domingo, 30 de outubro de 2016

Em Juiz de Fora, mesmo não sendo o ideal, Bruno foi reeleito


Bruno Siqueira (PMDB) está na frente na disputa pela prefeitura de Juiz de Fora. Com 46,16% das urnas apuradas, o atual prefeito conta com 59,24% dos votos, enquanto sua adversária Margarida Salomão (PT) registra 40,76%. Brancos somam, até o momento, 3,50%, nulos 10,65% e abstenções 23,63%.

Na maior cidade da Zona da Mata, com 395,4 mil eleitores, a corrida eleitoral foi marcada pela rejeição ao PT. 

Pelo segundo mandato e pela manutenção da hegemonia de seu partido, que governou o executivo de Juiz de Fora em 30 dos últimos 40 anos, Bruno não poupou críticas ao modelo de gestão do Partido dos Trabalhadores.

Já Margarida Salomão, deputada federal e ex-reitora da UFJF, se concentrou em mostrar os benefícios que sua legenda trouxe para o município. De acordo com a candidata, várias obras feitas em Juiz de Fora, nos últimos anos, foram realizadas com recursos repassados pelos governos Lula e Dilma. 

No primeiro turno, Siqueira teve 39,07% dos votos válidos (103,8 mil) contra 22,38% de Margarida (59,6 mil).


Resultado completo da eleição para prefeito:
Bruno Siqueira (PMDB):  151.194 (57,87%)
Margarida Salomão (PT): 110.059 (42,13%)
Votos apurados: 305.422
Válidos: 261.253 (85,54%)
Brancos: 11.556 (  3,78%)
Nulos: 32.613 (   10,68%)
Abstenções: 90.003 (22,76%)
Fonte G1 Zona da Mata

A milícia de Renan Calheiros e o abuso de poder

O jurista Modesto Carvalhosa bate pesado em Renan

Modesto Carvalhosa
Estadão

A prisão, no recinto do Senado Federal, do chefe da sua milícia – o Pedrão – e três de seus companheiros põe à mostra até que ponto os donos daquela Casa, nas últimas décadas, a tornaram um feudo para a prática de grandes crimes e de refúgio de notórios corruptos. Para tanto os sucessivos presidentes do outrora respeitável Senado da República formaram uma milícia, totalmente à margem do sistema constitucional, a que, pomposamente, denominaram “Polícia Legislativa”, também alcunhada de “Polícia do Senado”.

Não se podem negar a esse agora notório exército particular relevantes trabalhos de inteligência – do tipo CIA, KGB –, como a célebre violação do painel de votações daquele augusto cenáculo, ao tempo do saudoso Antônio Carlos Magalhães e do lendário José Roberto Arruda, então senador e depois impoluto governador do Distrito Federal.

VARREDURAS – E nessa mesma linha de sofisticação tecnológica a serviço do crime – agora de obstrução de Justiça – a milícia daquela Casa de Leis promove “varreduras”, nos gabinetes e nos solares e magníficos apartamentos onde vivem esses varões da República, a fim de destruir qualquer prova de áudio que porventura possa a Polícia Federal obter no âmbito das investigações instauradas pelo STF.

Acontece que o poder de polícia só pode ser exercido pelos órgãos instituídos na Carta de 1988, no seu artigo 144, e refletidos nos artigos 21, 22 e 42, dentro do princípio constitucional de assegurar as liberdades públicas. Assim, somente podem compor o organograma da segurança pública constitucional a Polícia Federal (incluindo a Rodoviária e a Ferroviária) e as Polícias Civis e Militares dos Estados (incluindo o Corpo de Bombeiros).

