quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

PMs de São Paulo não podem mais prestar socorro a vítimas.

Edição do dia 09/01/2013
Desde terça-feira (8), os policiais militares de São Paulo não podem mais prestar socorro às vítimas. O procedimento dos policiais diante desses casos deve ser o mesmo tomado em acidentes de trânsito: chamar o socorro, isolar a área e esperar, junto com a vítima, a chegada do serviço de urgência.

Um assalto na Zona Sul de São Paulo na tarde de terça-feira. Depois de perseguir os ladrões, os policiais colocaram em prática as novas normas de socorro às pessoas baleadas.

Um cinegrafista amador acompanha o atendimento a um dos feridos. Ele fica deitado na calçada, enquanto pelo menos oito PMs estão em volta, mas não o socorrem. Eles isolam a área e esperam a chegada do carro de resgate, que demorou 23 minutos. O rapaz vai para o hospital de ambulância.

Agora, os policiais que atenderem casos de lesão corporal, homicídio ou tentativa, latrocínio e sequestro com morte devem chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU.

“O ideal seria que nós tivéssemos atendimento do SAMU ou resgate em todos os locais, de tal forma que em no máximo 10 minutos a pessoa pudesse ser socorrida. Na falta de uma ambulância do SAMU a tempo, essa pessoa corre o risco de morrer por falta de socorro. Esse é o grande problema”, afirma José dos Reis Santos Filho, sociólogo.

Antes da medida, os próprios policiais envolvidos em confronto levavam os baleados no carro da polícia. Foi o que aconteceu com o publicitário Ricardo Prudente de Aquino, em junho de 2012. Ele foi perseguido pela polícia no bairro onde morava e morto.

Se a pessoa ferida tiver sido baleada por criminosos, a regra é a mesma. Ela não poderá ser socorrida pela polícia, e o atendimento e os primeiros socorros terão que ser prestados pelo SAMU.

Segundo a polícia, a medida protege os feridos e o cumprimento da lei. “Primeiro a preservação do local do crime, que facilita o trabalho da Polícia Técnico-Científica. Como protocolo de atendimento, você preserva a vida e evita sequelas nas pessoas feridas. E você resguarda o trabalho policial. Nós queremos lisura no trabalho policial, não queremos dúvidas”, afirma Benedito Roberto Meira, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo.

Em novembro, o servente Paulo Batista do Nascimento foi tirado de casa, na Zona Sul, e baleado. Depois do segundo disparo, ele foi colocado no carro da PM, mas chegou ao hospital morto e com marcas de três tiros.

Por causa de casos como esse, a socióloga concorda com a medida. “O que pode reduzir o número de mortes por policiais é efetivamente poder esclarecer se houve ou não abuso por parte dos policiais”, ressalta Nancy Cardia.

Os confrontos não vão ser mais registrados como resistência seguida de morte. Pela nova resolução, a investigação será de lesão corporal ou morte decorrente de intervenção policial.

“Quem vai dizer se houve resistência ou não é a investigação, não é o nome que se dá no registro da ocorrência. O que não quer dizer que o policial cometeu homicídio nem lesão corporal. Isso pode ter sido legítimo, porque nós sabemos que há uma criminalidade violenta, que exige uma posição firme da polícia”, afirma Fernando Grella Vieira, secretário de Segurança Pública de São Paulo.

O homem que aparece ferido no início da reportagem foi levado ao hospital e não corre risco de vida. Os Bombeiros informaram que o atendimento demorou por causa do trânsito e da chuva.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - o SAMU - informou que a nova resolução não vai interferir nos procedimentos do dia a dia, e que tem equipamentos, recursos e pessoal suficientes para atender a demanda.
Fonte G1-SP

Advogado de Rose é um fenômeno: consegue que a companheira de viagens de Lula entre e saia da vara federal sem que ninguém veja.


