quinta-feira, 16 de novembro de 2017

No sábado - “Gente em Primeiro Lugar” participa do “Som Aberto” da UFJF

JUIZ DE FORA - 16/11/2017 - 14:29

Foto: Divulgação

Cerca de 70 crianças, jovens e adolescentes, do programa “Gente em Primeiro Lugar” – gerenciado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), através da Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa) e pela Associação Cultural Arte e Vida (Acav) - participarão do “Som Aberto”, realizado mensalmente pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Praça Cívica do campus. As apresentações acontecerão a partir das 12h30, no sábado, 18. A entrada é gratuita. O repertório, que homenageia o cantor Milton Nascimento, no recital “Mil Tons de Milton”, apresentado no início deste mês e ensaiado com os participantes do programa pela articuladora cultural Pâmela Fernandes, será reapresentado pelos alunos das oficinas de música.

Em seguida será apresentada a cena de teatro “Chá da Alice”, coordenada pelo articulador Lucas Nunes. Neste momento, crianças da plateia serão chamadas para participar da apresentação. A cena é uma das partes dos espetáculos que serão apresentados na “5ª Mostra de Teatro do Gente em Primeiro Lugar”, nos dias 28, 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU)/Zona Norte. Para Lucas, “a parceria com o ‘Som Aberto’ é importante, porque serve como vitrine para divulgar o trabalho realizado ‘conjuntamente’ com os alunos, além de ser oportunidade de eles vivenciarem experiências diferentes, pois muitos não conhecem o espaço e nem o evento”.

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF

Espetáculo teatral sobre dilemas do universo familiar estreia no Museu Ferroviário

JUIZ DE FORA - 16/11/2017 - 15:48
Fotografias: Thiago Britto

“Por que você nunca diz aquilo que gostaria de dizer?” Essa é uma das primeiras falas do espetáculo “ESSA ESTRANHA SENSAÇÃO DE FAMÍLIA”, com estreia marcada para o dia 24, às 21 horas, no Museu Ferroviário (Av. Brasil, 2.001, Centro). Na cena, um homem faz o questionamento ao seu irmão, que não sabe responder, mas compreende que há, sim, muita coisa a ser dita. É a partir da dificuldade de comunicação familiar que o espetáculo se constrói. A peça foi viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura “Murilo Mendes”, e ficará em cartaz até dia 26, no mesmo horário e local. Os ingressos podem ser adquiridos de forma antecipada pelo site. A classificação indicativa é 16 anos.

O processo criativo para concepção do espetáculo começou a partir dos encontros entre os artistas Angélica Joppert, Carol Tagliati, Rodrigo Coelho, Thiago Andrade, Vívian Hauck e Zezinho Mancini, em 2016. Por meses, o grupo seguiu realizando práticas e investigações acerca do corpo e da presença do ator, e pouco a pouco foram encontrando no universo das relações familiares um vasto campo para experimentação de suas pesquisas. No ano seguinte decidiram convidar o diretor e dramaturgo carioca Diogo Liberano, para conduzir o processo de criação do espetáculo.

“O processo de escrita e composição das cenas foi feito passo a passo, a partir do diálogo e da troca com o elenco. Chegamos a 15 cenas que não firmam uma história linear entre si. Ao contrário, convidam atores e espectadores a mudarem de posição. Num momento são dois irmãos, em outro uma filha e um pai, uma mulher e sua mãe já morta, uma criança e seu pai...”, explicou Liberano. Em cena, o Museu Ferroviário se transforma em sala de estar, onde acontecem inúmeras e sucessivas cenas sobre dilemas familiares.

“Acreditamos que o que a peça pode oferecer ao mundo, diz respeito, justamente, à importância do diálogo, do cuidado. Tanto em nossa fala como, sobretudo, em nossa escuta do outro. Sem isso, perdemos a possibilidade de existir em família e, por fim, de estar em sociedade”, avaliou Diogo. Após cada apresentação, diretor e elenco realizarão roda de conversa com o público que quiser participar. Além disso, intensificando o diálogo e a troca com os espectadores, no site da peça https://www.essaestranha.com há um espaço destinado à escrita de depoimentos sobre o encontro com o espetáculo.

