sábado, 13 de outubro de 2018

Bolsonaro diz que quer fazer uma transformação cultural no país

Publicado em 13/10/2018 - 11:25

Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil Brasília

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse hoje (13) nas redes sociais que, se for eleito, vai promover uma grande transformação cultural no país, “onde a impunidade, a corrupção e o crime não serão mais associados à nossa identidade nacional”.

“A lei e a constituição serão nossos instrumentos. A Justiça será independente e deverá acelerar as punições aos culpados! Esse é o Brasil que juntos poderemos construir. Um país que respeita seus cidadãos e que é respeitado por eles e pelo mundo todo”, disse o candidato.

Na noite de ontem (12), o candidato fez uma transmissão ao vivo pela internet ao lado de Luiz Phillipe de Orleans e Bragança, deputado federal eleito por São Paulo. Bolsonaro disse que aconteceu um “fenômeno” no primeiro turno das eleições, quando o PSL fez 52 deputados federais.
O candidato Jair Bolsonaro (PSL) fala à imprensa após gravação de campanha, no bairro Jardim Botânico. - Fernando Frazão/Agência Brasil

O candidato comentou ainda a questão da urna eletrônica. “Se eu for presidente, podem ter certeza, nós vamos ter já na eleição de 2020 uma forma segura de se votar, onde se possa fazer uma auditoria. A pessoa que for votar terá a certeza de que votou realmente naquela pessoa”.

Bolsonaro conclamou ainda os eleitores para se mantenham mobilizadas no segundo turno. “Se houver um problema urna de votação que peça ao mesário que troque a urna ou passe para o voto de papel, apesar de nós termos uma diferença de 17 milhões de votos a mais em relação ao Haddad [adversário do PT],a gente não pode bobear”, avaliou o candidato.
Rio de Janeiro

Ao chegar para gravar o programa de propaganda eleitoral na casa do empresário Paulo Marinho, na zona sul do Rio, Bolsonaro disse que não vai apoiar nenhum candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro. O candidato Eduardo Paes (DEM) disputa o segundo turno com o candidato Wilson Witzel (PSC). 

Bolsonaro disse também que não desmarcou encontro ontem (12) com o candidato ao governo do estado de São Paulo, João Dória (PSDB), que esteve no Rio para conversar com ele. “Eu não havia combinado esse encontro e não sei quem marcou isso. Eu encontro com ele sem problema. Bato papo com ele sem problema algum. Eu sei que ele é oposição ao PT, somos oposição ao PT. Eu sei que o outro lado o [Marcio] França (PSB) tem o apoio velado do PT. Então, no momento, eu desejo boa sorte ao Dória”, disse.

*Texto ampliado às 11h37
Edição: Sabrina Craide
Agência Brasil

Haddad não esperava que a transferência de votos de Lula batesse no teto

Haddad tenta atrair votos de indecisos, mas está difícil

Luiz Carlos Azedo

O candidato do PT à Presidência da República, Fenando Haddad, volta ao horário eleitoral repaginado, vestido de verde-amarelo e com um discurso paz e amor. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu mentor intelectual e chefe político, desaparecerá da propaganda do petista. Resta saber se a dissimulação, que atende aos apelos dos setores “golpistas” que querem apoiá-lo como “um mal menor”, trará votos suficientes para vencer o pleito ou se a tática tipo “o piloto sumiu” confundirá ainda mais os eleitores.

O tracking de ontem mostrava que Bolsonaro continua subindo e Haddad, caindo: a distância entre os dois seria de 18 pontos percentuais, com 10% de nulos e brancos.

NOVA LINHA – Haddad mudou completamente a linha de campanha. Para chegar ao segundo turno, o PT alimentou a tática do ódio nas eleições, com o discurso “nós contra eles”, pois Lula considerava Bolsonaro o adversário ideal a ser batido no segundo turno. Quem eram “eles”? Os “golpistas neoliberais”, claro.

Um post do petista Breno Altman, do site Opera Mundi, nas redes sociais, intitulado “Quem é o inimigo principal?”, no momento em que essa linha política passou a ser questionada internamente no PT, ilustra como Haddad chegou ao segundo turno:

“São diferentes os alvos da primeira e da segunda volta, a meu juízo. No primeiro turno, os inimigos principais são os partidos e candidatos que comandam o bloco golpista, a começar por Geraldo Alckmin, mas se estendendo a Meirelles, Alvaro Dias, Amoedo e Marina Silva. A centro-direita deve continuar a ser destroçada por sua cumplicidade com o impeachment e a agenda antipopular, antidemocrática e antinacional do governo Temer. Sua destruição política é fundamental para a regeneração do país. Caso haja alguma chance, em algum momento, de levantar a cabeça, toda artilharia possível deve ser voltada para aniquilar os aliados de Temer.”

