31/10/2012
Do Portal HD*
YouTube/Reprodução
Ingrid Migliorini vai receber R$ 1,5 milhão pela primeira relação sexual
O subprocurador-geral da República, João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho, quer a prisão do responsável pelo leilão no qual a virgindade da brasileira Ingrid Migliorini (Catarina) foi vendida por R$ 1,5 milhão. O mesmo homem, Justin Siseley, também é diretor de um filme que vai retratar a história da garota e de outro virgem "leiloado.
De acordo com Mello Filho, o caso se configura como aliciamento e tráfico de pessoas, sendo de responsabilidade da Justiça brasileira tomar as providências.
"Aliciar uma brasileira para se prostituir no exterior é crime, não há dúvida. A prostituição em si não é crime. Ela faz do corpo dela o que ela quiser. Não há a intenção de cercear a liberdade. O problema é que um produtor de TV está ganhando dinheiro em cima disso", declarou em entrevista ao Portal R7.
O subprocurador brasileiro afirma que Migliorini foi aliciada pelo australiano (Imagem: YouTube/Reprodução)De acordo com o subprocurador, o Ministério Público deverá ser acionado para que Siseley responda pelo crime. Existe a possibilidade de que o australiano venha ao Brasil juntamente com Migliorini, quando poderia ser detido.
O Ministério das Relações Exteriores chegou a ser notificado por Mello Filho para que o país solicite ao governo australiano a retirada do visto e a deportação da brasileira. Contudo, o órgão informou não ser responsável por tomar a medida. O Itamaraty também negou os indícios de tráfico de pessoas no leilão.
Documentário
A "experiência" da catarinense faz parte do documentário "Virgins Wanted", que conta a história de dois jovens antes e depois da primeira vez. Outro garoto que também vendeu a virgindade, o russo Alexander Stepanov, recebeu um lance do Brasil no valor de US$ 2.500 (cerca de R$ 6.000).
Segundo os produtores do filme, Catarina se entregará a um estranho a bordo de um avião que deve partir da Austrália ou Indonésia em direção aos Estados Unidos, para evitar problemas com as leis de algum país. Serão feitas muitas entrevistas antes e depois do ato sexual, mas o vencedor do leilão terá a opção de permanecer anônimo. O ato sexual não será filmado.
A moça também pretende usar o dinheiro para estudar medicina na Argentina. "Já estava até matriculada, mas decidi adiar e vou em 2013. Tenho 20 anos, sou responsável pelo meu corpo e não estou prejudicando ninguém", disse em entrevista à Folha de S.Paulo.
*Com informações do R7