Sinopse
“Uma família. Todas as famílias, quase todas elas. Uma pergunta insistente: por que você nunca diz aquilo que gostaria de dizer? Um jogo, um acidente, uma morte, uma festa, um sonho, uma carta de tarô, uma goiaba compartilhada entre filha e pai, um câncer, vários, muitos cânceres. Tudo isso apenas por um motivo: para vivermos juntos a possibilidade de outro possível”. (Texto da produção)

Equipe de criação
Direção e dramaturgia: Diogo Liberano
Atuação: Angélica Joppert, Carol Tagliati, Rodrigo Coelho, Thiago Andrade, Vívian Hauck, Zezinho Mancini
Iluminação: Livs Ataíde
Design gráfico: Bruno Junqueira
Direção de produção: Zezinho Mancini
Apoio institucional: Amplitud, Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Centro Cultural “Bernardo Mascarenhas” (CCBM) e Museu Ferroviário

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF

MPF/DF denuncia policial rodoviário federal por homicídio doloso

31/09/2017
Caso ocorreu em 2009 durante uma perseguição policial. Agente alegava legítima defesa

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quinta-feira (31), o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Renato Lucena Pereira por homicídio doloso. Encaminhada à Justiça Federal em Brasília, a ação penal trata do homicídio de Natanael dos Santos Silva, ocorrido em setembro de 2009. Na denúncia, o MPF pede que o agente responda pelo crime em julgamento no Tribunal do Júri. Em caso de condenação, a pena varia de seis a 20 anos.

O caso - Na data do crime, a vítima e dois colegas roubaram um carro em Taguatinga – cidade do entorno da capital –,tentaram fugir e acabaram perseguidos por agentes da PRF. A perseguição terminou com a morte de Natanael, que foi atingido na nuca por um tiro de fuzil disparado por Renato Pereira. O agente e seus colegas alegaram legítima defesa. No entanto, após a apuração dos fatos – que incluiu a reprodução do homicídio, realizada em março deste ano, e uma perícia criminal – o procurador da República Ivan Cláudio Marx concluiu que o caso tratau-se de um homicídio doloso.

Na ação penal, o MPF descreve detalhes da noite do crime. Segundo as investigações, após furtarem o carro, os rapazes seguiram, em alta velocidade, para a BR-070. Avisados do crime, os agentes da PRF que estavam trabalhando em um posto localizado na região começaram a monitorar a pista. Como os ocupantes do automóvel não obedeceram aos avisos para parar, os policiais iniciaram a perseguição. O veículo só parou depois de ter os pneus furados pelos disparos feitos por Renato Pereira. Neste momento, de acordo com os policiais, Natanael dos Santos Silva, que estava no banco traseiro do lado direito, “abriu a porta, saiu com uma arma em punho e atirou contra a viatura”. Em resposta, os agentes fizeram disparos, um deles (proveniente da arma de Renato) atingiu e matou Natanael.

Versão PRF - A versão dos policiais foi contestada pelo MPF. Na denúncia, o procurador da República Ivan Marx cita o laudo de perícia criminal, elaborado a partir da reprodução simulada. O documento contém uma análise, segundo a qual a arma utilizada por Natanael dos Santos Silva “tinha capacidade para cinco tiros e foi recebida pela perícia cinco cartuchos, dois deles com marcas de percussão na espoleta (não deflagrados)”. Isso significa que nenhum dos cartuchos foi utilizado e, portanto, não houve o disparo.

Para o MPF, a constatação rechaça a narrativa apresentada pelos policiais rodoviários federais e confirma que Renato Pereira tomou uma atitude “desproporcional à motivação”. O procurador destacou ainda que, ao atirar anteriormente contra o veículo durante a perseguição, o mesmo policial já adotara uma atitude temerária. “Com isso poderia ter provocado um acidente vitimando todas as três pessoas que estavam no veículo, principalmente considerando-se que este era movido a gás natural”, reiterou. Ivan Marx frisa que desde 2010 uma portaria interministerial, que estabelece diretrizes sobre o uso da força pelos agentes de segurança pública, classifica a prática como ilegítima.

