sábado, 27 de agosto de 2016

Redes sociais são alvo principal de ações na Justiça Eleitoral

26/08/2016 17h13
São Paulo
Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil
Postagens no Facebook, Twitter e Youtube são alvo de ações judiciais
Arquivo/Agência Brasil

As redes sociais são o maior alvo das ações na Justiça Eleitoral para remoção de conteúdo, segundo levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas. O estudo, que considerou 484 processos abertos nas eleições de 2014, em todo o país, indicou que 56,9% das demandas visavam postagens em espaços como Facebook, Twitter e Youtube. Segundo os dados preliminares divulgados hoje (26), os blogs vêm em seguida como alvo preferencial das ações (12%), depois as páginas da administração pública direta (11,4%) e os portais de notícias (9,7%).

Em caráter liminar, 66% das ações propostas foram deferidas, pelo menos parcialmente. Nas sentenças, o índice de deferimento se reduz ligeiramente e fica em 62%. Enquanto nos acórdãos, quando o caso é apreciado por um grupo de magistrados, o índice de aceitação dos pedidos de remoção de conteúdo é de 58%.

A maior parte das ações foi iniciada por partidos ou coligações (46,7%) e, em seguida, estão as demandas feitas diretamente por candidatos (30,3%) e pela imprensa (22,8%). A maior parte dos réus nos processos eram os próprios candidatos (43,6%), depois as pessoas físicas, com 17,7% e os provedores que oferecem plataforma ao conteúdo (14,6%).

Os dados que compõem a pesquisa foram coletados a partir de todos os processos disponibilizados online pelos tribunais regionais eleitorais das 27 unidades da federação e pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Cerceamento
Segundo a coordenadora do estudo, a professora Mônica Guise, alguns reclamantes vão além do simples acionamento da Justiça e tentam complicar a vida dos autores do conteúdo indesejado. “Verificamos que, em alguns estados, existe uma estratégia processual de, ao invés de pedir tudo em uma única ação, o que seria perfeitamente possível, o autor bombardeia o réu com 20, 30 ou 40 ações e cada ação pedindo uma questão específica, em que pese o conflito ser o mesmo. A gente entende que essa é uma estratégia processual, porque de fato é um grande pepino para quem está na outra ponta”, destacou.

Esse tipo de procedimento é, na opinião da especialista, uma forma de impedir a publicação de opiniões contrárias ao autor das ações. “Me preocupam cada vez mais as estratégias e ferramentas que têm sido usadas de forma cada vez maior para de fato censurar e não deixar publicar”, acrescentou.

Um dos autores da página humorística Sensacionalista, Nelito Fernandes, contou já ter sofrido esse tipo de ataque judicial, quando mantinha uma coluna no jornal Extra, do Rio de Janeiro. Na ocasião, Fernandes disse ter publicado uma charge em que sugeria a criação de um cartão especial para pagar propina a policiais, satirizando fatos noticiados à época.

Como reação, foi alvo de uma enxurrada de processos. “Dois mil e trezentos policiais militares entraram com ações individuais. O jornal não perdeu nenhuma, mas a defesa custou R$ 1 milhão. E eu tive de ir mais de 300 vezes a audiências. Então, isso já é um cerceamento. Eu nem preciso dizer que, ao final disso, apesar da gente não ter perdido nenhuma ação, eu perdi a coluna”, contou.

Atualmente, no Sensacionalista, Fernandes disse não se furtar a fazer críticas a nenhum grupo ou pessoa, mas manter a atenção voltada à repercussão nas redes. De acordo com Martha Mendonça, outra autora da página, críticas de internautas podem fazer com que o conteúdo seja repensado. “Uma coisa é fazer humor, outra coisa é fazer humor nas redes sociais. É uma situação em que você tem retorno absolutamente imediato. E a gente, às vezes percebe, pelo retorno, que a gente mandou mal”, acrescentou.

A equipe, no entanto, mantém uma linha editoral em que evita fazer piadas que possam agredir grupos historicamente desprivilegiados ou com conteúdo ofensivo, de racismo, machismo ou homofobia. “A gente gosta de falar mal do opressor, não do oprimido”, disse Martha.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Juiz de Fora e Viçosa recebem shows do Circuito ViJazz e Blues Festival

27/08/2016 11h31 - Atualizado em 27/08/2016 11h31

Do G1 Zona da Mata

Dudu Lima Trio se apresenta em Viçosa (Foto: Thiago Freitas)

Viçosa e Juiz de Fora recebem shows gratuitos do Circuito ViJazz & Blues Festival neste fim de semana. O evento completa dez anos e oferece atrações nacionais e internacionais. Nas duas cidades, as atrações começam às 16h.

