro suspeito foi apreendido.

Desocupação do Museu do Índio tem detidos e tumulto com a PM no Rio

22/03/2013 
Isabela Marinho
Do G1 Rio
PM cerca museu ocupado por mais de 50 índios, no Maracanã, Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)
Aumentou para cinco o número de manifestantes detidos na tentativa de desocupação do antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (22). Durante a madrugada, três manifestantes, todos estudantes, tinham sido detidos. Por volta das 09:30 h, o clima ficou tenso novamente e duas pessoas acabaram levadas pelos policiais.

O advogado Arão da Providência, que diz ser irmão de um dos índios que vive no prédio, pulou o muro para falar com os indígenas. Ele foi repreendido por policiais militares do Batalhão de Choque, contido com uso de força e levado para o camburão. A manifestante Mônica Bello também foi detida após discutir com os PMs.

A polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogênio para conter o tumulto. O prédio, que dará lugar ao Museu Olímpico, foi cercado durante a madrugada por mais de 50 PMs, com motos e carros. Um helicóptero da PM sobrevoa a área.

Nesse momento, a negociação com os índios foi retomada. De acordo com o representante do movimento, Afonso Apurinã, dez pessoas saíram do local e aceitaram o acordo proposto pelo governo. No entanto, segundo o líder, 50 indígenas ainda resistem em deixar o imóvel.

Às 10h25, o Batalhão de Choque desfez o cerco ao antigo museu. Os policiais entraram nos carros, que estão estacionados em frente ao imóvel, e aguardam a saída dos índios.

Entenda o caso
A polêmica sobre o destino do espaço começou em outubro de 2012, quando o governo do estado anunciou mudanças no entorno do Maracanã, para que o estádio pudesse receber a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016.

Pelo projeto da Casa Civil, o Maracanã seria transferido para a iniciativa privada, que deveria construir um estacionamento, um centro comercial e áreas para saída do público. Para isso, alguns prédios ao redor do estádio deveriam ser demolidos, entre eles o casarão do antigo Museu do Índio, que funcionou no local de 1910 até 1978.

O edifício com área de cerca de 1600 m² está desativado há 34 anos. O grupo de indígenas que ocupa o prédio – e deu ao museu o nome de Aldeia Maracanã – está no local desde 2006.

Esse ano, no entanto, a 8ª Vara Federal Cível do Rio de Janeiro concedeu imissão de posse em favor do governo estadual. Os índios foram notificados em 15 de março.

Moradia provisória
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos ofereceu ao grupo opções de moradia provisória até que o Centro de Referência Indígena seja construído, na Quinta da Boa Vista, também na Zona Norte. O secretário Zaqueu Teixeira deu prazo de um ano e meio para a construção do Centro de Referência Indígena.

Um dos abrigos provisórios é o Hotel Santanna, no Centro da cidade, onde indígenas teriam alimentação e um andar exclusivo, segundo o governo. Para os que não quiserem ficar local, outras três áreas foram sugeridas: um terreno em Jacarepaguá, próximo ao Hotel Curupati; o abrigo Cristo Redentor; e um espaço ao lado do barracão da Odebretch, na Rua Visconde de Niterói.

"Oferecemos tudo para que fosse resolvido: transporte, alimentação, hospedagem para que fosse resolvida e não tem mais o que ofertar. É a última proposta do governo. Se eles não cumprirem, a Justiça vai obrigá-los a sair. Minha parte, que é ofertar, já está feita. Aí é com a Justiça o tempo para retirá-los", disse o secretário na quinta-feira (21).

O defensor público federal Daniel Macedo, que ontem negociou com o grupo essa proposta, disse que os indígenas estavam "resolutos em aceitá-las" e que alguns estão dispostos a lutar com a própria vida. "Se falecer um índio aqui, vai repercutir mal internacionalmente e internamente", afirmou.

"A gente até agora não assinou nenhum documento, não há local definido pra nova Aldeia Maracanã. O prédio que cederam, não fomos ver, mas sabemos que não é adequado. Por isso vamos manter a resistência pacificamente neste local", disse na quinta Afonso Apurinã, presidente da Associação dos Índios da Aldeia Maracanã.