Disparo de fuzil - Na ação, o MPF ainda enfatiza ainda que, sendo policial rodoviário federal e apto a usar armas de fogo, Renato Pereira tem plena ciência de que só deve utilizá-las em situações estritamente necessárias. “Portanto, ao efetuar um disparo de fuzil, arma de extrema precisão com o intuito de repelir uma (suposta) ameaça apresentada por Natanael dos Santos Silva, materializada no uso de arma de fogo, sem que a vítima tivesse efetivamente efetuado qualquer disparo –, pretendeu o resultado lesivo grave”, ressalta o procurador Ivan Marx, concluindo que o ocorrido foi, de fato, um homicídio doloso.

Sobre a autoria do crime, o MPF destaca que, na data dos fatos, Renato Pereira era o único agente que portava o tipo de armamento que matou Natanael. Além disso, em todos os depoimentos prestados, os colegas do denunciado confirmam que Renato desferiu um disparo contra a vítima, sendo que o próprio réu confessou ter praticado o ato, ressaltando apenas ter sido em legítima defesa.


Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Distrito Federal

http://www.mpf.mp.br/df/sala-de-imprensa/noticias

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Coronel da Aeronáutica pode ter sido vítima de execução, diz delegado

Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio

15/11/2017 15h59
Militar foi morto dentro do Túnel Marcelo Alencar (Foto: Reprodução / TV Globo)

O delegado-adjunto da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, André Timoni, afirmou nesta quarta-feira (15) que investiga as possibilidades de execução e tentativa de assalto para a morte do coronel reformado da Aeronáutica Ialdo Pimentel. O militar foi assassinado no Túnel Marcello Alencar, Zona Portuária do Rio, na manhã desta quarta.

Segundo Timoni, os dois suspeitos tentaram abordar o carro em que Pimentel estava com a mulher duas vezes antes de cometerem o crime. A dupla vinha seguindo o veículo desde o Aterro do Flamengo, na Zona Sul.

“Imagens das câmeras de segurança mostram que os suspeitos já vinham seguindo o carro das vítimas desde o Aterro. Eles tentaram abordar o carro do casal ainda no Aterro, mas o coronel conseguiu fugir. Tentaram outra vez, já dentro do túnel, e mais uma vez a vítima escapou. Mas aí, os criminosos ultrapassaram as vítimas e pararam mais adiante. O carona desceu do carro e, quando o carro das vítimas de aproximou, ele atirou no motorista”, contou o delegado.

Timoni disse ainda que o coronel perdeu o controle do veículo, que bateu na lateral do túnel. A mulher dele sofreu apenas um ferimento no pé. O delegado já ouviu a viúva, com quem Pimentel era casado há mais de 40 anos, e uma testemunha. Agora, analisa as imagens das câmeras de segurança para tentar identificar os dois criminosos.

“O modo de agir dos criminosos foge um pouco do padrão de latrocínio [roubo seguido de morte], já que eles fugiram sem roubar nada. Mas eles podem ter ficado irritados com as fugas e se vingado”, especulou Timoni.

O coronel Ialdo Pimentel, embora na reserva, prestava serviços no Centro de Computação da Aeronáutica. A viúva informou que ele aparentemente não tinha inimigos e era uma pessoa bem quista. O casal estava indo para Bangu, na Zona Oeste, onde a viúva desenvolve um trabalho com crianças especiais.

Jovem é assassinado com tiro na cabeça no Bairro Parque das Águas em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

15/11/2017 16h10 

Um jovem de 22 anos foi assassinado com um tiro na cabeça na tarde desta quarta-feira (15), no Bairro Parque das Águas, em Juiz de Fora.

De acordo com as informações preliminares da Polícia Militar (PM), o crime ocorreu na Rua Rogério Fernando Scoralick e ainda não há motivação. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou morte.

A polícia faz rastreamento pela região, mas nenhum suspeito foi identificado. A ocorrência segue em andamento.

Falta de repasse do Estado põe servidores no SPC

Audiência. Deputados e entidades que representam os servidores querem explicações do governo

PUBLICADO EM 15/11/17 - 03h00

ANGÉLICA DINIZ

Com os salários escalonados e depositados em atraso há quase dois anos, os servidores públicos do Estado estão agora tendo seus nomes negativados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O motivo é o não pagamento de empréstimos consignados, aqueles descontados direto no contracheque pelo governo estadual. Em audiência pública, realizada nesta terça-feira (14) na Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), servidores e representantes de sindicatos denunciaram que o governo de Minas desconta normalmente o valor dos empréstimos na folha, mas não os estaria repassando às instituições bancárias que concedem o crédito.

