Grupo Odebrecht vai dar um enorme calote ao Tesouro Nacional
Pedro do Coutto
O BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal emprestaram 17 bilhões de reais à Odebrecht desvinculados de qualquer garantia, ao contrário dos bancos particulares como Itaú e Bradesco. A reportagem sobre o assunto é de Renée Pereira, Cynthia Decloet e Aline Bronzati, edição desta quarta-feira de O Estado de São Paulo. A parcela corresponde praticamente a 20% das dívidas declaradas pela empresa ao encaminhar a solicitação de recuperação judicial. O pedido foi aceito pelo juiz João de Oliveira Rodrigues filho.
Agora vai ser formada a fila dos credores, da qual BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica figuram nos últimos lugares em face dos créditos não terem sido liberados na base de garantia fixa ou de avalistas financeiros, como acontece em operações do sistema bancário.
LEVANTAMENTO – O fato dá margem a que o governo Bolsonaro determine um levantamento de todos os créditos concedidos, abrangendo o total geral e também os empréstimos liberados a outras empresas, da mesma forma com que se favoreceu a Odebrecht. Claro, e também as operações efetivadas com garantias reais.
De posse de tais informações, o presidente da República poderá ter uma ideia exata de como atuaram os estabelecimentos financeiros governamentais. E também do volume dos créditos em fase de recuperação, além de quais aqueles que devem ser considerados perdidos. Neste último degrau acumulam os prejuízos irrecuperáveis para o Tesouro Nacional. Dinheiro público jogado fora.
Vamos ver se o Ministro Paulo Guedes vai se empenhar pelo menos para tornar públicos os créditos perdidos na Esplanada de Brasília.
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TITE MAIS UMA VEZ AMARROU O TIME BRASILEIRO
Esquema tático errado reduz a criatividade da seleção brasileira
Passando dos bancos de crédito financeiro para os bancos ocupados à margem do gramado por treinadores e atletas reservas, testemunhamos novamente uma cópia da partida em que na Copa de 2018 perdemos para a Bélgica. Acredito eu que o esquema tático seja, no fundo, o maior adversário da seleção brasileira. O atual esquema é a centralização do jogo na troca demasiada de passes curtos.
As histórias de bola mostram o exemplo de como o congestionamento central influi no desenrolar das partidas e equilibra as equipes.
Tite repetiu contra a Venezuela o sistema que adotou no ano passado contra a Bélgica que resultou na nossa desclassificação. O erro não funcionou para que Tite mudasse o estilo de atuar. A camisa verde amarela, que esteve nas finais de 7 das 21 Copas disputadas até hoje, necessita de espaço para afirmar e desenvolver seus lances.
SOLUÇÃO FÁCIL – Tite não aprendeu com a derrota de 2018. E o problema é de simples solução: não amarrar a equipe na troca exagerada de passes curtos, dando margem a notória ocupação do espaço de jogo. O engarrafamento reduz a vantagem que pesa a nosso favor da habilidade no trato com a bola.
Quanto menor for o espaço do gramado melhor será para as seleções adversárias. Em contrapeso, quanto maior for o espaço, melhor para o time brasileiro. Aconteceu um desastre na noite de terça-feira na Fonte Nova. A solução lógica e simples seria o treinador mandar os pontas e os laterais abrirem espaço maior para a atuação que nos facilitaria chegar a vitória.
O treinador mais uma vez errou. Ele deve rever o estilo que só funciona contra nós brasileiros. Posted in P. Coutto