sábado, 13 de agosto de 2016

Em Juiz de Fora: PM deteve cinco envolvidos em assaltos e apreendeu uma garrucha de calibre 22

Bairro Progresso
Na tarde de ontem (12) foi registrada a ocorrência de roubo a estabelecimento comercial.
Dois autores, com os rostos encobertos, um deles portando uma arma de fogo, anunciaram o roubo e apoderaram da quantia de R$ 60,00.
No interior de um veículo GM, Celta, estaria um indivíduo dando cobertura aos criminosos.
Durante o rastreamento um veículo foi localizado, mas o condutor não foi reconhecido pela vítima. Em prosseguimento às averiguações os militares lograram êxito em abordar os assaltantes que foram reconhecidos, receberam voz de prisão em flagrante delito e foram encaminhados à delegacia.

Bairro Milho Branco 
Policiais militares registraram a apreensão de uma garrucha, calibre 22,  e a abordagem de dois indivíduos que exibiram a arma em via pública.
O autor,19, recebeu voz de prisão e o menor infrator,15, recebeu voz de apreensão pelo cometimento, em tese, de ato infracional análogo ao crime de porte de arma de fogo.
Na delegacia foram adotados os demais procedimentos.
 
Bairro São Dimas 
Policiais militares registraram a prisão de um autor de roubo que havia fugido em uma bicicleta na direção do bairro Fábrica.
A ação criminosa ocorreu na tarde dessa sexta-feira (12), no interior da Rodoviária Miguel Mansur, quando uma adolescente, 16, e um jovem,18, foram surpreendidos por um indivíduo que portava uma arma de fogo.
Um outro indivíduo que dava cobertura ao assaltante conseguiu fugir levando a arma e os pertences das vítimas.

Avenida dos Andradas - Centro - Juiz de Fora 
Na tarde dessa sexta-feira (12) policiais militares registraram a ocorrência de roubo.
O autor, que portava uma faca, adentrou a loja e anunciou o assalto.
A vítima,25, foi ameaçada de morte e entregou a quantia de R$70,00.
O criminoso apoderou-se do dinheiro e fugiu, não sendo encontrado.

AS OLIMPÍADAS E OS CAIXAS ELETRÔNICOS

13 agosto 2016


O Comitê Olímpico Internacional – COI, deveria incluir nas Olimpíadas de 2020, a “modalidade esportiva” Arrombamento de Caixa Eletrônico. Com certeza, o Brasil seria medalha de ouro e Pernambuco seria um forte representante do Brasil.


Na cidade de Condado, minha terra, só existe (ou existia) uma agência bancária, a agência do Banco do Brasil, e essa já foi explodida quatro vezes em menos de dois anos.

Na madrugada desta sexta-feira, 12 de agosto, um grupo de dez assaltantes chegou à cidade com uma violência bastante exagerada. Eles utilizaram uma gama de explosivos que danificou completamente o prédio da agência. Na ocasião, os criminosos também dispararam vários tiros para amedrontar os possíveis transeuntes.

Segundo moradores da área, foram mais de 20 minutos de barulho dos tiros e explosões. Além disso, ao terminarem o “trabalho”, os bandidos fugiram dando tiros pela cidade. A população que mora nas imediações da agência, além de correr risco de vida nos tiroteios provocados pelos bandidos, ainda tem prejuízo material com rachaduras nas paredes e muros de suas casas devido ao impacto das explosões.

Só nessa madrugada, houve investidas nas cidades de Condado, Ribeirão e Inajá, no interior, e mais uma tentativa em Olinda, na região metropolitana do Recife.

O Governo do Estado manda viaturas para os municípios, mas não aumenta o efetivo policial nem melhora as condições de trabalho para dar mais segurança ao povo. Os policiais que trabalham se arriscam, mas não têm como enfrentar os bandidos.

Há quem diga que esse é um problema sem solução no país. Isso não é verdade. A solução existe, o que não existe é vontade política para isso, pois as autoridades não querem tomar decisões que contrariem os banqueiros que financiam suas campanhas.

