sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Coronel da Polícia Militar ameaça alunos e professores de faculdade, em Belo Horizonte

Por G1 Minas — Belo Horizonte

23/08/2019 11h41 

Alunos da faculdade Newton Paiva, em Belo Horizonte, denunciaram nesta sexta-feira (23) que o Coronel da Polícia Militar Alberto Luiz entrou no campus da Avenida Carlos Luz, no bairro Caiçara, para ameaçar alunos e professores após sua filha, também aluna da faculdade, sair no final da primeira aula e perder a chamada no início do segundo horário.

O caso aconteceu na noite da última quinta-feira (22), no prédio do curso de Direito. Segundo testemunhas que presenciaram a situação, o coronel entrou na sala de aula alterado, procurando uma aluna específica, alegando que ela estava fazendo bullying com sua filha e queria um posicionamento da professora e da coordenação do curso.

Uma das professoras teria voltado para sua casa escoltada pelos seguranças da faculdade. Uma aluna, que também recebeu ameaça, relatou que vai registrar boletim de ocorrência nesta sexta.

"Ele me ameaçou na frente de vários alunos, a professora ficou na linha de frente. Ele estava muito exaltado. Ele já chegou abrindo a porta e perguntou 'tá tendo algum problema com a minha filha aqui?' Estamos todos apavorados, a gente não sabe o que ele é capaz. Por isso vou fazer um boletim de ocorrência, estou com muito medo", concluiu a estudante.

Segundo o coronel Alberto Luiz, ele estava aguardando a filha na área de alimentação, pois ela estava passando mal e poderia precisar da ajuda dele. Em seguida, recebeu uma mensagem dela dizendo que estava chorando e que precisava de ajuda.

"Pedi para a coordenadora me levar até a professora para entender o que tinha acontecido. Não entrei na sala porque é área privativa da professora. Queria entender quem estava perseguindo minha filha e fazendo ela chorar. Não houve nenhum tipo de agressão. Entendo que não tive uma reação equilibrada, mas agi como pai. Hoje de manhã fui até a coordenação e me desculpei", concluiu o coronel Aberto Luiz.

Em nota, a assessoria da Newton Paiva disse: "A Newton lamenta o ocorrido e mantém seus valores de acolhimento e apoio a todos os seus alunos, professores e colaboradores, indiscriminadamente. A Newton esclarece que foi surpreendida pelo fato e que, nesse momento, está apurando todas as circunstâncias para tomar as medidas cabíveis, resguardar a ordem, a segurança na instituição e oferecer, a todos os envolvidos, a assistência necessária para a superação do episódio".

A Polícia Militar disse que não vai se posicionar porque não foi registrado nenhum boletim de ocorrência sobre o fato. Segundo a PM, o militar é da reserva.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Primeiro show do Festival de Bandas Novas movimenta a Praça Antônio Carlos no sábado

JUIZ DE FORA - 22/8/2019 - 10:21

Foto: Divulgação

A largada da 21ª edição do Festival de Bandas Novas de Juiz de Fora será dada no próximo sábado, 24, na Praça Antônio Carlos, no Centro. A partir das 16 horas, cinco bandas se apresentarão em um show gratuito e livre para todos os públicos. O evento é realizado desde 1999, originalmente com o objetivo de abrir espaço para bandas iniciantes mostrarem seu trabalho. Atualmente, a proposta é promover divulgação, formação e troca de conhecimentos entre diferentes gerações.

O produtor do evento, Adriano Polisseni, líder do grupo Patrulha 66, explica que, além do caráter cultural e educativo, o festival também tem um perfil solidário. “A exemplo dos anos anteriores, o público poderá doar alimentos, que serão destinados a entidades filantrópicas da cidade”.

O festival conta com apoio da Prefeitura de Juiz de Fora, através da Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa). A gerente de Acesso à Cultura da fundação, Giovana Bellini, destaca o fato de, em duas décadas de existência, o Bandas Novas ter recebido mais de 900 grupos de rock, metal, punk rock, hardcore, hard rock, grunge, blues e progressivo, de diversos centros. “O mérito não se limita à formação de público; o Bandas Novas consolidou-se como uma verdadeira escola para os músicos. Muitas bandas estrearam e amadureceram neste festival. Outro aspecto importante é a manutenção de um canal consistente de valorização e divulgação do som produzido em Juiz de Fora”.

