sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Justiça determina liberdade para sargento da PM suspeito de tortura

23/10/2015 19h49 - Atualizado em 23/10/2015 20h34

Do G1 São Paulo
Preso exibe marcas no corpo (Foto: Reprodução/ TV Globo)

A Justiça mandou soltar nesta sexta-feira (23) o sargento Charles Otaga, preso na terça-feira (20) ao apresentar em uma delegacia de Itaquera, na Zona Leste da capital, um suspeito de roubo. O homem detido afirmou que foi torturado antes de ser levado à delegacia e que chegou a levar choques no pescoço, na região das costelas e no pênis. O delegado prendeu então tanto o suspeito de roubo como o policial militar.

O advogado do sargento, Manoel Wagner Gabriel Gomes, disse que seu cliente deverá ser liberado nas próximas horas.

De acordo com ele, um primeiro laudo sobre o rapaz preso não deu positivo para agressão proveniente de choque e um segundo laudo diz que não houve lesão no saco escrotal, apenas escoriações leves.

O habeas corpus foi impetrado por Gomes e pelo também advogado Euclides Rodrigues Pereira Júnior, com pedido de liminar em favor do sargento, preso em caráter preventivo.

Os advogados alegaram que o ato do juiz Cláudio Juliano Filho, que determinou a prisão preventiva, perpetrou constrangimento ilegal. Os advogados alegam que a promotoria ofereceu parecer no sentido do relaxamento da prisão em flagrante do sargento por ausência provas.

O desembargador Ronaldo Sérgio Moreira da Silva, da 13ª Câmara de Direito Criminal, relator do caso, argumentou que "a versão apresentada pela vítima de que foi submetida a choques restou negada pelo laudo de exame de corpo de delito, não tendo havido, de resto, apreensão de aparelhos usados para emissão dos tais choques nem da faca supostamente utilizada pelo policial para ameaçar o ofendido, de modo a tornar duvidosa a prova da materialidade do delito."

O magistrado comentou na decisão o atrito ocorrido entre a Polícia Militar e a Polícia Civil após o delegado mandar prender o sargento.

"Não se ignora o alarma social diante escalada de violência promovida pela criminalidade que grassa sobre esta metrópole, mas isso, é claro, não justifica e nem autoriza atuação da polícia de forma violenta, sem a devida necessidade, ausente o enfrentamento e fora dos limites legais. Outrossim, não se questiona a atuação do ilustre delegado de polícia, na medida em que, diante da notícia de crime e de aparentes vestígios de sua ocorrência, lavrou o necessário auto de prisão em flagrante, na busca do cumprimento estrito da lei, como deve acontecer em um estado democrático de direito."

Conflito
O caso levou até a frente do 103º DP outros policiais militares e familiares dos policiais envolvidos. O grupo protestou contra a prisão do sargento. Deputados ligados às polícias Civil e Militar também foram ao local. O delegado Raphael Zanon, que investiga o caso, acabou deixando a delegacia sob escolta durante a madrugada.

Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito Afonso de Carvalho Trudes confessou ter roubado uma loja de sapatos. Ele tinha uma arma de brinquedo, que foi apreendida. O criminoso contou que, após ser preso, os três policiais pararam a viatura na Avenida Luís Mateus. O sargento Charles Otaga, de 41 anos, foi o responsável por aplicar os choques, segundo o relato.

O suspeito disse ainda que outro policial pegou uma faca e que ela foi usada pelo sargento Otaga para ameaçá-lo. A tortura teria durado cerca de 15 minutos.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatou diversas lesões de natureza leve no jovem preso.

O advogado do sargento Charles Otaga à época, Fernando Pittner, falou que o ladrão disse inicialmente que a bicicleta usada por ele no roubo e que foi colocada pela polícia com o suspeito no carro da PM para levá-la à delegacia foi a causadora das escoriações. Tanto o detido como a bicicleta foram conduzidos no espaço reservado a presos.

Pittner disse ainda que os policiais só pararam o carro a caminho da delegacia para ajustar a posição da bicicleta.

Os outros policiais militares envolvidos na ação não foram detidos, mas serão investigados. A Secretaria da Segurança Pública, responsável pelas polícias militar e civil, afirmou que apura o caso.