Como os bancos têm o maior lucro do país, mesmo sem produzir nada, nenhum alimento ou bem de consumo e gerando poucos empregos, deveriam ser obrigados a colocar seguranças particulares nas agências bancárias e nos caixas eletrônicos, pois o que eles têm feito há muitos anos é reduzir o quadro de pessoal e suas despesas, para aumentar ainda mais seus lucros, colocando em risco as vidas dos clientes e cidadãos que trafegam nas imediações das agências ou caixas eletrônicos.

Infelizmente, no Brasil quem manda é o poder econômico, independente do partido governante. Nenhum partido está preocupado com o povo, todos só pensam em dinheiro e poder. E as leis são feitas pelos políticos que as fazem de acordo com as vontades dos “empresários” que financiam suas campanhas. É lamentável.

http://www.luizberto.com/coluna/colcha-de-retalhos-ismael-gaiao

Decretar luto oficial não adianta nada, é apenas uma maneira de lavar as mãos


Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Carlos Newton

O presidente Michel Temer decretou luto oficial pela morte do sargento Hélio Vieira Andrade, integrante da Polícia Militar de Roraima que estava prestando serviços à Força Nacional de Segurança Pública na Olimpíada. Conforme fartamente noticiado, ele estava numa viatura policial, entrou inadvertidamente numa favela carioca e os traficantes crivaram de balas o veículo. Realmente, foi um fato trágico que emocionou o país, devido à cobertura nacional e internacional que o incidente ganhou, justamente por ter ocorrido na época dos Jogos Olímpicos, quando até os militares estão dando apoio e reforçando a segurança na cidade do Rio de Janeiro.

Da mesma forma, o governador em exercício Francisco Dornelles também decretou luto oficial. Ficou faltando apenas o prefeito Eduardo Paes tomar idêntica providência, mas certamente não o fez, porque estava ocupado, brincando com seu novo hobby, o trenzinho do VLT.

À primeira vista, esses decretos de luto oficial parecem ser medidas acertadas, em termos de solidariedade e visibilidade política, beneficiando Temer e Dornelles, mas na prática essas iniciativas foram um desastre.

Melhor faria o presidente da República se pegasse o Aerolula e viajasse imediatamente para prestar solidariedade à família do sargento Andrade. O governador deveria fazer o mesmo, mas devia ter outras prioridades. E o prefeito também se omitiu, certamente por estar mais preocupado em produzir novos factóides e se exibir como candidato ao governo estadual.

É MAIS FÁCIL – A política é uma atividade desgastante. Só deveria ser exercida por quem realmente pretende defender o interesse público, sem medir esforços para atingir esse objetivo. No entanto, é bem mais fácil o governante assinar um decreto de luto oficial do que demonstrar que realmente se preocupa com aqueles que arriscam a vida em cumprimento do dever e se sacrificam em defesa da comunidade, como o sargento Andrade, um herói desses nossos dias de trevas.

O resultado dessa insensibilidade política e administrativa dos governantes é a indignação dos policiais do Rio de Janeiro, cujas associações agora estão exigindo luto oficial permanente, em homenagem às mortes dos colegas. Somente este ano foram assassinados já foram 65 policiais militares no Estado do Rio de Janeiro, onde o exercício dessa meritória profissão passou a ser de altíssimo risco, uma sinistra loteria.

PROTESTOS – A Associação dos Delegados de Polícia, presidida por Wladimir Reale, tomou a frente nessa onda de protestos e encaminhou uma reivindicação direta ao governador em exercício, Francisco Dornelles, nos seguintes termos:

“Cumprimentando-o, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro – ADEPOL/RJ – tendo em conta as justas homenagens que vêm sendo prestadas ao Sd. Hélio Vieira Andrade, da Força Nacional de Segurança Pública, vítima em serviço durante os Jogos Olímpicos, pede a Vossa Excelência que adote idêntico procedimento, declarando luto oficial toda vez em que os policiais do Estado do Rio de Janeiro sejam mortos no cumprimento do dever, em defesa da sociedade fluminense.”

