segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Caminhoneiro é detido com documentos falsos em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

19/08/2019 13h57 
Caminhão/gás - PMR Juiz de Fora — Foto: Polícia Militar Rodoviária/Divulgação

Um motorista de caminhão de 42 anos foi detido, na manhã desta segunda-feira (19), pela Polícia Militar Rodoviária (PMR) na MG-353, no Bairro Grama em Juiz de Fora, por portar documentos falsos.

Segundo a PMR, após a verificação, foi constatado que o homem tinha 34 passagens pela polícia.

A PMR solicitou parada do caminhão, que tinha as placas com origem de Belo Horizonte - MG e transportava gás de cozinha (GLP).

Durante a abordagem, foi verificado que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista era falsa, assim como o RG. Nas diligências, após checagem, foi identificado que o homem tinha diversas passagens por ameaça, falsidade ideológica, furtos, entre outros.

De acordo com os policiais, o motorista tinha um total de três CNHs falsas. Ao ser questionado, ele informou aos militares que adquiriu os documentos em uma auto escola em Belo Horizonte.

O homem também já havia sido preso por apresentar à Justiça um recibo falso de pensão alimentícia. Apesar das passagens, a PMR informou que não há nenhum mandado de prisão em aberto.

O caminhão está no posto da Polícia Militar Rodoviária e será liberado, já que não foram encontradas irregularidades na carga ou na documentação do veículo.

O motorista está detido por uso de documentos falsos e direção perigosa, já que de acordo com a PMR, ele transportava um produto considerado perigoso e sem documentação correta.

Ele será encaminhado para a delegacia.
Documentos falsos foram apreendidos com motorista de caminhão em Juiz de Fora — Foto: Polícia Militar Rodoviária/Divulgação

Foragido da Justiça do Maranhão por estupro e morte de mulher é preso em Juiz de Fora

Por Amanda Andrade, G1 Zona da Mata

19/08/2019 13h10
Homem suspeito de estuprar, matar e esquartejar mulher no Maranhão em 2014 é preso em Juiz de Fora — Foto: Amanda Andrade/G1

A Polícia Civil prendeu na última sexta-feira (16), em Juiz de Fora, um homem de 33 anos suspeito de estuprar, estrangular e esfaquear uma mulher em dezembro de 2014 na cidade de Santa Quitéria, no Maranhão. O preso foi apresentado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (19).

De acordo com o delegado Rafael Gomes, o suspeito estava foragido na cidade há pouco mais de quatro anos, tendo passado antes por locais como Teresópolis, no Rio de Janeiro, e Sobral, no Ceará. Em Juiz de Fora, ele trabalhava como barman em um estabelecimento no Bairro Alto dos Passos com carteira assinada há 8 meses.

Ainda segundo Rafael, na última quinta-feira (15) a Polícia Civil do Maranhão entrou em contato informando que havia possibilidade deste homem estar escondido na cidade. O suspeito foi detido em casa, no Bairro Santa Luzia, onde mora com uma mulher e com um filho de 4 anos. O delegado informou que o homem estava com as malas prontas para seguir em fuga.

Crime
O crime ocorreu no dia 5 de dezembro de 2014 em Santa Quitéria no Maranhão. De acordo com as investigações, a vítima foi encontrada morta em um local afastado, próximo a um matagal, com várias facadas e com corte no pescoço. No local, também foram encontrados uma faca e um relógio.

Após a perícia e a confirmação através do depoimento do suspeito, foi constatado que a mulher foi estuprada, estrangulada e ainda esfaqueada 22 vezes.

De acordo com a Polícia Civil, os dois mantinham uma relação de amizade e costumavam se encontrar para fazer uso de drogas. O último encontro havia ocorrido na noite anterior, em 4 de dezembro, em um motel.

Imagens de câmeras de vigilância do motel e depoimento de funcionários confirmaram para os investigadores a presença do casal no local. As gravações mostraram que o relógio encontrado no local do crime era o mesmo que o suspeito utilizava naquela noite. Uma testemunha também confirmou a informação.

O homem disse, em depoimento, que a motivação do crime teria sido o furto de uma quantia em dinheiro que estava com ele pela vítima. O suspeito alega que após perceber o furto, teria se descontrolado.

A versão oficial da Polícia Civil do Maranhão, após investigações, aponta que o crime foi premeditado e a justificativa seria a desconfiança de que a vítima era portadora de HIV. O homem acreditava que a mulher o havia infectado.

O caso está sendo tratado como homicídio qualificado ao invés de feminicídio. Segundo Rafael Gomes, a justificativa é que a tipificação do crime de feminícidio só entrou em vigor em 2015, e o crime ocorreu anteriormente.

'Levava uma vida tranquila e não imaginava ser capturado'
O delegado Rafael Gomes classifica o homem como "extremamente escorregadio e difícil de ser capturado". Segundo a investigação, o suspeito parecia não ter medo de ser capturado e levava uma vida tranquila, inclusive trabalhando de carteira assinada.