NESSA CANOA FURADA - Fernando Gabeira

DEU NO JORNAL 23/10/2015

NESSA CANOA FURADA

“Como vai você/ assim como eu/ uma pessoa comum/ um filho de Deus/ nessa canoa furada/ remando contra a maré.” Esses versos de Rita Lee cantados por Marina Lima me vêm à cabeça neste momento da crise brasileira. Uma canoa furada remando contra a maré. Dois personagens centrais brigam pela imprensa. Dilma e Cunha estão numa gangorra. Se um deles parar de repente, o outro voa pelos ares.

Dilma pensa na queda de Cunha, ele pensa na queda dela. Nenhum dos dois parece capaz de realizar esse feito. Para derrubar Dilma é preciso um processo conduzido por alguém que não esteja envolvido no escândalo. Para derrubar Cunha é preciso um tipo de pressão que seus oponentes não fazem.

Na queda de Renan Calheiros, lembro-me bem de que ele não conseguia presidir sessões do Congresso porque os opositores não deixavam. Não sei se isso é possível na atual e sinistra correlação de forças na Câmara. No fundo, seria mais uma paralisia num quadro de desalento e grandes dificuldades econômicas. Esse impasse político faz da retomada do crescimento, ainda que em novas bases, uma outra canoa furada. Com todos os personagens centrais, Renan incluído, tentando se equilibrar, falta energia para pensar no país.

O projeto de Joaquim Levy passa pela CPMF. Mais uma furada. O imposto não será aprovado no Congresso, mesmo se usarem parte dele comprando deputados. Ninguém vende o próprio pescoço num momento em que os eleitores estão atentos. Levy sempre poderá buscar outros meios, como a Cide, de combustíveis, por exemplo. Mas, derrotado com a CPMF, teria força para esse novo movimento? Além disso, há as repercussões inflacionárias.

O ajuste possível e necessário para avançar não tem chance de ser feito. O clima político é de salve-se quem puder. Se fossem personagens de House of Cards, a série de TV americana, até que seria divertido ver o desenrolar de seu destino.

Não canso de lembrar: eles estão aqui, entre nós. Já vamos encolher este ano e em 2016. O número de desempregados cresce e isso é um tema ofuscado pela briga lá em cima da pirâmide.

Outro tema que passa batido são os impactos econômicos do El Niño. As chuvas provocam grandes estragos no Sul e a seca em muitas partes do Brasil é intensa. Pode faltar água nas metrópoles do Sudeste. Com a seca vêm as queimadas. Os incêndios em áreas de conservação em Minas cresceram 77%. São 421 focos. O governo do estado lançou um plano de emergência de R$ 8 milhões, mas os prejuízos são muito maiores e talvez o dinheiro seja curto. Se computamos os estragos das cheias, da seca e das queimadas, vamos nos dar conta de que estamos num ano de forte El Niño.

No Brasil é um El Niño abandonado. Não houve planejamento. Em Minas o procurador de meio ambiente, Mauro Fonseca Ellovitch, culpa a imprevisão do governo. Mas é um problema nacional. Quem vai cuidar do El Niño com tantas batalhas políticas pela frente?

O fogo comendo aqui embaixo e os malabaristas divertindo a plateia com seus saltos. O PT é o mais sofisticado deles. Resolveu se opor a Joaquim Levy.

Dilma arruinou o país e precisou de Levy para sanear as contas. De modo geral, isso ocorre em eleições, quando o perdedor deixa para trás uma terra arrasada. Mas o PT ganhou as eleições. Se tivesse perdido, ficaria mais confortável na oposição ao ajuste. Na ausência de um governo adversário, o PT coloca um adversário no governo. Sabendo que Levy propõe medidas duras e tende a fracassar, o PT estará com seu discurso em dia.

O movimento é mais sutil porque tenta atribuir todas as dificuldades do momento à política de Levy, mascarando o imenso rombo deixado pelo próprio governo. Duvido que Dilma e o PT não tenham combinado o clássico movimento morde e assopra. Tanto ela como o PT precisam de Levy: ela para acalmar os mercados e o partido para bater nele.