UM EXEMPLO – É sempre bom citar exemplos. O lendário prefeito Rudy Giuliani, que criou a política de “Tolerância Zero” na década de 90 e reduziu em 57% a criminalidade em Nova York, sempre fez questão de estar ao lado da comunidade e dos policiais, nos momentos de dificuldades. Quando perguntavam por que ele ia pessoalmente, ao invés de mandar algum representante, ele sempre respondia: “Eu pedi para ser prefeito, a responsabilidade por tudo o que acontece tem de ser minha”. É um grande exemplo.

No Brasil, precisamos de uma política de “Tolerância Zero”. No somente na segurança, mas na administração pública em geral. Aqui do lado debaixo do Equador, a tenebrosa realidade é que os governantes e as autoridades primeiro cuidam de si, o resto que se dane. Mas isso tem de acabar.

Posted in C. Newton

As mãos de Bárbara forjaram, no melhor sentido, uma paixão nova no Brasil

A goleira Bárbara comemora a defesa que deu a vitória ao Brasil

Lucas Alvares

Times e seleções de futebol são diferentes das equipes de outros esportes e de seus destaques, por mais brilhantes que sejam. Enquanto atletas de esportes individuais e dos antigamente chamados por aqui como “esportes amadores” nascem diamantes brutos, são lapidados e, com apoios aqui e ali, ascendem ao estrelato pelo próprio talento, times e seleções são entidades natimortas se não fizerem circular em suas veias, já no nascedouro, elos com o público que os italianos definem por “tifosi”, termo de difícil tradução, e que significa a amálgama entre o apaixonado e o objeto da paixão futebolística.

Quando mais de 50 mil pessoas vibram na mesma frequência que onze em campo, há a gênese de um relação maior, de uma marca étnica de relação entre o povo e uma de suas mais fascinantes expressões culturais, o futebol.

O futebol feminino, na épica classificação sobre a Austrália, parece ter encontrado, vez por todas, seu caminho no Brasil. Noves fora a falta de apoio à categoria pelos grandes clubes brasileiros, o foguetório nas madrugadas de todo o país e os gritos nas janelas após a defesa derradeira de Barbara, conjugado com o desespero da zagueira australiana Kennedy, fez o brasileiro sentir orgulho do seu futebol.

GRANDE MOMENTO – Foi, sem dúvidas, um dos grandes momentos desses Jogos Olímpicos até aqui, e o nascedouro de um elo de amor que, esperamos, transcenda à semifinal olímpica e a eventual final que o Brasil disputará.

A seleção feminina continua um exemplo de disciplina tática, senso de posicionamento e dedicação. Todas jogam por Vadão: Marta volta pra marcar, Formiga, 38, desarma nos minutos finais de uma extenuante prorrogação e as zagueiras Rafaelle e Mônica, frágeis fisicamente, se desdobram para marcar atacantes muito mais fortes.

Em momento algum o Brasil perdeu o padrão tático, houve pressão (29 chutes a gol) sem ceder contra-ataques em excesso, um ótimo indicador para uma semifinal que deverá ter o mesmo desenho, terça-feira contra a Suécia no Maracanã.

O final operístico, com Marta ajoelhada e Bárbara se desdobrando para salvar o gol da classificação australiana, que ficou no devir da meia Gorry, deu o tom. Se o ouro vier, certamente essa partida ficará entre as grandes do futebol. Da altura do que representa o futebol brasileiro, como tem sido desde a primeira fase cumprido por um time de gigantes do comprometimento.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

PMMG rebate acusações de ex-deputado detido e encaminhado à delegacia



Polícia Militar fala em coletiva sobre detenção de ex-deputado e rebate acusações

11/08/2016
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) convocou nessa quinta-feira (11) uma coletiva de imprensa para dar seu posicionamento publicamente sobre o caso que resultou na detenção do ex-deputado Irani Barbosa nessa quarta-feira (10) por suspeita de porte ilegal de armas em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Quem conduziu a coletiva na Sala de Imprensa da PMMG foi coronel Roberto Lemos, comandante da 2ª Região de Polícia Militar (RPM), área em que se deu a ocorência. 