Para a edição 2019, foram programados outros três shows na Praça Antônio Carlos: 31 de agosto, 14 de setembro e 21 de setembro, sempre das 16 as 22 horas.

Bandas escaladas para o primeiro show
- Tuka`s Band - Vai apresentar um repertório de tirar o fôlego, com músicas de grandes nomes do hard rock, como Guns N`Roses, Whitesnake, Led Zeppelin, Bon Jovi, Europe, Iron Maiden, Ozzy Osbourne e Peter Frampton.

- Menixx - Foi formada em março deste ano, com o intuito de mesclar vários estilos do rock. Possui um repertório repleto de clássicos dos anos 1970 aos 2000, além de marcar a presença feminina na cena do rock juiz-forano.

- Sensorium - Foi criada no final de 2018, com a proposta inicial de tributo à System of a Down e Epica. Após as primeiras apresentações, a banda expandiu o repertório, com influências de vários estilos de metal. Atualmente, trabalha na divulgação de seu single "Find a Way Out", além da arrecadação de fundos para gravação de seu primeiro disco.

- Old Guys – Criada em 2015, a banda sempre tocou grandes sucessos de bandas clássicas da história do rock, como ACDC, Deep Purple, Led Zeppelin, Pink Floyd e Rolling Stones. No show de sábado, promete sacudir a galera com os clássicos da maior banda punk da historia: Os Ramones.

- Ecdise - Antiga Systema Decadente, é uma banda de metal formada em 2015, a princípio como cover de System of a Down. No repertório atual, além do já tradicional System of a Down, apresenta composições autorais e músicas de bandas de metal do final dos anos 1990.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa - 3690-7044.

IEF realiza cercamento de duas importantes nascentes

QUI 22 AGOSTO 2019 10:15 ATUALIZADO EM QUA 21 AGOSTO 2019 16:53

Divulgação/Semad

As nascentes estão localizadas numa área de 9,44 hectares e será totalmente restaurada pelo Instituto Estadual de Florestas

Duas importantes nascentes que desaguam no Rio das Mortes, afluente do Rio Grande, na Região Central de Minas, acabam de ter seu processo de cercamento concluído. As nascentes estão localizadas numa área de 9,44 hectares, atualmente ocupada por pastagem, que também será totalmente restaurada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). O trabalho será feito juntamente com a proteção de um remanescente de 12,26 hectares de floresta de Mata Atlântica, contíguo à área, totalizando 21,7 hectares de espaço protegido.

O material para cercamento das nascentes foi viabilizado por meio de uma parceria do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) com o banco alemão de desenvolvimento KfW, Projeto de Proteção da Mata Atlântica - Fase II (Promata II). Para a restauração da área de pastagem, serão plantadas 5 mil mudas de árvores de espécies nativas da região, produzidas no viveiro do IEF, em Barbacena. As mudas devem ser plantadas em setembro, durante a comemoração da Semana Florestal em Minas.

Para o supervisor da Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade (URFBio) Centro Sul do IEF, Ricardo Ayres Loschi, o cercamento e a restauração florestal fazem parte das ações ambientais desenvolvidas pela URFBio Centro Sul com propósito de recuperação de áreas estratégicas (encostas, nascentes e matas ciliares), situadas nas cabeceiras das bacias dos Rios Grande, Paraíba do Sul, São Francisco e Rio Doce.

Ele frisa que essas atividades têm possibilitado o engajamento de diversas entidades e voluntários, além de proporcionar ganhos ambientais relevantes para a região. Também proporcionam a autossuficiência econômica para as propriedades rurais e o abastecimento das cidades com a continuidade dessas ações. “A partir do momento em que preservamos essas importantes áreas, com práticas de conservação de solo adequadas, garantimos a infiltração de água no solo e evitamos as enxurradas “, diz.

A área alvo da ação está localizada em um local conhecido como Sericícola, onde funcionou a Estação Sericícola de Barbacena, indústria-escola destinada à disseminação da cultura da seda natural no Brasil, fundada em 1912. O local preserva um belo conjunto arquitetônico, revestido de significado histórico, guardando traços de grande importância no desenvolvimento do contexto urbano e social do município de Barbacena.