Outra figura polivalente para o PT é o próprio Eduardo Cunha. Derrubá-lo ou não derrubá-lo? É preciso um bom número de deputados do partido para assinar o pedido no Conselho de Ética. E um bom número para ficar calado, uma tática de não agressão. É preciso ser contra Cunha e trabalhar nos bastidores para mantê-lo. Enquanto encarnar a oposição no Parlamento, Cunha será apenas um roto falando do esfarrapado.

Em Estocolmo, Dilma alvejou Cunha, referindo-se ao escândalo: pena que seja com um brasileiro. É um pequeno malabarismo para reduzir o maior escândalo da História a um samba de um homem só. Ainda assim, os aliados acharam que foi um movimento de guerra. Talvez tenha sido inábil no quadro de um acordo de paz, em que ninguém derruba o outro.

Dilma foi à Suécia ganhar o Prêmio Nobel de inabilidade. Foi inspecionar os objetos mais caros que o Brasil comprará: os caças de US$ 4,5 bilhões. Nada contra a Aeronáutica nem contra os caças suecos. Vivemos na penúria perdendo empregos, lojas fechando, cortes de gastos. Recém-condenada pelo TCU por esconder um rombo no Orçamento, ela escolheu como gesto político reafirmar a compra dos caças. E nos deixou como consolo o corte de 10% no salário dos ministros.

Os tempos mudaram tão rapidamente que já não consigo entender a lógica das agendas presidenciais. Alguém deve ter dito: vamos dar uma resposta ao TCU posando diante dos caças suecos, isso levanta o ânimo da galera. Depois de pedalar, Dilma entra num caça. Recentemente, testou um carro sem piloto. Ela parece gostar de veículos, movimento. Amante da poesia mineira, corre o risco de parafrasear Drummond: no meio do caminho, havia um trator.

Para muitos, o processo ainda parece dar-se num universo distante e autônomo, como se fosse mesmo um programa de TV ao qual se pode assistir, mas não alterar o seu curso. Aos que não acreditam nisso, resta a esperança da ação, a certeza de que presidentes caem e sistemas políticos perversos como o brasileiro podem ser reformados.

Ainda que palhaços e malabaristas nos divirtam, será preciso botar fogo no circo.

http://www.luizberto.com/

Assédio a crianças na web deve ser denunciado; saiba como

23/10/2015 17h24
Brasília
Do Portal EBC

Comentários em redes sociais a respeito de uma criança de 12 anos, participante do programa Masterchef Junior, trouxeram à tona nesta semana, o debate sobre o assédio a meninas.

Usuários do Twitter postaram mensagens que incitavam a violência sexual contra a participante-mirim do programa de culinária. O debate cresceu nas redes sociais e o projeto Think Olga criou uma campanha, com a hashtag #primeiroassédio, para que mulheres narrem a primeira experiência de violência e, dessa forma, mostrem que o problema é bastante comum. 

A procuradora da República Priscila Costa Schreiner, coordenadora do Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal (MPF) paulista, entende que é necessário estimular as denúncias sobre assédio e apologia de violência contra crianças pela internet.

"A família deve preservar as provas, fotografar ou imprimir a página e denunciar atitudes como essa. Isso ajuda na investigação", recomenda a procuradora da república Priscila Costa Schreiner.

Segundo Schreiner, a tendência é que a família envolvida prefira deletar imediatamente as publicações, antes de encaminhar a denúncia ao Ministério Público Federal. Contudo, os procuradores recomendam sobre a necessidade de colher as provas e qualquer indício que possa ser visto como crime.

"As pessoas têm liberdade de expressão, mas isso tem limite", diz Priscila. Ela explica que, assim que uma denúncia chega ao MPF, o material é distribuído entre os procuradores. "Todos os casos são analisados pelo contexto das mensagens." A procuradora salienta que a incitação a abuso sexual de crianças pode ser entendida como apologia ao crime, denúncia que é encaminhada para a Justiça estadual.

De acordo com a assessoria do Ministério Público de São Paulo, um procurador regional foi destacado para analisar diferentes denúncias que chegaram até o final da tarde desta quinta-feira à procuradoria relacionadas ao caso da participante do programa Masterchef Junior.