Em Viçosa, as apresentações ocorrem neste sábado (27) e domingo (28), nas Quatro Pilastras da Universidade Federal de Viçosa (UFV), dentro das comemorações do aniversário de 90 anos da instituição.

No sábado, a partir das 16h, haverá shows da banda local Arteria Trio e Convidados, e em seguida de Dudu Lima Trio, com Marcos Ariel, e Deanna Bogart (EUA). No domingo, será a vez de Nilton Santiago e banda, Daniel Grajew Trio e Adriano Grineberg com Ana Cañas.

Já em Juiz de Fora, o evento será no parque do Museu Mariano Procópio, na tarde deste domingo (28). A abertura será da banda local La Macchina, que une o blues com o rock. Logo após, quem se apresenta é a multi-instrumentista norte americana Deanna Bogart, em sua pela primeira vez no Brasil.

ViJazz
O ViJazz & Blues Festival foi criado em 2007 em Viçosa com a proposta de suprir uma demanda da região por música instrumental de reconhecidos músicos do cenário mineiro, nacional e internacional.

Em 2013, passou a ser o Circuito Vijazz & Blues Festival e foi apresentado em cidades como Ponte Nova, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Araxá, Uberaba, Ubá e Muriaé. Em cada edição valoriza uma categoria de instrumento musical. Em 2016, será a vez do piano e as teclas.

Capivara não comparece para depor

Thomaz Fernandes 
27/08/2016 08:51

Ele é o principal líder e responsável pela formação do Residencial Capivara; área ocupada por 51 famílias

Foto: Arquivo / O Liberal
Marco Antonio de Paula, conhecido como Capivara, tem que se explicar sobre acusação de descumprimento de ordem judicial

O ex-assessor da Prefeitura de Americana durante a gestão do ex-prefeito cassado Diego De Nadai (PTB), Marco Antonio de Paula, o Capivara, não compareceu à Polícia Civil nesta sexta-feira para falar sobre a acusação de descumprimento de ordem judicial. Ele e um representante da FDDIP (Frente de Defesa do Direito de Interesse Público) foram chamados a falar e a previsão era que o depoimento fosse feito nesta sexta.

Ele é o principal líder e responsável pela formação do Residencial Capivara; área ocupada por 51 famílias, além de lotes e casas em construção que passou por reintegração de posse recentemente. A formação do bairro se deu depois de liminar que proibia a FDDIP de continuar atuando. Mesmo depois de suspensas as atividades, o LIBERAL denunciou que os trabalhos seguiam da mesma forma, ignorando a proibição.

A ideia do depoimento é entender a razão para que a FDDIP tenha continuado funcionando mesmo depois da ordem judicial. Os líderes serão questionados sobre qual interpretação jurídica ou medida teria permitido que a entidade tenha seguido funcionando, mesmo com uma ordem judicial para que paralisassem o funcionamento.

A investigação foi aberta pelo 1º DP (Distrito Policial) depois de pedido do MPE (Ministério Público Estadual) para que se apurasse a eventual desobediência. Como as notificações para que falassem foram enviadas por meio do Correio, há possibilidade de as correspondências não terem chegado aos interessados. Um novo depoimento deve ser marcado em breve.

http://liberal.com.br/cidades/americana/capivara-nao-comparece-para-depor-

JF - Mulher amarra amante na cama e o mata queimado para esconder traição

Suspeita esperou que o homem, que era seu vizinho, saísse do banho e o acertou com um pé de cabra para amarrá-lo na cama e atear fogo no cômodo
Além da suspeita de matar o amante, autores de outros três crimes também foram apresentados

PUBLICADO EM 26/08/16 - 20h37

BRUNO INÁCIO
ESPECIAL PARA O SUPER NOTÍCIA

Para que a família não descobrisse seu relacionamento extraconjugal, uma mulher de 46 anos matou seu amante queimado, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O crime ocorreu no último dia 24 de junho, no bairro Santa Luzia, e a mulher foi apresentada nesta sexta-feira (26), junto com outros três suspeitos de homicídios na cidade.

O delegado Felipe Fonseca Peres, que responde interinamente pela Delegacia de Homicídios de Juiz de Fora, contou que a suspeita foi presa temporariamente após as investigações apontarem que ela era responsável pela morte de Valdo Afonso de Oliveira, de 49 anos.

Quando detida, a mulher confessou o crime e deu detalhes do assassinato. Segundo o delegado, ela contou que se relacionava com o homem, que era vizinho dela, desde o ano passado. Casada, a suspeita temia que a família descobrisse o caso.

A morte foi arquitetada como uma cena de filme. A mulher contou que foi até a casa do amante e, armada com um pé de cabra, esperou que ele saísse do banho. “Ela o acertou com um golpe na cabeça. Ele caiu, e ela então amarrou os pés e as mãos dele em uma cama e pôs fogo”, afirmou o delegado.

