terça-feira, 2 de maio de 2017

Homem é morto na porta de casa de primo em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

02/05/2017 08h58 

Um homem de 31 anos foi morto a tiros na porta da casa de um primo, em Juiz de Fora, na madrugada desta terça-feira (2).

De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima chegou a chamar o parente, que não teve tempo de abrir o portão porque ouviu os tiros. Assim que o barulho cessou, o homem de 42 anos abriu a porta e encontrou o primo caído na escada na Rua Miguel Marinho, no Bairro Santa Cruz.

O óbito foi confirmado pelo médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O homem foi atingido por disparos nas costas e na perna direita. Dois projéteis foram recolhidos no local do crime. O corpo foi encaminhado pela funerária para o Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com a testemunha, o homem era usuário de drogas e respondeu processo por homicídio. Ninguém soube afirmar o motivo nem suspeitos do crime. Ninguém foi detido.

O caso será encaminhado para investigação da Polícia Civil.

A gula do PMDB mineiro por Furnas e pela Real Grandeza é incessante


Vicente Nunes
Correio Braziliense

Enquanto todos os olhos estão voltados para o Congresso, seja por causa das reformas trabalhista e da Previdência, seja pelo projeto sobre abuso de autoridade que os parlamentares querem aprovar para tentar barrar a Lava Jato, a bancada mineira do PMDB trabalha pesado para mudar o comando de Furnas e se apoderar do fundo de pensão dos empregados da empresa, a Fundação Real Grandeza. A gula do PMDB mineiro cresceu diante da visível dificuldade do governo em manter a base aliada unida para avançar nas reformas.

Em troca de votos, a bancada passou a exigir a demissão do atual presidente de Furnas, Ricardo Medeiros, o mesmo que havia indicado ao presidente Michel Temer. A queixa dos peemedebistas mineiros é a de que Medeiros não está atendendo, a contento, os seus pleitos. Faz uma ou outra concessão política.

FUNDO DE PENSÃO – A maior ambição do PMDB mineiro, com a mudança no comando de Furnas, é pôr a mão no patrimônio da Real Grandeza, de R$ 14,9 bilhões. Hoje, essa montanha de dinheiro, poupada para garantir o complemento das aposentadorias dos funcionários da estatal, está blindada por uma diretoria técnica, liderada pelo funcionário de carreira Sérgio Wilson Fontes. Se o fundo de pensão parar nas mãos de políticos, o risco de a corrupção dilapidar seu patrimônio cresce.

O histórico para comprovar que política e fundos de pensão não combinam é enorme. Basta ver o que aconteceu em três das maiores fundações ligadas a estatais. O Postalis, dos empregados dos Correios, que foi rateado entre o PMDB e o PT, acumula rombo de mais de R$ 6 bilhões. Na Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, comandada por anos pelo PT, as perdas passam de R$ 18 bilhões. Na Petros, dos empregados da Petrobras, também entregue ao PT por mais de uma década, o buraco chega a R$ 27 bilhões.

ROMBOS A COBRIR – Por lei, esses rombos terão de ser cobertos tanto pelas estatais quanto por seus funcionários. O rateio será feito meio a meio. No Postalis, os carteiros terão que pagar taxa extra ao longo de 23 anos. Na Funcef, a contribuição adicional valerá por 17 anos e, na Petros, por quase 20 anos. A parcela das estatais, porém, não está sendo paga. Os Correios registram prejuízos há dois anos seguidos e a Petrobras, há três anos.

Nesse mar de rombos nos fundos de pensão das estatais, a Real Grandeza é um oásis. A fundação registrou, em 2016, rentabilidade recorde, entre 23,7% e 32,4%, dependendo do plano de aposentadoria, superando, de longe, as metas atuariais, entre 12,7% e 13,2%. O deficit que, em 2015, havia sido de R$ 1,9 bilhão, caiu para R$ 600 milhões. O atual presidente do fundo de pensão assumiu o posto em outubro do ano passado, depois da demissão de indicados políticos.

NA MIRA DE CUNHA – Não custa lembrar que o mesmo Sérgio Wilson que está na mira do PMDB mineiro foi alvo constante do ex-deputado Eduardo Cunha, preso no âmbito da Operação Lava-Jato. Cunha mandava e desmandava em Furnas, cujo comando ele conseguiu durante o governo Lula, em troca de um voto favorável à recriação da CPMF. À época, ele era o relator do projeto que recriava o imposto sobre movimentações financeiras. Ao chantagear o Planalto, Cunha conseguiu nomear Luiz Paulo Conde para o comando da estatal.