Além do registro trabalhista, o homem havia registrado dois Boletins de Ocorrência (BO) em Juiz de Fora por extravio de documentos e furto. Em nenhum momento, os dados foram cruzados e apontaram que ele encontrava-se como foragido da Justiça. O delegado enxerga como uma falha no sistema interestadual da Polícia.

Para a Polícia Civil, a apresentação do detento pode ajudar a identificar e apontar outros eventuais crimes que ele tenha cometido.

"Ele passou foragido por diversos estados, diversas cidades, ele era procurado pela polícia do país inteiro. Por esse fato, pode ser que ele tenha praticado delitos em algum desses locais pelo qual ele passou. É importante a população ter essa informação que ele está preso, para poder identificar e apontar eventuais crimes. Uma pessoa que comete um crime desta forma tão brutal, desta forma tão bárbara, pode ter cometido outras infrações", explica o delegado.

O homem encontra-se preso temporariamente no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) em Juiz de Fora, à disposição da Justiça. De acordo do delegado, o pedido de transferência depende do Poder judiciário do Maranhão.

Marinha do Brasil faz operação com mais de 3 mil militares. Exercício une fuzileiros navais de dez países


Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 19/08/2019 - 15:24

Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro

A Marinha do Brasil (MB) começou, hoje (19), a 60ª Operação Unitas (Unitas LX/2019), que termina no dia 30. O exercício marítimo neste tipo de integração é organizado pelos Estados Unidos e ocorre desde 1959. A intenção é incrementar e estreitar os laços de cooperação e amizade entre as marinhas. Na edição deste ano, no entorno do município do Rio, a Unitas terá duas partes: a etapa marítima (Unitas Lant) e a fase anfíbia (Unitas Amphibious), que vai incluir a simulação de uma ajuda humanitária, a partir de uma operação de desembarque anfíbio, no dia 27, na Ilha da Marambaia, na Costa Verde do Rio.

“Certamente as Forças Armadas de todo mundo são utilizadas na ajuda humanitária, no caso de um desastre natural ou de alguma coisa deste tipo. As Forças Armadas pela sua capacidade logística, de operação rápida e de mobilização, elas sempre serão utilizadas, como por exemplo, nós fomos utilizados no terremoto do Haiti. É um caso real da evolução do que nós fazemos”, disse o comandante da Segunda Divisão de Esquadra, contra-almirante Luiz Roberto Cavalcanti Valicente.

Segundo o militar, que comanda também do Grupo -Tarefa da Unitas 2019, ao todo, serão empregados na Unitas 2019 mais de 3.300 militares, de países das Américas e convidados extra continente de Portugal, Reino Unido e Japão. “É uma oportunidade única de mostrar que nossas marinhas operam juntas”.

A operação vai ter a participação de unidades navais, aeronavais, aéreas e de Fuzileiros Navais de militares do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Equador, dos Estados Unidos, do México, Panamá, Paraguai e do Peru. “Existe uma ordem de operações permanente que todos os países do continente conhecem, mas de acordo com o ano, alguns países participam ou não, mas todos são participantes da Unitas. Com relação aos extra continente o convite é pontual, não podemos convidar todo o mundo e são feitos contatos bilaterais tanto pela nossa área de Relações Exteriores como a dos Estados Unidos. Este ano, o adido do Japão no Brasil pediu para participar”.

Perfil
O contra-almirante negou que o perfil da operação mudou com a inclusão de integração em ações conjuntas contra o crime e, por isso tem deixado de ter exercícios contra guerras. “Na verdade o que mudou não foi o foco da Unitas. Acho que o que vem evoluindo, mudando é o mundo. Hoje existe uma preocupação real das Marinhas de todo o mundo, com a guerra simétrica e controle de área marítima. A única operação das Nações Unidas marítima, da Unifil no Líbano, exercita o controle de uma área marítima. A inspeção dos barcos que entram e saem de uma área controlada no mar territorial libanês, isso além de diversas ameaças assimétricas que hoje estão pelo mundo. O que mudou, acredito, não foi somente a Operação Unitas, mas a preocupação do mundo hoje”.

Exercícios de guerra
De acordo com ele, durante a operação deste ano haverá ainda exercícios de guerra convencional como a de submarinos, com todas as possibilidades empregando inclusive a aeronave tipo patrulha marítima e Antissubmarino P-8 Poseidon, dos Estados Unidos, as aeronaves brasileiras Orion P-3AM e Skyhawk (AF-1). “Faremos exercícios de guerra submarinos, faremos guerra de superfície e aérea, um ataque aéreo, ou seja, nós também simularemos e treinaremos a nossa guerra convencional”.

Para o capitão de mar e guerra, Mayers, do Comando Naval Sul (NAVSOUTH) da Marinha americana, a Unitas tem um motivo específico para realizar os exercícios de guerra. “Precisamos nos manter atualizados e capazes para quando for necessário”.