O trabalho de cercamento das nascentes contou com o apoio de Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), da Prefeitura Municipal de Barbacena, do Grupo Escoteiro do Ar Guardião da Mantiqueira e do Grupo de Teatro Ponto de Partida.

Ministério da Justiça autoriza uso da Força Nacional em cinco estados

Publicado em 22/08/2019 - 07:49

Por Agência Brasil Brasília

O Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta (projeto Em Frente Brasil) terá o apoio da Força Nacional de Segurança Pública nas ações de combate ao crime nos estados de Goiás, Pernambuco, do Pará, Espírito Santo e Paraná.

As portarias assinadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizando a medida estão publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22). As equipes deverão atuar nas capitais e cidades da região metropolitana.
Força Nacional de Segurança Pública - José Cruz/Agência Brasil

Por um período de 120 dias, a contar do dia 30 de agosto e podendo ser prorrogado, os militares da Força Nacional vão apoiar as ações de policiamento ostensivo, preservação da ordem pública e da segurança do cidadão e do patrimônio.

De acordo com a portaria, o contingente de militares a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, cabendo aos estados e municípios dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional.

Edição: Aécio Amado

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Crianças com menos de um ano serão vacinadas contra o sarampo

QUA 21 AGOSTO 2019 15:50 ATUALIZADO EM QUA 21 AGOSTO 2019 16:18

Gil Leonardi/Imprensa MG

Cerca de 130 mil crianças com idade entre 6 a 11 meses terão direito a receber a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, em Minas Gerais. A imunização fora da faixa etária regularmente prevista no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma medida preventiva adotada pelo Ministério da Saúde, em decorrência dos casos da doença registrados no país. A vacinação dos menores de 1 ano não substitui as aplicações previstas quando a criança completa as idades estipuladas pelo PNI, que é de 12 e 15 meses. A determinação passa a valer a partir da próxima quinta-feira (22/8) e vai vigorar por período indeterminado.

“As crianças com essas idades, entre 6 e 11 meses, são mais vulneráveis aos casos graves e óbitos causados pelo sarampo. Com base nisso, a medida se justifica, para que possamos ampliar a proteção a todos eles”, explica a coordenadora estadual do Programa de Imunizações, Josianne Dias Gusmão.

A coordenadora ainda ressalta que a chamada “dose zero” não substitui aquelas programadas pelo calendário nacional de vacinação da criança. “Além da dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade, ou seja, com 1 ano de idade para a primeira dose e depois aos 15 meses para a segunda, quando vão tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral com varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses”, recomenda. A vacina tríplice viral previne contra o sarampo, rubéola e caxumba.

De acordo com Josianne, o Estado está preparado para absorver a demanda de público que não estava previsto, uma vez que há quantitativo suficiente em todos as unidades de Saúde para vacinar toda a parcela da população. “Todos aqueles que comparecerem às unidades terão os cartões de vacina avaliados e, estando dentro da faixa etária indicada a receber a dose, serão vacinados”, garante. Apenas casos de imunodeficiência clínica ou laboratorial, conforme avaliação médica, têm contraindicação para receber a imunização.

Ainda conforme a coordenadora, a aplicação de vacina nesta faixa etária será continuamente avaliada, conforme evolução da situação epidemiológica no Brasil.

Situação em Minas
A cobertura vacinal em crianças do estado está em 98,31% para a primeira dose e de 81,51% para a segunda. Já em relação aos casos da doença, desde o início de 2019, foram notificados 190 casos suspeitos de sarampo provenientes de 73 municípios em Minas Gerais. Desses, 71,1% (135/190) foram descartados; 26,8% (51/190) estão sob investigação; e 2,1% (4/190) casos foram confirmados.

A doença
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico, as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar à óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

Encceja será no domingo; veja como consultar locais de prova

Publicado em 21/08/2019 - 17:35

Por Agência Brasil Brasília

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) elaborou um passo a passo para os candidatos inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) consultarem os locais de prova. A edição de 2019 ocorre neste domingo (25).