Contudo, apesar de ter a presidência de Furnas, Cunha não conseguiu demitir Sérgio Wilson da Real Grandeza. Todas as tentativas foram barradas por movimentações dos funcionários da estatal, que fizeram várias manifestações públicas denunciando as manobras do então parlamentar. Wilson saiu anos depois, deixando a fundação em uma situação bastante confortável. Parte dos ganhos acabou se perdendo nos anos seguintes, devido ao aparelhamento político.

NAS REDES SOCIAIS – A campanha contra a atual diretoria da Real Grandeza está fortíssima nas redes sociais. Os detratores estão usando como mote do ataque o pagamento retroativo de salários a dois diretores. Um recebeu R$ 318 mil; outro, R$ 160 mil. O ressarcimento, segundo a fundação, foi decidido pelo Conselho Deliberativo do fundo, baseado em pareceres jurídicos. “O presidente da Real Grandeza não tem alçada nem atribuição estatutária para aprovar remuneração de dirigentes da entidade, competência exclusiva do Conselho Administrativo”, ressalta, em nota.

Quem acompanha a guerra pelo comando de Furnas e da Real Grandeza diz que o PMDB mineiro se juntou a remanescentes do grupo de Eduardo Cunha na estatal para realizar seus desejos. A Casa Civil, por onde passam todas as indicações para o governo e as estatais, já teria negociado o pleito com a bancada. Tudo, porém, dependerá da fidelidade que os parlamentares que integram esse grupo demonstrarem ao Palácio do Planalto em relação às reformas. Esse episódio só confirma que, sai governo, entra governo, as moedas de troca continuam as mesmas. O patrimônio público que se dane.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Comerciante e esposa são feitos reféns dentro de casa durante roubo em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

01/05/2017 10h15 

Um comerciante de 48 anos e a esposa dele, de 47, foram mantidos reféns e roubados dentro de casa no Bairro Ponte Preta, em Juiz de Fora, na noite deste domingo (30). O comerciante contou à Polícia Militar (PM) que teve uma arma apontada para a cabeça e entregou dinheiro e pertences para não ser morto.

De acordo com a vítima, ele trabalhou no estabelecimento que possui em Benfica e foi rendido ao chegar em casa, quando os dois homens armados e com os rostos cobertos invadiram a garagem e anunciaram o roubo. Os dois ladrões ficaram cerca de 30 minutos no imóvel.

No interior da casa, os criminosos exigiram dinheiro e outros bens que afirmavam saber que estavam no local, porque a vítima seria "o homem do restaurante". O homem entregou o valor que estava em casa, estimado entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.

A dupla revirou os cômodos e também levou dois notebooks, uma televisão, joias e dois celulares. Todos os objetos foram colocados no carro do comerciante, onde os assaltantes fugiram sentido Distrito Industrial.

Durante o rastreamento, o carro foi localizado abandonado às margens da BR 267, próximo ao Km 99, aberto com a chave na ignição. A perícia foi chamada, mas não compareceu ao local. O veículo foi removido para um pátio credenciado.

O caso será encaminhado para a investigação na Polícia Civil.

Uruguai inicia amanhã registro em farmácias para compradores de maconha

01/05/2017 12h19
Montevidéu
Da Agência EFE

O Uruguai inicia na terça (2) o registro em farmácias para compradores de maconha, a fim de habilitar a terceira via prevista para legalização aprovada em 2013 para o consumo legal da substância. A informação é da Agência EFE.

No total, 65 filiais do Correo Uruguayo de todo o país abrirão suas portas à espera de consumidores que queiram se registrar para ter acesso à maconha legal.

Fontes do correo explicaram à Agência Efe qual será o procedimento de inscrição e os requisitos para o registro dos usuários.

Estas pessoas deverão ser maiores de 18 anos, contar com a cidadania uruguaia legal ou natural e residência permanente devidamente credenciada.

Por esta razão, é necessário mostrar na hora do registro o documento de identidade e um comprovante de domicílio.