Internet não é terra sem lei

O diretor de educação da ONG Safernet, o psicólogo Rodrigo Nejm, considera muito graves os comentários a respeito da garota de 12 anos. "Esses discursos agressivos que fazem apologia a sexo e à violência contra crianças são reflexos de uma cultura do estupro e do machismo."

Nejm conta que a Safernet tem um canal de denúncias anônimas que são encaminhadas à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. "É importante deixar claro que, na internet, as leis valem da mesma forma", ressalta. Ele acrescenta que devem ser repudiadas mensagens que tratam sobre alegação de consenso, com relação a menores de idade, na relação sexual. "Isso é considerado abuso de vulnerável. É crime também a conversa de teor sexual com crianças e adolescentes."

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê as situações de crimes, que incluem a posse e a distribuição de imagens de crianças com teor sexual. O psicólogo recomenda que ninguém compartilhe mensagens como essas, mesmo que seja para repudiar ou denunciar. "Essas pessoas que publicam mensagens ofensivas querem, na verdade, audiência a esses discursos. É importante não dar essa audiência".

Saiba onde denunciar crimes cibernéticos

Site da Safernet: mantido pela equipe da Safernet, o site recolhe denúncias anônimas relacionadas a crimes de pornografia infantil, racismo, apologia e incitação a crimes contra a vida, entre outros.

Canal do Cidadão do MPF: O Ministério Público Federal recebe denúncias de diferentes tipos. A pessoa pode optar por manter os seus dados sigilosos ou não. A Procuradoria-Geral da República recomenda aos cidadãos apresentarem o maior número de provas para que o processo possa ter mais agilidade.

Disque 100: Outro canal para realizar denúncias de casos de abuso ou violência sexual é o Disque 100, serviço coordenado pelo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. O Disque 100 funciona 24 horas por dia, as ligações são gratuitas e podem ser feitas de qualquer local no Brasil. A denúncia é anônima e as demandas são encaminhas para as autoridades competentes.

Dicas aos se deparar com um crime cibernético

1) Guarde todas as provas e indícios possíveis

2) Tire fotos das denúncias, "print screen" e imprima o material

3) Registre as denúncias com o maior número de detalhes

4) Não compartilhe ou replique comentários ofensivos ou que incitem ao crime

5) Crie uma rede de proteção às crianças vítimas de assédio, não permitindo que ela fique exposta aos comentários ofensivos nas redes sociais.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

DILMA SE FAZ DE “COITADINHA”, MAS É CULPADA DE TUDO E TEM DE SAIR


Francisco Bendl

Não aceito essas tentativas de livrarem Dilma do cadafalso, pois ela é a responsável pelo caos político, econômico e social, que nos encontramos! Não se pode isentar a presidente dos desmandos que acontecerem sob seu governo, diante de seu nariz, sob justificativa de que ela teria sido traída pelos companheiros e aliados de sua administração.

A questão não envolve somente a corrupção – como enfatiza João Pedro Stédile, defensor de Dilma continuar no poder – mas sua notória incompetência e falta de autoridade moral em face de suas mentiras e manipulações em dados econômicos (as famosas pedaladas), alterando substancialmente a realidade brasileira neste aspecto, para vencer as eleições de forma enganosa, deturpada, e ainda hoje há dúvida quanto à seriedade das apurações.

Ora, este é um comportamento que deve ser punido e com rigor, pois se espera de um governo exatamente o contrário, isto é, que aja com discernimento, austeridade, verdade e clareza. E Dilma sempre mentiu, adulterou os fatos, manteve permanentemente alianças espúrias, loteou várias vezes a Esplanada dos Ministérios, cercou-se de gente desonesta e corrupta. Portanto, não pode se explicar dizendo que os ladrões estão na cadeia ou processados. Isso é uma falácia, haja vista ser de sua responsabilidade direta a escolha de maus assessores e, consequentemente, as irregularidades por eles praticadas!

