terça-feira, 30 de agosto de 2016

Deputado interrompe sessão do impeachment com gritos de golpista. É aquele dos ‘dólares’ na cueca

30/08/2016

O deputado dos ‘dólares na cueca’ está causando confusão no senado

Enquanto a professora Janaína Paschoal fazia seu discurso de encerramento na tribuna do Senado, o deputado petista José Guimarães deu um berro no plenário:
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“Golpista…golpista” gritou Guimarães, se referindo a Janaína.

O senador Aloysio Nunes pediu a palavra e exigiu que a polícia legislativa retirasse o deputado descontrolado.

“Eu não tenho medo de você” disse Nunes com o dedo em riste.

Guimarães é aquele dos dólares na cueca!

A polícia do senado tem que revistar a cueca dele!

DÓLARES NA CUECA

Em 2005, o Assessor do deputado petista José Guimarães, José Adalberto Vieira, foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 100.000 dólares na cueca, além de outros 209.000 reais guardados em uma maleta. O funcionário viajaria para Fortaleza, berço eleitoral do petista.

De acordo com o MP, os dólares eram uma propina que Guimarães iria receber por intermediar um financiamento entre um consórcio de energia e o Banco do Nordeste do Brasil.

A Justiça, porém, livrou o líder do governo do processo em 2012, sob o argumento de que não havia elementos que ligassem o deputado ao dinheiro apreendido com o assessor.

DETALHE: José Guimarães, orgulho do PT do Ceará, também é líder do governo na Câmara e, como se não bastasse, irmão do ex-presidente do PT, José Genoíno, condenado por corrupção ativa no processo do mensalão.

http://www.diariodobrasil.org/deputado-interrompe-sessao-do-impeachment-com-gritos-de-golpista-e-aquele-dos-dolares-na-cueca/

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Um debate enfadonho, chatíssimo, que apenas confirmou o impeachment

Dilma fez o papel de vítima, mas não conseguiu convencer

Carlos Newton

Ao contrário do que se esperava, o debate dos senadores com a presidente afastada Dilma Rousseff transcorre em clima altamente organizado, democrático e republicano, decepcionando as quatro equipes de filmagem que se encarregam dos documentários que pretendem provar que houve um golpe no Brasil. Não há possibilidade de cenas de ação, confrome os cineastas ansiavam.

Os senadores e senadoras a favor e contra o impeachment estão sendo polidos e respeitosos, e a presidente se comporta do mesmo jeito, resultando num espetáculo altamente monótono e tedioso. As perguntas são acerca dos mesmos temas – o golpe parlamentar, os créditos em aberto junto ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, e os decretos ilegais autorizando despesas sem aval do Congresso E as respostas também são sempre as mesmas, aumentando a overdose da repetição “ad nauseam” de argumentos falaciosos, na tentativa de Dilma justificar os crimes de responsabilidade.

Era esperado o maior espetáculo da Terra, de fazer inveja ao grande cineasta Cecil B. DeMille. E a frustração foi grande, porque o reality show do impeachment deixou muito a deixar,

ABOLINDO A CONSTITUIÇÃO – Basicamente, a enfadonha defesa de Dilma Rousseff se baseou em alegar que a Lei de Responsabilidade Fiscal autorizaria os decretos ilegais que a Constituição proíbe. Seu argumento é patético, porque não existe possibilidade de lei se sobrepor à Constituição.

Afirmou também que nas pedaladas (créditos bancários ilegais) não houve qualquer participação da Presidência da República, porque não cabia a ela, chefe do governo, autorizar o Plano Safra. Não assinou nada, não autorizou nada. Ou seja, simplesmente confessou que não mandava na administração pública, apesar de estar no exercício da Presidência da República.

Além disso, tentou convencer os senadores de que não houve pedaladas (maquiagem contábil ou contabilidade criativa), alegando que não se tratou de operações de créditos, embora a União tivesse sido obrigada a pagar juros aos bancos estatais.

SÓ RESTOU O DILMÊS – Para divertir o respeitável público, portanto, só restou o dilmês, aquele linguajar próprio e personalíssimo, que caracteriza a mais famosa representante da espécie conhecida como “mulher sapiens”. Mesmo assim, a performance da presidente também ficou prejudicada, porque os assuntos eram sempre os mesmos e ela foi instruída a não fazer suas célebres improvisações, ficava repetindo a mesma ladainha.

Na primeira pergunta de parlamentares pró-impeachment, feita pela senadora Ana Amélia (PP-RS), a presidente afastada chegou a ensaiar o dilmês, ao comparar a democracia a uma árvore, que num golpe militar é cortada, mas num golpe civil pode morrer atingida por fungos. Mas logo recebeu um toque do advogado José Eduardo Cardozo, que sentara a seu lado, e passou a obedecer às instruções e ao treinamento recebido nos últimos dias, nos ensaios com senadores da base aliada.

TUDO DECIDIDO – Logo na fase inicial dos debates, no final da manhã, ficou configurado que o impeachment será aprovado e não fará falta o voto do senador Wellington Fagundes, que está hospitalizado, com diverticulite.