POLÍCIA EM TODO CANTO – Nenhum outro corpo policial pode existir na República. Se não fosse assim, cada órgão de poder criaria a sua “polícia” própria, como a que existe no Senado. Também seriam criadas tais forças marginais nos tribunais superiores e nos Tribunais de Justiça dos Estados, nas Assembleias Legislativas, nos Tribunais de Contas, nas Câmaras Municipais, cada um com seu exército particular voltado para contrastar e a se opor aos órgãos policiais que compõem o estrito e limitado quadro de segurança pública estabelecido na Constituição.

Cabe, a propósito, ressaltar que todos os órgãos policiais criados na Carta Magna de 1988 estão submetidos à severa jurisdição administrativa do Poder Executivo, da União e dos Estados, sob o fundamento crucial de que nenhum ente público armado pode ser autônomo, sob pena de se tornar uma milícia. Nem as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – fogem a essa regra de submissão absoluta ao Ministério da Defesa, pelo mesmo fundamento.

RENAN, O OUSADO – E não é que vem agora o atual chefe da nossa Câmara Alta declarar textualmente que a “polícia legislativa exerce atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento do Senado”? Vai mais longe o ousado presidente do Congresso Nacional, ao afirmar que o Poder Legislativo foi “ultrajado” pela presença, naquele templo sagrado, da Polícia Federal, autorizada pelo Poder Judiciário. Afinal, para o senhor Renan, o território do Senado é defendido pela chamada polícia legislativa. Ali não pode entrar a Polícia Federal, ainda mais para prender o próprio chefe da milícia – o Pedrão.

E com esse gesto heroico o preclaro chefe do Congresso Nacional proclama mais uma aberração: o da extraterritorialidade interna.

Como se sabe, a extraterritorialidade é concedida às embaixadas estrangeiras que se credenciam num país e ali têm instalada a sua representação diplomática. Trata-se, no caso, da extraterritorialidade externa, que garante a inviolabilidade da embaixada e a imunidade de jurisdição de seus membros, em tempos de paz e de guerra.

CAUDILHO DO SENADO – Mas não para aí a extraterritorialidade interna proclamada pelo grande caudilho do Senado. As palacianas residências e os apartamentos dos senadores e senadoras tampouco podem ser violadas pela Polícia Federal. Trata-se de um novo conceito de Direito Internacional Público inventado pelo grande estadista pátrio: a noção de extraterritorialidade estendida. Ou seja, o domicílio de um representante do povo é incólume às incursões da Polícia Federal autorizadas pelo Poder Judiciário.

Foi o que ocorreu em agosto, quando o ilustre marido de uma senadora do Paraná foi preso na residência do casal e dali foram retirados documentos comprometedores. A reação foi imediata: marido de senadora, estando na casa onde com ela coabita, não pode ser ali preso, pois se trata de espaço extraterritorial interno estendido!

E assim vai o nosso país, que não para de andar de lado em matéria de instituições republicanas. E o fenômeno é impressionante. Basta o sr. Calheiros declarar que o território do Senado é inviolável para que a tese seja acolhida por um ministro do Supremo, numa desmoralização do próprio Poder Judiciário, que se autodesautoriza, na pessoa do ilustre magistrado de primeiro grau que acolheu as providências da Polícia Federal no território livre do Senado Federal.

PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS – E, last but not least, o senhor das Alagoas, não contente com o reconhecimento da legitimidade de sua milícia e da extraterritorialidade interna, por força do despacho do ministro Teori Zavascki, propõe-se, com o maior rompante, próprio dos destemidos senhores medievais, a cercear as atividades da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário, sob a égide do abuso do poder, para, assim, livrar-se, ele próprio, e liberar dezenas de representantes do povo no Congresso do vexame das “perseguições políticas” que se escondem nos processos por crime de corrupção, que nunca praticaram, imagine!

