JUIZ DE FORA - 23/10/2015 - 18:50
Notícias de: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Quem passou pelo Calçadão da Rua Halfeld na manhã desta sexta-feira, 23, foi surpreendido por uma intervenção artística inusitada. Mais de 200 alunos de dez escolas da rede municipal de ensino apresentaram números temáticos de dança preparados para a quarta edição da atividade “Dança da Escola no Calçadão”. A proposta, que movimentou o espaço urbano, integrou a programação da 7ª Mostra Estudantil de Arte, que teve início nesta quinta-feira, 22, realizada pela Secretaria de Educação (SE) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).
A intervenção foi incentivada e organizada pelo Departamento de Planejamento Pedagógico e de Formação (DPPF), junto às unidades de ensino, que desenvolveram danças contemporâneas com os estudantes. Este ano foi sugerido aos professores que, junto com os alunos, levassem para a rua aquilo que eles entendessem como algo que interfere ou incomoda o cotidiano do centro urbano. “Foram pesquisados os movimentos cotidianos que podiam se transformar em dança. Os alunos é que determinaram o movimento, sob a orientação dos professores”, explicou a chefe do DPPF, Iêda Loureiro.
A partir daí, objetos ganharam movimentação poética e foram incluídos para compor os movimentos, surgindo as diversas formas de expressão corporal. Herbert Hischter, professor de dança da Escola Municipal (E.M.) União da Betânia, levou 24 alunos da escola para participarem da dança: “Nossa intervenção é para destacar as próprias mesas dos bares que temos no Calçadão, que, por vezes, atrapalham o fluxo de pessoas, principalmente no horário de pico. Toda a construção coreográfica e corporal faz parte desse contexto, dos frequentadores dos bares”.
Monique Souza de Oliveira, professora de dança da escolas municipais “Jesus de Oliveira” e “Professora Núbia Pereira de Magalhães”, também levou os alunos a pesquisarem sobre o que pensavam de interferência no cotidiano do espaço urbano. Os estudantes da “Jesus de Oliveira” representaram as obras que atrapalham o fluxo de pessoas e que, por vezes, tem as marcações feitas por fitas. Utilizando a dança para expressar essas situações, as crianças faziam formas geométricas com o corpo e a fita. Já os alunos da E.M. “Núbia Pereira” levavam à conscientização, observando o cuidado que todos devem ter com o lixo dispensado de forma indevida.
Os alunos se divertiam com o fato de se apropriarem de um novo espaço por meio da dança. Júlia Santos, aluna da E. M. “Dante Jaime Brochado”, observou positivamente a ação: “Está sendo muito bom participar. Eu já dancei outras vezes e no começo ficava com vergonha, mas agora não. Nossa escola apresentou uma proposta diferente: nós dançamos usando o celular, que não é comum”. A professora de dança da unidade, Michelle Netto Luiz, destacou que o objetivo foi “mostrar que o celular e a tecnologia também estão inseridos na dança, com a nossa movimentação cotidiana”.
Bruno Bergo, funcionário de uma loja, contou que nunca havia se deparado com uma intervenção deste tipo: “Primeira vez que vejo uma apresentação assim, e foi muito bacana e divertida, principalmente com a interação dos alunos com os objetos cotidianos, como o saco de lixo e a sombrinha. A inclusão dos alunos deficientes também foi muito importante”, ressaltou. Fabiana Marques, operadora de máquina, que passava pelo local, parou para observar atentamente: “Todos estão de parabéns. O trabalho me chamou atenção e parei para olhar. Apoio este tipo de ação”.
As escolas que participaram do evento foram: Centro de Educação de Jovens e Adultos “Dr. Geraldo Moutinho” – CEM (Centro); E.M. “Carlos Drummond de Andrade” (Nova Era); E.M. “Manuel Bandeira” (Nossa Senhora Aparecida); Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - Apae (Santa Terezinha); E.M. “Amélia Mascarenhas” (São Bernardo); E.M. “Antonino Lessa” (Santa Efigênia); E.M. “Jesus de Oliveira” (Ipiranga); E.M. “Professora Núbia Pereira de Magalhães” (Santa Cruz); E.M. “Dante Jaime Brochado” (Santo Antônio); E.M. União da Betânia (Granjas Betânia).
* Informações com a Assessoria de Comunicação da SE, pelo telefone 3690-8497.
Portal PJF
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