Outro requisito é que as pessoas não estejam registradas em alguma das outras vias que prevê a lei - cultivo doméstico ou membro de um clube canábico -, já que está proibido ter acesso à substância por mais de uma via.

Além disso, nos correios os funcionários tomarão uma impressão digital do usuário e pedirão que responda a um formulário com uma série de perguntas.

Fontes do organismo explicaram que nenhum dado é retido pelo Correo Uruguayo e que toda a documentação será enviada ao Instituto de Regulamento e Controle de Cannabis (IRCCA).

Segundo detalha o IRCCA em seu site, as impressões digitais dos consumidores permitirão ter acesso às substâncias nas farmácias sem perder o anonimato.

O processo de inscrição não leva mais do que cinco minutos e poderá ser feito em qualquer dos 19 departamentos (províncias) do país, segundo as fontes.

Adiado em várias ocasiões, o lançamento do registro de consumidores habilitará a terceira via de acesso legal ao uso recreativo da maconha com base na lei aprovada em 2013 durante o mandato do então presidente José Mujica (2010-2015) para o regulamento da produção, compra e venda da substância.

As outras duas vias são os registos de autocultivadores e de clubes canábicos, abertos desde 2014.

Segundo os últimos dados do IRCCA, o Uruguai conta com 6.617 cultivadores domésticos registrados e 51 clubes inscritos.

De entrada, a primeira remessa de maconha com a qual contarão as farmácias será de 400 quilos, sem que a autoridade soubesse precisar com qual periodicidade se renovará.

A erva poderá ser adquirida nas farmácias em embalagens de 5 ou 10 gramas, embora no período inicial só será possível comprar o primeiro dos dois, a um custo de US$ 1,3 o grama e podendo comprar cada indivíduo um máximo de 10 gramas por semana e 40 gramas ao mês.

O preço é formado por US$ 0,90 por grama para a empresa produtora e, acima desse custo, a farmácia receberá 20% e o IRCCA 10%, que destinará a programas de prevenção.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

Celso de Mello defende que Temer também seja investigado pela Lava Jato

Celso de Mello não concorda com a tese de Janot

Deu no Estadão

O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a eventual investigação do presidente Michel Temer em inquérito da operação Lava Jato não desrespeita a Constituição. É o contrário do que entende o procurador geral da República, Rodrigo Janot, que não incluiu Temer da lista de possíveis investigados enviada em março ao Supremo.

“O Supremo Tribunal Federal, em dois precedentes, entendeu que a imunidade constitucional dada ao presidente da República não há de impedir a instauração de investigação criminal”, disse o decano, completando: “É preciso fazê-la, porque as provas se dissipam, as testemunhas morrem e os documentos desaparecem”.

DE SAÍDA DO STF – O ministro Celso de Mello está começando a sair do Supremo, onde é juiz há quase 28 anos. É o mais antigo dos onze ministros – o decano, como se diz. “Pode ser que este seja o meu último ano aqui”, disse ele ao Estadão.

Se for, significa que o presidente Michel Temer, mantido no cargo, poderá indicar seu segundo ministro em 2018. “De todo modo, se não for neste ano, eu certamente não pretendo ficar até os 75”, afirmou o ministro. É a idade limite para o cargo, que, aos 71 anos, só atingirá em 2021.

“Já vou caminhando para 48 anos de serviço público (os outros 20 foram no Ministério Público de São Paulo) e está na hora de parar um pouco”, complementou, na única mesa vazia de seu amplo gabinete no terceiro andar do anexo 2. As outras duas mesas estavam tomadas por processos em andamento. O acervo do decano registrava, naquela terça-feira, 3.298 processos, quarto lugar no ranking dos onze ministros (o primeiro é Ricardo Lewandowski, com 3.020; o último, para não variar, Marco Aurélio Mello, com 7 639).

DE BENGALA – O ministro tem um visível e crônico problema no quadril, com o desgaste do osso do fêmur, que o obriga a andar de bengala, se a distância é curta, ou de cadeira de rodas, se é maior, como tem feito em shoppings de São Paulo, que frequenta eventualmente com as duas filhas, ambas publicitárias.