Trânsito complicado
A Radial Oeste, uma das principais vias da Zona Norte do Rio, foi fechada por volta das 6h30 para a desocupação. Dez minutos depois, a via foi reaberta, mas o trânsito continuou muito complicado, principalmente no sentido Centro.

De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, a melhor opção para os motoristas é a Avenida Visconde de Niterói.

Estrada de 14 km no Norte de Juiz de Fora custará R$ 51 mi

22/03/2013 06:51 - Atualizado em 22/03/2013 06:51
Renata Miranda - Hoje em Dia
Felipe Couri/Arquivo Hoje em Dia
Avenida Rio Branco deverá sofrer redução no fluxo de veículos depois da construção da estrada

JUIZ DE FORA – Está autorizada a construção de uma estrada de 13,8 km, que interligará a MG-353 à BR-040, no extremo Norte de Juiz de Fora. A obra, orçada em R$ 51 milhões, vai retirar parte do fluxo rodoviário do Centro.

Na última quinta-feira (21), o governador Antonio Anastasia assinou o despacho para o início das intervenções. A previsão é a de que a via comece a ser estruturada nas próximas semanas, com o fim do período chuvoso.

A construção da nova estrada, relacionada no programa Caminhos de Minas, será de responsabilidade da empresa Camter Construções e Empreendimentos S/A, vencedora da licitação.

O acesso ligará a BR-040, na altura do bairro Barreira do Triunfo, na zona Norte de Juiz de Fora, a um entroncamento da MG-353, próximo ao distrito de João Ferreira, em Coronel Pacheco.

Terminal
A estrada faz parte do projeto original de implantação do Aeroporto Presidente Itamar Franco. Desde 2000, o acesso era anunciado como um incremento ao terminal. A previsão era a de que a obra ficasse pronta simultaneamente ao aeródromo.

Por enquanto, o fluxo de veículos de várias cidades da Zona da Mata, via MG-353, precisa passar pelos bairros Grama, Bandeirantes e Santa Terezinha, até chegar ao Centro de Juiz de Fora, e buscar acesso à BR-040 pelas saídas dos bairros Salvaterra e Barreira do Triunfo.

A Polícia Militar estima que cerca de 2.000 veículos, entre carros e caminhões, passem no trecho todos os dias.

Facilidade
O atraso na implantação do acesso é motivo de queixa de empresários. Para a Federação da Indústria e Comércio de Minas Gerais (Fiemg), o acesso vai fomentar o desenvolvimento econômico da Zona da Mata, pois facilitará também o uso do Aeroporto Presidente Itamar Franco, que tem vocação para o transporte de carga.

“Nós temos indústrias que querem vir para a Zona da Mata, interessadas em investir aqui. Com esta obra de infraestrutura concluída, vai ficar mais fácil. Nós poderemos contar com o aeroporto como um grande centro logístico”, aposta o diretor regional da Fiemg, Francisco Campolina.

Economia
A Multiterminais, empresa que administra o aeroporto, aposta na implantação do acesso para investir na ampliação de hangares e do número de voos para o transporte de cargas nacionais e internacionais.

“Há empresas especializadas nesse modal que manifestaram o interesse de utilizar o sítio aeroportuário como ponto central de coleta e distribuição de mercadorias”, complementa o diretor adjunto da Multiterminais, Denílson Duarte.

Montes Claros vive o seu maior ciclo de investimento. Seca, BRs defasadas e condições para licenças ambientais são desafio local

Publicado no Jornal OTEMPO em 22/03/2013
PEDRO GROSSI
enviado a Montes Claros
FOTO: RODRIGO CLEMENTE - 7.7.2011
Novas indústrias. A próxima a ser inaugurada na cidade é a fábrica Alpargatas do Brasil, de Havaianas

Principal cidade do Norte de Minas, Montes Claros se prepara para liderar a região naquilo que talvez seja o maior ciclo de desenvolvimento econômico de sua história. Nos últimos anos, os investimentos totais na cidade e em seu entorno somam quase R$ 10 bilhões, com geração de 15 mil empregos diretos.