Coronel Lemos rebateu as acusações feitas pelo ex-deputado estadual e candidato à prefeitura de ribeirão das Neves, a esposa dele e ex-prefeita, Gracinha Barbosa e seu filho, o deputado estadual Iran Barbosa. Na conversa com os repórteres, o comandante afirmou que se sente indignado com a tentativa da família Barbosa de manchar a imagem da corporação. “A PM tem 241 anos é composta de pessoas honestas e trabalhadoras, que muitas vezes sacrificam a vida até por aqueles que não merecem”, afirmou o coronel Lemos. 

Ele lembrou ainda que vêm sendo postada nas redes sociais na internet um série de acusações sobre uma “máfia do reboque” na qual a PM estaria envolvida, o que não condiz com a realidade pela corporação agir dentro da lei. A ação dos reboques são de responsabilidade do munícipio, bem como os leilões dos veículos que não são procurados em três meses, o que tornam os argumentos de acusação contra a PM impróprios, inadequados e contradizem as ações de ordem impetradas pela PM e pelos órgãos de Defesa Social da cidade de Ribeirão das Neves. “Temos realizado blitz diuturnamente, operações integradas que visam reduzir a criminalidade em geral, tanto que saímos em 2015 de 87% de crimes violentos para 31% em 2016. Não vamos aceitar ingerências nas nossas ações, não vamos permitir que políticas de qualquer espécie interfiram em ações legais”, comentou coronel Lemos. 

Ele ressaltou que a PM agiu dentro da legalidade para enquadrar Irani ou qualquer outro cidadão que estivesse nas mesmas condições: "Ele não tem porte de armas e por isso fica configurado crime", explicou Lemos. A PM registrou a ação em vídeos que já circulam na internet, com testemunhas no entorno do fato. Segundo o coronel Lemos, o militar que estava a frente da ocorrência chamou duas testemunhas e as imagens mostram o militar pegando a arma do porta-treco do veículo, abrindo-a para retirar o carregador e um cartucho que estava na câmara. 

“O delegado ratificou nossas ações, caracterizando o porte ilegal de arma de fogo, tanto que foi arbitrada a fiança dentro do que a lei prevê, o que demosntra a legalidade das nossas ações. Sobre as calúnias que estamos sofrendo, nós já estamos em contato com os assessores jurídicos e o Comando Geral da PM para nos defender da calúnia, injúria e difamação proferidas pela esposa do ex-deputado, e para que preste contas em juízo dessas atitudes impensadas”, 

O deputado teria ainda afirmado que pedirá a expulsão da corporação todos os 18 militares envolvidos no caso. Segundo Lemos, a afirmação causa vergonha por se tratar de deputado fazer “politicagem” com uma ocorrência policial. Segundo ele, um político não tem capacidade nem competência para tal pedido, até pela PM ter um regimento próprio que reza que para um militar ser excluído ele tem de ser submetido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), passar por uma sindicância, para então incorrer em uma expulsão. 

O CASO - A PM abordou Irani após um motociclista procurar os policiais e dizer que havia sido ameaçado pelo ex-deputado em uma discussão no trânsito em Justinópolis. Durante a abordagem, ele, então, teria se negado a abrir o carro para revista, exigindo a presença de seu filho, Iran Barbosa. Após aguardarem por cerca de 1 hora, ele chegou ao local e foi feita a busca no veículo, de propriedade de Irani. 

Dentro foram encontrados uma pistola beretta 635 sem registro com nove cartuchos intactos, um canivete de 10cm de lâmina e um soco-inglês. O deputado Iran Barbosa, filho de Irani, afirmou que a arma não pertencia a seu pai. O ex-deputado foi então encaminhado para a delegacia da cidade e questionou a conduta do policial no momento da busca dentro veículo, inclusive alegando ter filmado o momento em que ele acredita que o policial possa ter “plantado” a arma no veículo. 