quarta-feira, 09 de janeiro de 2013 | 07:32

Carlos Newton

Desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência em 2003, Rosemary Nóvoa Noronha é uma mulher poderosa e influente. Dez anos depois, apesar de indiciada em inquérito da Polícia Federal e com seus crimes já devassados pela Operação Porto Seguro, tendo perdido o emprego de chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo e depois de toda a sua família ter sido demitida do governo, mesmo assim ela continua poderosa.
Rosemary Nóvoa Noronha é uma pessoa tão importante que está sendo defendida por três advogados, sob coordenação do ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que desta vez, pasmem, não está cobrando nenhum tostão à sua cliente, trabalhando “pro bono “  (voluntariamente), como se diz no linguajar jurídico.
Um de seus advogados, o criminalista Celso Vilardi, realmente é um fenônemo em termos operacionais, com uma logística perfeita. Imaginem que ele conseguiu que Rose comparecesse à 5ª Vara Federal na segunda-feira e assinasse um termo de comparecimento, sem que ninguém a visse, filmasse ou fotografasse.
E não é a primeira vez que Vilardi consegue essa façanha. Quando Rose prestou depoimento, em dezembro, a imprensa só soube no dia seguinte. Agora, a próxima chance para entrevistar, filmar ou fotografar a companheira de viagens do ex-presidente Lula será no dia 21, que cai numa segunda-feira, quando ela terá de comparecer novamente à 5ª Vara Federal de São Paulo.
CUMPLICIDADE INTERNA
Relata o repórter Thiago Herdy, de O Globo, que “nesta segunda, Rosemary ficou cerca de dez minutos no prédio da Justiça Federal, segundo assessores da juíza Adriana Zanetti”. Esta notícia é furada, informaram erradamente ao excelente repórter, o primeiro a denunciar as irregularidades nas “consultorias” do ministro Fernando Pimentel.
Como Rose pôde entrar na Vara, sem que os jornalistas a vissem? E que negócio é esse de “assessores da juíza”? Onde já se viu juiz (ou juíza) ter “assessores”? Esse cargo não existe na primeira instância.
Para conseguir burlar a imprensa e evitar que os jornalistas sequer vissem Rosemary Novoa Noronha, com toda a certeza o advogado Vilardi está contando com a cumplicidade da 5ª Vara Federal de São Paulo. É impossível que alguém consiga entrar ou sair das dependências deste juizado sem ser notado. Não há explicação.
Portanto, o comparecimento de Rose à 5ª Vara Federal está sendo fraudado. Ela não está se apresentando ao juízo. Algum serventuário, cooptado pelo defensor dela, tem levado o termo de comparecimento para que Rose o assine, em sistema “delivery” (como o implantado no tráfico de drogas do Rio de Janeiro pelo governador Sergio Cabral, como parte do acordo com os traficantes para “pacificar” as favelas, conforme Helio Fernandes cansou de denunciar aqui no Blog da Tribuna. Mas isso é outro assunto).
No próximo dia 21, Rosemary Noronha terá de comparecer a juízo ou descumprirá a determinação da juíza Adriana Zanetti e poderá ser presa por desobediência a ordem judicial. Será que o ardiloso advogado conseguirá burlar a imprensa mais uma vez? E o que a juíza está achando disso tudo? Será que ela sabe que Rose não está comparecendo? Essa jogada não vai acabar bem, podem acreditar.
http://www.tribunadaimprensa.com.br/

Gurgel não se intimida com gritaria petista, e Ministério Público vai investigar Lula