O pronunciamento de senador Acir Gurgacz, líder do PDT, mostrou bem a situação. Apesar de ameaçado de expulsão pela direção do partido, ele se declarou francamente favorável ao impeachment, mostrando que o destino de Dilma Rousseff.

Realmente, os argumentos de Dilma foram frágeis e insatisfatórios, a teoria do golpe não pegou e ficou claro que ela não tem a menor condição de reassumir a Presidência, como diz o senador Telmário Mota, outro pedetista que vai enfrentar a cúpula do partido e votar pelo impeachment. O jogo acabou.

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Senadora Ana Amélia diz que ida de Dilma ao Senado mostra que não há golpe

29/08/2016 12h08
Brasília
Carolina Gonçalves e Karine Melo - Repórteres da Agência Brasil

Senadora Ana Amélia faz pergunta à presidenta afastada Dilma Rousseff
Geraldo Magela/Agência Senado

Após a defesa de Dilma Rousseff, a primeira a falar a favor do impeachment foi a senadora Ana Amélia (PP-RS). Ela disse que, por mais dolorosa que seja, a função de julgamento irá cumprir sua obrigação e criticou a classificação feita por petistas de que o processo é um golpe. Segundo ela, foram praticados crimes fiscais que têm as digitais de Dilma e a intenção eleitoral.

Segundo a senadora do Rio Grande do Sul, que já esteve na base aliada do governo durante o primeiro mandato de Dilma, a presidente afastada foi autora do "descontrole fiscal" vivido pelo país. Ela ainda afirmou que todos os direitos de defesa foram assegurados a Dilma pela Justiça e que sua presença no Senado legitima o fato de não se tratar de um golpe.

Ao rebater as observações, a presidenta afastada falou da diferença daquilo que classifica golpe hoje para o golpe militar de 1964. "Não podemos achar que a mesma análise que se faz para o golpe de Estado, baseado na intervenção militar, é a mesma para o que toda a literatura política chama de golpe de Estado parlamentar. No golpe militar, é como se derrubássemos uma árvore, derrubando o governo e o regime democrático", afirmou.

Dilma destacou que no golpe parlamentar - do qual ela diz ser alvo - um presidente eleito pelo voto direto é retirado do cargo por razões frágeis. "É como se a árvore não fosse derrubada, mas sofresse intenso ataque de fungos, por exemplo", disse Dilma.

A presidente afastada afirmou que a única forma de combater um "golpe parlamentar" é abrir um diálogo. "Porque eu quero que a democracia no meu país saia ilesa desse processo", respondeu Dilma. "Não basta o rito correto. Há que se ter um conteúdo justo. Não basta a forma, senadora." "Aqueles que não gostam que o nome seja golpe querem encobrir um fato", criticou.

>> Acompanhe ao vivo a sessão do Senado

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Documentários sobre impeachment revelam grande número de canastrões

Em cima da hora, o sensacional suspense da entrega da defesa

Carlos Newton

Além da transmissão da TV Senado ao vivo, a filmagem de quatro documentários sobre o impeachment fez com que os participantes do julgamento no Senado se transformassem em atores e figurantes. A exacerbação dos ânimos e as cenas de chanchadas derivam dessa situação, em meio às mancadas de um dos atores principais, o ministro Ricardo Lewandowski, que saiu do roteiro ao chamar José Eduardo Cardozo de “nosso advogado” e citar o “senador Cristovão Colombo”. Parece comédia, mas vira uma verdadeira novela, quando se perdem horas e horas debatendo detalhes sem a menor importância, como se estivéssemos num reality show.

Um dos documentários está sendo produzido pela cineasta paulista Anna Muylaert, sob direção de Lo Politi, que trabalha em filmes de publicidade. Outras equipes são comandadas pelo diretor carioca Douglas Duarte e pelas cineastas Petra Costa e Maria Augusta Ramos, que passaram a filmar os acontecimentos políticos a partir da votação do impeachment na Câmara, com os deputados votando por suas mães, seus filhos e outros parentes.
No Senado, canastrões e canastronas se exibem em cena

CANASTRÕES – Como se trata de documentários, os atores e figurantes interpretam livremente, sem orientação do diretor, sem marcação de cena e sem roteiro fixo. É por isso que o resultado está sendo desastroso e até mesmo patético. Uma das cenas mais concorridas foi a chegada esbaforida do advogado José Eduardo Cardozo para entregar a defesa de Dilma Rousseff à Mesa do Senado. Cercado pelas equipes de filmagem, ele protocolou o documento de 670 páginas faltando apenas três minutos para o encerramento do prazo fatal, num suspense de matar o Hitchcock, como dizia nosso amigo Miguel Gustavo.

Essas cenas combinadas com as equipes transformam os documentários em verdadeiras chanchadas, com senadores e senadoras se exibindo como grandes canastrões, em performances que causam constrangimento, como ocorreu nos três dias iniciais desta maratona cinematográfica, nos debates e xingamentos transmitidos ao vivo e a cores.