“Estou com a mobilidade cada vez mais reduzida, e é uma dor 24 horas, todo dia”, contou o paulista de Tatuí. “Não posso tomar anti-inflamatórios, que me fazem subir a pressão. Então tenho que tomar analgésicos comuns, que já não fazem mais efeito. Vou ter que fazer uma cirurgia, para colocar uma prótese de quadril. Já fiz uma série de exames, só falta marcar a data. Mas eu preciso fazer, ainda neste ano, porque está ficando a cada dia mais difícil.”

E por que já não marcou? “A minha família me pressiona, mas eu me preocupo com o volume de serviço que tem aqui. Talvez tenha que ficar dois meses de licença. E isso vai onerar os outros ministros.” Não se aborreceu, data vênia, com o comentário “é melhor parar por bem do que parar por mal”. Sopesou, olhou para a bengala encostada na parede próxima, e disse: “É. Eu vou marcar”.

HORAS EXTRAS – Depois das sessões – sejam as da Turma, sejam as de plenário, nas quartas e quintas – o decano continua a trabalhar no gabinete, madrugada afora. Houve época em que saía às cinco, seis da manhã seguinte. “Agora, com o quadril atrapalhando, eu saio mais cedo, ali pelas duas”, disse ao Estado, já perto da meia-noite.

O expediente noturno é o que mais o agrada. Os assessores são chamados quando ele precisa de livros ou pesquisas, o garçom de plantão aparece volta e meia com água e café, ou coca-cola; o motorista do plantão, ou o que o serve, já sabem que é sempre o último a sair – e esperam na garagem, onde ele chega pelo elevador privativo.Posted in Tribuna da Internet

domingo, 30 de abril de 2017

Operadoras de telefonia transformaram os brasileiros em reféns

Charge do Nani (nanihumor.com)

Francisco Vieira

Aqui na Tribuna da Internet já foi denunciado pelo Dr. Jorge Béja o abuso dos telefonemas da operadora Oi para as casas dos assinantes, a pretexto de oferecer supostas vantagens. Infelizmente, não é a única irregularidade. Somos reféns das operadoras, que têm feito celebrado contratos (ou simulado contratos) apenas com menção do nome e do número de CPF, sem exigir carteira de identidade nem conferir assinatura.

Desde o início de dezembro do ano passado eu comecei a receber ligações de cobrança da operadora Claro me informando que eu estaria devendo uma conta de R$ 2.180,63 (nos valores da época) no número 62-99218-6414. Como prova de “boa vontade”, até aceitavam que parcelasse o passivo em mais de duas vezes. E todo o santo dia eu tinha que repetir para a atendente que nunca possuíra linha telefônica da Claro!

LIGAR PARA 1502 – Sempre que eu procurava saber mais detalhes do que se tratava, já que não uso essa operadora, as atendentes diziam não estarem a par da situação (pois não tinham acesso aos dados cadastrais) e pediam que eu ligasse para o número 1052.

Bem, quando ligava para o número 1052, a atendente desse número dava de ombros e mandava que ligasse para o 0800 7236626. Mas quando eu ligava para o 0800 7236626, me indicavam o número 106-21. Ao ligar no 106-21, diziam que o meu problema deveria ser resolvido no número 1052… E tudo se iniciava e findava em uma enorme perda de tempo e de paciência.

Tentando resolver o problema, fui a uma loja da empresa Claro e soube que o referido número fora adquirido na cidade goiana de Uruana, onde nunca estive, nem sei onde fica, cujo endereço estava no cadastro da fatura da conta.

SEM CONTRATO – O funcionário da loja, ao fazer a pesquisa “no sistema”, confirmou que, embora a conta estivesse com o meu nome e o meu CPF, realmente não havia contrato feito ou assinado, o que, segundo ele, caracterizava uma fraude. Mas não tomou providência alguma, pois não era de sua competência.

Mesmo sabendo tratar-se de uma fraude e após eu ter comparecido à loja, as ligações de cobrança continuaram a acontecer pelo menos uma vez por dia na parte da manhã, de segunda a sábado, e outras vezes pela manhã e à tarde durante os meses de janeiro e fevereiro.

