JUIZ DE FORA - 16/11/2017 - 15:48
Fotografias: Thiago Britto
“Por que você nunca diz aquilo que gostaria de dizer?” Essa é uma das primeiras falas do espetáculo “ESSA ESTRANHA SENSAÇÃO DE FAMÍLIA”, com estreia marcada para o dia 24, às 21 horas, no Museu Ferroviário (Av. Brasil, 2.001, Centro). Na cena, um homem faz o questionamento ao seu irmão, que não sabe responder, mas compreende que há, sim, muita coisa a ser dita. É a partir da dificuldade de comunicação familiar que o espetáculo se constrói. A peça foi viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura “Murilo Mendes”, e ficará em cartaz até dia 26, no mesmo horário e local. Os ingressos podem ser adquiridos de forma antecipada pelo site. A classificação indicativa é 16 anos.
O processo criativo para concepção do espetáculo começou a partir dos encontros entre os artistas Angélica Joppert, Carol Tagliati, Rodrigo Coelho, Thiago Andrade, Vívian Hauck e Zezinho Mancini, em 2016. Por meses, o grupo seguiu realizando práticas e investigações acerca do corpo e da presença do ator, e pouco a pouco foram encontrando no universo das relações familiares um vasto campo para experimentação de suas pesquisas. No ano seguinte decidiram convidar o diretor e dramaturgo carioca Diogo Liberano, para conduzir o processo de criação do espetáculo.
“O processo de escrita e composição das cenas foi feito passo a passo, a partir do diálogo e da troca com o elenco. Chegamos a 15 cenas que não firmam uma história linear entre si. Ao contrário, convidam atores e espectadores a mudarem de posição. Num momento são dois irmãos, em outro uma filha e um pai, uma mulher e sua mãe já morta, uma criança e seu pai...”, explicou Liberano. Em cena, o Museu Ferroviário se transforma em sala de estar, onde acontecem inúmeras e sucessivas cenas sobre dilemas familiares.
“Acreditamos que o que a peça pode oferecer ao mundo, diz respeito, justamente, à importância do diálogo, do cuidado. Tanto em nossa fala como, sobretudo, em nossa escuta do outro. Sem isso, perdemos a possibilidade de existir em família e, por fim, de estar em sociedade”, avaliou Diogo. Após cada apresentação, diretor e elenco realizarão roda de conversa com o público que quiser participar. Além disso, intensificando o diálogo e a troca com os espectadores, no site da peça https://www.essaestranha.com há um espaço destinado à escrita de depoimentos sobre o encontro com o espetáculo.
Sinopse
“Uma família. Todas as famílias, quase todas elas. Uma pergunta insistente: por que você nunca diz aquilo que gostaria de dizer? Um jogo, um acidente, uma morte, uma festa, um sonho, uma carta de tarô, uma goiaba compartilhada entre filha e pai, um câncer, vários, muitos cânceres. Tudo isso apenas por um motivo: para vivermos juntos a possibilidade de outro possível”. (Texto da produção)
Equipe de criação
Direção e dramaturgia: Diogo Liberano
Atuação: Angélica Joppert, Carol Tagliati, Rodrigo Coelho, Thiago Andrade, Vívian Hauck, Zezinho Mancini
Iluminação: Livs Ataíde
Design gráfico: Bruno Junqueira
Direção de produção: Zezinho Mancini
Apoio institucional: Amplitud, Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Centro Cultural “Bernardo Mascarenhas” (CCBM) e Museu Ferroviário
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF
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