DILMA EM CENA – Agora, chegamos aos últimos capítulos, com a ansiada e apoteótica entrada em cena da protagonista, em seu papel de vítima de um golpe, cercada de 35 figurantes de altíssimo nível. Na Mesa Diretora do Senado, Dilma Rousseff vai ler dramaticamente o roteiro que escreveram para ela, para enfim desfazer o suspense se irá até o final da película ou se apresentará uma explosiva renúncia, numa reedição da célebre “Carta Testamento” de Getulio Vargas, mas sem cerimônia de corpo presente.

Se renunciar, a atriz estará saindo definitivamente de cena, sob vaias e aplausos ensurdecedores, captados pelos microfones de som ambiente das equipes de filmagem. Nesta hipótese, as cenas seguintes terão de ser canceladas, a não ser que o Senado decida manter a programação, como aconteceu no caso de Collor.

GRAN FINALE” – Caso a atriz principal não renuncie, haverá então os acalorados debates, com a protagonista podendo exibir à exaustão os dotes linguísticos personalíssimos, a oratória invulgar e a capacidade histriônica da mulher sapiens, em seu criativo papel de vítima do Dragão da Maldade, em filmes que desprezam o Santo Guerreiro.

Esse “gran finale” cinematográfico traz saudades do nosso amigo Glauber Rocha, que foi embora cedo e jamais poderia ter perdido essas cenas. Mais do que nunca, estamos vivendo numa “Terra em Transe”.

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domingo, 28 de agosto de 2016

Manifestantes contra o impeachment montam acampamento em Brasília

28/08/2016 17h42
Brasília
Da Agência Brasil


Brasília - Integrantes da CUT e da Frente Brasil Popular montam acampamento no estacionamento do ginásio Nilson Nelson, para acompanhar o julgamento final do processo do impeachment no Senado)
José Cruz/Agência Brasil

Movimentos sociais contrários ao impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, cuja votação final deve ser concluída na próxima quarta-feira (31), começaram a levantar acampamento em Brasília neste domingo.

Embora o número de ônibus com militantes que chegam à capital seja bem menor do que o observado na votação da admissibilidade do impeachment na Câmara, em abril, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que lidera a mobilização, disse que espera reunir ao menos 5 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios amanhã (29), quando Dilma irá ao Senado fazer sua defesa em plenário.

Os militantes, sobretudo camponeses, prometem ficar acampados em Brasília até o momento final do impeachment.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Caminhão do Exército cheio de maconha é apreendido em SP

Por Talissa Monteiro
access_time28 ago 2016, 13h04 - Atualizado em 28 ago 2016, 14h10


Dois soldados do Exército brasileiro foram presos após serem flagrados transportando cerca de três toneladas de maconha, em um caminhão na Rodovia Anhanguera, região de Campinas (SP) - 28/08/2016 
(Marivaldo Oliveira/Folhapress)

Um caminhão do Exército, pertencente ao 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20 RCB), foi apreendido com cerca de 3 toneladas de maconha em Campinas na madrugada deste domingo. O veículo era transportado pelos militares Higor Abdala Costa Attene, Maykon Coutinho Coelho, que estão presos, e Simão Raul, que fugiu baleado.

Segundo a Polícia Militar, Simão foi encontrado em Cordeirópolis e levado à Santa Casa de Limeira (SP). Depois de ser medicado, ele foi encaminhado à delegacia na capital. Ainda de acordo com a PM, também foram presos dois civis que estariam apoiando o transporte da droga em um veículo branco modelo Uno.

Durante a apreensão, houve troca de tiros entre a Polícia Militar e os militares. O caminhão, que havia saído de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e foi apreendido na rodovia SP-101, tem marcas de disparos na porta, um vidro quebrado e um pneu furado. 

“O Comando Militar do Sudeste esclarece que tanto o tráfico de drogas, bem como o seu porte e consumo são crimes militares capitulados no Código Penal Militar”, divulgou o Comando Militar do Sudeste, em nota. Segundo a PM, a prisão é fruto de uma investigação que já acontece há 3 meses.

http://veja.abril.com.br/brasil/caminhao-do-exercito-cheio-de-maconha-e-apreendido-em-sp/

XXX
O Exército informou hoje (28), por meio de nota, que vai expulsar três militares da corporação, presos em flagrante, na madrugada deste domingo, em Campinas, no interior paulista, utilizando um caminhão das Forças Armadas para o transporte de três toneladas de maconha. Eles trouxeram a droga de Campo Grande (MS) e foram detidos no momento da entrega a um grupo de civis dos quais dois foram presos.

De acordo com a nota, os três militares são cabos lotados no 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20º RCB), sediado em Campo Grande.”O Exército brasileiro não admite atos desta natureza que ferem os princípios e valores mais caros sustentados pelos integrantes da Força. Diante da gravidade do fato, que desonra a instituição e atinge a nossa sociedade, os militares encontram-se presos e serão expulsos do Exército”, diz o comunicado.

Agência Brasil