RESPONSABILIDADE

Dilma tenta de maneira sórdida e patética se livrar da responsabilidade de ser presidente da República, função que não lhe permite barganha, acordos, erros crassos, ilicitudes, e depois alegar que as providências estão sendo tomadas para erradicar os “malfeitos” praticados pelos outros.

Dilma é simplesmente culpada pelos nossos problemas insolúveis, inclusive de o Congresso ter dois presidentes envolvidos no petrolão, e com eles manter tratativas de se livrar do processo de impeachment, outra atitude condenável da presidente, que deveria se afastar desses dois corruptos e desonestos parlamentares.

Envolvida até a medula com esta política deletéria, negligenciou áreas de seu governo de fundamentais importâncias ao povo. Educação, Saúde e Segurança, simplesmente abandonadas e desprezadas pela presidente porque apenas preocupada consigo e seu mandato.

MUITOS DEFEITOS

Vaidosa, arrogante, prepotente, autoritária, incompetente e teimosa, Dilma está destruindo o Brasil e deixando o povo em situação de desespero, enquanto o sistema financeiro pratica juros de agiotagem explícita contra o cidadão e as empresas, cada vez mais endividados.

Além das ilegalidades e do uso de propinas para fortalecer a campanha eleitoral, a soma dos atos escabrosos, a incompetência, as mentiras, o péssimo sentido de escolha de pessoal para funções, importantes tanto para o primeiro quanto demais escalões, tudo isso mostra ser indispensável o impeachment, caso ainda haja interesse do povo em recuperar o País, desenvolvê-lo e obter melhores condições de emprego e possibilidade de progresso individual.

Desta forma, mesmo excluindo hipoteticamente a corrupção e a desonestidade que marcam o governo de Dilma Rousseff, ainda assim encontraríamos razões de sobra para dar um fim à sua malfadada, danosa e prejudicial administração.

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OPERAÇÃO FICA-DILMA – Planalto e Janot veem um novo caminho para derrubar Cunha da Presidência da Câmara

Por: Reinaldo Azevedo 23/10/2015 às 3:38

Olhem aqui: Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, pode até ter feito algum aceno para a presidente Dilma ao afirmar que ela talvez tenha pedalado, mas não por maldade… Pouco importa. O governo continua a querer o seu fígado, com o parlamentar ainda vivo, se é que me entendem…

Sílvio Costa (PSC-PE), vice-líder do governo na Câmara, que só faz o que o Planalto quer — e sempre berrando, com se fosse um jacobino de oposição —, entrou nesta quinta com uma representação da Procuradoria-Geral da República para afastar Cunha da Presidência da Câmara.

Isso é possível? É, sim! É falso que só a renúncia ou a cassação possam tirar Cunha do cargo, embora a terceira hipótese seja remota. Vamos ver.

Existe uma figura jurídica chamada “medida cautelar”. Aciona-se o Poder Judiciário — no caso em questão, há de ser o Supremo — para prevenir danos e garantir direitos, considerando que a urgência da decisão não pode esperar o desenlace do processo principal.

Rodrigo Janot já havia pensado nisso quando ofereceu ao Supremo a primeira denúncia contra Cunha. Ainda que não fosse estimulado por ninguém, como está sendo agora por Sílvio Costa, ele poderia ter entrado com uma ação cautelar para retirar do cargo o atual presidente da Câmara. Não o fez à época porque sabia que iria perder.

Sem a prova cabal da culpa de Cunha, e ela ainda não existia, e a evidência, também indubitável, de que ele estaria atrapalhando as investigações, dificilmente os ministros do Supremo destituiriam o presidente da Câmara. Nota à margem: em casos assim, não se trata de apontar a interferência de um Poder em outro. O Supremo tem o controle de constitucionalidade do ordenamento dos Poderes da República.

Notem: nem mesmo as razões alegadas por Sílvio Costa seriam o bastante para o Supremo afastar Cunha — o que soaria, desde já, como uma condenação, antes mesmo do julgamento. O STF não entraria nessa. Janot busca caminho ainda mais desmoralizante para o presidente da Câmara.

O procurador-geral da República está tentando reunir evidências de que Cunha usou seu cargo para obstruir a investigação. Se conseguir reunir provas cabais disso, é possível que recorra, então, usando o estímulo de Costa, a uma medida cautelar para destituir o presidente da Câmara.