O Cartão de Confirmação de Inscrição traz endereço, data, local, número de inscrição, horário das provas, indicação das áreas de conhecimento e do nível de ensino, solicitação de atendimento especializado, nome social, se for o caso, e indicação da secretaria Estadual de Educação ou do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia que ficará responsável pela certificação.

Para chegar ao cartão de confirmação o estudante deve acessar a página do Encceja e, no sistema, clicar em “página do participante”. A próxima etapa é preencher os campos de CPF, senha, selecionar a figura indicada, e clicar em “enviar”. A página será diretamente direcionada à imagem do Cartão de Confirmação de Inscrição na qual o participante encontrará o endereço do local onde fará a prova.

O Inep recomenda que todos os participantes estejam com o cartão impresso no dia da prova. Mas a apresentação não é obrigatória para a realização do exame.

Veja vídeo explicativo do Inep sobre a consulta sobre o Cartão de Inscrição. 

Marinha reabre inscrições para concurso para Escola Naval

Internet
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Publicado em 21/08/2019 - 17:33

Por Cristina Indio do Brasil Rio de Janeiro

A Marinha do Brasil reabriu hoje (21) as inscrições para o concurso de admissão para a Escola Naval, depois de determinação judicial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região(TRF2). A demanda veio do Ministério Público Federal (MPF), que encaminhou pedido a justiça para determinar à Marinha que passasse a admitir inscrição, matrícula e frequência aos cursos de candidatos casados, em união estável ou com filhos. 

O MPF questionou também a previsão do edital para que o aluno não altere estado civil e nem tenha filho durante o período em que estiver sujeito aos regulamentos da Escola Naval. O concurso da Marinha (CPAEN) é para selecionar candidatos a Oficiais para o Corpo da Armada (CA), Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e Corpo de Intendentes de Marinha (CIM). O prazo inicial de inscrição terminou no dia 5 de julho.

Na visão da MPF, “o edital viola princípios constitucionais como a liberdade individual, a inviolabilidade da intimidade e vida privada e o planejamento familiar”. “Será que não é legítimo alguém casado tentar suprir financeiramente o lar via carreira militar? A se adotar a restrição a resposta seria negativa, mesmo que implique restrição em foco à convivência marital”, apontou o texto do parecer do MPF ao TRF2.

No entendimento do MPF, a limitação imposta aos candidatos “não possui qualquer relação de pertinência com o exercício das atividades do cargo pretendido, uma vez que o estado civil e a existência de dependentes e de outros encargos familiares em nada irá influenciar no desempenho das atividades do profissional, configurando-se como verdadeira discriminação.”

Em nota enviada à Agência Brasil, a Marinha afirma que ”as inscrições para o Concurso Público de Admissão à Escola Naval em 2019 (CPAEN /2019) se encontram reabertas no período de 8h do dia 21 de agosto de 2019 até as 23:59h do dia 27 de agosto de 2019”. A nota acrescentou que foram alteradas as condições para inscrição no concurso, devidamente publicadas em retificação de Edital.

De acordo com a força armada, o comprovante de inscrição estará disponível a partir do dia 29 de agosto de 2019. As datas de aplicação das provas, 31 de agosto de 2019 e 01 de setembro de 2019, não foram mudadas. Se houver necessidade de alteração, a Marinha garantiu que fará comunicado aos candidatos.

Edição: Aline Leal

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Jogadores do Figueirense não entram em campo, e Cuiabá vence por W.O. na Série B do Brasileiro

Por GloboEsporte.com — Cuiabá, MT

20/08/2019 22h00 

Confirmado o W.O.! O árbitro Pathrice Maia apita o "início e o fim" do jogo!

Os jogadores do Figueirense cumpriram a ameaça e não entraram em campo para enfrentar o Cuiabá na noite desta terça-feira, na Arena Pantanal, em jogo válido pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O motivo é o protesto pelos salários atrasados. Com isso, o Cuiabá venceu por W.O. (placar de 3 a 0), ficando com os três pontos da partida.

Segundo Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá, os torcedores que pagaram pelo ingresso poderão fazer a troca para o jogo seguinte do time como mandante na Arena Pantanal, contra o Botafogo-SP, na sexta-feira.