O DIA SEGUINTE – Intérprete fiel da lógica política petista, Altman antecipava o que viria depois: “No segundo turno, por óbvio, o inimigo principal será o neofascismo representado por Jair Bolsonaro. A inversão de objetivos táticos é tudo o que deseja o partido do golpe para buscar um caminho que enfraqueça a polarização entre Haddad e o capitão reformado, dando algum fôlego para uma candidatura de centro que possa ser apresentada como ‘mais viável’, ‘mais moderada’, para derrotar o neofascismo.”

Haddad manteve a rotina de visitas semanais a Lula, vestiu a camiseta vermelha da campanha Lula livre e chegou ao segundo turno sem mudar o discurso. Não esperava, porém, que a transferência de votos do petista batesse no teto tão cedo, bem abaixo da rejeição que fez Bolsonaro subir ainda mais e quase vencer no primeiro turno.

CENTRO GOLPISTA – “Aconteça o que aconteça, na delícia ou na dor, um objetivo estratégico terá sido alcançado nessas eleições: a destruição da centro-direita, do centro golpista, como alternativa viável para o comando do país”, disparou Altman, quando isso aconteceu.

“A soma do arco Alckmin-Marina, somando Amoedo, Meirelles e Alvaro Dias, mal chega a 20% das intenções de voto. Essa é uma vitória importante do campo popular, que pavimenta o segundo turno e a marcha rumo ao triunfo em 28 de outubro.”

Essa estratégia, porém, se tornou uma maldição para Haddad. A maioria dos partidos derrotados no primeiro turno optou pela neutralidade, alguns já se posicionam para permanecer em oposição, outros para aderir ao novo governo, vença Bolsonaro ou Haddad. Por ora, acompanham o jogo da arquibancada.

TÁTICA DO MEDO – Entretanto, ninguém morre de véspera numa eleição tão disputada, ainda mais para presidente da República. Desde a reeleição de Lula, o PT tem uma fórmula eficaz para disputar o segundo turno: a tática do medo. Não será diferente agora, com a ajuda de atitudes fascistas dos partidários de Bolsonaro. Poderia ter sido usada antes, mas isso não interessava, porque o objetivo era o atual confronto.

O problema de quem vende a alma a Mefistófeles, como Dr. Fausto, é que o Diabo quererá o seu corpo no inferno. Foi o que aconteceu com Haddad. Bolsonaro é acusado de machista, misógino e homofóbico, isso despertou os maus instintos das profundezas de uma sociedade traumatizada pela violência, pela corrupção e pela desestruturação das famílias. Essa narrativa até agora não foi capaz de superar a força do antipetismo, porque o partido governou como uma espécie de erva daninha.

Bolsonaro, porém, sentiu a pressão em relação a temas que atingem diretamente a população mais pobre.

TÁTICAS FASCISTAS – Nas eleições de 2006, quando Lula foi reeleito, Alckmin foi derrotado porque se disseminou que ele venderia a Petrobras e o Banco do Brasil e acabaria com o Programa Bolsa Família, que abriga 13 milhões de famílias. A tática se repetiu contra José Serra, em 2010, e Aécio Neves, em 2014. Agora está sendo usada novamente.

Não foi à toa que Bolsonaro anunciou que não pretende privatizar as estatais e vai criar o 13º do Bolsa Família. A radicalização e a disseminação do ódio nas redes sociais, por uma militância que não mede as consequências do que escreve, já evoluem para confrontos físicos, que precisam ser contidos, porque isso a sociedade não suporta. Não fazem parte do jogo democrático, são atitudes realmente fascistas.     Posted in Tribuna da Internet

Universal rebate críticas de Haddad e lembra que Edir Macedo apoiou Lula


Haddad recebe a hóstia em igreja na zona sul de SP

Daniel Weterman
Estadão

A Igreja Universal do Reino de Deus rebateu em nota divulgada nesta sexta-feira, 12, as críticas do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad ao líder da igreja, Edir Macedo. Em entrevista ao participar de uma missa católica na zona sul de São Paulo, por ocasião do feriado de Nossa Senhora Aparecida, Haddad criticou o apoio do bispo à candidatura de Jair Bolsonaro, do PSL.

“Bolsonaro é o casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo Paulo Guedes, que corta diretos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”, afirmou Haddad. No evento, o petista também chegou a discutir com uma fiel que o chamou de “abortista”.

DESRESPEITO – “Com sua fala criminosa, o ex-prefeito de São Paulo desrespeita não apenas os mais de 7 milhões de adeptos da Universal apenas no Brasil, mas todos os brasileiros católicos e evangélicos que não querem a volta ao poder de um partido político que tem como projeto a destruição dos valores cristãos”, disse a Igreja em nota.