O militar americano preferiu não comentar ameaças específicas da Operação, mas apontou que as Forças Armadas precisam estar preparadas para questões de tráfico de drogas e do crime. Temos que estar preparados para essas ameaças, como temos que estar preparados também para furacões. Não são ameaças específicas, mas temos que estar preparados para qualquer coisa que aconteça. Não é uma questão de se, mas quando isso vai acontecer. Temos que estar preparados para operar juntos e é isso que a UNITAS nos traz”, indicou.

“Não se trata da ameaça local, mas de nós aprendermos todos juntos, as Marinhas do continente, a operarmos juntos, all together, para que estejamos prontos a fazer frente a qualquer ameaça em qualquer lugar”, completou o contra almirante Valicente.

Os dois militares destacaram a parceria entre o Brasil e os Estados Unidos. “É uma parceria de longa duração e a Unitas só vem adicionar. É aqui que construímos a confiança operando juntos nos campos de batalhas e nos oceanos. Confiamos uns nos outros, então, precisamos sempre estar juntos para saber que podemos confiar uns nos outros”, disse o capitão de Mar e Guerra Mayers.

Venezuela
O contra-almirante Valicente contou que existem exercícios que são feitos com a integração das Marinhas do Brasil e da Venezuela, a Vembras, mas não soube informar se a força daquele país foi convidada para a Unitas 2019. Em relação a realização de operações de uma ajuda humanitária em território venezuelano, o comandante afirmou que este tipo de ação não diz respeito especificamente a uma situação. Comentou que no caso do Haiti, havia uma força de paz lá sob a égide da Organização das Nações Unidas, quando ocorreu o terremoto que fez muitas vítimas. “Tivemos que exercitar, em um caso real, essa ajuda humanitária. Nos dias atuais, é importante que a gente tenha em mente que isso pode ocorrer a qualquer momento por causa de desastres naturais”.

Edição: Valéria Aguiar

domingo, 18 de agosto de 2019

Sete em cada dez abandonam tratamento contra depressão

Por GABRIEL RODRIGUES
18/08/19 - 06h00
“Ninguém gosta de admitir que não está funcionando bem na sociedade”, diz Lana Kantor -  Foto: Flávio Tavares

Cerca de 322 milhões de pessoas têm depressão no mundo – no Brasil, onde a prevalência do transtorno está acima da média internacional (4,4%), alcançando 5,8% da população, são 11,5 milhões de pessoas. A Organização Mundial da Saúde alerta que, até 2020, a doença será a maior causa de incapacitação no mundo – fala-se em perdas anuais de US$ 1 trilhão. 

O cenário fica ainda mais preocupante quando se leva em conta que metade dos casos está sem tratamento. E mais de 40% dos pacientes que se tratam abandonam os remédios nos primeiros 30 dias, percentual que sobe para 52% no segundo mês e chega a 72% no terceiro. As principais razões alegadas são os efeitos colaterais dos medicamentos: ganho de peso, disfunção erétil e dificuldade em atingir o orgasmo.

“Já estou deprimida, e agora querem que eu fique gorda e careca?”, brinca a líder de marketing Lana Kantor, 24. Diagnosticada com a doença aos 17 anos, já tomou muitos remédios diferentes. Conscientes desse desafio, cientistas, médicos e indústria farmacêutica se debruçam sobre novas abordagens de tratamento e sobre o desenvolvimento de medicamentos com menos efeitos colaterais.

“O tratamento hoje é ‘tailor made’ (feito por alfaiate), adaptado a cada pessoa e ao seu estilo de vida”, diz Kalil Duailibi, professor de psiquiatria da Universidade de Santo Amaro (Unisa). 

Nos consultórios, a recomendação não é mais apenas amenizar sintomas, mas buscar a recuperação plena do paciente, até que ele esteja funcional em todas as áreas da vida. Não é tarefa fácil. Um estudo de David Vincent Sheehan, uma das referências da área, mostrou que menos de uma em cada quatro pessoas voltou à vida normal depois de se tratar.

A dificuldade não é a falta de opção de medicamentos, como antes – Duailibi diz que só os casos muito severos eram tratados quando os primeiros remédios surgiram. Agora, difícil é escolher a melhor combinação de medicamentos entre os vários disponíveis.

Avanços
Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) é uma das esperanças. Estudo publicado em 2019 pela Sociedade Americana de Farmacologia Clínica e Terapêutica mostrou que é possível utilizar a IA para prever, antes da prescrição, quais remédios vão fazer efeito em cada paciente. A IA avalia testes farmacogenéticos, que mapeiam o DNA e assinalam como diferentes genes reagem às opções.

Psiquiatras consideram o campo promissor, mas lembram que ele está no início. “A psiquiatria é uma das últimas fronteiras para a IA por causa da complexidade que existe além dos circuitos cerebrais. Há emoções envolvidas, e é difícil ensinar uma máquina a trabalhar com isso”, diz Roberto Miotto, professor da PUC Rio.