Sim, parece evidente a esta altura, que Cunha não dispõe de muitos instrumentos para se defender, não é mesmo? Contra a acusação de manter contas no exterior, a melhor pior ideia que teve foi pedir ao Supremo sigilo nas investigações.

Mas que se note: nunca antes na história “destepaiz” se mobilizou tal arsenal contra um único político — talvez, antes dele, só Collor, mas nem assim… Naquele caso, ele era o “Planalto”; agora, como se vê, o Planalto, o PT, o Ministério Público Federal, a imprensa, as esquerdas… A cada dia, o deputado enfrenta uma nova agonia.

E fica um recado evidente, acho, sobre o qual muita gente vai refletir no futuro: ai daquele que resolver comprar briga com o Ministério Público Federal! E sorte daquele — não é mesmo, Renan, Lula, Dilma, Edinho etc. — que for, digamos assim, poupado por esse ente superpoderoso!

Cunha, reitero, deveria fazer logo a coisa certa. Pode adiar o destino certo, mas não evitá-lo.

Janot sabia muito bem o que estava fazendo quando decidiu criar a narrativa de que era ele a figura mais robusta do petrolão, uma farsa que pode custar a permanência de Dilma no poder sabe-se lá até quando e com quais consequências, sempre lembrando que países não fecham as portas. Vão degringolando, e não há um piso para isso.

É bom Cunha sair da monomania e fazer uma leitura mais realista do jogo. De resto, infelizmente, parece que ninguém precisou inventar nada sobre sua biografia.

Policial militar foi torturado e queimado em favela do Rio, diz criminoso preso

20/10/15 18:05 Atualizado em20/10/15 18:47 
Neandro, cujo corpo foi encontrado carbonizado na Via Light 
Foto: Reprodução/Facebook

Paolla Serra

Preso na manhã desta terça-feira, acusado de envolvimento em roubo de cargas, Lucas Silva de Oliveira, de 18 anos, afirma ter visto como o policial militar Neandro Santos de Oliveira foi capturado e morto, há uma semana, no Complexo do Chapadão, Zona Norte do Rio. Um exame na arcada dentária de um cadáver encontrado carbonizado na Via Light, na Baixada Fluminense, confirmou que o corpo é do soldado.
Lucas, que foi preso, nesta manhã, no Complexo do Chapadão

Aos agentes da Delegacia de Repressão do Roubo de Carga (DRFC) e da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), Lucas contou que Neandro foi vítima de um “bonde” de criminosos na Rua Alcobaça. Ele teria tentado fugir e foi capturado pelos traficantes, que o teriam levado para a comunidade, torturado e queimado o soldado.
Ele foi preso com outros cinco homens e dois menores de idade

De acordo com Lucas, cerca de 20 traficantes da maior facção criminosa do estado estavam em uma festa em comemoração ao dia das crianças, na comunidade Favelinha, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na noite de segunda-feira. Pelo radiotransmissor, bandidos informaram sobre a chegada de um veículo blindado do Bope na favela Final Feliz, no Complexo do Chapadão. Eles, então, retornaram para dar “apoio” e, na travessia entre o Chapadão e o Final Feliz, fecharam a Estrada Rio do Pau e, posteriormente, a Alcobaça.
O carro do militar, com marcas de tiros 
Foto: Rafael Moraes / Extra

Parado na fila de veículos que se formou na via, Neandro teria se assustado e tentando dar marcha a ré ao avistar os bandidos:

- Ele tentou fugir, os caras foram para cima palmeando o carro dele. Ele deu uma reação e deram uma reação nele.

Marcas de sangue também encontradas no carro do policial 
Foto: Rafael Moraes / Extra

O militar atirou em um dos criminosos e também foi baleado. Segundo Lucas, ele teria sido arrastado para o Chapadão, onde foi torturado e queimado ainda vivo.

Homicídio a facadas no Bairro Santa Cruz em JF

Avenida Dr Simeão de Faria

Nesta quinta- feira (22), por volta de 05h45min, policiais militares registraram a ocorrência de homicídio.