Para que as chamas pegassem rapidamente, a suspeita jogou roupas e sacos plásticos sobre o corpo do amante. A perícia apontou que a morte de Oliveira ocorreu por causa da grande quantidade de fumaça inalada por ele.

A suspeita está detida na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, onde responderá por homicídio duplamente qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão.

Suspeitos de outros crimes apresentados

Além da mulher, outros três suspeitos de outros crimes da cidade também foram apresentados na Delegacia Especializada de Homicídios de Juiz de Fora nesta sexta-feira.

Segundo o inspetor Anderson Salvador, da Polícia Civil, o mais novo dos suspeitos, de 18 anos, seria responsável pela morte de Luís Eduardo da Silva, de 26 anos, assassinado a tiros em um bar, no bairro Vila Esperança I, no início de abril. A morte tinha ligação com rixas entre bandidos das vilas Esperança I e II.

Outro preso, de 20 anos, é suspeito de tentar matar uma adolescente de 15 anos e o pai de um policial militar.

O terceiro homem, de 21 anos, foi preso após os investigadores encontrarem um mandado de prisão em aberto contra ele ligado a um homicídio ocorrido em 2013. Os suspeitos estão detidos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da cidade.
Jornal O Tempo

Polícia apresenta suspeitos de praticar homicídios em Juiz de Fora

26/08/2016 16h57 - Atualizado em 26/08/2016 17h15

Do G1 Zona da Mata

Três jovens e uma mulher foram apresentados (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil de Juiz de Fora apresentou, na manhã desta sexta-feira (26), quatro suspeitos de terem praticado crimes de homicídio no primeiro semestre deste ano na cidade.

O primeiro apresentado foi um jovem de 18 anos, preso na última quarta-feira (24), acusado de ter matado um homem de 26 anos no início de abril, no Bairro Vila Esperança.

Uma mulher, de 46 anos, também foi presa após matar um homem de 49 anos, susposto amante dela, no Bairro Santa Luzia, no dia 24 de junho. A casa da vítima foi incendiada e o corpo dele foi encontrado com as mãos e os pés amarrados. Para o delegado responsável, Felipe Fonseca, a suspeita confessou e contou detalhes sobre o crime.

Um outro jovem, de 20 anos, é suspeito de duas tentativas de homicídios no Bairro Parque Burnier. Uma contra um adolescente de 15 anos e outra contra o pai de um policial militar.

O quarto suspeito apresentado também é um jovem de 20 anos, preso por uma tentativa de homicídio. Depois de detido, a polícia descobriu que o jovem já tinha um mandado de prisão por homicídio, praticado em 2013.

O amor e a mulher - Camões em Wikipédia/ Assista ao vídeo/ Monte Castelo com Renato Russo

O amor e a mulher

Dos temas mais presentes na lírica camoniana o do amor é central e ocorre de modo conspícuo também n'Os Lusíadas. Na sua concepção incorporou elementos da doutrina clássica, do amor cortês e da religião cristã, concorrendo todos para incentivar o amor espiritual e não o carnal. 

Para os clássicos, especialmente na escola platônica, o amor espiritual é o mais elevado, o único digno dos sábios, e esta espécie de afeto incorpóreo acabou por ser conhecida como amor platônico

Na religião cristã da sua época o corpo era visto como fonte de um dos pecados capitais, a luxúria, e por isso sempre foi encarado com desconfiança quando não desprezo; conquanto fosse aprovado o amor nas suas versões espirituais, o amor sexual era permitido primariamente para a procriação, ficando o prazer em plano secundário. 

Da poesia trovadoresca herdou a tradição do amor cortês, que é ele mesmo uma derivação platônica que coloca a dama num patamar ideal, jamais atingível, e exige do cavaleiro uma ética imaculada e uma total subserviência em relação à amada. 

Nesse contexto, o amor camoniano, como expresso nas suas obras, é, por regra, um amor idealizado que não chega a vias de fato e se expressa no plano da abstração e da arte. Contudo, é um amor preso no dualismo, é um amor que, se por um lado ilumina a mente, gera a poesia e enobrece o espírito, se o aproxima do divino, do belo, do eterno, do puro e do maravilhoso, é também um amor que tortura e escraviza pela impossibilidade de ignorar o desejo de posse da amada e as urgências da carne. 

Queixou-se o poeta inúmeras vezes, amargamente, da tirania desses amores impossíveis, chorou as distâncias, as despedidas, a saudade, a falta de reciprocidade, e a impalpabilidade dos nobres frutos que produz.

Tome-se como exemplo um soneto muito conhecido:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luís Vaz de Camões (Lisboa, ca. 1524 — Lisboa, 10 de junho de 1580) foi um poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do ocidente.
http://pt.wikipedia.org