Autor: PMMG

Se os preços sobem sem parar, porque só os salários não podem subir?



Charge do Nef, reprodução do Jornal de Brasília

Pedro do Coutto 

A pergunta que faço no título traz em seu conteúdo uma resposta ao pensamento conservador que, equivocadamente, identifica nos valores do trabalho a causa do desequilíbrio financeiro que atinge as contas públicas brasileiras. Não é nada disso. Delfim Neto, ex-ministro de vários governos do período da ditadura militar, não tem razão. Formulador de teorias, fracassou nas práticas que adotou. A realidade tem sempre razão.

Dito isso, acho que o ministro Henrique Meirelles está certo quando afirmou a Martha Beck, Daniel Farielo e Bárbara Nascimento, O Globo de quinta-feira, não ter ocorrido derrota política do governo na votação da Câmara na noite de quarta-feira, no episódio da renegociação das dívidas dos Estados para com a União.

Vejam bem. O texto original em votação previa o congelamento salarial pelo prazo de dois anos, não bastassem as perdas de 10,6% ocorridas em 2015, sem reposição até hoje. Tal dispositivo caiu e, logicamente teria caído. Basta ler a reportagem de Mariana Carneiro, Folha de São Paulo também de quinta-feira, com base nos dados do próprio IBGE relativos ao mês de julho. A inflação continua percorrendo um roteiro de alta.

INJUSTIÇA TOTAL – O que desejam os conservadores? Que os custos do combate ao ciclo inflacionário recaiam somente sobre os ombros dos trabalhadores e funcionários públicos? Injustiça total. Eles não participaram da avalanche de corrupção que abalou fortemente a economia brasileira. Não participaram nem do mensalão, tampouco do petrolão, mas – isso sim – sofreram as consequências. O desemprego é a melhor testemunha.

O tema foi também abordado por Cláudia Safatle na edição do Valor, que destacou a interpretação de Henrique Meirelles, que separa as figuras do reajuste e do aumento.

Reajuste é apenas para repor a inflação de um período. Aumento real, aí sim, é o percentual que ultrapassa o índice inflacionário. A limitação de aumentos reais está contida no projeto de lei que proíbe os governos federal, estaduais e municipal de elevarem suas despesas além da taxa de inflação verificada no exercício anterior. Tem toda lógica. E é portanto lógico que tal obstáculo inclua os vencimentos os servidores. Por quê não? Pensar o contrário é concordar com os aumentos de modo geral, desde que excluídos os salários. Não tem sentido.

De fato, a barreira relativa a todos os gastos, incluindo os de pessoal, já se encontra implantada na limitação à base da correção monetária no ano anterior. A única ressalva capaz de ser colocada não se destina a conter vencimentos. Ao contrário. É a de que só comece a funcionar depois de compensadas as perdas verificadas em 2015. Uma corrida de obstáculos nestes tempos olímpicos.

DAQUI A 20 ANOS – Falando-se em Olimpíada, temos que nos referir à maratona. É exatamente o percurso proposto pelo ministro Henrique Meirelles no ítem 9 da exposição de motivos referente ao projeto de emenda constitucional que o presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional.

O novo regime fiscal – está escrito lá – terá duração de vinte anos. Esse é o tempo que consideram necessário para transformar as instituições fiscais por meio de reformas que garantam que a dívida pública (hoje na escala de 2,9 trilhões de reais) permaneça em patamar seguro.

Logo, fica claro, o patamar de hoje não oferece segurança. Para chegarmos a ele temos que aguardar o desfecho de uma maratona de vinte anos. Não é pouco tempo.

Mas para Meirelles constitui o tempo real. Destruir é fácil, reconstruir é que é difícil.