Em março eles diminuíram as ligações e neste mês ainda não recebi nenhuma, provavelmente por já terem incluído o meu nome no Serasa, SPC etc…

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O mesmo fato está acontecendo comigo. Só descobri que era devedor da Claro, sem jamais ter sido cliente da operadora, quando fui fazer uma compra a prazo e o vendedor, ao preencher o pedido e conferir os dados, constatou que meu nome estava “negativado”. Consegui efetuar a compra, porque era através de cartão de crédito, e fui apurar o que estava acontecendo. No Serasa, informaram que se trata de débito por uso de TV por assinatura da Claro. Desde então, entrei na mesma “via crucis” do Francisco Vieira, com uma pequena diferença. No caso de TV por assinatura, a loja da Claro nem dá informações, é preciso acessar o site da Claro. Tentei fazê-lo e não consegui, porque o falso “cliente” já tinha se cadastrado lá, usando meu nome e CPF. Estou entrando na Justiça, já selecionei farta documentação das cobranças que a Serasa passou a me fazer. Enquanto o processo não rola, fico tranquilo, porque ninguém mais poderá me aplicar esse golpe, enquanto meu nome e meu CPF estiverem “negativados”. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

MP vai investigar contratação de apadrinhados pela Cemig

Investigação. MP quer apurar legalidade da contratação de aliados de políticos pela companhia.

PUBLICADO EM 30/04/17 - 03h00

ANGÉLICA DINIZ

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai investigar contratações de funcionários que integram os quadros do Grupo Cemig e ocupam altos cargos por indicação de padrinhos políticos ligados à atual gestão do governo estadual (PT-PMDB). A confirmação foi obtida por O TEMPO por meio de uma fonte da promotoria. Os alvos são parentes, amigos e políticos não eleitos que ocupam hoje funções importantes dentro da companhia, nas subsidiárias ou nas empresas terceirizadas, com salários que variam de R$ 10 mil a R$ 35 mil.

Considerada uma das maiores e mais bem-sucedidas estatais do país, a Cemig tem servido, há anos, como local estratégico para abrigar aliados dos partidos governistas em funções ad nutum, ou seja, cargos de livre nomeação e exoneração, assim como os comissionados.

A reportagem conseguiu nomes de alguns dos funcionários ligados a políticos da base governista que ocupam cargos na companhia. Alguns deles já constavam em lista de funcionários repassada à reportagem em 2015, depois de um pedido via Lei de Acesso à Informação (que obriga o órgão a prestar a informação solicitada).

O deputado estadual João Magalhães (PMDB), por exemplo, tem a filha, Fernanda Magalhães, o irmão, Pedro Bifano Magalhães, e a cunhada, Alexandra Murandy Fernandes Monte Magalhães, ocupando cargos importantes na estatal. Pedro e Alexandra, que são casados, estão lotados no escritório da Cemig em Brasília.

Na lista aparecem ainda João Ferreira Biondini, irmão do deputado federal Eros Biondini (Pros); e Daniel Mendes Las Casas, cunhado do deputado federal Marcelo Aro (PHS).

Diretor de Gestão Empresarial da Cemig pelo menos até o ano passado, Márcio Lúcio Serrano tem agora um cargo de assessor na estatal. Ele é pai do secretário geral da Governadoria de Minas, Eduardo Serrano, que trabalha diretamente com o governador Fernando Pimentel (PT).

Outro funcionário, Marcelo de Pádua Moura, ocupa a função de assistente da Diretoria da Cemig e é filho do atual presidente da Companhia de Tecnologia da Informação de Minas (Prodemge), Paulo de Moura Ramos.

Investigados. Com cargo de assessor e um salário que ultrapassa os R$ 30 mil, Alexandre Allan Prado é filho de Otílio Prado, assessor especial e ex-sócio de Pimentel (PT), e também investigado na operação Acrônimo. Até o fim de 2015, Otílio era o dono da OPR Consultoria, empresa que recebeu pagamentos suspeitos de entidades patronais mineiras, entre 2013 e 2015. A Polícia Federal suspeita que Prado pagava despesas pessoais de Pimentel e da primeira-dama, Carolina Oliveira, mesmo depois de o petista assumir o governo de Minas. Atualmente, a OPR está registrada em nome de Alexandre Allan Prado.

Também foi na Cemig que Felipe Torres do Amaral, parente da ex-mulher de Fernando Pimentel, encontrou abrigo. Primeiro, foi anunciado como diretor de Gás, cargo que ocupou por cerca de um mês. Logo após, foi indicado para diretor de Gestão Empresarial, função que não chegou a assumir por causa da resistência dos acionistas da estatal. A informação obtida pela reportagem é a de que Felipe Torres ocupa atualmente um cargo na Taesa, subsidiária da Cemig.