O TEMPO publicou, no último dia 5, o caso de uma servidora, que pediu anonimato, que está passando por isso. Segundo ela, a Caixa Econômica Federal (CEF) a notificou duas vezes por inadimplência. “Os valores foram descontados no meu contracheque. O Estado retém o dinheiro e não repassa para a Caixa. Fiz contato com a agência do Santo Agostinho e disseram estar sem previsão de receber o repasse”, explicou a servidora à reportagem.

Autor do requerimento para a realização da audiência, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) acusou na terça-feira o governo de Minas de cometer o crime de apropriação indébita. “O governo retém esse recurso, quando ele tem o dever legal de repassar aos bancos o valor descontado no contracheque. Isso é grave, o governo está dando o calote nos bancos e o lado mais fraco é o servidor público. É ele quem está com o nome negativado”, denunciou o parlamentar, um dos maiores opositores do governador Fernando Pimentel (PT) na Casa.

Representantes de 15 entidades sindicais participaram da audiência pública, segundo informou Rodrigues. Apesar do convite, nenhum membro do governo esteve presente no debate. Um dos líderes do Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas, Marco Antônio de Paula, afirmou na reunião que o contingenciamento do governo tem prejudicado a vida financeira do servidor. “Não podemos sequer fazer um planejamento, saldar as dívidas. E, com isso, a vida fica muito mais cara, porque a cada vez que o governo atrasa uma prestação qualquer, é o servidor quem arca com os ônus”, reclamou o sindicalista.

Os representantes dos movimentos sindicais ligados ao Sargento Rodrigues chegaram a apresentar cópias das notificações do Serasa pela inadimplência do consignado e as respectivas parcelas descontadas nos contracheques de servidores. O deputado do PDT disse que irá acionar o Ministério Público de Minas Gerais e a Defensoria Pública do Estado para participar das próximas audiências na comissão e pressionar o governo mineiro a regularizar a situação do funcionalismo.

Sem defesa
Resposta. A reportagem de O TEMPO entrou em contato nesta terça-feira com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), para que o órgão se pronunciasse sobre as denúncias feitas pelos servidores estaduais a respeito da falta de repasses dos consignados aos bancos. Não houve qualquer retorno por parte da SEF. Também não houve resposta da pasta no dia 4 de novembro, quando a reportagem divulgou a informação pela primeira vez.

http://www.otempo.com.br/capa/economia/falta-de-repasse-do-estado-põe-servidores-no-spc

Paracatu sedia evento dedicado a Guimarães Rosa. Ação, que acontece de 18 a 25 de novembro, celebra a obra do escritor e sua relação com o sertão mineiro

14 de Novembro de 2017 , 18:14 
Atualizado em 14 de Novembro de 2017, 18:25

A obra de Guimarães Rosa e sua relação com o sertão mineiro são temas do evento “De Cordisburgo a Paracatu: O sertão vivo nos 50 anos de morte de Guimarães Rosa”, que acontece de 18 a 25 de novembro na cidade de Paracatu. Realizado pela Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM) e pelo Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Literatura e Afins – Nonada, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), a ação busca por meio de atividades literárias, culturais e educacionais evidenciar o papel do escritor na vanguarda da literatura brasileira por seu trabalho de linguagem e sua prosa de ficção.

O evento, que é gratuito e faz parte da programação da Semana de Arte e Cultura de Paracatu, será realizado em quatro espaços do município: Escola Estadual Antônio Carlos; ALMN; AMNOR; Casa Kinross. As atividades incluem palestras, oficinas, teatro, desfile de moda, apresentação musical e exibição de filmes. As oficinas têm vagas limitadas e as inscrições devem ser realizadas na Academia de Letras ou pelo e-mail academialetranoroesteminas@yahoo.com.br. “Nosso objetivo é difundir a literatura de Guimarães Rosa, apresentado um pouco mais da genialidade do escritor aos moradores da cidade. Além disso, queremos dar mais subsídios a professores e alunos para discutir a obra Roseana”, pontua Helen Pimentel, presidente da ALMN e uma das organizadoras do evento.