Posted in P. Coutto

Operação Irmandade demonstra que a corrupção está generalizada no país



Charge do Junião (juniao.com.br)

Deu em O Tempo

A denúncia da Operação Irmandade, desdobramento da Lava Jato no Rio, mira o caixa 2 da empreiteira Andrade Gutierrez que teria abastecido esquema de corrupção instalado na Eletronuclear, no âmbito das obras da Usina de Angra 3. Executivos-delatores ligados à companhia relataram que o fundo de recursos financeiros ilícitos “era único e alimentava o pagamento de propina em diversas frentes”. Na lista de “frentes” estão, além da Usina de Angra 3, alvo da acusação da força-tarefa, a hidrelétrica de Belo Monte, as obras de estádios para a Copa do Mundo de 2014, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Ferrovia norte-sul.

Esta denúncia da Operação Irmandade investiga suspeitos de, sob orientação da Andrade Gutierrez, operarem esquema de propinas na Eletronuclear – Adir Assad, seu irmão Samir Assad, Marcello José Abbud, Mauro José Abbud e Sônia Mariza Branco.

“A investigação identificou, a partir da colaboração da Andrade Gutierrez, que os pagamentos de propina realizados em espécie para funcionários da Eletronuclear eram suportados pelo caixa 2 da empreiteira. Esse esquema de lavagem de dinheiro era sustentado na celebração de contratos fictícios e expedição de notas fiscais falsas com várias empresas, dentre elas pessoas jurídicas somente constituídas no papel, controladas pelos irmãos Adir Assad e Samir Assad”, aponta a denúncia.

MUITOS CRIMES – O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, recebeu a denúncia. A acusação atribui a Samir Assad 223 crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, além de organização criminosa. Os irmãos Assad são suspeitos de liderarem o núcleo financeiro operacional responsável por empresas de fachada que intermediavam o repasse de vantagens indevidas e geravam “caixa 2” para pagamentos de propina em espécie pela construtora Andrade Gutierrez a diretores da Eletronuclear na construção de Angra III.

“Integravam esse núcleo, em posição de destaque, Marcello Abbud e Mauro Abbud. Esses quatro acusados (Adir e Samir Assad, Marcello e Mauro Abbud) utilizaram durante anos uma cadeia de empresas de fachada especializada em fornecer recibos falsos e notas fiscais frias para grandes construtoras, sendo que na Operação Irmandade, foram usadas pela Andrade Gutierrez as empresas Legend Engenheiros Associados, SP Terraplenagem, JSM Engenharia e Terraplenagem e Alpha Taxi Aéreo Ltda”, aponta a acusação.

R$ 176 MILHÕES – De acordo com a Procuradoria da República, no Rio, essas empresas abasteceram o caixa 2 da construtora em mais de R$ 176 milhões, também usados para pagar propinas nas obras de estádios para a Copa do Mundo de 2014, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e da Ferrovia norte-sul.

A denúncia diz que o esquema “era e ainda é constituído por diversas empresas fictícias, algumas já baixadas e outras em franca atividade formal, numa sucessão de constituições societárias só no papel, para a venda de notas fiscais de serviços nunca realizados, a fim de permitir que grandes empreiteiras formassem uma milionária reserva de dinheiro não contabilizado para ocultar e dissimular o pagamento de propina a agentes públicos e políticos”.

Justiça proíbe Rio 2016 de alterar lugar marcado nos ingressos

12/08/2016 19h18
Rio de Janeiro
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

A juíza em exercício no Posto Avançado do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos, no Maracanã, Letícia D’aiuto de Moraes Ferreira, determinou, em decisão liminar, que o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos suspenda imediatamente a alteração de lugares marcados nos ingressos para acesso às arenas esportivas da Rio 2016.


Comitê Rio 2016 está proibido de mudar lugar marcado nos ingressos
Tomaz Silva/Agência Brasil

Segundo a juíza, a mudança só poderá ser feita em casos de comprovada necessidade para a segurança dos espectadores. “A decisão não envolve a hipótese em que a realocação de assentos visa à segurança dos presentes, diante da necessidade de evitar atos terroristas ou quaisquer outras ameaças”, de acordo com a decisão.

A magistrada destacou que existem reiteradas informações de venda de ingressos de assentos inexistentes e que isso já atingiu inúmeros consumidores que não puderam assistir às competições.