09/01/2013
 às 6:31
Sete anos e meio depois de o escândalo do mensalão ter vindo à luz, a investigação daquelas safadagens finalmente chega perto de Luiz Inácio Lula da Silva, chefe inconteste do PT. Convenham: é por onde tudo deveria ter começado. O Ministério Público decidiu investigar Lula, tendo como base as acusações feitas por Marcos Valério. Segundo o publicitário, que operou o esquema do mensalão em parceria com petistas, o então presidente foi um dos beneficiários pessoais da lambança. Leiam trecho da reportagem de Felipe Recordo e Alana Rizzo, publicada no Estadão desta quarta. Volto em seguida.
*O Ministério Público Federal vai investigar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com base na acusação feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério, de que o esquema também pagou despesas pessoais do petista. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu remeter o caso à primeira instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado. Isso significa que a denúncia pode ser apurada pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em Brasília ou em Minas Gerais.
A integrantes do MPF Gurgel tem repetido que as afirmações de Valério precisam ser aprofundadas. A decisão de encaminhar a denúncia foi tomada no fim de dezembro, após o encerramento do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado a mais de 40 anos de prisão, Valério, que até então poupava Lula, mudou a versão após o julgamento.
Ainda sob análise do procurador-geral da República, o depoimento de Valério em setembro do ano passado, revelado pelo Estado, e os documentos apresentados por ele serão o ponto chave da futura investigação que, neste caso, ficaria circunscrita ao ex-presidente.
O procurador da República que ficar responsável pelo caso poderá chamar o ex-presidente Lula para prestar depoimento. Marcos Valério também poderá ser chamado para dar mais detalhes da acusação feita ao Ministério Público em 24 de setembro, em meio ao julgamento do mensalão. Petistas envolvidos no esquema sempre preservaram o nome de Lula desde que o escândalo do mensalão foi descoberto, em 2005.
(…)
No depoimento de 13 páginas, Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com “gastos pessoais” no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. O empresário relatou que os recursos foram depositados na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Nas palavras de Valério, Godoy era uma espécie de “faz-tudo” de Lula.
Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98,5 mil.
(…)
No depoimento, Valério disse que esse dinheiro tinha como destinatário o ex-presidente Lula. Ele, no entanto, não soube detalhar quais as despesas do ex-presidente foram pagas com esse dinheiro. Conforme pessoas próximas, Valério afirmou que esse pagamento ocorreu porque o governo ainda não havia descoberto a possibilidade de gastos com cartões corporativos.
Gurgel volta de férias na próxima semana e vai se debruçar sobre o assunto. A auxiliares, o procurador já havia indicado que seria praticamente impossível arquivar o caso sem qualquer apuração prévia. No fim do ano, a subprocuradora Cláudia Sampaio e a procuradora Raquel Branquinho, que colheram o depoimento de Valério, foram orientadas por Gurgel a fazer um pente fino nas denúncias.
(…)
VolteiA investigação vai chegar a algum lugar? Vamos ver. Ninguém, nem mesmo os petistas, acredita que uma operação daquele vulto tenha sido desfechada sem o consentimento e o estímulo do “chefe”. Segundo Valério, Lula sempre esteve no comando.
Em meados de setembro, reportagem  de capa de VEJA trazia o conteúdo das conversas que Valério mantinha com seus interlocutores: coincide, em grande parte, com o que conhecemos de seu depoimento ao Ministério Público.
Desde a reportagem de VEJA, os petistas deram início a uma verdadeira operação de guerra para blindar o Babalorixá de Banânia. “Não ousem tocar nele!”, gritem por aí, como se Ministério Público e Poder Judiciário existissem para satisfazer as vontades do poderoso chefão.
O trabalho de intimidação revelou-se, até agora, inútil. É evidente que as acusações feitas por Valério têm de ser investigadas. O Brasil não é a Venezuela. Não temos, não ainda, um caudilho acima da lei.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Atleta brasileira é eleita a melhor jogadora do mundo. Prêmio será entregue no dia 27 de janeiro, em Barcelona, antes da decisão do Mundial masculino

Publicado no Jornal OTEMPO em 09/01/2013
FOTO: KEVIN FRAYER/AP PHOTO - 13.8.2008
Inédito. Alexandra foi a primeira jogadora de handebol do Brasil a ser eleita a melhor do mundo

Basileia, Suíça. 
A ponta-direita Alexandra Nascimento, 31, conseguiu ontem um feito histórico para o handebol do Brasil ao ser eleita a melhor jogadora do mundo em 2012. Na votação da Federação Internacional de Handebol (IHF, na sigla em inglês), que contou com a participação de torcedores, jornalistas e especialistas da entidade, ela se tornou a primeira brasileira a chegar ao feito.

Para ficar com o prêmio, Alexandra precisou derrotar as outras quatro indicadas pela IHF, todas oriundas de países com mais tradição no handebol. Com 28% dos votos, ela ficou à frente da norueguesa Heidi Löke e da montenegrina Bojana Popovic, empatadas na segunda colocação, ambas com 24%, além da croata Andrea Penezic e de outra montenegrina, Katarina Bulatovic, empatadas em quarto lugar, com 12% dos votos.

