terça-feira, 1 de maio de 2018

PM atira contra sua cabeça e acerta a mulher em Betim

Local onde ocorreu o crime

PUBLICADO EM 01/05/18 - 08h48

NATÁLIA OIIVEIRA E MARIANA NOGUEIRA
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Um policial militar atirou na mulher e se matou em Betim, na região metropolitana da capital, na manhã desta terça-feira (1). De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime ocorreu no bairro Niterói por volta de 3h06 da madrugada.

A vítima, de 35 anos, foi socorrida para o Hospital Regional de Betim com um tiro nas costas e o estado de saúde dela é estável.

Um pouco antes de atirar contra a mulher, o cabo da PM, Richard Wagner Santana Benjamim, se envolveu em uma outra ocorrência de ameaça dizendo que tinha sido traído pela mulher. Esse pode ter sido o motivo para o crime. 

Família diz que ele atingiu a mulher ao tentar se matar 

Segundo o irmão da vítima, o policial militar Fábio Miranda, 37, o cunhado não tentou matar a mulher. Miranda, que chegou ao local dos fatos logo após o ocorrido, afirmou que a própria irmã, que estava consciente, contou que por volta das 2h30 o casal começou uma discussão.

Benjamin estaria deitado na cama do casal e a mulher estaria em pé organizando algumas coisas em uma escrivaninha, quando o policial militar atirou contra a própria cabeça. O tiro, segundo Miranda, teria atravessado a cabeça do policial e atingido as costas da mulher. 

Ainda segundo Miranda, logo após o ocorrido, o filho do casal, de 13 anos, teria corrido até a casa dos avós maternos, que moram próximo à residência, para pedir ajuda. O casal também tem uma filha, de 5 anos, que estava na casa no momento do tiro. 

Segundo Miranda, a vítima foi levada para o Hospital Regional de Betim e passou por uma cirurgia. A bala perfurou as costas da mulher, atingindo a bexiga, o intestino e os rins.

De acordo com o irmão, contudo, o quadro da mulher é estável e ela está consciente em um Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) do hospital.

Para Miranda, o caso pegou a família toda de surpresa. Ele afirmou desconhecer que um boletim de ocorrência relacionado a ameaças tenha sido feito pela irmã. O corpo do militar foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).

Ameaça
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, antes de atender a ocorrência de suicídio, os militares atenderam uma outra ocorrência de ameaça envolvendo o cabo. Benjamin chamou um homem para a sua casa dizendo que ele era amante da sua mulher.

Na casa ele agrediu o homem com chutes e socos e chegou a disparar contra ele, mas o tiro não atingiu ninguém. O cabo disse na ocorrência que a namorada do homem agredido espalhou no bairro que Benjamin era chifrudo.

Ele disse ainda que ficou sabendo que esse homem, junto com outros dois rapazes, passariam o carro em cima do militar, quando o encontrassem na rua.

O agredido negou que fosse amante da mulher e que passaria o carro em cima do militar. A ocorrência ainda está em andamento. 

O que diz a PM 
A Polícia Militar confirmou a informação do irmão da mulher de que o cabo teria atirado contra a própria cabeça e atingido as costas da mulher.

A corporação também confirmou a informação de que um boletim de ocorrência contra o militar teria sido registrado por volta de 17h do último domingo.

No boletim, consta que Benjamin teria ameaçado um homem por ciúmes, após ser chamado de “chifrudo” em um bar próximo a sua casa.

Na ocasião, Benjamin chegou a prestar depoimento afirmando que de fato havia sido chamado de “chifrudo”, mas negou que teria ameaçado o suposto amante da esposa. Ele afirmou que teria sido informado de que o homem estaria planejando atropelá-lo.

Ainda segundo a Polícia Militar, Benjamin era policial há 10 anos e nunca apresentou alteração de comportamento. Nos últimos meses, contudo, ele teria começado a frequentar o serviço psicológico ofertado pela corporação. A PM não entrou em detalhes de qual seria o diagnóstico do policial.