Como foi o W.O.
Por volta das 20h20, com 50 minutos de atraso em relação ao cronograma inicial, os jogadores do Figueirense deixaram o hotel em direção à Arena Pantanal. No vestiário, permaneceram por 40 minutos, enquanto os atletas do Cuiabá realizaram o aquecimento no gramado. Na sequência, voltaram ao veículo e foram embora, sem dar entrevistas.

O árbitro da partida, Pathrice Wallace Corrêa Maia, seguiu o protocolo e aguardou 30 minutos, mas os jogadores da equipe catarinense não foram ao gramado. Maia, então, determinou o fim da partida. O caso será relatado na súmula.

A paralisação do elenco do Figueirense começou na tarde da última sexta, quando os jogadores não se reapresentaram após a derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta. A atitude se repetiu no fim de semana.

No domingo, por meio de nota, a diretoria afirmou que quitaria o salário CLT de julho e os dois meses de direitos de imagens em atraso no próximo dia 28 de agosto. Na sequência, os atletas rebateram o comunicado e exigiram o pagamento até esta terça – se não recebessem, não entrariam em campo, como de fato ocorreu.

Posição do clube
Minutos após o W.O. ser confirmado, a diretoria do Figueirense se pronunciou por meio de nota. Confira abaixo:

O Figueirense Futebol Clube comunica que a decisão de promover o W.O. na partida da Série B do Campeonato Brasileiro desta terça-feira, 20 de agosto, contra o Cuiabá, em Mato Grosso, é exclusiva dos jogadores profissionais relacionados para o confronto.

Vale ressaltar que a comissão técnica se apresentou normalmente para a disputa e o setor de logística do Alvinegro promoveu todos os procedimentos prévios para entrada em campo dos atletas.

E agora?
O Figueirense agora fica sujeito a punições em duas frentes: pela CBF e pelo STJD. Como foi o primeiro W.O. do time, a punição será a derrota na tabela (por 3 a 0) e multas. Em caso de reincidência, o clube fica sujeito a ser excluído da competição.

Imediatamente, a CBF aplica as punições previstas no RGC (Regulamento Geral das Competições): Derrota por 3 a 0 na partida - Multa de R$ 5 mil

Se o W.O. ocorresse num jogo como mandante, o Figueirense também perderia a renda da partida.

O artigo 58 do RGC deixa claro que a estas punições se somam outras previstas pelo CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que são aplicadas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

O Figueirense muito provavelmente será denunciado em dois artigos: o 203 ("deixar de disputar partida sem justa causa") e o 191 "(deixar de cumprir regulamento").

Nos dois casos, a pena é a mesma: multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Ou seja: além dos R$ 5 mil pela CBF, o Figueirense está sujeito a ser multado em até R$ 200 mil pelo STJD.

A CBF também considera cumpridas todas as suspensões automáticas e outras penas impostas pelo STJD ao rival do Figueirense no jogo do W.O. Ou seja: se um jogador do Cuiabá acumulou três cartões amarelos e não enfrentou o Figueirense, a CBF considera a punição cumprida. O mesmo vale para quem tinha alguma outra pena a cumprir.

Vale lembrar que, em 2017, o Mogi Mirim perdeu por W.O. um jogo contra o Ypiringa (RS) pela Série C. O clube foi declarado derrotado por 3 a 0 e punido pelo STJD com R$ 1 mil pelo STJD – R$ 500 para cada um dos dois artigos descumpridos do STJD.
Jogadores do Cuiabá perfilados para o hino nacional, enquanto os do Figueirense nem subiram ao gramado da Arena Pantanal — Foto: Olímpio Vasconcelos

Entenda a crise do Figueirense
O direito de imagem do elenco não é pago desde maio, enquanto o mês de julho, referente ao vencimento em carteira, também está pendente. Há, ainda, o não recolhimento de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Denis conseguiu a rescisão indireta com o Figueirense no início do mês por este motivo. Dias depois, o clube derrubou a liminar concedida ao goleiro.

Uma notificação extrajudicial, assinada por 31 jogadores, foi enviada ao presidente da Elephant (gestora do futebol do clube), Cláudio Honigman, no domingo. Nela, o elenco manifestou a intenção de não treinar ou jogar até que os acertos sejam realizados. O clube, por outro lado, trata a paralisação como "falta ao trabalho".