Jogadora do Hypo, clube austríaco com o qual a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) mantém uma parceria, a ponta-direita já tinha sido eleita a melhor de sua posição na disputa da Olimpíada de Londres, ajudando a seleção a terminar na inédita sexta colocação. Antes, Alexandra havia se destacado no Campeonato Mundial de 2011, realizado no Brasil, quando foi artilheira da competição.

Ela admitiu a surpresa com a vitória na eleição. "Começamos o treino no clube e, de repente, o técnico parou e reuniu todas no meio da quadra. Com uma cara muito séria, ele disse que estávamos treinando com a melhor jogadora do mundo. Eu não podia acreditar. Fiquei tão emocionada, comecei a pular, a chorar e, depois disso, foi impossível seguir com o treino normalmente", comentou Alexandra.

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uso de drogas na área central preocupa comerciantes. Usuários de crack e álcool intimidam pedestres e motoristas

08 de Janeiro de 2013 - Juiz de Fora

Por Marcos Araújo e Bárbara Riolino

No meio da tarde, com sol a pino, dois homens e uma mulher consomem droga, próximo à esquina da Rua José Calil Ahouagi com a Benjamin Constant, no Centro. Seguindo a linha férrea até perto do Terreirão do Samba, outro homem sentado, em meio ao mato, atrás do muro que separa a via pública da ferrovia, também usa entorpecente. O cenário flagrado pela Tribuna pode ser observado no quadrilátero formado pelas ruas José Calil Ahouagi, Benjamin Constant, Professor Oswaldo Veloso e Deputado Oliveira Souza, além das vias Francisco Maia e Padre Júlio Maria, e já se estende para outras áreas da região central, como as margens do Rio Paraibuna. A preocupação é a transformação desses espaços ocupados por homens e mulheres, muitas vezes moradores de rua, em "cracolândias". No entorno da Calil Ahouagi também é possível constatar acúmulo de lixo em diversos trechos, que é provocado por carroceiros e catadores de papel na hora de selecionar o material. No muro rente à linha de trem há diversas marcas de vandalismo formando aberturas, tanto na parte de concreto quanto no alambrado, por onde usuários entram para utilizar droga.

Toda esta situação é agravada pela frequência de registros de agressões, furtos e assaltos como o ocorrido em setembro quando um adolescente de 17 anos foi agredido por um grupo de jovens, na José Calil Ahouagi. O rapaz foi encontrado caído na rua, inconsciente, com traumatismo craniano e escoriações pelo corpo.

À noite, o medo faz parte da rotina de motoristas e pedestres que precisam passar pelo cruzamento da Avenida Francisco Bernardino com a Rua Benjamin Constant. Conforme trabalhadores da área, os pedintes reúnem certa quantia e vão em direção ao Vitorino Braga, de onde retornam com crack. A droga normalmente é consumida na madrugada, na Rua Francisco Maia. "Podemos ver pessoas em atitude suspeita, brigas e tráfico de drogas. As árvores e os canteiros da rua são utilizados como esconderijo", diz um morador da Calil Ahouagi, 38. Outra moradora, 41, também reclama da sujeira deixada na rua. "É uma imundice que fica nas portas dos prédios e das lojas. Temos que limpar restos de urina e fezes para afastar o mau cheiro." Um frentista contou que, além de usuários de drogas, há os consumidores de bebidas alcoólicas. "Eles chegam aqui no posto com garrafas pets e pedem o álcool combustível. Eles dizem que misturam água no álcool da bomba para beber."

Sujeira, sexo e intimidação
As cenas de pessoas consumindo álcool e drogas também se repetem nas duas margens do Rio Paraibuna. Casais são flagrados fazendo sexo em plena luz do dia. A situação deixa moradores, comerciantes e pedestres inseguros, já que há suspeitas de que alguns desses indivíduos possam estar envolvidos em crimes de furto. A maior presença desses grupos se dá entre a Ponte Nelson Silva, no Bairro Poço Rico, Zona Sudeste, até a Ponte Arthur Bernardes, na Rua Halfeld, Centro. Entretanto, a mesma situação se prolonga até a Ponte Pedro Marques, no Manoel Honório, região Leste, na interseção das avenidas Rio Branco e Brasil. Além da sujeira, é possível encontrar latas utilizadas como fogareiro, colchões, roupas, restos de comida, carrinhos de supermercado, copos e garrafas. Durante a noite, nos semáforos ao longo da Avenida Brasil, também há pessoas pedindo dinheiro. Os sinais são ocupados por mais de um indivíduo. "Para os motoristas, é perigoso. Temo que o carro seja cercado e eles tentem nos render", reclama uma condutora, 25.