Investigação 
O caso será investigado pela Polícia Civil. Apesar do crime ter ocorrido em Betim, o policial não trabalhava na cidade, ele era lotado no 22º Batalhão da PM, no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Jornal OTempo

Rasgar dinheiro não é só loucura, riscar notas não é só imbecilidade

8 agosto, 2011 por Igor Santos

O Código Civil Brasileiro, em seus artigos 98 e 99, define bens públicos assim:


Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Ou seja, dinheiro é bem público (bem implicitamente, mas é).
O artigo 163, parágrafo único, inciso III do Código Penal Brasileiro considera dano qualificado o ato de “destruir, inutilizar ou deteriorar” o “patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista”.
A pena para esse tipo de crime pode ir de seis meses a três anos de cadeia e inclui multa.
Eu não sei como caracterizam “deterioração”, mas creio que riscar dinheiro conte como tal.

Resumindo: rasgar dinheiro é crime (destruição, inutilização), riscar dinheiro ou escrever em notar é crime (deterioração).
Logo, não precisamos receber dinheiro rabiscado com correntes de fé ou simpatias, e ainda devemos denunciar os portadores pois eles são, no mínimo, suspeitos (desconhecimento da lei não justifica seu descumprimento).

“Mas Igor, e o artigo 43 do Decreto-Lei 3688/41 não diz que recusar-se a receber moeda de curso legal no país pode gerar multa?”
Sim, diz. Multa que vai de absurdos duzentos mil réis a dois contos de réis. Cáspite!
Porém, eu não acho que essa regra se aplique a dinheiro rasgado, manchado, riscado, cuspido ou feito chaveiro (eu achei uma moeda de 1 Real furada e hoje ela está presa à chave do meu carro). Mesmo porque, o Banco Central recomenda que pessoas físicas ou jurídicas não são obrigadas a receber cédulas rabiscadas, rasgadas e coladas ou faltando pedaço, pois “toda cédula danificada só vale para ser depositada, trocada ou utilizada para pagamento em estabelecimento bancário, que a enviará ao Banco Central para ser destruída.

Não é fascinante o mundo do dinheiro?
(Abra seu dicionário favorito no verbete “dinheiro” e veja a quantidade de sinônimos diferentes. É uma festa!)

https://uoleo.wordpress.com/2011/08/08/riscar-dinheiro-nao-e-so-loucura/

Caetano e filhos foram vaiados em Juiz de Fora

O DIA EM QUE CAETANO EXPERIMENTOU A “FORÇA ESTRANHA”


22 de Abril de 2018 : 16h33 

Três linhas, um círculo e um tecido pendem ao fundo, sobre os quatro artistas no palco do Cine teatro Central (JF-MG). Neste cenário, de uma simplicidade e de uma funcionalidade ímpar, a melodia escorre pela cena suavemente como a bolha de ar em uma garrafa de mel.

Com a mesma suavidade, Caetano, o patriarca, vai conduzindo o roteiro, as falas, o ritmo, numa autoridade branda, que se vê, é cultivada em casa. Moreno, Tom e Zeca seguem, executam com alegria e delicadeza às orientações do pai, com um afeto tamanho que parece ocupar o lugar da quinta cadeira colocada no palco para as eventuais trocas de posição para microfones e instrumentos.

Tudo funciona tocado pela iluminação que por vezes aquece, em outras esfria, pode ser lua, pode ser sol e pode simplesmente sinalizar para a plateia que é hora de entrar em cena e tornar o show mais vibrante.

O quarteto abre o show com “Alegria, Alegria”, ganhando a plateia, de cara. Caetano se anima. Tira a jaqueta usada para se proteger do início do inverno que já se anuncia na cidade e se solta, ameaçando sair da cadeira onde se sacode. Mas se contém. Sabe que está numa cidade tradicional, e prefere primeiro saudar os presentes e falar da sua satisfação em ser recebido por eles. A plateia aplaude entusiasmada com o clima “família” do palco.

Caetano tenta arrastar o público comportado para os padrões das suas plateias. Esta, porém, reage apenas com palmas ritmadas e, por vezes, com uma cantoria miúda, que lembra o som de ladainhas. Longe do entusiasmo de um público do Circo voador.

Assim, entre sucessos como Trem das Cores”, “Oração ao tempo” e as composições dos filhos, que o artista vai apresentando “corujamente” – e com justa razão, pois os meninos são mesmo talentosos – o espetáculo caminha. A voz límpida e angelical de Zeca, nos chega aos ouvidos como um carinho. Encanta. Moreno, o “místico” e macumbeiro”, no dizer do pai, é também o “sambeiro”, de maiores arrojos. E Tom, o mais tímido, surpreende o público ao cair na dança do passinho, descalço e cheio de animação. Arremata a performance com um carinho no pai, para deleite total da plateia.