Ele próprio solicita testes farmacogenéticos a alguns pacientes e reforça mais uma frente de investigações contra a depressão: probióticos, alimentos com micro-organismos vivos. Isso porque se percebe cada vez mais a proximidade entre sistema gastrointestinal e transtornos mentais. Miotto indica pelo menos três que podem ajudar no tratamento: Lactobacillus acidophilus, Bifid bifidum e Lactobacillus casei. 

Em entrevista concedida a O TEMPO no 8º Fórum de Sistema Nervoso Central da América Latina, da empresa farmacêutica Pfizer, Toba Oluboka, professor de psiquiatria da Universidade de Calgary, no Canadá, diz que a tendência agora é iniciar o tratamento com “força total” – em vez de “começar e evoluir devagar” –, ainda que isso signifique doses maiores de medicação. Se não houver resultado em duas ou quatro semanas, diz, seria hora de trocar o remédio.

Riscos do abandono
“A implicação de descontinuar é o alto risco de recaídas mais fortes. Após três episódios depressivos, a chance de o paciente ter que se tratar pelo resto da vida é alta”, segundo Oluboka. 

Ele defende que o médico entenda bem as necessidades pessoais do paciente antes da prescrição. Mas nem sempre a pessoa encontra ouvidos atentos no consultório. “Os médicos só diziam ‘toma essa remédio’, sem levar em conta o cotidiano”, diz Lana Kantor. Hoje, sete anos depois do diagnóstico, ela controla a depressão com psicanálise.

Teste confirma efeito
Uma pesquisa publicada em 2018 na revista científica “The Lancet” e liderada pela Universidade Oxford passou um pente-fino em 21 antidepressivos e comprovou: os remédios funcionam. 

Spray nasal é aposta para casos de urgência
Aprovado em fevereiro nos Estados Unidos, o Spravato, spray nasal à base de esketamina, é indicado para situações graves que envolvem ideação suicida. O medicamento age sobre o glutamato, neurotransmissor mais abundante no cérebro. Uma das grandes vantagens da inovação é a velocidade: os efeitos são perceptíveis em 24 horas. 

Mas há riscos: a ketamina, anestésico do qual a esketamina é derivada, já foi utilizada como droga psicodélica. Entre os efeitos colaterais do novo medicamento está justamente a sensação de “estar fora de si”. Para evitar abusos, o remédio só pode ser utilizado em clínicas autorizadas nos EUA, e o paciente não pode levá-lo para casa. No Brasil, ainda não foi autorizado.

A solução definitiva, porém, talvez passe por uma mudança completa de hábitos. “Isso inclui remédio, terapia, atividade física, dieta adequada. E quem está ao lado do paciente tem que entender e respeitar o momento do outro”, diz o professor Kalil Duailibi.

SUS não acompanha evolução
Além dos problemas com efeitos colaterais, Lana Kantor precisou trocar de antidepressivo por causa do preço elevado – a cartela dos mais modernos pode custar mais de R$ 200 e não dura sequer um mês. “Eu precisava trabalhar para comprar o remédio, e era com ele que conseguia me levantar de manhã para trabalhar. A interrupção desse ciclo era desesperadora”, lembra.

A discussão dos médicos da rede privada é sobre a grande diversidade de remédios disponíveis. Já na rede pública, as opções são bem mais limitadas. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), quatro tipos diferentes de remédios são oferecidos gratuitamente no Estado. Três deles – a amitriptilina, a clomipramina e a nortriptilina – são da classe dos tricíclicos, um dos tipos de antidepresivos mais antigos, desenvolvido no final dos anos 50.

Outro é da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS): a fluoxetina, base do Prozac, lançado no final dos anos 80. Até o fechamento desta edição, esses medicamentos tinham sido disponibilizados para cerca de 102,1 mil pessoas em Belo Horizonte por meio do SUS, só em 2019. 

Melhor remédio
“Não há uma medicação superior a outra na psiquiatria. O que existe é a melhor indicação para o paciente”, diz o psiquiatra Lucas Fantini. O ideal, para ele, seria ter opções o bastante para escolher a mais adequada ao estilo de vida de cada um, de forma a driblar os efeitos indesejados. Os tricíclicos não ajudam nesse ponto, pois têm efeitos colaterais mais fortes. 

“Já a fluoxetina é para depressão leve a moderada, casos em que quase nem receito medicação aos pacientes, só psicoterapia”, diz. 
Em nota, a SES-MG afirma que “um medicamento ‘moderno’ geralmente possui custos mais altos e nem sempre tem eficácia superior à dos já existentes no mercado”.

Ela lembra ainda que a responsabilidade de incorporação de novos medicamentos no SUS é da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde. Além disso, reforça que qualquer cidadão pode enviar sugestões para incorporar novos remédios à Relação Estadual de Medicamentos.

Os mineiros podem procurar os Centros de Referência em Saúde Mental (Cersams) e os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) para tratamento. 