A equipe deparou com a vítima caída ao solo, após ter sido esfaqueada.

SAMU e Resgate compareceram ao local e prestaram os primeiros socorros, sendo que Douglas Fernando Rodrigues da Silva, 20, foi encaminhado ao HPS, onde não resistiu aos ferimentos, ocorrendo o óbito.

O autor seria um indivíduo da cor preta, aproximadamente 1,70 de altura, trajava blusa da cor cinza, calça e touca da cor preta.

Teria ocorrido uma luta corporal entre o autor e a vítima com motivações em transações comerciais (aquisição de aparelho celular e posse de um cão da raça Pitbull).

O autor das facadas, morador do bairro São Damião, conhecido pela alcunha de Herbert, teria cobrando uma dívida não honrada. Não foi localizado, mas teve os seus dados pessoais inseridos na ocorrência.

O fato foi gravado por câmeras do Sistema Olho Vivo e as imagens contribuirão nas investigações da Polícia Civil.

“Concurso Cultural Jovem Doador” – Curumins participam de campanha da Fundação Hemominas

JUIZ DE FORA - 22/10/2015 - 18:15
Notícias de: SDS

Visando promover a cultura de doação de sangue entre os jovens e sensibilizar a população sobre a importância do ato, as oito unidades dos curumins de Juiz de Fora estão participando do “Concurso Cultural Jovem Doador”. A ação é uma iniciativa da Fundação Hemominas, através do Hemocentro Regional, e tem como tema “Jovem Doador: A Doação de Sangue Como um Ato de Cidadania”.

Durante as últimas semanas, crianças e adolescentes se empenharam nas produções artísticas. São quatro categorias: redação, poesia, música e vídeo. “Começamos a mobilização com a exibição de dois vídeos educativos e explicamos as situações que levam uma pessoa a precisar de uma transfusão, como queimaduras, acidentes e cirurgias. Foi uma oportunidade de aliar conscientização e conhecimento”, relatou a pedagoga do Curumim de Benfica, Elisângela Silva.

Elisângela reforçou que o concurso despertou a criatividade e o envolvimento dos participantes em relação a importância da doação de sangue, ao mesmo tempo que incentivou a expressão das habilidades artísticas: “Eles ficaram muito empenhados e de imediato se prontificaram a passar a mensagem deles. O mais interessante foi a curiosidade despertada nos atendidos, que, apesar da pouca idade, já começaram a perguntar quando podem doar. Através deste trabalho socioeducativo, esta cultura é difundida dentro de casa, entre as famílias”.

O supervisor do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Leandro de Barros Ribeiro, defendeu que a parceria com a Fundação Hemominas não poderia ser mais pertinente: “O projeto ´Jovem Doador`vem ressaltar alguns dos temas que são bastante abordados nas nossas unidades, como a empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro, compreendendo sua situação, e a solidariedade. Na sociedade contemporânea, que muitas vezes privilegia o individualismo, atividades como esta contribuem para a educação social, quando incentivam o compartilhar e a preocupação com o bem estar do próximo". 

As produções serão avaliadas por uma banca e os vencedores de cada categoria anunciados em 10 de novembro.

O serviço

O Curumim é um serviço da SDS da PJF, que busca estimular a formação cidadã de crianças e adolescentes, através de práticas esportivas, artísticas e culturais. Além disso, são ofertadas duas refeições diárias e há espaço para os jovens estudarem. O trabalho é executado pela Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac). O município conta com oito unidades do projeto, localizadas nos bairros Bonfim, Vila Esperança, São Benedito, São Pedro, Santa Luzia, Jóquei Clube, Benfica e Vila Olavo Costa.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social, pelo telefone 3690-8314.
Portal PJF

Projeto "Algo em (In)Comum" de outubro tem como tema o câncer de mama

JUIZ DE FORA - 22/10/2015 - 18:16
Notícias de: SDS

A 5ª edição do Algo em (In)Comum traz para o Encontro na Roda um tema frequente no cotidiano: o câncer de mama. O evento, que aconteceu nesta quinta-feira, 22, abordou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, em apoio à campanha “Outubro Rosa”. Durante o debate, também foram destacadas as dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam com a falta de acessibilidade e, ainda, a importância da capacitação de profissionais da área de saúde para lidar com os diversos tipos de deficiência, como a surdez, por exemplo.