Quando entoa “Força estranha” (de sabidas referências a Roberto Carlos) aí sim, o público canta a plenos pulmões. Sentindo-se mais confiante, Caetano solta um “Lula livre”.

O que se vê é a transformação imediata daquela plateia em fúria, urros, uma vaia estrepitosa como ele só deve ter conhecido no palco do festival da canção, no Maracanãnzinho, quando em setembro de 1968 tentou cantar “É Proibido proibir”. Distingue-se a débil tentativa do grupo jovem que ocupa as primeiras fileiras do teatro, sabe-se lá a custa de quanto sacrifício, para pagar com mesadas os ingressos salgados do show, por isto, em minoria, de reproduzir a palavra de ordem: “Lula livre”. Aqui e ali gritos de: “pega ladrão”, e, ainda, “viva Moro”.

Visivelmente desconfortável, procurando se recuperar da surpresa, e bem ao seu estilo, Caetano ainda ensaia um troco. “Este é um espaço democrático. Em Fortaleza, talvez porque o show foi de graça e feito numa praça, quando eu disse isto o povo veio todo em coro…” Caetano talvez não tenha percebido que aquela plateia não foi pra ouvir suas canções e mensagens progressistas. Foi porque pode pagar.

Estava politizado o momento. A sua réplica, demonstrando que quando dão voz ao povo ele sabe de que lado fica, porém, não foi suficiente. Caetano então esperou o silêncio e devolveu com o que aquele público mais gosta. Entoou o “Ofertório”, música composta para a missa de 90 anos de sua mãe. Neste momento, estabeleceu-se ali o que podemos chamar de “visão dicotômica”. Espantoso como aquela plateia soube como nenhuma outra separar o artista do homem Caetano e suas opções políticas. Voltou a aplaudir comportadamente, soltando “Hurrus” no final.

Moreno, no entanto, Caetaneou. Ao final do show, quando de pé o público exigia o bis, voltou ao palco e disparou: “o meu pai já disse e eu vou repetir: “Lula livre”.

Estava de novo, e desta vez mais forte, formada a “força estranha” que impulsiona aquela gente. Vaia, gritos, revolta e, aplausos esquizofrênicos – quer dizer, entusiasmados – no final, para o quarteto.

Na saída, deu para ouvir, de uma senhora com a chapinha em dia e um bem cortado casaco preto, reagir: “o que ele está pensando? Vem levantar bandeira aqui…”

Não, minha senhora. Caetano está apenas reproduzindo o que quase 50% do povo desse país quer. Lula livre, para ter seu nome incluído na urna em outubro.
Jornalista e colunista de O Cafezinho

Denise Assis é autora dos livros: "Propaganda e cinema a Serviço do Golpe" e "Imaculada". É colunista do blog O Cafezinho desde 2015.

13 h · 

VAIAS para o “LULA LIVRE” de CAETANO 

No Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora (MG), Caetano Veloso e seus filhos Moreno, Tom e Zeca no show “Ofertório”. Lotado, aplaudido. De repente, o cantor solta um “Lula livre”. A plateia transforma-se, em fúria urra, vaia, grita “Pega ladrão” e “Viva Moro”.

Visivelmente contrariado, Caetano deu continuidade ao musical. Mas estava politizado o momento. Ao final, Moreno disparou: “o meu pai já disse e eu vou repetir: Lula livre”. De novo, e desta vez mais forte, vaias, gritos, revolta....

Na saída, diziam: “O que ele está pensando? Vem levantar bandeira aqui…”. Por essa, o artista espalhafatoso não esperava.

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Caetano Veloso e filhos brilham em Ofertório e polemizam no palco do Central

Publicado em 23 de abril de 2018
Foto: Laura Sanábio

Um show nunca é igual ao mesmo show – e isso vale ainda mais para Caetano Veloso. Em seu reencontro com o público juiz-forano em duas apresentações no último fim de semana – após muitos anos afastado dos palcos locais – o cantor não passou indiferente pelas plateias que lotaram o Central na última sexta-feira, 20, e no sábado, 21, para vê-lo acompanhado de seus três filhos, Moreno, Zeca e Tom, na turnê familiar Ofertório. Casa cheia nas duas noites, as apresentações reuniram clássicos do patriarca a composições dos três rebentos em formato acústico intimista. Mas se na sexta a apresentação transcorreu tranquila, sem arroubos no palco ou na plateia, no sábado o show terminou com palavras de ordem política e plateia dividida.