“A relevância do fundamento da demanda é evidente, pois se trata de evento desportivo de magnitude mundial, com a realização de diversas competições diariamente e milhares de espectadores.”

Em caso de descumprimento da decisão, o Comitê Rio 2016 terá que pagar multa diária de R$ 15 mil.

Procurado pela Agência Brasil, o Comitê Rio 2016 não se posicionou sobre a decisão da Justiça até o fechamento desta matéria.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Baby confirma aposta, esquece revés para astro e ganha 2º bronze olímpico

12/08/2016 17h17 - Atualizado em 12/08/2016 18h33

Por David Abramvezt e Richard Souza

Rio de Janeiro

"O Baby vai chegar. Ele sempre chega. O problema é pegar o Riner nas quartas. Se isso acontecer, ao menos ele vai atrás do bronze", diziam centenas de velhos e novos fãs do judô que já se sentiam órfãos, nesta sexta-feira à tarde, com o fim do último dia de disputa da modalidade no tatame da Arena Carioca 2. A previsão, baseada no histórico de medalhas do brasileiro nas principais competições, foi concretizada na tarde desta sexta-feira. Rafael Silva, o Baby, se reergueu horas após ser superado pelo astro francês Teddy Riner nas quartas de final, voltou com tudo para vencer na repescagem o holandês Roy Meyer. Pouco mais de 30 minutos depois, o peso-pesado conseguiu um yuko para derrotar, sem sustos, o uzbeque Abdullo Tangriev na disputa pelo bronze na categoria acima de 100kg. Como o mundo inteiro esperava, Riner conquistou com sobras o bicampeonato olímpico, ao bater na final o japonês Hisayoshi Harasawa. O israelense Or Sasson, vítima de Teddy na semi, dividiu o terceiro lugar do pódio com Rafael.É o segundo bronze seguido conquistado pelo sul-mato-grossense de 29 anos em Jogos Olímpicos. Ele também foi ao mesmo lugar do pódio em Londres 2012. Após um começo tardio na arte marcial, aos 15, Rafael, que ganhou o apelido de Baby porque era muito bonzinho e ficava calado no seu canto na academia de judô, se dá ao luxo de possuir além de dois bronzes olímpicos, duas medalhas em Mundial (prata e bronze).
Rafael Silva com o bronze (Foto: Agência Reuters)

- Estou muito feliz! Foi muita luta depois da minha lesão. Quero agradecer a todos que me ajudaram. Em casa é bom demais. A torcida pressionou o adversário, me ajudou a todo momento. Muito diferente ganhar essa medalha com a torcida. Eles me empurraram. Riner é um ícone do esporte. Privilégio lutar com ele, espero encontrá-lo em Tóquio 2020 - comemorou Baby, lembrando da lesão no músculo do tórax que o afastou do tatame por seis meses, entre julho do ano passado e janeiro deste ano.


A medalha do peso-pesado é a quarta do Time Brasil na Olimpíada do Rio e a terceira no judô, após o ouro de Rafaela Silva. e o bronze de Maria Aguiar. A primeira, de prata, veio no tiro esportivo, com Felipe Wu, na pistola de 10m. A láurea de Baby é a 22ª do judô nacional em Jogos Olímpicos, aumentando a vantagem da arte marcial de origem japonesa na disputa com a vela, que tem 17.

O grandalhão brasileiro de 2,03m e 170kg estreou na Rio 2016 com uma vitória extremamente fácil, por ippon, sobre o hondurenho Ramon Pileta. Também com um golpe perfeito, o mais pesado atleta da delegação brasileira nos Jogos despachou o perigoso russo Renat Saidov nas oitavas de final. Porém, o terceiro duelo dele na manhã desta sexta-feira foi o aguardado duelo contra o mito do judô mundial Teddy Riner, dono de oito títulos mundiais e atual campeão olímpico. O francês, que entrou no tatame da Arena Carioca 2 com uma invencibilidade de 109 lutas sentiu a força da pegada de Baby e o grande apoio da torcida, mas, com um wazari, acabou levando a melhor pela oitava vez em oito confrontos. A derrota mandou Rafael para a repescagem. Ele precisaria vencer duas lutas para ir ao terceiro lugar do pódio. Na primeira, o simpático atleta atuou muito bem taticamente e forçou duas punições do holandês Roy Meyer para sair vitorioso. Depois veio o triunfo sobre Tangriev, do Uzbequistão.