E vivam o foro privilegiado, a futura Lei de Abuso de Autoridade e os demais instrumentos e interpretações, omissões e postergações do STF, que, cada vez mais, garante a impunidade desses monstros que dominam o nosso Congresso Nacional, sob o manto de lídimos representantes do povo brasileiro. Que vexame, que vergonha!
(artigo enviado pelo advogado João Amaury Belem)

JF - Homem é agredido por grupo e leva tiro na mão

Rafaela Carvalho 
29 Outubro 2016 11:46

Um homem de 39 anos procurou atendimento médico no HPS na tarde dessa sexta-feira, 29, após ter sido agredido por um grupo de sete homens. 

De acordo com relatos do homem à polícia, ele teria se envolvido em uma briga no bairro Vila Olavo Costa, região Sudeste, na manhã daquele dia. Na ocasião, ele foi ferido com um corte no pescoço, mas não informou o motivo da briga. 

Ainda de acordo com o relato, durante a tarde, no mesmo dia, ele estaria transitando pelo local da briga quando foi surpreendido por sete indivíduos, que começaram a agredi-lo com socos e chutes. O homem desmaiou e, quando acordou, constatou que levou um tiro na mão direita. Ele não soube apontar a autoria do crime, assim como o motivo do mesmo.

Diário Regional - Juiz de Fora 

Mulher morre após homem atirar contra pessoas em restaurante

Rafaela Carvalho 29 Outubro 2016 20:32

Atualização às 21h01 de 29/10/2016

Uma mulher morreu no início da noite desse sábado, 29, após um homem entrar em um estabelecimento comercial, na Avenida Governador Valadares, no bairro Manoel Honório, zona Leste, e atirar contra as pessoas que estavam no local. 

As informações são da Polícia Militar (PM). De acordo com o Registro de Evento de Defesa Social (Reds), o homem entrou no restaurante e atirou com um revólver de calibre 38, ferindo um homem e vitimando a mulher. Ele foi detido e a arma utilizada no crime foi apreendida. Ainda segundo a PM, há suspeita de que outros indivíduos estavam envolvidos na cobertura do crime.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, momentos antes do fato teria havido uma troca de tiros entre integrantes de gangues rivais, e uma das pessoas envolvidas teria entrado no restaurante para se abrigar. Os indivíduos que atiravam, no entanto, seguiram-na e entraram no restaurante. A vítima fatal era esposa do proprietário do restaurante, e, além do homem que ficou ferido, uma criança de 11 anos também teria sido atingida de raspão. O homem foi socorrido pelo Samu em estado grave. As idades da mulher e do homem ferido ainda não foram divulgadas.

Diário Regional - Juiz de Fora

Trio é detido com arma e drogas após denúncia anônima em Juiz de Fora

29/10/2016 12h00 - Atualizado em 29/10/2016 12h00

Do G1 Zona da Mata

Drogas, arma e munição foram apreendidos pela PM no Bairro São Benedito 
(Foto: Polícia Militar/ Divulgação)

Dois jovens de 18 anos e um adolescente de 17 foram detidos na noite de sexta-feira (28) em Juiz de Fora. Eles foram flagrados embalando drogas em uma casa no Bairro São Benedito. A Polícia Militar (PM) chegou ao local após denúncia anônima que também informou que o trio estaria armado.

De acordo com a PM, assim que perceberam a chegada da viatura, fecharam a porta e apagaram a luz do imóvel. A equipe entrou e localizou um dos envolvidos na cozinha e dois dentro do guarda-roupas em um dos quartos.

Os policiais encontraram duas pochetes jogadas no terreno abaixo da janela. Dentro delas estavam 25 pedras de crack, seis papelotes de cocaína prontos para venda, quantidade de cocaína a ser embalada, um revólver calibre 38 com três munições intactas e uma picotada.
Foram apreendidos R$ 40 e materiais para pesagem e embalagem da droga.