O show de sexta era a apresentação extra, aberta após se esgotarem os ingressos de sábado – que a princípio seria a única de Ofertório em Juiz de Fora. Público atento, a cortina vermelha do Central escondia o despojamento dos palcos de Santo Amaro, cidade natal do cantor baiano: um cenário minimalista de fundo vermelho vivo, com a figura de um círculo, uma espécie de corda cruzando o palco de um lado ao outro e um tecido que pendia como uma cortina do alto. No palco, os quatro músicos se apresentam sentados lado a lado, com seus instrumentos, reforçando o clima familiar desse encontro musical. Tom, o filho mais novo, já se apresenta há mais ou menos dois anos, Zeca, segundo Caetano, estreou nos palcos nessa turnê, e Moreno, com mais experiência, já segue a carreira musical por mais de 20 anos.
Caetano abre a noite com Alegria, Alegria, dando a entender que aquele poderia ser mais um show tradicional do cantor. A plateia, ainda fria e tímida, acompanha nos trechos mais conhecidos. Logo, porém, a atmosfera muda, e o que toma conta do espetáculo é um álbum vivo de fotografias dos Veloso. Cuidadosamente tecida, a organização do repertório foi montada para construir uma narrativa afetiva entre todos os membros, desde o mais jovem nos palcos, Tom, passando por Zeca e Moreno, e desaguando no pai Caetano e seus mais 50 anos de carreira.

Muito à vontade no palco, a família transforma as sensações individuais e coletivas vividas por eles em melodias preenchidas por quatro vozes. Zeca surpreende com sua voz suave e composições melodiosas, como em Todo Homem; Tom e Moreno se aproximam da tonalidade vocal do pai e se aventuram no samba no pé, arriscando uns passinhos bem na frente do palco, para diversão da plateia. Caetano dá sua sambadinha em How beautiful could a being be e depois puxa um tímido e resistente Zeca – e o único carioca da família – para sambar com ele em Um Tom. Também houve espaço para o funk, com a ótima e contagiante Alexandrino.

Entre os desacertos da apresentação, uma entrada errada em Genipapo Absoluto, o que leva Caetano a se desculpar, dizendo que estavam há um mês sem fazer o show e que a apresentação de sexta em Juiz de Fora era a reestréia de Ofertório, e isso os deixava nervosos. Também lamentou que não contassem com todos os instrumentos do show, pois o caminhão da turnê foi roubado.
Foto: Laura Santos

Nada disso impediu que a apresentação transcorresse lindamente, com o afeto entre pai e filhos transbordando em canções, homenagens, em música com que Moreno presenteou o pai e em canções que o pai fez para as mães dos meninos e cantos de celebração da terra familiar, a Bahia. Um dos mais belos momentos foi o cruzamento de gerações em Ofertório, composta em 1997 para Dona Canô, mãe de Caetano, e música que empresta o nome à turnê, que Caetano apresentou também como uma homenagem à fé de seus três filhos. Dos sucessos eternos do cantor, o show trouxe algumas poucas canções. Além de Alegria, Alegria, o público ouviu A tua Presença Morena, Trem das Cores, Oração ao Tempo, Um Canto Afoxé para o Bloco de Ilê e Leãozinho (esta, na voz de Moreno).

Tensão
Foto: Laura Santos

A cumplicidade entre os músicos se repetiu na apresentação de sábado, 21, que contou com um público bastante participativo. Repertório e roteiro – com as brincadeiras e dancinhas que se repetem na turnê – foram os mesmos, mas o clima esquentou a partir do momento em que Caetano e filhos se manifestaram a favor de Lula. Se no show de sexta Caetano não se pronunciou – e apenas uma voz feminina se ergueu na plateia antes mesmo de Caetano começar a cantar – a situação foi bem diferente no sábado.

No decorrer do show, o músico protestou a favor da libertação do ex-presidente Lula, mas foi no fim do espetáculo que houve mais tensão. Ao se manifestar com palavras de ordem “Marielle, presente” e “Lula livre”, ecoadas também pelo filho Moreno – reacendendo a polêmica no momento do bis – o cantor dividiu o público, que reagiu com vaias e aplausos. Alguns, em coro, gritavam “Lula livre”, enquanto outros espectadores deixavam o teatro. Em meio à confusão, Caetano continuou falando ao microfone, porém, não era possível ouvir com clareza tudo o que dizia. O cantor chegou a comparar a plateia do Central com a de uma apresentação gratuita que fez em Fortaleza, afirmando que, talvez por essa não ser de classe média, como no Central, não ouviu vaias do público no Ceará.