Pódio da categoria acima de 100kg no judô (Foto: Murad Sezer/REUTERS)
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/judo/noticia/2016/08/baby-confirma-aposta-esquece-reves-para-astro-e-ganha-2-bronze-olimpico.html
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Rafael Carlos da Silva (Rolândia, 11 de maio de 1987) é um judoca e militar brasileiro. Atualmente, ocupa a graduação de 3º Sargento no Exército Brasileiro.

Nos Jogos Pan-Americanos de 2011, Rafael Silva foi medalha de prata na categoria acima de 100 kg. Já no ano de 2012 o judoca foi campeão pan-americano de judô, em competição realizada no Canadá.

Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, ganhou a primeira medalha da história do Brasil nos jogos olímpicos para a sua categoria +100 kg, a medalha de bronze na categoria acima de 100 kg foi obtida com várias lutas indo ao golden score. Este resultado contribuiu para obtenção da melhor campanha do judô brasileiro da história em jogos olímpicos. Baby repetiu o feito nos Jogos Olímpicos de Rio 2016,conquistando novamente o bronze.
Wikipédia 

Justiça determina retirada de posts de perfil de candidato em Juiz de Fora

12/08/2016 17h08 - Atualizado em 12/08/2016 17h08

Do G1 Zona da Mata

O prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (PMDB), foi notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Depois de uma representação do Ministério Público, a juíza eleitoral Maria Cecília Stephan determinou a retirada de imagens, vídeos e símbolos alusivos à Prefeitura, do perfil do pré-candidato. A assessoria de Bruno disse que vai recorrer.

Na sentença, a juíza afirma "a necessidade de intervenção desta Justiça especializada para restabelecer a igualdade de oportunidade entre os concorrentes nas eleições". A decisão prevê multa de R$ 2 mil por dia, caso a medida não seja cumprida. 

Em nota, a assessoria de Bruno Siqueira informou que já fez a exclusão do material indicado, mas que vai recorrer, porque as postagens atendem ao que estabelece a lei eleitoral.

Primeiro caso
Na terça-feira (9), o candidato a prefeito de Juiz de Fora, Lafayette Andrada (PSD), foi multado em R$ 5 mil pela Comissão de Propaganda Eleitoral de Juiz de Fora, que acatou a representação do Ministério Público (MP) por propaganda eleitoral extemporânea, ou seja, antes do período determinado pela legislação. Foi a primeira condenação dentre os casos analisados pela Comissão na cidade. A defesa do candidato informou em nota que irá recorrer da decisão.

De acordo com o presidente da Comissão de Propaganda Eleitoral, juiz Edson Geraldo Ladeira, da 349ª Zona Eleitoral, a decisão foi tomada em 4 de agosto após a Comissão considerar válidos os argumentos apresentados pelo MP.

"Ele foi denunciado por colocar uma faixa em um endereço no Morro da Glória. A defesa alegou que o local abriga o comitê central de campanha, onde por lei, algumas prerrogativas diferenciadas são permitidas, como a colocação de propaganda em tamanho maior, desde que não configure um outdoor. No entanto, o candidato só poderia realizar tal ação a partir de 16 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral. Por isso, a representação foi acatada e a multa estabelecida", explicou.

Em nota enviada ao G1, a assessoria do candidato Lafayette Andrada informou que foram seguidas as normas estabelecidas pela Legislação para o período de pré-campanha, mas que o candidato foi julgado com base na legislação de um período que ainda não entrou em vigor.
"A defesa informa que irá recorrer da decisão porque considera que foi utilizada a legislação relativa à propaganda eleitoral para fundamentá-la, e o período de propaganda eleitoral somente terá início após o dia 16 de agosto", diz o texto.