O caso foi encaminhado para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil, no Bairro Santa Terezinha.

sábado, 29 de outubro de 2016

Projeto Sons do Silêncio ensina surdos a tocar instrumentos musicais no Recife

29/10/2016 15h37
Recife
Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil
Projetos Sons do Silêncio teve início em julho de 2015
Sumaia Villela/Agência Brasil

As buzinas e vozes do centro do Recife vão sumindo conforme os passos avançam na escada do velho Edíficio Almare, na Avenida Guararapes. No segundo andar, o barulho dá lugar à melodia de instrumentos musicais. A sala, quase no fim do corredor, tem grandes janelas de vidro e um quadro negro com partituras desenhadas a giz. Ajudada pela luz, as notas, desafinadas ou harmoniosas, transformam a aula de música em um ambiente tranquilizador. Mas ali, o professor e a repórter são praticamente os únicos que são embalados pela prática dos alunos. A maior parte dos estudantes nunca vai ouvir os acordes que praticam, porque eles são surdos.

No Instituto Inclusivo Sons do Silêncio, a música tem um significado diferente para a turma. Os alunos sentem na pele, no peito, assim como os ouvintes. Mas não no sentido figurado. Literalmente, por meio da vibração. Grave ou agudo, dó, ré, fá, sol, todas as notas e timbres vibram para eles e constroem a memória musical dos participantes do projeto, que teve início em julho de 2015.

Dayvinson Leandro tem aula de trompete no projeto Sons do Silêncio
Sumaia Villela/Agência Brasil

Dayvinson Leandro, 29 anos, costumava "ver" desenhos, quando era criança, com a mão na televisão, para sentir a emoção do inatingível som. Até hoje ele usa o método. Edson Alves, 22, gosta de ficar próximo à caixa de som, na igreja onde o pai é pastor, para provar um pouco da empolgação dos fiéis, que batem palmas, se agitam e cantam juntos.

Foi essa capacidade de “sentir” o som que o radiologista Dean Shibata, da Universidade de Washington, descobriu ser diferente em pessoas com deficiência auditiva. O cientista revelou que a área do cérebro dos ouvintes que percebe a música é a mesma com que os surdos percebem a vibração. E foi essa pesquisa que levou o músico profissional e pedagogo Carlos Alberto Alves, o Carlinhos Lua, 47 anos, a tentar derrubar um tabu: o de que surdos conseguiriam apenas tocar instrumentos de percussão.

“Eu estava fazendo pesquisa no curso de pedagogia, e escutei um professor dizendo que o surdo não poderia tocar violino. Que saxofone era impossível. Que o instrumento natural do surdo é percussão. Como eu já fazia curso de libras, no aniversário do meu professor toquei saxofone e ele se emocionou. Perguntei se ele estava ouvindo e ele falou que não, mas que sentia a vibração”, recorda o idealizador do instituto.

Carlinhos Lua observou, então, que ele próprio conseguia sentir essa vibração, mas de dentro do instrumento. Uma peça chamada palheta provoca a sensação. Ele colocou na cabeça, então, que ensinaria surdos a tocar saxofone. Aprofundou as pesquisas e conheceu o método Tadoma, em que um surdo-cego coloca a mão no rosto e garganta da pessoa que fala de forma a sentir a vibração das cordas vocais.

O professor Carlinhos Lua mostra o aparelho desenvolvido para auxiliar no ensino da música a surdos - Sumaia Villela/Agência Brasil

A partir daí, desenvolveu um método próprio de ensino. Ao reproduzir uma nota, toca no ombro do aluno para que ele sinta a vibração. Indica a posição no instrumento e, uma vez que a pessoa tenha conseguido emitir o som corretamente, passa para o ensino da partitura.

Por causa dessas características, o aprendizado é mais lento que o dos ouvintes, mas surte efeito. José Hilton, 23 anos, conseguiu tocar um trecho de música depois de passar o fim de semana praticando em casa com o violão emprestado do projeto. Os gêmeos Anderson e Alexsson Lima, 22 anos, os primeiros alunos da turma, são os mais avançados e produzem as notas com afinação. “Sou humilde, mas a música me torna mais confiante, capaz”, conta Alexsson. Uma mudança que ele aguardou por dois anos em uma escola de música que frequentava antes do projeto, onde só deixavam que ele observasse ouvintes tocando, sem permitir que tocasse instrumentos.