Polêmicas à parte – já esperadas, aliás, de alguém que se posiciona politicamente nas redes sociais, como Caetano – as plateias das duas apresentações no Central não podem negar que assistiram a um show de afetos e talentos, no qual brilhou, límpida e ainda jovem e cheia de energia, a voz bela e singular de Caetano Veloso, em plena forma musical nos seus 75 anos.
Foto: Laura Santos

Matheus Medeiros e Laura Sanábio (Edição: Izaura Rocha)
http://www.theatrocentral.com.br/2018/04/23/caetano-veloso-e-filhos-brilham-em-ofertorio-e-polemizam-no-palco-do-central/

Prédio de 26 andares em chamas desaba no centro de São Paulo

Publicado em 01/05/2018 - 06:44

Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil São Paulo

Um prédio de 26 andares no centro da capital paulista, onde viviam 50 famílias, desabou em chamas por volta das 3 horas de hoje (1º), após ter sido atingido por um incêndio. O edifício, que ficava na Avenida Rio Branco, na região do Largo do Paissandu, era ocupado por um movimento social de defesa ao direto a moradia. 

O Corpo de Bombeiros confirmou, até o momento, que uma pessoa morreu. Não há informações oficiais sobre o número de desaparecidos. Uma faixa da avenida Rio Branco foi tomada pelos escombros do edifício que desabou. 

O edifício, que ficava na avenida Rio Branco, na região do Largo do Paissandu, era ocupado por um movimento social de defesa ao direto a moradia. - Direitos reservados Corpo de Bombeiros de São Paulo

Um segundo prédio, próximo ao que desabou, também foi atingido pelo incêndio. O edifício, no entanto, estava vazio e as chamas estão restritas a um único andar. Cerca de 160 membros do Corpo de Bombeiros atendem a ocorrência.

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

01/05 - Dia de São José Operário - Pai adotivo de Jesus


01/05/2018



A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: "Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!" O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.

O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: "Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres." 

São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: "Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa... O Senhor é Cristo" (Col 3,23-24).


José é um personagem célebre do Novo Testamento bíblico, marido da mãe de Jesus Cristo. 

Segundo a tradição cristã, nasceu em Belém da Judeia, no século I a.C., era pertencente à tribo de Judá e descendente do rei Davi de Israel. 

No catolicismo, ele é considerado um santo e chamado de São José.
Segundo a tradição, José foi designado por Deus para se casar com a jovem Maria, mãe de Jesus, que era uma das consagradas do Templo de Jerusalém, e passou a morar com ela e sua família em Nazaré, uma localidade da Galileia

Segundo a Bíblia, era carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado seu filho.

São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja Católica Romana"; por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" como São José Carpinteiro ou São José Operário e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.

Fonte Wikipédia

01/05 - "Dia do trabalho"/ Dia da Literatura / Assaí / Beltane / Illuminati/ 24 anos da morte de Ayrton Senna e saiba +

1º de maio de 2018

Dia Mundial do Trabalhador, feriado comemorado em muitos países.

la lectrice ("A leitora"), óleo de Jean-Honoré Fragonard, 1770–1772.
Coventina

1500 - Pedro Álvares Cabral toma posse da "Ilha de Vera Cruz" (hoje Brasil) em nome do rei de Portugal.


1776 - É fundada a sociedade Illuminati

1897 - Em uma sessão de 16 "filmetes" (curta-metragem) ocorrido no Cassino Fluminense, em Petrópolis, constituiu-se na primeira apresentação de filmes, produzidos e dirigidos no Brasil, em território nacional. Entre estes, encontram-se filmes como: "Uma artista trabalhando no trapézio do Politeama", "Chegada do trem em Petrópolis" e "Bailado de Crianças no Colégio, no Andaraí".
Bandeira de Assaí
1932 - É fundada a cidade brasileira de Assaí, no Paraná.