Pelas redes sociais, os atletas se manifestaram. Na sexta, foi postada a imagem do escudo do Figueirense num fundo preto e a frase: "Paramos hoje, pela sobrevivência do amanhã". No dia seguinte, a mensagem relatou pressão e ameaça da diretoria para a retomada dos treinamentos. Além disso, todos colocaram a frase "somos todos líderes".

Em julho, o elenco ficou sem treinar por alguns dias pelo mesmo motivo. Na ocasião, o presidente prometeu quitar as pendências financeiras. A promessa evitou a possibilidade de W.O. diante do Vitória. Em seguida, a Elephant assinou um termo de compromisso com o Conselho Deliberativo do clube, garantindo que os atrasos iriam acabar. O aditivo no contrato não teve os termos divulgados.

“Loucomotiva” participa do Congresso de Psicologia da Zona da Mata nesta quarta-feira

JUIZ DE FORA - 20/8/2019 - 18:59

Foto: Arquivo 

Servidores e usuários da saúde mental de Juiz de Fora, integrantes do coletivo "Loucomotiva", participarão nesta quarta-feira, 21, às 13h30, de roda de conversa no 12º Congresso de Psicologia da Zona da Mata e Vertentes e 16º Encontro Juiz-forano de Psicologia (Enjupsi). O evento será no Victory Hotel, na Avenida Presidente Itamar Franco, 1.850, Bairro São Mateus. 

A roda de conversa tem como objetivo discutir a formação do coletivo como dispositivo de luta e busca do protagonismo do sujeito e resgate da cidadania. De acordo com a coordenadora do Centro de Convivência Recriar, Sara Carvalho, o grupo funciona como "aposta de um posicionamento cada vez mais crítico dos usuários da saúde mental no município, visando afinar um discurso cada vez mais conciso com relação às suas proposições e pautas discutidas, principalmente no que diz respeito à luta antimanicomial". 

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7389/7123.

Justiça condena Haddad a 4 anos e 6 meses em semiaberto por caixa dois da UTC

Luiz Vassallo, Pedro Prata e Fausto Macedo
20 de agosto de 2019 | 16h35

Fernando Haddad. FOTO: Amanda Perobelli/REUTERS

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi condenado por suposto caixa dois da UTC Engenharia na campanha eleitoral de 2012, quando foi eleito. A pena imposta pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Francisco Shintate, por falsidade ideológica eleitoral, é de 4 anos e 6 meses, em regime semiaberto. Cabe recurso.
 Documento - SENTENÇA -FLS 01-50 PDF

O ex-prefeito foi denunciado por suposto caixa dois de R$ 2,6 milhões da UTC Engenharia. O promotor eleitoral Luiz Henrique Dal Poz, afirmou, em acusação, que o ex-prefeito ‘deixou de contabilizar valores, bem como se utilizou de notas inidôneas para justificar despesas’.

Os valores teriam sido repassados pela empreiteira diretamente às gráficas de Francisco Carlos de Souza, ex-deputado estadual e líder sindical conhecido no PT como ‘Chico Gordo’. Ele confessou que recebeu os pagamentos, mas disse que não eram destinados à campanha do ex-prefeito, e sim a outros candidatos petistas cujos nomes não revelou à PF.

A denúncia narra que R$ 3 milhões teriam sido negociados com o empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e depois repactuados para R$ 2,6 milhões. Além do empreiteiro, que é delator, o doleiro Alberto Youssef também citou as operações em depoimento.

‘Culpabilidade extremamente elevada’
O juiz afirma que, ‘quanto ao réu Fernando Haddad, mediante um documento (prestação de contas) veiculou 258 declarações ideologicamente falsas (258 operações de prestação de serviços simuladas), com a finalidade eleitoral’.

“A culpabilidade (grau de reprovabilidade da conduta), é extremamente elevada, pois o réu Haddad era candidato e foi eleito para o cargo de Prefeito do maior município do país, com um dos cinco maiores orçamentos da federação, e assumiu o risco ao não se interessar pelo gerenciamento das contas de campanha, comportamento que se mostra, para um ocupante de cargo executivo, extremamente desfavorável”, escreve.