Minientrevista

Toba Oluboka
Psiquiatra e professor da Universidade de Calgary

“O estigma é um problema enorme relacionado a crenças, atitude frente à doença e ignorância” 

Quais dificuldades funcionais a pessoa com depressão pode apresentar no dia a dia?
Grande parte dos nossos pacientes com depressão tem problemas sociais, ocupacionais e familiares. É o resultado dos sintomas da depressão, e o tratamento é para alcançar a máxima recuperação funcional possível nos contextos social, ocupacional ou familiar.

O senhor citou que a depressão traz um prejuízo de cerca de US$ 51 bilhões anualmente ao Canadá, considerando rendimento ruim no trabalho, por exemplo. Podemos presumir um prejuízo parecido em países em desenvolvimento, como Brasil?

Um psiquiatra brasileiro responderia melhor. Mas tenho certeza de que o impacto econômico da depressão é universal. A perda causada pelo absenteísmo se apresenta por todos os lados, assim como pelo “presenteísmo”, em que as pessoas vão ao trabalho, mas não trabalham de forma otimizada ou correta. Isso leva a um custo enorme em todo o mundo.

Há médicos que relatam resistência dos pacientes tanto em aceitar que têm depressão quanto em começar a se medicar. O senhor percebe isso?

Ainda há uma grande questão de estigma, mais ou menos 50% das pessoas que têm depressão não recebem tratamento. É um problema enorme relacionado a crenças, atitude frente à doença e ignorância. Temos que educar a população para mostrar que depressão é uma doença crônica que pode ser gerenciada como se gerencia diabetes, pressão alta. Ela não tem cura, mas podemos tratar.

Quando o medicamento é a melhor opção?
Eu tenho um estudo que verifica o impacto da psicoterapia e dos medicamentos. O que faz a escolha ser diferente é a severidade da depressão. Quanto mais severa, maior a necessidade de antidepressivo. Para uma depressão leve ou moderada, psicoterapia e medicamentos funcionam de forma igual, digamos.

Quando se pode dizer que o paciente está funcional, se não curado?
O paciente tem que ser tratado por nove a 12 meses após o primeiro episódio de depressão. Se ele está se saindo muito bem, comendo bem e se exercitando, é possível diminuir a dose do antidepressivo. Se teve dois episódios de depressão, você trata por dois anos. Mas, se teve três, provavelmente vai precisar de tratamento permanente. É preciso avaliar se ele teve episódios recorrentes, comorbidades, tentou suicídio ou teve sintomas psicóticos. Você não quer brincar com isso, e é melhor que se continue com o medicamento o máximo possível.

Fala-se muito em alterações profundas no mercado de trabalho em um futuro próximo. As mudanças podem agravar casos da doença?
Estresse é o gatilho para a expressão de doenças psiquiátricas. Então, quanto mais estressante o ambiente, seja na economia, na família, em todo o ambiente social, vai haver piora da depressão e causar novos episódios no paciente. Você precisa fazer uma boa gestão do estresse. E a “gig economy” ("economia de bicos", movimentada, por exemplo, por motoristas de aplicativos) , em que as pessoas não têm horário fixo para trabalhar, também pode ter efeitos. A gente sabe que tudo o que desregula o metabolismo em termos de atenção e sono tem potencial de causar depressão. Depende da natureza do trabalho e da capacidade de o indivíduo chegar a um equilíbrio. Talvez durma de manhã e trabalhe à noite, mas não encorajo meus pacientes com depressão a fazer trabalho à noite, por exemplo, porque isso impacta a depressão.

Momentos de instabilidade política, como o que o Brasil e outras partes do mundo têm vivido, podem aumentar ou agravar casos de depressão?
Eu não sei se há estudos que analisaram diferentes países em termos de instabilidade política causando a depressão, mas é um bom tópico para se avaliar. Eu não culparia a instabilidade política pelo transtorno de depressão. Depende de quem está experimentando o estresse. 

O senhor ou alguém próximo já teve depressão?
Não tenho histórico familiar, mas tenho amigos e colegas que têm depressão, são tratados e podem ser produtivos.

Estudo alerta sobre suicídio de agentes da segurança pública

Estudo alerta sobre suicídio de agentes da segurança pública
14/08/2019 - 21h28
Um estudo obtido pelo MG Record apontou que 29 integrantes das forças de segurança de Minas Gerais tiraram a própria vida nos primeiros sete meses de 2019. O estresse e o ambiente violento da profissão adoecem os servidores, que tem procurado cada vez mais ajuda psiquiátrica.

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Apenas entre os dias 7 e 14 do mês de julho houve duas mortes em Juiz de Fora, uma em Santos Dumont e outra em BH
https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/25-07-2019/suicidios-de-agentes-de-seguranca-publica-preocupam-categorias.html

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Em BH - 18/08/19 - Mais um Cb PM ceifou a vida. 09 anos na corporação e 28 de idade. Deixou relato no face. 