1943-É sancionado o Decreto-Lei 5452 pelo presidente Getúlio Vargas unificando as leis do trabalho existentes no Brasil criando a CLT.
1974 - O chamado 1º Primeiro de Maio, um grande comício "em liberdade" no Dia do Trabalhador, em (Lisboa. O evento foi marcado pela presença de Mário Soares e deÁlvaro Cunhal, regressados do exílio.
2011- O presidente dos EUA, Barack Obama, anuncia, em um pronunciamento, a morte do terrorista saudita Osama bin Laden, líder da rede Al-Qaeda.

Nascimentos
1829 - José de Alencar, escritor e político brasileiro (m. 1877).
1868 - Afonso Arinos de Melo Franco, jornalista, escritor e jurista brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras (m. 1916).
1880 - Eurípedes Barsanulfo, professor, jornalista e médium 
1912 - Azis Simão, sociólogo paulista um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (m. 1990).
1928 - Delfim Netto, político e economista brasileiro.
1934 - Haroldo de Andrade, radialista brasileiro (m. 2008).
1955 - Patrycia Travassos, atriz e roteirista brasileira.
1965 - Tiririca, cantor, compositor, humorista e político.
1970 - Fernanda Young, escritora e roteirista brasileira.

Falecimento
1977 - Antero de Oliveira, ator, o "Soiza" do Programa Chico City(n.1931).
1994 - Ayrton Senna, piloto brasileiro de Fórmula 1 (n. 1960)
2014 - Rodolfo Konder, jornalista, escritor, tradutor, professor universitário e conferencista brasileiro (n. 1938).

Fonte Wikipédia

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Piada do Ano! Jungmann manda apurar vazamentos em inquérito de Temer

Jungmann é o contrário de Temer. Você sabia?

Carlos Newton

Atendendo a insistentes pedidos do presidente Michel Temer, o ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, determinou que a Polícia Federal apure o vazamento de informações sobre o inquérito que investiga irregularidades no chamado Decreto dos Portos, que beneficiou empresas ligadas ao chefe do governo. Em nota divulgada à imprensa, o ministro acrescentou que é “inadmissível” comprometer o direito de defesa de qualquer cidadão ou do presidente da República, acrescentando que vazar informações é ato passível de sanções penais.

Como se vê, a política é um teatro. Enriquecido ilicitamente, Temer faz o papel do “perseguido” e dá uma entrevista emocionante, para proclamar: “Não tenho casa de praia, não tenho casa de campo, não tenho apartamento em Miami, não tenho vencimentos e salários a não ser aqueles dentro da lei”.

POBRE MENINO RICO – Quem vê o presidente da República se defendendo com tanta veemência, até pensa que estamos de volta aos tempos de Getúlio Vargas, que ficou 15 anos no poder e não se tem notícia de que seu patrimônio tenha aumentado, muito pelo contrário. Mas a realidade atual é muito diferente.

Para garantir o futuro da família, Temer está transferindo seus bens em vida. Passou para o nome do filho Michelzinho não somente a titularidade da mansão no Alto de Pinheiros, uma das áreas mais valorizadas de São Paulo, como também a propriedade de dois luxuosos conjuntos de sala no centro da cidade, um patrimônio total avaliado em R$ 8 milhões, nada mal para um pobre menino rico de apenas 9 anos.

A bela Marcela também foi agraciada com a compra de uma belíssima, que lhe foi vendida pelo amigo José Yunes, no valor estimado em R$ 4 milhões.

PARTE DO PATRIMÔNIO – Esses R$ 12 milhões de mãe e filho são apenas parte do patrimônio de Temer, tudo ganho com vencimentos e salários “dentro da lei”, nas próprias palavras do presidente, que recentemente teve um arroubo de transparência e anunciou que iria exibir sua movimentação bancária, mas logo a seguir se arrependeu, sem indicar o motivo.

Agora, Temer exige investigação sobre o vazamento, como se fosse legalmente possível obrigar o jornalista a entregar suas fontes. O ministro Jungmann, constrangido, apenas finge atendê-lo, pois sabe que não vai dar em nada e a força-tarefa da Lava Jato continuará vazando informações, sempre que for do interesse da nação. Apenas isso.