Segundo o juiz, Haddad ‘não apresenta antecedentes criminais, suas conduta social, sua personalidade e os motivos tampouco permitem um juízo negativo que conduza à elevação da pena-base’.

“As circunstâncias que conduziram à prática dos crimes caixa dois são extremamente graves. A prova produzida demonstrou que os crimes foram praticados quando o partido do réu (PT) detinha o Governo Federal, em uma organização com setores especializados, dos quais o núcleo político que aceitava doações de empresas que mantinham contratos com o poder público, bem como a emissão de notas fiscais e recibos sem lastro em operações mercantis ou de prestação de serviços”, anotou.

Vaccari pega 10 anos em fechado
Na mesma ação, João Vaccari Neto foi condenado pelos crimes de formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal) e de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos ou valores (Lei 9.613/98), com pena somada de 10 anos de reclusão em regime fechado.

Segundo a sentença, Vaccari pediu o pagamento de R$ 2,6 milhões em favor de uma das gráficas envolvidas no caso, com valores de origem ilícita de Ricardo Pessoa, empreiteiro da UTC.

O responsável financeiro pela campanha de Haddad, Francisco Macena, também foi condenado pelo crime de falsidade ideológica para fins eleitorais, a 3 anos e 9 meses em regime aberto.

Os donos das gráficas, Francisco Carlos de Souza (Chico Gordo) e Ronaldo Cândido, pegaram, respectivamente, 11 anos e 6 meses (fechado) e 9 anos e 9 meses (fechado).

Inocentado na esfera criminal
O ex-prefeito também foi denunciado na esfera criminal por este mesmo caso, envolvendo corrupção e lavagem de dinheiro. A 12.ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no entanto, trancou a ação em fevereiro.

Segundo o voto do relator, desembargador Vico Mañas, a denúncia não esclarece qual a vantagem pretendida pelo empreiteiro, uma vez que os interesses da UTC foram contrariados pela gestão municipal, que chegou a cancelar um contrato já assinado com a empresa para a construção de um túnel na Avenida Roberto Marinho.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE HADDAD
A defesa de Fernando Haddad recorrerá da decisão do juiz Francisco Shintate, da primeira Vara Eleitoral. Em primeiro lugar porque a condenação sustenta que a campanha do então prefeito teria indicado em sua prestação de contas gastos com material gráfico inexistente. Testemunhas e documentos que comprovam os gastos declarados foram apresentados. Ademais, não havia qualquer razão para o uso de notas falsas e pagamentos sem serviços em uma campanha eleitoral disputada. Não ha razoabilidade ou provas que sustentem a decisão.

Em segundo lugar, a sentença é nula por carecer de lógica. O juiz absolveu Fernando Haddad de lavagem de dinheiro e corrupção, crimes dos quais ele não foi acusado. Condenou-o por centenas de falsidades quando a acusação mal conseguiu descrever uma. A lei estabelece que a sentença é nula quando condena o réu por crime do qual não foi acusado.

Em um Estado de Direito as decisões judiciais devem se pautar pela lei. O magistrado deve ser imparcial. Ao condenar alguém por algo de que nem o Ministério Público o acusa, o juiz perde sua neutralidade e sua sentença é nula.

Defesa de Fernando Haddad

COM A PALAVRA, O ADVOGADO LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSO, QUE DEFENDE VACCARI

NOTA PÚBLICA

A defesa do Sr. João Vaccari Neto, pela presente Nota, se manifesta sobre a decisão, proferida pela Justiça Eleitoral de São Paulo, no processo em que figura também como acusado, o Sr. Fernando Hadad e outros.
Cumpre informar que a decisão absolveu o Sr. Vaccari com relação ao crime do art. 350 do código eleitoral, absolveu também quanto ao crime de prestação de contas eleitorais, absolvendo-o ainda dos crimes de corrupção passiva e de improbidade.
Essa decisão, todavia, o condenou pelos crimes de lavagem e de quadrilha, imputando-lhe a pena de 10 anos de reclusão e 300 dias multa e à reparação de danos.
Dessa condenação a defesa irá recorrer, pois entende que, além de injusta, não reflete a prova dos autos.

Prof. Dr. Luiz Flavio Borges D’Urso
Advogado