Mega-Sena acumula e vai pagar R$ 31 milhões no próximo sorteio

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Publicado em 18/08/2019 - 08:45

Por 
Da Agência Brasil Brasília

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.180 da Mega-Sena, realizado ontem (17) em São Paulo. O prêmio acumulou e a Caixa Econômica Federal deve pagar R$ 31milhões na próxima quarta-feira (21), data do próximo sorteio.

As dezenas sorteadas foram: 10 - 12 - 16 - 21 - 28 - 38.

No mesmo concurso, a Quina saiu para 95 apostadores, que vão levar para casa R$ 28.276,52. Os ganhadores que acertaram a quadra vão receber R$ 558,67.

A Mega-Sena paga milhões para quem acertar os 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas. A jogo de seis números custa R$ 3,50.

Edição: Valéria Aguiar

Aviso aos navegantes! A possibilidade de o Supremo soltar Lula dia 27 é fake news

Charge do Lézio Junior (Arquivo Google)

Carlos Newton

Estão fazendo sucesso nas redes sociais e despertando entusiasmo entre os petistas as notícias de que, no próximo dia 27, a Segunda Turma do Supremo vai analisar outro recurso do ex-presidente Lula da Silva e poderá libertá-lo. Mas trata-se de fake news, nesse julgamento não há a menor possibilidade de a Segunda Turma cancelar a prisão ou determinar a progressão da pena de Lula para prisão domiciliar.

O que estará sendo decidido pelos cinco ministros é a suspensão de uma das ações penais a que o presidente responde e que sequer foi julgada em primeira instância, nada tem a ver com o caso do tríplex no Guarujá, que provocou a prisão dele.

INSTITUTO LULA – No dia 27, os ministros estarão julgando apenas um recurso da defesa de Lula na ação penal que apura suposto repasse de propina na aquisição de um terreno pela Odebrecht na cidade de São Paulo, que seria utilizado para construção da nova sede para o Instituto Lula.

Os advogados argumentam que houve cerceamento de defesa, e teria acontecido depois da saída de Moro da 13ª Vara Federal Criminal. A acusação é de outros magistrados que substituíram Moro impediram o acesso dos advogados ao acordo de leniência da Odebrecht.

A Segunda Turma é presidida pela ministra Cármen Lúcia e integrada por Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin. Mesmo que a defesa de Lula consiga três votos, o resultado será apenas a suspensão do processo do Instituto Lula, nada tem a ver com a libertação do ex-presidente.

FAKE NEWS – A confusão nas redes sociais é causada porque realmente está em julgamento virtual (pela internet) na Segunda Turma um recurso da defesa que pede a libertação de Lula, alegando que o então juiz Sérgio Moro não o julgou com imparcialidade. Mas não há chances de o habeas corpus ser acolhido, por isso está em julgamento virtual. No Supremo, a praxe é o relator convocar julgamento virtual quando já existe jurisprudência que impeça o acolhimento do recurso.

As pessoas misturam as bolas, porque já são 82 recursos, recorde mundial absoluto. Alguns deles de fato podem soltar Lula. Um deles, que entrou na fila, pede a progressão da pena para regime semiaberto ou prisão domiciliar, mas não está na pauta do dia 27.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O próprio Lula tira onda de que não aceitará ser solto enquanto não provar que o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sério Moro “são bandidos”. Mas ninguém leva a sério. Todos sabem que é só Piada do Ano. (C.N.)

sábado, 17 de agosto de 2019

Conheça 10 táticas urbanas usadas nos protestos de Hong Kong

Por RFI

17/08/2019 01h00 

Manifestantes em Hong Kong se protegem com escudos feitos por placas de sinalização urbanas, cartazes com mensagens, e até skates — Foto: Vivek Prakash/AFP

Eles misturam táticas coordenadas a materiais rudimentares como bastões de laser, cartazes e guarda-chuvas, e já colecionam admiradores nos quatro cantos do planeta. Não é para menos: sem líderes nem porta-vozes, os manifestantes pró-democracia de Hong Kongprotestam com a diligência de um grande formigueiro humano, surpreendendo até o impressionante poderio bélico chinês.

"Os jovens não têm medo de morrer. Por que teríamos receio de perder nossa reputação, nosso dinheiro, ou de declarar falência?", diz Lee, um lojista de Hong Kong que decidiu vender materiais de proteção com 90% de desconto para estudantes, nesta sexta-feira (16), antes deste final de semana decisivo de protestos, que deve definir posições estratégicas no jogo de xadrez militar da China.

O Exército chinês estacionou suas tropas na cidade vizinha de Shenzhen na quinta-feira (15), numa maneira de pressionar os manifestantes pró-democracia de Hong Kong.

Mas nas lojas de equipamentos de proteção, os estoques de máscaras anti-gás, capacetes, óculos e lanternas de laser estão totalmente liquidados, informa nesta sexta-feira a agência AFP. Não é para menos, capacetes e máscaras são vendidos às centenas por hora.