Por estar na área mineira da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), são concedidos incentivos e benefícios fiscais para os agentes privados que investem na região.

Já nas próximas semanas, será inaugurada em Montes Claros a maior fábrica da Alpargatas do Brasil - com capacidade de produção de 120 milhões de pares de sandálias Havaianas ao ano. Ainda nos próximos meses, serão iniciadas as obras de implantação de uma unidade da Case New Holand (CNH), fabricante de máquinas pesadas que prevê investimentos de R$ 600 milhões e criação de 2.500 empregos diretos. Atualmente, o projeto está na fase dos licenciamentos ambientais. 

A cidade também receberá uma fábrica do laboratório farmacêutico Hipolabor e a ampliação de uma unidade de biodiesel da Petrobras - além de outros importantes aportes no setor de serviços, como a construção de um shopping center e de um hotel de alto padrão. 

Mas, em volume financeiro, os maiores investimentos são no setor mineral. Nos últimos dois anos, o total de recursos anunciados em projetos de exploração mineral somou quase R$ 9 bilhões. O principal deles é o da Sulamericana de Metais, com projeto orçado em R$ 4,9 bilhões para exploração de 50 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano.

Gargalos e seca. Em evento no mês passado, em Belo Horizonte, quando anunciou redução de ICMS para os produtores rurais do Norte de Minas em razão da maior seca dos últimos 40 anos na região, o governador Antonio Anastasia disse que a concessão das licenças ambientais para projetos de mineração estão condicionados a contrapartidas que envolvam preservação e utilização adequada da água.

Além da pouca oferta de água, outro desafio é a qualificação da mão de obra. "É uma demanda da indústria e que estamos atendendo, e é o trabalho mais importante que está sendo feito no momento", diz o presidente da regional Norte da Fiemg, Adauto Marques. Segundo dados do Ministério do Trabalho, entre 2009 e 2012, foram gerados 110 mil empregos em Montes Claros.

Outra projeto aguardado pelos empresários locais é a duplicação da BR-251, utilizada no escoamento da produção. Essa será a principal reivindicação que será passada ao ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, que visita hoje a cidade.

Repórter viajou a convite da Fiemg

Desrespeito ao pedestre vai gerar multa na capital

Publicado no Jornal OTEMPO em 22/03/2013
NATÁLIA OLIVEIRA
FOTO: JOÃO MIRANDA
Na primeira etapa, ações vão se concentrar na área hospitalar

Condutores de Belo Horizonte que desrespeitarem os pedestres vão começar a ser multados em um mês, conforme informou a Polícia Militar ontem, durante lançamento da campanha "Pedestre. Eu respeito", da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). "A campanha vai conscientizar os motoristas sobre as punições (que ainda não são aplicadas na capital). A expectativa é que comecemos a multar os infratores em um mês", disse o comandante do Batalhão de Trânsito, tenente-coronel Roberto Lemos. 

Inicialmente, segundo ele, a fiscalização deverá ser feita na área hospitalar, mas as multas serão aplicadas em todas as regiões da cidade e as ações serão estendidas ao hipercentro da capital e a bairros como Barro Preto e Savassi, na região Centro-Sul. 

Dentre as irregularidades passíveis de punição, estão veículos estacionados nas faixas de pedestre ou nas calçadas, condutores que aceleram enquanto os não motorizados ainda fazem a travessia e motoristas que não dão preferência aos transeuntes em travessias não semaforizadas.

Atropelamentos. Os pedestres são as vítimas mais frequentes no trânsito da capital. Somente no entorno da praça Sete, no centro - um dos locais onde ocorrem mais atropelamentos -, houve 82 atropelamentos em 2011, de acordo com a diretora de atendimento e informação da BHTrans, Jussara Belavinha. 

O desrespeito dos motoristas aos pedestres também é frequente na região hospitalar de Belo Horizonte. Uma pesquisa de observação feita pela empresa em 2012 mostrou que 22% dos motoristas param na faixa de retenção dos semáforos ou a invadem. 