Trabalhadores e proprietários de estabelecimentos comerciais próximos a estas áreas ocupadas se dizem vulneráveis e cobram políticas tanto de segurança pública como assistenciais para que haja o resgate desses desassistidos. "Além do consumo de álcool, tem o uso de crack. É uma situação que deixa a gente com medo. À noite, eles saem da beirada do rio e vão dormir próximos às portas de aço do comércio do outro lado da rua", afirmou o proprietário de uma loja, 60. Uma funcionária, 48, do mesmo estabelecimento, se diz preocupada com o cenário que está se formando. "De tarde, com sol quente, já presenciei um casal fazendo sexo. Teve gente que quis chamar a polícia."

Entre as pontes Nelson Silva e Arthur Bernardes, um grupo sentado às margens do rio ocupa o espaço como se o local fosse uma casa improvisada, deixando muita sujeira, além de restos de caixas de madeira, cobertores e utensílios utilizados para fazer comida. O funcionário, 59, de uma loja que funciona em frente ao ponto, conta que já viu membros do grupo, munidos com cabo de vassoura, pedindo dinheiro para as pessoas que caminham na calçada. "Os pedestres ficam intimidados com o pedaço de madeira e acabam dando alguns trocados."

'Vamos ter que mudar de trajeto'
Um casal foi retirado pela Polícia Militar de dentro do Paraibuna, na tarde do dia 21 de dezembro. O flagrante foi feito na altura da Ponte Antônio Carlos (na Rua Carlos Otto), no Poço Rico. No momento do fato, os termômetros marcavam 28 graus. Ao que tudo indica, eles estariam tentando se refrescar do calor. Para quem pratica caminhada na calçada às margens do rio, no entanto, o caso precisa de intervenção pública. Uma secretária, 25, moradora do Bairro de Lourdes, que costuma caminhar pelo trecho, contou que foi abordada por uma mulher e ficou com medo. "Ela me pediu dez centavos, e eu disse que não tinha. Vi que ela estava com diversas outras pessoas, que estavam mais afastadas. Fiquei com medo de todos eles virem contra mim. A situação é horrível. Costumo passar aqui com minha amiga, mas está ficando perigoso. Vamos ter que mudar o trajeto."

Um auxiliar administrativo, 38, que também faz caminhadas, comentou que já foi abordado diversas vezes. "Eles sempre pedem dinheiro. Com medo, a gente acaba dando. Já observei que, depois que juntam certa quantia, eles se dirigem para as ruas que dão acesso aos bairros da redondeza. Pode ser que estejam indo buscar drogas ou até mesmo cachaça nos mercados próximos." Seguindo pela margem até a Rua Benjamin Constant, na Praça Doutor João Felício, no Vitorino Braga, as reclamações são semelhantes. Segundo comerciantes, todos os dias, é possível perceber a movimentação de pessoas que circulam entre a margem do Paraibuna e a praça, onde fazem o consumo de álcool. Geralmente, são homens e se dividem em duplas ou trios. "Sinto-me intimidada. Minha cunhada já foi agredida verbalmente por um deles, quando se recusou a dar dinheiro", disse a proprietária de uma loja nas imediações, 32. "Já não deixo dinheiro na loja, pois tenho medo de assalto." Outra comerciante, 30, que recentemente abriu um estabelecimento no local, também reclama do desconforto com a situação. "Eles ficam olhando e acompanhando nossa rotina. O esposo da minha sócia já precisou ficar um dia inteiro aqui para que nos sentíssemos mais seguras."