Além das palestras e oficinas ministradas por pesquisadores da Unimontes, o evento vai contar com a participação do ex-deputado Estadual Almir Paraca, que vai ministrar, no dia 18 de novembro, às 20h30, na Escola Estadual Antônio Carlos, a palestra “Relato de Experiência: Feito Rosa no Sertão”. Almir é um estudioso da obra de Guimarães Rosa e seu estudo aborda a intersecção da literatura de Rosa com o sertão mineiro. A programação completa pode ser acessada no link goo.gl/1DPXsa.

O evento conta com o apoio da Prefeitura Municipal, da Kinross, da Superintendência Regional de Ensino, do SEBRAE, e tem patrocínio de empresas e empresários locais.

PROGRAMAÇÃO
http://www.cultura.mg.gov.br/component/gmg/story/4564-paracatu-sedia-evento-dedicado-a-guimaraes-rosa

Militares da Democracia, de Silvio Tendler, é destaque nesta quarta

Com direção do renomado cineasta Silvio Tendler, o longa "Militares da Democracia" é a atração da faixa Cine Nacional que a TV Brasil apresenta nesta quarta-feira (15), às 23h.

O documentário resgata, através de depoimentos e registros de arquivos, as histórias dos militares que foram perseguidos, cassados, torturados e mortos, por defenderem a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática.

Os combatentes lutaram pela Constituição, pela legalidade e contra o golpe de 1964, mas a sociedade brasileira pouco ou nada sabe a respeito dos oficiais que, até hoje, ainda buscam justiça e reconhecimento na história do país.

No filme, o diretor Silvio Tendler mescla fatos documentais e ficcionais sobre o período da ditadura militar no país. A narrativa ressalta a participação dos militares que lutaram pela democracia, mas que ainda não são conhecidos pelas novas gerações.

O documentário "Militares da Democracia" traz depoimentos de personalidades como Almino Affonso, Manoel Martins, Milton Temer e Nilo Batista. Com produção de Ana Rosa Tendler e locução de Eduardo Tornaghi, o longa retoma o percurso de vários grupos de militares que muito antes do golpe de 1964 já vinham se organizando por novos direitos, melhores condições de trabalho e na defesa de uma sociedade melhor.

O filme revela como, a partir de 1964, esses distintos grupos passaram a ser tratados, sofrendo represálias, como a perda do direito de usar a farda, de seus direitos trabalhistas, assim como foram impedidos de exercer suas atividades profissionais. Em março de 2014, a TV Brasil apresentou série homônima de Silvio Tendler em cinco episódios, em alusão aos 50 anos do golpe.

Ficha Técnica
Ano: 2014. Gênero: documentário. Direção: Silvio Tendler. Produção: Ana Rosa Tendler. Locução: Eduardo Tornaghi. Duração: 88 min. Classificação: 12 anos.

Serviço:
"Militares da Democracia" – quarta-feira (15), às 23h, na TV Brasil.

Criado em 13/11/2017 - 17:45 e atualizado em 13/11/2017 - 17:45
http://tvbrasil.ebc.com.br/militares-da-democracia-de-silvio-tendler-e-destaque-nesta-quarta

Pastor é acusado de extorsão contra família de Juiz de Fora

Suspeitos fizeram ameaças na casa da família, na rua E, no bairro Jardim dos Alfineiros

PUBLICADO EM 15/11/17 - 10h49

JOSÉ VÍTOR CAMILO
SIGA NO TWITTER: @OTEMPO

A Polícia Civil (PC) de Juiz de Fora, na Zona da Mata, investiga um pastor que é acusado por um casal de estar extorquindo a família após ajudar a mulher a dar entradas nos papeis de sua aposentadoria. Eles denunciaram o homem, identificado apenas como "Pastor Wellington", nessa terça-feira (14). 

A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 10h30 na rua E, no bairro Jardim dos Alfineiros, onde vive a família. Segundo eles, na noite anterior, por volta das 20h30, dois homens em uma moto foram até a residência dizendo que foram buscar uma quantia em dinheiro que a mulher devia para o pastor. Eles traziam ainda um documento do INSS em nome do homem, dizendo que ele deveria assiná-lo. 