Cerca de 1 milhão de manifestantes são esperados no grande protesto pró-democracia do domingo (18), além de várias ações em locais turísticos no sábado.

Conheça agora algumas das táticas utilizadas pelos jovens ativistas de Hong Kong, que vêm movimentando redes sociais de protestos na França, que congregam diversos grupos de "coletes amarelos".

1 - Informação e comunicação: 'Spread the news', a alma do negócio
Lojas de equipamentos de proteção "efêmeras" aparecem e desaparecem num piscar de olhos em redes e aplicativos como Facebook e Telegram, para despistar a repressão policial e não deixar rastros.

Nas estações de metrô, como os cartões digitais são nominativos e rastreáveis, os manifestantes deixam tickets e dinheiro para quem não tiver condições financeiras para se deslocar. Como num jogo de gato e rato, policiais e manifestantes ultraconectados sabem bem que as ferramentas 2.0 são essenciais nas manifestações do século 21.

Post-its deixados pelos manifestantes com mensagens e informações formam a 'Lennon Wall', em distrito de Hong Kong — Foto: Reuters/James Pomfre

De post-its coloridos artesanais com mensagens de incentivo e denúncias a smartphones de última geração, os manifestantes de Hong Kong parecem ter entendido direitinho aquela máxima do Chacrinha (1917-1988): "Quem não se comunica, se trumbica". Brincadeiras à parte, eles levam bem à sério toda a parte de comunicação e propaganda de sua mobilização.

Não é à toa que dezenas deles se rendem semanalmente ao aeroporto de Hong Kong para "elucidar turistas e cidadãos" sobre as causas que defendem, os temas que lhes são caros, e o porquê de estarem se mobilizando.

"Hong Kong não é a China", dizia um dos centenas de cartazes mostrados aos turistas que desembarcam na megalópole financeira. Os ativistas conversam individualmente com os passageiros que desejam mais informações e esclarecimentos, inclusive chineses. O resultado: mais credibilidade junto à população, e mesmo junto à opinião de estrangeiros.

2 - Listas de telefones à mão

Telefones para ajuda imediata aos manifestantes de Hong Kong — Foto: Reprodução/Facebook/Rennes DTR

Para ajudar no caso de repressão policial mais severa, os manifestantes de Hong Kong decidiram criar carimbos com telefones de urgência de associações anti-repressão e de advogados voluntários para deixarem marcados nos braços e pernas dos ativistas durante os protestos. Visual, prático e salva-vidas.

3 - A solidariedade entre estranhos

Manifestantes em Hong Kong usam gaze sobre um dos olhos, em referência aos colegas feridos nos olhos pela polícia — Foto: Reuters/Thomas Peter

Nos hospitais ou nas ruas, médicos utilizam uma fita preta como um broche no uniforme, em homenagem aos manifestantes feridos de Hong Kong. Dezenas de profissionais da saúde decidiram deixar os corredores dos hospitais para se juntar aos chamados street doctors, que atendem os ativistas com primeiros socorros após intoxicações por gás ou outros ferimentos.

Mas, mais do que isso, a população de Hong Kong surpreende por seus símbolos de solidariedade: pessoas de todas as idades usaram um falso tapa-olho feito com gaze médica e tinta vermelha para homenagear manifestantes feridos nos olhos pela repressão, durante um protesto contra a violência policial no aeroporto internacional de Hong Kong, em 12 de agosto. Durante os protestos, é comum ver grupos correrem para dar assistências a pessoas feridas durante as manifestações.

4 - Novas funções para o mobiliário urbano

O mobiliário urbano de Hong Kong ganha novas funções nas mãos dos manifestantes: sinalizações de ruam servem para abafar efeito de bombas de gás lacrimogêneo — Foto: Reuters/Thomas Peter

O século 21 inaugura uma nova era de protestos e manifestantes e, junto com ela, toda uma nova cenografia urbana. Sinalizadores de rua são sistematicamente usados em Hong Kong para abafar os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo, assim como tampas metálicas de lata de lixo. Os participantes dos protestos reagem rapidamente antes que o artefato exploda, para evitar os efeitos do gás.

Diversas imagens mostram jovens que lançam de volta à polícia os cartuchos metálicos cheios de fumaça, utilizando luvas especiais. Gradis e placas são colados com fitas adesivas de alta retenção e cadeados. Placas viram escudos ao lado de guarda-chuvas, nas barragens humanas.

5 - Plataformas de streaming, Reddit, AirDrop, Uber, Pokemon Go e Tinder: as novas tecnologias do protesto
Além das redes sociais e do LIHKG, o equivalente em Hong Kong do Reddit, os manifestantes também vem usando o serviço Apple AirDrop para lançar suas convocações para manifestações.

So it’s come to this—I’m getting protest info on Tinder


Isso permite que eles se comuniquem com os turistas chineses que vivem no continente. Numa China censurada pelo "Grande Firewall", o Grande Muro tecnológico das autoridades chinesas, as novidades e gadgets são muito apreciados pelos participantes dos protestos.