'Desapropriação do caráter de cidadão'
Na visão do psicólogo Michael Moura, problemas mentais, sociais e até particulares podem levar alguém a se tornar um morador de rua e, consequentemente, ter acesso ao álcool e outras drogas. "A maioria das pessoas que ficam às margens dos rios é usuária de álcool. Sem dúvida, esta é a droga mais utilizada, embora ela não destrua tão rápido quanto o crack. Geralmente, indivíduos associados ao tráfico de drogas procuram os lugares baixos das cidades, como as margens dos rios que, historicamente, são considerados 'submundos', por serem locais fáceis de esconder e dispensar as drogas. Estas condições propiciam outras práticas como prostituição, transporte de drogas, roubos, furtos e até o comércio destes itens. E, além disso, são locais utilizados também para o sexo e compartilhamento de drogas e bebidas."

Moura ressalta, ainda, que estes indivíduos sofrem da chamada "desapropriação do caráter de cidadão", por não conseguirem reestruturar os laços de utilidade perante à sociedade. 
"São pessoas que levaram muitas rasteiras da vida e não conseguem se levantar. Elas também optam por não possuir nenhum vínculo social e produtivo e escolhem viver do trabalho dos outros. É tanto sofrimento que não visualizam um futuro e fazem do álcool uma válvula de escape para esquecer os problemas", ressalta.

Resistência
A coordenadora do Centro de Referência para a População de Rua (Centro Pop), da Secretaria de Assistência Social, Alexandra Rossi, explica que a abordagem é feita diariamente pelas equipes do Centro Pop. Mesmo assim, os profissionais se deparam com a resistência em mudar de vida por parte dos abordados. "Manhã, tarde e noite vamos até estes locais para convencê-los de que existem outras opções de vida e que o município tem condições de oferecer encaminhamentos para a saúde e o mercado de trabalho. O problema é que elas não aceitam nenhum tipo de ajuda e alegam que querem viver desta maneira."

Alexandra ressalta que, mesmo diante das negativas, não há desistência por parte do Centro Pop. "Fazê-los aceitar a mudança é nosso desafio diário. Vamos voltar sempre e oferecer nossos serviços." Uma média de cem pessoas são atendidas por dia na unidade, onde são oferecidos dois lanches, um ticket para almoço no Restaurante Popular e encaminhamento para locais onde podem pernoitar. Outro serviço disponível é o de migração, o qual pessoas que não são de Juiz de Fora recebem passagens para retornar às suas cidades natais. Neste quesito, o Centro faz cerca de 80 atendimentos por mês. O serviço de abordagem pode ser solicitado pelo telefone 3690-7770.

Setores se mobilizam para traçar metas
Representantes da Polícia Militar, da SAS, do Núcleo do Cidadão de Rua, comerciantes e empresários participaram de reuniões com propósito de traçar metas de intervenção na Rua José Calil Ahouagi, durante o mês de novembro. Entre as decisões, ficou definido que a SAS encaminharia correspondência oficial a todas as partes responsáveis, solicitando providências, como a poda de árvores e retirada dos canteiros e bancos no trecho. Como aponta o capitão Jovanio Campos Miranda, comandante da 30ª Companhia, a PM deslocou patrulhamento fixo de bicicletas no entorno, além de realizar abordagens aos usuários do Núcleo e moradores de rua e encaminhamento para o Centro Pop. "Essas ações visam melhorar a sensação de segurança na região. A longo prazo serão desencadeadas ações conjuntas para a limpeza da área, que vive um momento de desordem, que não quer dizer falta de policiamento, mas sim de ações de diversos segmentos."

O militar enfatiza que a comunidade também pode colaborar com o patrulhamento por meio de denúncias ao 190 e ao disque 181. 
"Os moradores não devem dar dinheiro ou comida, porque essas pessoas devem ser encaminhadas para locais apropriados de assistência. Sabemos que há indivíduos que permaneciam no local somente para traficar. Já estamos atentos a essa situação e fazendo abordagens, além de realizar um trabalho de repressão qualificada, cujo foco é identificar os autores do tráfico."
http://www.tribunademinas.com.br/cidade/uso-de-drogas-na-area-central-preocupa-comerciantes-1.1212516