Felipe Torres foi alvo de condução coercitiva em setembro passado por suspeita de ter recebido propina a pedido de Pimentel.

Sem resposta
Cemig: Até o fechamento dessa edição, a Cemig não respondeu sobre as referidas contratações, os salários e as indicações políticas, além do critério para escolha dos conselheiros fiscais.

REUNIÃO MARCADA
Conselheiros podem ter reajuste salarial

Acionistas e membros dos conselhos Administrativo e Fiscal da Cemig vão reunir-se no próximo dia 12 para, entre outros pontos, eleger os novos conselheiros fiscais e definir a “fixação da remuneração dos administradores e dos conselheiros fiscais da companhia”. Na prática, significa que os salários dos conselheiros podem ser reajustados. A assembleia foi convocada pelo presidente do Conselho de Administração da Cemig, José Afonso Bicalho, também secretário de Fazenda.

Entre os dez indicados para ocupar o Conselho Fiscal da Cemig, parte não possui experiência em finanças, como os casos de Camila Paulino, que é relações-públicas e assessora da presidência da Copanor; Marco Antônio Badaró Bianchini, comandante geral da Polícia Militar; Arthur Amaral, farmacêutico, ex-prefeito de Luminárias (PT) e ex-presidente da Funed; e Edson Moura Soares, filósofo, teólogo e chefe de gabinete do secretário de Governo, Odair Cunha.

Dados da Cemig mostram que os gastos totais da estatal com 49 diretores e conselheiros será de R$ 19,2 milhões em 2017. Em 2016, foram gastos R$ 16,2 milhões, e em 2015, R$ 15,4 milhões. Em 2014, ainda sob a gestão dos governos do PSDB e PP, o valor gasto foi de R$ 12,4 milhões para despesas de 50 diretores e conselheiros.

De acordo com as regras, não há metodologia de reajuste e composição da remuneração, e suas correções justificam-se única e exclusivamente em razão de proposta do acionista majoritário da Cemig, o Estado de Minas Gerais. (AD)

REMUNERAÇÕES
R$ 19,2 mi é o valor gasto pela Cemig com 49 diretores e 10 conselheiros em 2017.
R$ 60,5 mil é o salário mensal do presidente, fora benefícios e participação nos lucros.
R$ 46,5 mil é o salário mensal dos diretores executivos, fora outras gratificações.
R$ 18,1 mil é a remuneração mensal do presidente do Conselho de Administração.
R$ 11,4 mil é a remuneração mínima de um membro do Conselho de Administração da Cemig.
R$ 7.600 é o valor mínimo recebido por cada membro do Conselho Fiscal da Cemig.

NA FOLHA
Marcelo de Pádua Moura: filho do atual presidente da Prodemge, Paulo de Moura Ramos.
Alexandre Allan Prado: filho de Otílio Prado, assessor especial e ex-sócio do governador Fernando Pimentel, investigado na operação Acrônimo.
Daniel Mendes Las Casas: cunhado do deputado federal e presidente do PHS de Minas, Marcelo Aro.
João Ferreira Biondini: irmão do deputado federal Eros Biondini (Pros).
Fernanda Magalhães: filha do deputado estadual João Magalhães (PMDB).
Pedro Bifano Magalhães: irmão do deputado João Magalhães e atua no escritório em Brasília. Em 2015, foi diretor da Cemig Overseas, subsidiária sediada em Barcelona.
Alexandra Murandy Fernandes Magalhães: mulher de Pedro Bifano Magalhães, também lotada no escritório da estatal em Brasília.
Lázaro Roberto da Silva: ex-prefeito (PT) de Campanha, no Sul de Minas.
Felipe Torres do Amaral: parente da ex-mulher de Fernando Pimentel, citado na delação premiada de Benedito Oliveira, o Bené, e investigado na Acrônimo.
Márcio Lúcio Serrano: pai do secretário geral da Governadoria de Minas, Eduardo Serrano. Em 2015, era diretor de Gestão Empresarial da Cemig.