O homem disse à dupla que o dinheiro já teria sido pago por sua mulher, recusando a assinar o documento. Pouco tempo depois os homens retornaram à casa da família, desta vez bastante exaltados e ameaçando de pular o muro da casa. Os suspeito ainda diziam estar armados durante todo o tempo, chegando a falar que iriam atirar na casa se eles não pagassem o que deviam. Apesar disso, as vítimas dizem não ter visto nenhuma arma. 

Apesar disso, diante da ameaça, a mulher deu R$ 100 que possuía para os homens, que falaram que retornariam no dia seguinte para pegar mais dinheiro. Ela relatou ainda que os suspeitos chegaram a falar a seguinte frase: "você tem que, pelo menos, pagar os honorários dele".

A vítima contou ainda que tudo ocorreu após ela acordara com o pastor a entrada nos documentos para a aposentadoria, em que ficou acordado o pagamento de R$ 1.950, mas ela pagou somente R$ 600 e não teve mais contato com o suspeito. O marido dela contou aos policiais que o pastor já teve diversos endereços em um curto período de tempo e, por isso, ele não saberia onde o suspeito reside atualmente. 

O casal foi orientado pela PM a dar prosseguimento na denúncia na PC, que irá investigar o caso.
Jornal OTempo

É mais fácil entender o ladrão do que o magistrado que o liberta


Charge do Tacho (Jornal NH)

Percival Puggina

No último dia 2 de novembro, durante um show em Brasília, prenderam um homem com 29 celulares roubados. Carregava os objetos até dentro da cueca. Lavrado o flagrante, foi levado à presença de um juiz para audiência de custódia. O meritíssimo impôs fiança no valor de um salário mínimo e o devolveu às ruas para aguardar julgamento. Não duvido que à noite, ao repassar mentalmente sua atividade, o juiz se tenha considerado bom, justo e magnânimo. “Afinal, eram apenas bens materiais…”, talvez tenha pensado.

No entanto, desconsiderou: 1º) a segurança da sociedade que lhe paga os subsídios; 2º) as futuras vítimas das ações criminosas daquele meliante; 3º) a sensação de impunidade que, no mundo do crime, se inclui entre as mais eficazes causas da perpetuação desses mesmos atos; 4º) o crescente desrespeito, entre nós, ao direito de propriedade.

CRIMES COMUNS – Em vista do grande número e da frequência com que se verificam, são os crimes contra o patrimônio os que mais contribuem para o que deveríamos designar como real percepção da população sobre sua insegurança. Afinal, estamos falando de milhões de eventos anuais.

Os latrocínios são os crimes que mais apavoram a população. Embora, na prática, os 2.514 casos ocorridos em 2016 representem apenas 4% dos homicídios, eles são uma ameaça presente em centenas de milhares de ações. Todo crime contra o patrimônio em saída de banco, estacionamento, porta de garagem, estabelecimento comercial aberto ao público é praticado sob a ameaça do gatilho ou da lâmina da faca, exibidos ou insinuados. Eis o grande terror. E a sociedade pressente que eventos dessa natureza podem acontecer a qualquer momento porque o número de ladrões em operação no país assumiu proporções demográficas.

DESRESPEITO – Como chegamos a essa situação? Por um imprudente e ostensivo desrespeito legislativo, político e judicial ao direito de propriedade. Se quisermos restabelecer o respeito à lei, a ordem pública e a segurança da população, é importante recolocá-lo no devido lugar. O direito de propriedade não é uma coisa qualquer. Somente insidiosos motivos ideológicos podem explicar o crescente descaso para com ele dentro das nossas instituições.

Ao privar alguém de algo, o ladrão está tomando produto do trabalho, meio de vida, material de estudo, conhecimento adquirido e rompendo gravemente a ordem! Quando a Justiça trata como irrelevantes os crimes contra o patrimônio está, simultaneamente, servindo injustiça aos cidadãos de bem e alimentando com liberdade de ação a cadeia produtiva do crime.

Por maligna que seja a ação do meliante, ele me é mais compreensível do que o juiz. Mais difícil ainda é entender aqueles tantos que, apenas por motivos ideológicos, não sendo uma coisa nem outra, defendem a ambos: o ladrão que vive dos bens alheios e o juiz que o devolve às ruas.
Posted in P. Puggina