Residência assaltada na Vila Alpina

08/01/2013

Juiz de Fora - Rua Sebastião Costa
Nesta terça-feira(8), por volta das 02:10 h, a vitima,31, relatou que estava conversando com os autores na porta de sua residência, momento em que uma viatura da PM passou pelo local e efetuou as abordagens.
Quando a VP se retirou do local, os autores acusando a vitima de ter acionado a PM, passaram a ameaçá-la de morte.
Ato contínuo os indivíduos adentraram sua casa, um deles de posse de uma arma de fogo, subtraíram um aparelho DVD, um cavaquinho e R$ 230,00.
Um dos autores atenderia pela alcunha de "Toquinho".

8 conduzidos por tráfico de drogas ilícitas/ Apreendida uma Garrucha

Rua 5 de agosto, Vila Esperança ii 
Em 07/01/2013 - Segunda-feira - Juiz  de Fora
  
Durante Operação Policial o autor Ramon A. S. Nascimento, 18 anos, e três menores infratores foram surpreendidos comercializando drogas ilícitas. 
Um dos menores infratores assumiu a propriedade das drogas arrecadadas: 
- 14 pedras de crack e R$11,00. 
Na delegacia foi lavrado o APF para o autor e TCO para os menores infratores.

Rua Toscana Bosco Budini,  São Judas Tadeu
Durante a Operação "Batida Policial" o autor Rafael M.P,19, e três menores infratores foram abordados comercializando drogas. 
Um dos menores infratores assumiu a propriedade das 03 pedras de crack e do documento do veiculo GM,Monza de JF.
Na delegacia foi lavrado o TCO. 

Rua Professor Walquirio Seixas de Faria, Esplanada
Foi repassado para a Guarnição que um individuo teria abandonado uma arma de fogo nas proximidades de um escadão.
PMs localizaram uma garrucha de calibre 32, dois canos,oxidada, coronha de plástico de  cor preta com uma munição intacta. 
Encerramento na delegacia.

Três assaltos e 4 vítimas

Rua José Lourenco, São Pedro  
Em 07/01/2013- Segunda-feira
As vitimas,18 e 29, relataram aos PMs que no Campus da UFJF, realizavam uma caminhada e foram abordadas por dois autores, um deles portando uma arma de fogo.
Os indivíduos anunciaram o assalto e subtraíram:
- Vítima 1, 01 mochila preta, contendo 01 livro, 01 aparelho celular, Sansung, cor preta, Operadora Claro,  e R$20,00.
- Vítima 2, 01 pasta preta, 01 carteira com documentos pessoais, R$70,00, 01 aparelho celular da marca Motorola,cor preta. 
Os autores não foram localizados. 

Rua Dr luiz Paleta, Araujo 
A vitima,59, relatou que teve a bolsa roubada por dois individuo negros que usaram de forca física. 
No interior da bolsa havia uma folha de cheque preenchida no valor de R$ 477,00. 

Rua Custódio Lopes de Matos, Vila Esperança 
A vitima,35, relatou que transitava pelo local quando foi abordada por 02 indivíduos.
O autor,24, qualificado no BO, portava uma faca, anunciou o assalto e subtraiu R$100,00. 
No local foi apreendida uma bicicleta, que provavelmente pertenceria a um dos autores. 

Golpista causou prejuízo de 1.100 a idosa/PM apreendeu 4 máquinas caça-níqueis

08/01/2013 - Juiz de Fora
Avenida Barão do Rio Branco, centro 
Na tarde desta segunda-feira(7),a vitima,78, relatou aos PMs que foi abordada por um cidadão ao sair do banco.
O indivíduo teria solicitado os documentos pessoais e a quantia que ela havia sacado, haja vista ter havido um erro na retirada. 
O autor evadiu e não foi localizado. 
A vitima alegou que o autor se identificou como funcionário do banco.
Foram subtraídos o CPF e R$1.100,00. 

Rua Francisco Maia, Centro
Nesta segunda-feira(7), por volta das 20:20h, PMs apreenderam 4 máquinas caça-níqueis.
Três homens que se encontravam no interior da loja receberam voz de prisão em flagrante delito.
A Perícia se fez presente no local e na delegacia foi lavrado o TCO.