Aliados
Cargo. Políticos derrotados nas urnas em 2014 e 2016 também receberam colocações na Cemig, caso de Lázaro Roberto da Silva (PT), ex-prefeito de Campanha, no Sul de Minas.

http://www.otempo.com.br/capa/política/mp-vai-investigar-contratação-de-apadrinhados-pela-cemig

É preciso falar sobre bullying, depressão e suicídio, alertam especialistas

29/04/2017 08h44
Brasília
Ana Lúcia Caldas - Repórter do Radiojornalismo

“Depressão é uma doença que faz a gente parar de enxergar a realidade que está a nossa volta. Por mais que alguém diga que você é bonita, bem-sucedida, nada disso adianta quando a gente está com esse defeito na cabeça, que diz exatamente o contrário”, conta Nauzila Campos, de 25 anos. A jornalista, advogada e modelo convive com a doença desde 2015.

No mês em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o aumento de casos de depressão, especialistas e pessoas em tratamento destacam a necessidade de debater o assunto e de lidar com a influência do bullying sobre a depressão e da depressão sobre o suicídio.

O número de pessoas que vivem com depressão, segundo a OMS, cresceu 18% entre 2005 e 2015. A estimativa é de que, atualmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença no mundo. “No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio, segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos”, destaca a OMS.

“O problema da depressão é que, mesmo que ela não seja crônica, ela é um fantasma que fica ali na moita, à espreita, pronta para atacar novamente”, acrescenta Nauzila. Em uma das crises, a advogada ficou horas vagando pelas ruas. Hoje, ela usa as redes sociais para falar do problema.

A coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, Alexandrina Meleiro, destaca que a falta de conhecimento faz com que o assunto se torne tabu, por isso, é tão importante discutir o tema. “Só sabe o que é depressão quem já passou ou está passando [por isso]. Quem está de fora claro que tem preconceito: é por que não tem o que fazer, é por que é preguiçoso. Então, [o doente] tem mil rótulos.”

O quadro de diminuição de autoestima, tristeza, desânimo e perda cognitiva é resultado de alterações nos neurotransmissores. “Então, a pessoa fica mais lenta nas reações emocionais, no sono, no peso que pode alterar para mais ou para menos. Uma infinidade de sintomas vai expor o quadro depressivo”, conta Alexandrina.

Segundo a OMS, a depressão será em uma década a doença que mais vai afastar as pessoas do seu dia a dia.

Além das redes sociais, séries na internet, desafios virtuais e brincadeiras perigosas colocam esses assuntos em destaque.

Bullying
Rebeca Cavalcanti, de 24 anos, não tem boas recordações do primário. “Foi um período muito complexo para mim, e o tipo de bullying que eu sofri foi por causa das minhas características físicas. Hoje em dia em tenho um sério problema por causa da minha aparência”, lembra a estudante.
Um em cada dez estudantes no Brasil é vítima frequente de bullying
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Assim como Rebeca, dezenas de crianças e adolescentes são alvo de piadas e boatos maldosos, além de serem excluídos pelos colegas. Um em cada dez estudantes no Brasil é vítima frequente de bullying, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Dados do relatório mostram que 17,5% dos alunos brasileiros, na faixa dos 15 anos, sofreram algum tipo de bullying “pelo menos algumas vezes no mês”.

Segundo a psiquiatra, estudos mostram que casos de ansiedade e depressão podem estar relacionados ao bullying. “Ele vai massacrando a autoestima e isso favorece desenvolver alguns quadros, entre eles, de ansiedade e principalmente de depressão. Há estudos nacionais e internacionais mostrando que pessoas vítimas de bullying são mais suscetíveis a desenvolver quadros depressivos.”

Desde o ano passado, está em vigor a lei que obriga escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e combate o bullying por meio da capacitação de professores e equipes pedagógicas. A norma também estabelece que sejam oferecida assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores.

13 Reasons Why
A série 13 Reasons Why, disponível no catálogo de filmes do Netflix, aborda casos de bullying entre adolescentes. A primeira temporada do enredo conta a história de um jovem estudante que encontra uma caixa com várias fitas cassete na porta de sua casa, gravadas por sua amiga que se suicidou. Em cada fita, a menina dá treze motivos pelos quais cada pessoa a quem as fitas foram enviadas, contribuíram para que ela se suicidasse.