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P.S. – O mais curioso nesta história é que Jungmann é o contrário de Temer e nem casa própria possui. Mora em imóvel alugado e seu único bem disponível é um carro usado, no valor de uns R$ 50 mil. É suplente de deputado e precisa desesperadamente do cargo de ministro para pagar as contas. Concluindo: a gente pode até não gostar do Jungmann, mas não há dúvida de que se trata de um homem honesto, coisa rara na política. (C.N.)Posted in C. Newton

Além de Palocci, também Renato Duque vai incriminar Lula e Dilma

Duque já está colaborando com o juiz Moro

Robson Bonin
O Globo

Preso desde novembro de 2014, o engenheiro Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, deve ser o próximo investigado pela Operação Lava-Jato a assinar um acordo de delação premiada em Curitiba. O ex-diretor acaba de se tornar colaborador formal da força-tarefa em um acordo internacional e está em negociações avançadas com os procuradores para passar a delatar também nos casos da Lava-Jato. Duque atravessou os oito anos de governo Lula e metade do primeiro mandato de Dilma Rousseff recolhendo propinas na Petrobras.

Considerado pelos investigadores o principal operador do PT no esquema, ele tornou-se um “ativo” nas investigações por guardar em seus arquivos um amplo conjunto de provas documentais que reforçariam o elo entre o PT, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e os repasses da Odebrecht.

HOMOLOGAÇÃO – Na semana passada, o Globo revelou que o ex-ministro Antonio Palocci fechou delação com a Polícia Federal. A exemplo de Palocci, o acordo negociado por Renato Duque, se assinado, também deverá ser submetido à homologação do juiz Sergio Moro.

Após um longo período travadas, as tratativas com Renato Duque evoluíram nas últimas semanas por causa de dois fatores. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de retirar das mãos do juiz Sergio Moro trechos da delação da Odebrecht que citam o ex-presidente Lula tornou relevante o material oferecido pelo candidato a delator.

Outro dado importante, mantido sob sigilo até agora, é o fato de que Duque já é formalmente um colaborador da força-tarefa da Lava-Jato.

IMUNIDADE NA ITÁLIA – O ex-diretor da Petrobras assinou acordo com procuradores brasileiros e italianos para confessar crimes relacionados a investigações que tramitam na Itália. O acordo firmado por Duque com a força-tarefa foi homologado por Sergio Moro. Em troca de imunidade perante a Justiça italiana, Renato Duque se dispôs a confessar um conjunto de crimes envolvendo empresas do país no esquema de corrupção da Petrobras.

Duque prestou depoimentos às autoridades italianas no começo de março. O ex-diretor também renunciou a 20,5 milhões de euros — depositados em duas contas no Banco Julius Bär de Mônaco — recebidos em propina, o equivalente a mais de R$ 86 milhões, na cotação atual da moeda europeia, que serão repatriados e devolvido aos cofres da Petrobras. Apesar de pontual, a delação de Duque no caso italiano abriu portas para que o engenheiro assine um acordo mais amplo com os procuradores de Curitiba, em que promete entregar provas contra figuras de proa do PT.

DELAÇÃO COMPLEMENTAR – Na semana retrasada, a Segunda Turma do Supremo decidiu tirar de Curitiba os trechos da delação da empreiteira que citavam Lula em casos investigados por Moro, como as reformas do sítio de Atibaia e a compra do terreno onde seria construída a sede do Instituto Lula. Os dois processos tratam de repasses feitos pela Odebrecht, a partir de uma conta de propina abastecida por recursos originários de contratos da Petrobras administrados por Renato Duque. Como operador petista, ele teria condições de reconstituir em detalhes a negociação da propina e a sua devida partilha entre integrantes do PT, o que praticamente eliminaria as lacunas abertas com retirada dos depoimentos dos ex-executivos da empreiteira dos processos.

Condenado a 57 anos de prisão por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Renato Duque já vem colaborando com as investigações da Lava-Jato desde junho de 2017, quando o juiz Sergio Moro lhe concedeu benefícios judiciais em reconhecimento à colaboração dele durante depoimentos nos processos.

ACORDO INICIAL – Em sentença proferida no processo que envolve pagamentos feitos pela Odebrecht ao marqueteiro João Santana, Moro unificou as penas de Duque, determinando que ele cumpra cinco anos em regime fechado e, a partir de então, seja beneficiado com a progressão de regime mesmo sem que tenham sido devolvidos todos os recursos desviados da estatal — apenas os valores que estão em sua posse.