Em 2011, somente em Belo Horizonte, 2. 850 pedestres foram atropelados, 76 dos quais morreram no local do acidente. No entanto, a estimativa das autoridades de trânsito é que o número de vítimas tenha chegado a 140, já que muitas mortes ocorrem em unidades hospitalares.

Dengue lota centros de saúde e foge ao controle no Estado. Prevenção ineficaz e negligência da população colaboram para cenário crítico

Publicado no Jornal OTEMPO em 22/03/2013
LUCIENE CÂMARA
FOTO: PAULA HUVEN
Lotada. Equipe de reportagem esteve na UPA do Barreiro, onde constatou recepção cheia e até a calçada com paciente esperando atendimento

Em uma única rua de dois quarteirões do Conjunto Água Branca, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, pelo menos 20 moradores estão com dengue ou com suspeita da doença. Na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Barreiro, na capital, outras 155 pessoas procuraram o local, só até as 17h de ontem, com sintomas característicos da enfermidade. Os números mostram que o problema fugiu ao controle em todo o Estado e ganha proporções de epidemia, na visão de especialistas.

Só na capital, já foram confirmados 4.215 casos de dengue, sendo que, em todo o ano passado, foram 585 registros, um aumento de 620%, de acordo com o último balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). A situação não é diferente em Minas, onde 93.184 pessoas já foram notificadas com a doença, segundo relatório da semana passada, o que representa quase o dobro do total de 2012 - 46.681. A quantidade de mortes também é crescente: foram 23 de janeiro até o último dia 14, contra 18 óbitos nos 12 meses do ano passado.

Para o membro da diretoria da Sociedade Mineira de Infectologia Estevão Urbano, os números sinalizam um estado de descontrole da dengue no Estado. "Tudo leva a crer que estamos diante de uma epidemia, cabendo ao poder público confirmar", disse Urbano. Ele atribui o problema a vários fatores, como a ineficiência da prevenção e a negligência da população. "Os dados mostram que as pessoas continuam armazenando água em casa".

Outro grande vilão apontado pelas autoridades de saúde municipal e estadual é a entrada da dengue tipo 4 no Estado. O vírus não aparecia há 30 anos em Minas, o que torna a população mais suscetível à doença por falta de imunidade. Levantamento da SMSA identificou a presença predominante da dengue 4 em 60% dos casos analisados. 

"Três fatores têm levado à maior possibilidade de transmissão: o novo vírus que está circulando, a presença do mosquito nas residências e a população que está mais suscetível", avaliou a infectologista e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Marise Fonseca. Já o secretário municipal adjunto de Saúde da capital, Fabiano Pimenta Júnior, prefere não falar em epidemia. "Estamos vivendo um estado de alerta, e a nossa preocupação maior é garantir o acesso aos serviços de saúde", disse. 
CONTAGEM
Vizinhança está assustada com excesso de casos

"Primeiro, foram meus dois filhos que pegaram dengue. Depois, meu marido, e, agora, eu", disse a dona de casa Marlene Maria de Jesus de Souza, 59, moradora do bairro Conjunto Água Branca, em Contagem, na região metropolitana. Pelo menos 20 pessoas que moram na mesma rua tiveram a doença neste ano. 
Um exemplo é a aposentada Lucia dos Santos Silva, 68, que ainda se recupera da dengue. Ela chegou a urinar sangue e teme desenvolver um quadro mais grave. "A gente fica com medo da forma hemorrágica", disse. 

Na mesma rua, o representante comercial Temístocle Mendonça Neto, 60, e a esposa Katya Furtado de Mendonça, 59, também estão com sintomas da dengue. Mendonça contou que só ontem recebeu a visita de agentes de saúde em sua casa, o que não ocorria desde setembro. "Nunca vi a dengue atingir tanta gente", disse. 

Ação. Em Uberaba, no Triângulo, a prefeitura recebeu ontem mais três denúncias de bota-fora irregular. As pessoas podem ganhar R$ 500 de recompensa por colaborarem no combate à dengue. (LC)