CVV
A série fez com que aumentasse a procura pelo serviço do Centro de Valorização da Vida (CVV). Para a voluntária do CVV, que prefere ser chamada apenas de Leila, além de tratar como política pública, é preciso incentivar formas de ajuda em casos de depressão.

“A gente não pode ficar de braços cruzados vendo isso. É uma questão de política pública. Quando a gente está com uma dor no pé, a gente vai ao ortopedista, se o problema é o coração, com taquicardia, a gente vai ao cardiologista. Então, quando a gente está com uma dor emocional uma dor que não é física, a gente tem que tratar também buscar auxílio para essas emoções.”

Leila conta que as pessoas que recorrem ao CVV querem falar de suas angústias, de seus problemas de uma forma sigilosa, de uma forma acolhedora. “[Agimos] para que ela se sinta à vontade ali para falar coisas que talvez de outra forma ela não teria com quem falar. Ela se sentiria julgada.”

Além das unidades em diversas regiões do país, o CVV atende pelo número 141.

Suicídio
De acordo com a OMS, o suicídio é atualmente um problema de saúde pública, sendo uma das três principais causas de morte, entre pessoas de 15 a 44 anos, e a segunda entre as de 10 a 24 anos. A cada ano, aproximadamente 1 milhão de pessoas tira a própria vida, o que representa uma morte a cada 40 segundos. O Brasil tem cerca de 10 mil registros anuais.

Estudos revelam que a maioria dos suicídios está ligada a transtornos psiquiátricos como explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro.

Em meio a informações sobre desafios virtuais e suicídios supostamente associados a jogos o médico Daniel Martins de Barros, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, defende que o tema seja conversado entre pais e filhos.

“Os pais têm o papel de ajudar os filhos a lidar com as informações que eles recebem do mundo. Não adianta você falar eu não vou conversar com o meu filho sobre isso, porque seu filho vai conversar sobre isso com outras pessoas. Então, é melhor você passar sua versão”, destacou o psiquiatra. “Às vezes, a criança e o adolescente não conseguem elaborar muito essa sensação de tristeza, mas ficam mais irritados, às vezes mais agressivos, mais inquietos. Começam a influenciar nos relacionamentos, no rendimento escolar. São mudanças que você só percebe estando atento, estando envolvido com seus filhos.”

E é possível reagir. “Eu sei o que é chegar ao fundo do poço e eu sei que é possível sair, não importa quão fundo você chegue. Eu sei o que é você acreditar que nada tem saída em relação àquele problema, que nada se pode fazer em relação à doença que você tem. Mas eu quero dizer que tem sim. É possível sair dessa”, disse a advogada Nauzila Campos.

Baleia Azul
O jogo virtual Baleia Azul é praticado em comunidades fechadas de redes sociais como Facebook e Whatsapp e instiga os participantes, em maioria adolescentes, a cumprir 50 tarefas, sendo a última delas o suicídio. Pelo menos três mortes suspeitas de estarem relacionadas ao suposto jogo são investigadas pelas autoridades locais de Belo Horizonte, Pará de Minas (MG), Arcoverde (PE). No Rio de Janeiro, a Polícia Civil investiga, pelo menos, quatro casos suspeitos, todos envolvendo adolescentes a prática do jogo no estado. A Polícia Federal busca os envolvidos com o jogo.

Na tentativa de proteger crianças e adolescentes nas redes sociais, o Safernet, entidade que aborda a questão da privacidade e segurança na internet, abriu uma linha para falar com os usuários sobre o Baleia Azul. Por meio de um post no Facebook, a instituição se põe à disposição para responder e-mail por 24h, para conversar em tempo real com os internautas e em oferecer atendimento psicológico a quem precisar.

Edição: Talita Cavalcante
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-04/e-preciso-falar-sobre-bullying-depressao-e-suicidio-alertam-especialistas

Cidadão se revolta com 'meia dúzia' de militantes travando o trânsito para milhares

Belchior morreu no dia 29 de abril de 2017, aos 70 anos, na cidade de Santa Cruz-RS

Belchior
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Editado pela última vez em 30 de abril de 2017. 

Belchior em 2004

Informação geral
Nome completo Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes
Nascimento 26 de outubro de 1946
Local de nascimento Sobral, Ceará
Data de morte 29 de abril de 2017 (70 anos)
Período em atividade 1965–2017

Foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.

Índice 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Belchior