Orquestra inclusiva
Para encontrar alunos dispostos a provar sua teoria, Carlinhos Lua percorreu escolas onde pessoas com deficiência auditiva estudavam. O primeiro a se interessar foi Anderson, que depois levou seu irmão gêmeo às aulas. Só que os dois não queriam tocar saxofone, e sim trompete de vara. “Passei o fim de semana estudando com o instrumento de um amigo e dei aula na segunda. Assim que começou”, lembra o saxofonista. Quanto mais pessoas buscavam a aula, mais se diversificava o interesse pelos instrumentos: violão, teclado, até tuba.

Foi assim que começou o sonho de Carlinhos, ainda nos passos iniciais, de criar o que ele acredita ser a primeira orquestra filarmônica inclusiva que tem o surdo em instrumentos variados, não só percussivos. Seus alunos vibram com a ideia. “Quero ser o primeiro tecladista surdo do mundo. O ouvinte vai ficar admirado, vou ficar famoso”, vislumbra Edson. “Vou viajar para São Paulo, para o exterior, tocando”, planeja Dayvinson, ambos se comunicando por libras e sendo traduzidos pelo professor.

A proposta é incorporar também pessoas com outras deficiências e músicos sem deficiência nenhuma. O professor quer evitar que o público veja a orquestra de uma forma estigmatizada. “A música não exclui ninguém, o que exclui são as pessoas. Se você tirar uma foto das pessoas com instrumentos na mão, não vai identificar a deficiência de ninguém. Vai ser um trombonista, um saxofonista. Não vai ser um surdo, cego. Não vai ser um deficiente, vai ser um músico.”

Falta de apoio
O Sons do Silêncio foi um dos selecionados para incubação no Porto Social, iniciativa que ajuda a formalizar e capacitar projetos sociais para que conquistem melhores resultados e apoio financeiro. O instituto agora tem estatuto e CNPJ, mas ainda não conseguiu financiadores para a orquestra.

O maior entrave é a falta de instrumentos. O saxofone é do próprio professor, eles trocam apenas a boquilha. O trombone é emprestado de um amigo; o violão é do filho dele. A única doação que recebeu foi a de um violino, entregue por uma jornalista. A turma já chegou a 20 alunos, mas hoje tem 12, por causa da evasão. “Um aluno surdo passou quase dois meses afastado porque não tinha violão. Surdo não tem paciência para ficar só na teoria, só lendo”, conta Carlinhos.

Afinadores eletrônicos também ajudariam, porque os surdos não conseguem afinar o próprio instrumento. Hoje, um tempo da aula é dedicado à afinação, feita somente pelo professor e por Wilson Teixeira, 25 anos, produtor de eventos e músico amador que tem deficiência visual e integra o grupo.

“Muitas vezes nós, as pessoas com deficiência, somos barrados. [O cidadão com deficiência] visual já é [barrado], quem dirá auditivo. Temos esse breque no Conservatório de Música justamente por isso. Encontrar o projeto, a calma que ele tem de ensinar, o método que ele desenvolveu diante de muito estudo, é uma coisa fantástica”, elogia Wilson, que destaca a proposta inclusiva do projeto. “A inclusão é isso, não é só reunir um grupo de pessoas com deficiência. É juntar todo mundo, quem tem e quem não tem deficiência. É por isso que lutamos”, completa.

Tecnologia pode ajudar
Carlinhos Lua sonha ainda mais alto que a orquestra. Um dos projetos dele é usar a tecnologia para sofisticar seu método de ensino. Criou, com um amigo, um aparelho para amplificar a vibração do instrumento. Nada complicado, e sim engenhoso: um microfone ligado por um cabo a uma caixinha de som adaptada para ficar confortável ao toque. A máquina é usada como uma pulseira, e a boca da caixinha fica colada à pele. Agora falta aprimorar a vibração do agudo, que ainda é muito fraca.