O Programa Algo em (In)Comum objetiva criar políticas públicas através das demandas apresentadas pelos participantes, em um trabalho de intersetorialidade com as demais secretarias. Ainda sobre o tema, a chefe do Departamento de Políticas para Pessoas com Deficiência e Direitos Humanos (DPCDH), Thais Altomar, alertou sobre mitos e verdades acerca do câncer de mama. "Muitas vezes, uma má interpretação de fatos relacionados ao câncer ou uma generalização de um caso isolado, acabam por fazer com que ideias e até mesmo crenças se apresentem como verdades", afirma.

O DPCDH recebeu – da Ordem dos Advogados/OAB Subseção Juiz de Fora e da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (Nova CAA/MG) – o modelo didático Mamamiga, que simula a glândula mamária feminina e as principais alterações que podem ser encontradas. A supervisora do DPCDH, Ana Paula Santos Machado, acrescenta que "com o material, as mulheres poderão aprender a prática correta e completa do autoexame das mamas, já que apalpar o corpo mamário é apenas um dos passos".

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social, pelo telefone 3690-8314 ou com a Amac, pelo 3690-7945.
Portal PJF

Maior devolução por ex-vereador supera R$ 100 mil

23 de outubro de 2015 - 08:43

POR TRIBUNA

A Tribuna teve acesso ao valor individual que deverá ser restituído aos cofres públicos pelos ex-vereadores da legislatura 1997-2000, após decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) (ver quadro). Ao todo, os parlamentares terão que devolver R$ 1.601.643,67. As irregularidades ocorreram durante as passagens dos ex-parlamentares Eduardo Freitas e Paulo Rogério dos Santos (morto em um acidente automobilístico em 2008) pela presidência da Câmara Municipal. A Tribuna tentou contato com os advogados Roberto Thomaz da Silva Filho e Regilaine Aparecida de Oliveira que acompanham o processo, no entanto, não foram localizados.


A determinação foi embasada em possíveis irregularidades identificadas em inspeção realizada no Legislativo, nas quais foi constatado que a Câmara Municipal pagou R$ 9.000,68 mensais aos vereadores e R$ 11.731,68 a seu presidente. Conforme a resolução municipal de 1996, a remuneração deveria ser de 75% do subsídio dos deputados estaduais (à época, R$ 7 mil) e pagamento de 1/30 por reunião extraordinária. O limite mensal do subsídio dos vereadores era, portanto, de R$ 5.250. Segundo os autos do parecer do Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais, “além do pagamento de subsídio-base, também a participação em sessões extraordinárias foi pago em valor superior ao devido.” Ainda cabe recurso da decisão, que integra processo em tramitação no TCE desde 2003.

Os valores mais altos a serem ressarcidos correspondem aos presidentes da Câmara em 1998 e 1999. Eles terão que devolver, cada um, R$ 106.746,84 recebidos a título de subsídio, ajuda de custo, participações em reuniões extraordinárias e verba de representação pelo exercício do cargo diretivo. Os menores valores correspondem aos subsídios de quatro suplentes, que ocuparam uma cadeira no Palácio Barbosa Lima por determinado período. Desses, Maria Luiza de Oliveira Novaes, deverá pagar o maior valor, de R$ 26.345,93 e Juracy Sheiffer o menor, de R$ 1.949,82.

Os cálculos apresentados pelo TCE apontam que os vereadores deveriam ter recebido R$ 70 mil no exercício de 1998 e outros R$ 70 mil em 1999. Contudo, os valores anuais chegaram a R$ 96 mil. Em dois anos, o total pago indevidamente a cada parlamentar somaria R$ 52 mil. Além disso, eles também teriam embolsado incorretamente R$ 18 mil nos dois anos, relativos a ajuda de custo sem previsão na resolução. Todos os valores estipulados na tabela pelo TCE foram devidamente atualizados, segundo o órgão.
Fonte: Jornal Tribuna de Minas