6 - Resiliência e contra-ataque artesanal

Estilingues gigantes são construídos com elásticos para mandar projéteis e pedras contra a polícia — Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon

Muito comum em vários protestos, um estilingue gigante, apoiado por três manifestantes, lança pedras e projéteis contra a polícia.

7 - O escudo de guarda-chuvas e outros clássicos dos protestos em Hong Kong
Uma das imagens que se tornou mundialmente famosa em Hong Kong é a da formação "tartaruga" com os guarda-chuvas, que imitaria uma antiga técnica de combate dos soldados romanos, quando se cobriam com escudos de todos os lados e em cima, para se protegerem durante batalhas.

Verdade ou mera interpretação livre de olhares curiosos, a verdade é que os guarda-chuvas servem não apenas para evitar o spray de pimenta, mas também para proteger a identidade dos manifestantes.

8 - Laser

Manifestantes em Hong Kong usam lanternas e bastões de laser para confundir a polícia — Foto: Manan Vatsyayana/AFP

Bastões e lanternas a laser são utilizados pelos manifestantes com duas funções específicas e bem diferentes: atrapalhar a visão dos policiais durante a repressão aos protestos e projetar imagens com slogans da mobilização em espaços públicos.

9 - Suprimentos

Fila de suprimentos para manifestantes — Foto: Reprodução/Facebook/Rennes DTR

Para que água, alimentos, remédios e outros bens de primeira necessidade possam chegar à primeira fileira dos protestos, os manifestantes organizam longos corredores humanos para viabilizar a distribuição dos produtos.

10 - Armadilhas

Barreiras de plástico transparentes em cruzamentos de Hong Kong — Foto: Reprodução/Facebook/Rennes DTR

Em cruzamentos importantes de Hong Kong, barreiras de plástico transparente são colocadas para atrapalharem os policiais durante as manifestações. Outras barreiras mais sólidas são distribuídas com grades e ferros em outros locais.

Taxista perde controle da direção e bate carro em ponto de ônibus em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

17/08/2019 10h19 
Ponto de ônibus ficou destruído após o acidente na Avenida Rio Branco em Juiz de Fora — Foto: Rodrigo Souza/G1

Um taxista, de 40 anos, perdeu o controle e bateu em ponto de ônibus, na madrugada deste sábado (17), em Juiz de Fora. A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar (PM) na Avenida Rio Branco por volta das 4h e confirmada ao G1.

De acordo com informações do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o homem não sofreu ferimentos, apesar do choque.

Já na manhã deste sábado, um caminhão da Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) foi até o local para fazer a limpeza da via.

Ainda consta na ocorrência, que o motorista do táxi estava com os documentos atrasados. O veículo foi removido para as demais providências.

Audiência em Juiz de Fora discute renovação da concessão ferroviária com a MRS

Por G1 Zona da Mata

17/08/2019 08h43
MRS atende a região Sudeste — Foto: Fernando Gonçalves/G1

A Câmara Municipal de Juiz de Fora sediou, nesta sexta-feira (16), uma audiência sobre a renovação da concessão ferroviária com a MRS Logística. De acordo com a assessoria da Casa, a sessão foi presidida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Segundo o Legislativo, o debate girou em torno dos investimentos a serem feitos pela empresa no município e da renovação da concessão por mais 30 anos da empresa que abrange as atividades na linha férrea há 144 anos na região Sudeste.

Além das discussões sobre os investimentos, foi anunciado um projeto de revitalização das margens do Rio Paraibuna. Conforme o consultor ferroviário da MRS, Sérgio Carrato, a fase inicial das atividades está concluída, entre o Viaduto Augusto Franco, no Centro, até a ponte Domingos Alves Ferreira.

Já na segunda fase, será elaborado um projeto da ciclovia entre a ponte Domingos Alves Ferreira e o Viaduto Ramirez Gonçalves, no Bairro Cerâmica. Atualmente, a MRS é responsável por 1674 quilômetros de ferrovia na região.

Importância
Durante a reunião, o presidente da Câmara, vereador Luiz Otávio Coelho (PTC), apoiou a renovação da concessão e defendeu os investimentos por parte da empresa em prol da cidade de Juiz de Fora.

“Iremos conceder sim essa renovação por mais 30 anos, mas é muito importante essa contrapartida”.
Reunião foi realizada nesta sexta-feira (16) em Juiz de Fora — Foto: Câmara Municipal de Juiz de Fora/Divulgação

Já o diretor de Relações Institucionais da empresa, Gustavo Bambini, ressaltou a importância de se discutir com a sociedade as políticas públicas relativas às outorgas e os investimentos. “A MRS não existiria sem Juiz de Fora e não existirá, sem Juiz de Fora”.

Com relação à renovação sem processo licitatório Gustavo explicou que a lei federal permite a renovação por um único período. “Provavelmente em 2056 teremos um novo processo licitatório”, finalizou.