Cada vez mais inserido no mundo dos surdos, o professor passou também a identificar outras dificuldades, e pretende ampliar a atuação do instituto para ajudar a ultrapassar esses obstáculos. “O surdo entra na escola muito tarde, segundo li. A família esconde a pessoa dizendo que é amor, proteção, mas atrapalha a formação. Quando ele cresce, coloca o menino em uma escola pública. A professora não sabe nada da cultura do surdo, sem saber libras, que é a primeira língua dele. A gente também está preocupada com isso, e queremos criar um centro de formação para ensinar libras e fazer com que entrem na escola em idade correta", ressalta Carlinhos Lua.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Números de celulares de todo o país terão nove dígitos a partir do dia 6

29/10/2016 15h09
Brasília
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil
Daqui a uma semana o nono dígito valerá para todo o país
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Quem costuma fazer ligações ou mandar mensagens para celulares já percebeu que, em grande parte do país, é preciso acrescentar o número 9 na frente do número do telefone para que a ligação seja completada. O nono dígito já está em vigor para 24 estados e daqui a uma semana valerá para todo o país.

A partir do dia 6 de novembro, o nono dígito deverá ser acrescentado também para os telefones das regiões com DDD entre 41 e 49, ou seja, os estados do Paraná e de Santa Catarina, e para as áreas de registro 51, 53, 54 e 55, no Rio Grande do Sul. Essa é a última etapa de implantação do nono dígito, que começou em 2012, por São Paulo.

Para fazer ligações ou mandar mensagens de qualquer lugar do país, seja de telefone fixo ou móvel, para celulares será preciso discar o 9 antes do número do telefone. Segundo a Anatel, a inclusão de mais um dígito nos telefones móveis tem como principal objetivo aumentar a disponibilidade de números na telefonia celular.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Ubá e São João del Rei passam a receber voos de Juiz de Fora

28/10/2016 20h01 - Atualizado em 28/10/2016 20h01

Do G1 Zona da Mata

A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) anunciaram, nesta sexta-feira (28), a implementação de duas novas rotas para voos saindo de Juiz de Fora, com destino a Ubá e São João del Rei.

As mudanças fazem parte da segunda fase do Projeto de Integração Regional de Minas Gerais e envolvem também a entrada de Araxá, Lavras, Manhuaçu, Passos e Pouso Alegre do programa. Todas as localidades terão voos de ligação com Belo Horizonte e serão incluídas em conexões entre os outros 12 municípios que já estão ativos.

Do Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, para Ubá, o tempo de viagem estimado é de 20 minutos e a passagem custa R$ 150. O voo de ida é pela manhã e o de volta, no início da tarde. Já entre Juiz de Fora e São João del Rei, o tempo de viagem é de 25 minutos e o valor é R$ 200. Neste caso, O voo sai da cidade histórica pela manhã e, o de volta, pela tarde.

As novas rotas começam a valer na próxima quarta-feira (2) e os bilhetes já estão sendo vendidos, pelo site www.voeminasgerais.com.br. O passageiro poderá adquirir seu voucher até 40 minutos antes do voo, desde que haja disponibilidade, tanto pela internet quanto pelo balcão de atendimento dos aeroportos.

De acordo com o comunicado oficial da Codemig, os destinos escolhidos nesta fase do projeto partiram da avaliação do primeiro mês de funcionamento dos voos entre cidades anteriores e por sugestões feitas por passageiros e moradores dos municípios que já eram atendidos na primeira fase.

Na ocasião, a maior procura por passagens foi de passageiros de Teófilo Otoni, Viçosa, São João del-Rei, Diamantina, Patos de Minas e Juiz de Fora.