Nesse papel de colaborador judicial, Duque já vem abastecendo as investigações com detalhes de episódios comprometedores envolvendo a cúpula do PT nos pagamentos de propina feitos pela Odebrecht. Além dessa colaboração pontual com os italianos, ele teria avançado bastante nos relatos sobre Lula, Dilma e os ex-ministros petistas Palocci e José Dirceu. O engenheiro tornou-se importante para as investigações por ser uma espécie de “arquivo vivo” das transações realizadas dentro da Diretoria de Serviços da Petrobras e da Sete Brasil, a empresa criada por decisão de Lula para construir e vender à estatal um conjunto de sondas de exploração de petróleo em águas profundas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem do excelente Robson Bonin (ex-Veja) revela também que Duque tem provas materiais a apresentar. Daqui a pouco a gente volta ao assunto. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

" Eu te amo meu Brasil ", Banda , Os Incríveis " letra de : Dom e Ravel.

sábado, 28 de abril de 2018

Humorista Agildo Ribeiro morre no Rio de Janeiro aos 86 anos

Publicado em 28/04/2018 - 12:15 e atualizado em 28/04/2018 - 14:08

Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil São Paulo

Morreu hoje (28), aos 86 anos, no Leblon, Rio de Janeiro, o humorista Agildo Ribeiro. De acordo com a Rede Globo, emissora em que ele trabalhava, o ator sofria de problemas cardíacos.

Conhecido como “Capitão do riso”, Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho começou no teatro de revista, passou pelo rádio e se tornou conhecido pelos personagens cômicos na televisão. A última atuação dele foi no programa "Tá no Ar: a TV na TV".
O humorista Agildo Ribeiro morreu hoje (28) no Rio de Janeiro - Divulgação Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro

Nascido no Rio de Janeiro em 26 de abril de 1932, o ator estava na televisão desde a década de 1960. Segundo informações da emissora, ele estrelou shows e humorísticos como Chico City, Satiricom, Planeta dos Homens, Estúdio A... Gildo, Escolinha do professor Raimundo e Zorra Total. 

Filho do político Agildo Barata, Agildo foi casado cinco vezes. Suas esposas foram mulheres famosas como Consuelo Leandro e Marília Pera, mas passou 35 anos casado com a bailarina e também atriz Didi Barata Ribeiro, falecida em 2009.

Agildo foi o primeiro ator a ter interpretado João Grilo, o personagem central da peça de Ariano Suassuna Auto da Compadecida.

Um humorista de enorme sucesso nos anos 70 tanto no Brasil como em Portugal, co-estrelou diversos programas de humor da Rede Globo ao lado de Jô Soares, Paulo Silvino e Chacrinha. Naquela fase, o seu programa mais famoso foi Planeta dos Homens.

Auditório
A carreira artística foi escolhida logo cedo, quando Agildo era aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro e buscava fazer os colegas rirem com suas imitações. O maior ídolo era o humorista Oscarito.

Agildo começou no teatro de revista, mas logo seus tipos passaram a fazer sucesso também no rádio. Foi um dos primeiros artistas contratados pela TV Globo. Integrou o elenco de programas pioneiros como TNT (1965) e Bairro Feliz (1965), em que satirizava fatos do cotidiano ao lado de nomes como Grande Otelo, e TVO – TV1, o primeiro programa da Globo a fazer paródias de outras atrações da TV, que o comediante comandava ao lado de Paulo Silvino.

No programa de auditório Mister Show (1969), Agildo estourou no Brasil inteiro ao lado do ratinho Topo Gigio. Entre os destaques da carreira do ator na TV, também estão Balança mas não cai, que reeditou sucessos da Rádio Nacional e se tornou líder de audiência em 1968; Satiricom (1973), Estúdio A...Gildo (1982) e A ‘Festa é Nossa (1983).

O comediante também atuou em Portugal por dois anos e, em 1999, aceitou o convite de Chico Anysio para voltar ao Brasil e integrar o elenco do Zorra Total, no papel de aluno da Escolinha do Professor Raimundo. No programa, também interpretou personagens como o professor português Laércio Falaclaro e integrou a reformulação da atração em 2015.

Ao longo da carreira, Agildo Ribeiro participou, ainda, de mais de 30 filmes. Entre eles, O Pai do Povo (1976), dirigido por Jô Soares, e A Casa da Mãe Joana (2008), de Hugo Carvana.

* A matéria foi ampliada às 14h07 para inclusão de novas informações 

Edição: Armando de Araújo Cardoso
Agência Brasil