sexta-feira, 1 de julho de 2016

Infelizmente, o juiz Moro não quer ser político, ninguém o venceria numa eleição

Charge do Paixão, reproduzida da Gazeta do Povo

Francisco Bendl

O entusiasmo com relação ao juiz Sérgio Moro, em nível nacional, demonstra a necessidade de haver líderes positivos, decentes, honestos, que demonstrem interesse pelo Brasil. Moro vem fazendo um trabalho até então inédito, que é condenar os ladrões de colarinho branco e expor a máfia reinante no Legislativo e Executivo, assim como os empresários criminosos que se associaram às quadrilhas que atuam travestidas de partidos políticos.

Por seu incessante trabalho patriótico, Moro obtém a admiração do povo e merece os aplausos que recebe por onde vai, sempre que é encontrado em algum local público. Surpreendentemente, não acontece o mesmo com o Supremo Tribunal Federal, que deveria apoiar plena e irrestritamente o juiz paranaense, ao invés de repreendê-lo e tirar parte de sua autoridade, em demonstração evidente de preservação de interesses e conveniências de autoridades, empresários e políticos.

FAMA E SUCESSO – Moro consegue ter mais fama e sucesso do que o ministro Joaquim Barbosa por ocasião do mensalão, quando o então presidente do Supremo também era ovacionado em todo canto, mas virou as costas ao povo quando decidiu renunciar ao apelo popular para se candidatar, se não à presidência da República, pelo menos a senador. Preferiu se aposentar precocemente.

O juiz Moro ainda é jovem, tem muito tempo de carreira pela frente e, certamente, não renunciaria à sua profissão para enveredar por esta política nojenta, da qual ele tem sido o necessário verdugo, e isso significa que ainda continuaremos carentes, sem ter um líder político em que possamos confiar, seguindo eternamente representados por corruptos e ladrões.

A DECISÃO DE TOFFOLI – A opinião pública tem todo o direito de ficar decepcionada e indignada com o procedimento do Supremo Tribunal Federal quando julga criminosos políticos, porque a impunidade nos decepciona, nos frustra, nos faz ver que a Justiça no Brasil é posta de lado e dá lugar aos interesses e conveniências pessoais.

A decisão de Toffoli significa uma agressão frontal aos servidores, aposentados e pensionistas que foram lesados pela quadrilha montada na pasta do Planejamento pelo ministro petista Paulo Bernardo .

Desse jeito, de pouco adiantarão os extenuantes trabalhos do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça de primeira instância, se no Supremo há ministros que acobertam esses crimes contra o povo e libertam um político flagrantemente corrupto, com provas abundantes contra ele. Fica demonstrado que o STF está disposto a defender o sistema que Executivo e Legislativo implantaram para sangrar o Brasil e beber o sangue do povo até a última gota, atuando como vampiros da economia popular.

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