“Quando o Bispo Edir Macedo apoiou o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula, o apoio era muito bem-vindo. Agora, quando o líder espiritual da Universal declara que seu candidato é Jair Bolsonaro, o Bispo Macedo deve ser ofendido de forma leviana?”

Empenhado em fazer um aceno ao eleitorado religioso, Haddad já havia participado na quinta-feira, 11, de um encontro com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Durante a missa da manhã desta sexta-feira, discutiu com uma fiel que disse que o petista não poderia ter participado da comunhão por ser “um abortista”. “Eu sou neto de um líder religioso”, respondeu o candidato e emendou: “Você deve ser ateia.”

SACRILÉGIO – Ao conversar com jornalistas, a mulher não quis se identificar e disse que a presença de Haddad no local era um sacrilégio. “A Igreja Católica não permite. Ele é um abortista, não tinha que estar aqui dentro”, afirmou. Durante a missa e após a cerimônia, a mulher fez filmagens, transmissões ao vivo pelo celular para uma rede social e disse que iria “denunciar” o ato.

Após a cerimônia, Haddad fez um discurso em frente à igreja pedindo apoio dos fiéis. “Nunca deixei de olhar todo mundo. Todo mundo é igual, ninguém é melhor do que ninguém”, disse.

Questionado sobre os ataques de Bolsonaro acusando a criação de um “kit gay” para ser distribuído nas escolas, Haddad retrucou: “É um grandessíssimo mentiroso. Porque ele não me enfrenta e pergunta isso num debate?”. “É uma mentira deslavada de quem não tem projeto para o País, a não ser armar as pessoas para que elas se matem.”      Posted in Tribuna da Internet

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Boletos vencidos a partir de R$ 100 podem ser pagos em qualquer banco

Publicado em 12/10/2018 - 10:28

Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Brasília

A partir de amanhã (13), os boletos com valor a partir de R$ 100, mesmo vencidos, poderão ser pagos em qualquer banco. A medida faz parte da nova plataforma de cobrança da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que começou a ser implementada em julho do ano passado.
Caixa Eletrônico - Cristina Indio do Brasil/Arquivo Agência Brasil

Para serem aceitos pela rede bancária, em qualquer canal de atendimento, os dados do boleto precisam estar registrados na plataforma. Segundo a Febraban, os clientes que tiverem boletos não registrados na Nova Plataforma, rejeitados pelos bancos, devem procurar o beneficiário, que é o emissor do boleto, para quitar o débito.

O novo sistema permite o pagamento em qualquer banco, independentemente do canal de atendimento usado pelo consumidor, inclusive após o vencimento, sem risco de erros nos cálculos de multas e encargos. Além disso, segundo a Febraban, o sistema traz mais segurança para a compensação de boletos, identificando tentativas de fraude, e evita o pagamento, por engano, de algum boleto já pago.

As mudanças estão sendo feitas de forma escalonada, tendo sido iniciada com a permissão para quitação de boletos acima de R$ 50 mil. Entretanto, em junho deste ano, após dificuldades de clientes para pagar boletos, a Febraban alterou o cronograma.

A previsão inicial era que a partir de 21 de julho deste ano fossem incluídos os boletos com valores a partir de R$ 0,01. A expectativa era de que em 22 de setembro o processo tivesse sido concluído, com a inclusão dos boletos de cartão de crédito e de doações, entre outros. Pelo novo cronograma, os boletos a partir de R$ 0,01 serão incluídos a partir do próximo dia 27 e os boletos de cartões de crédito, doações, entre outros, no dia 10 de novembro de 2018.

Segundo a Febraban, apesar de o sistema passar a processar documentos de menor valor, com volume maior, os bancos não preveem dificuldade na realização dos pagamentos, com base nos testes feitos nas fases anteriores. Com a inclusão e processamento desses boletos no sistema, a Nova Plataforma terá incorporado cerca de 3 bilhões de documentos – aproximadamente 75% do total emitido anualmente no país. Nas próximas fases, serão incorporados 1 bilhão de boletos de pagamento.

A Febraban lembra que a nova plataforma é resultado de uma exigência do Banco Central, com incorporação de dados obrigatórios, como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, além do nome e número do CPF ou CNPJ do pagador.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

12 de outubro é o Dia do Descobrimento da América

Em 12 de outubro de 1492, o navegador Cristóvão Colombo descobre a América, a terra nova. Ele avista Guanaani e nela se aporta (San Salvador, nas Pequenas Antilhas), sem ter noção da grande descoberta. Pensa ter chegado mais ao norte das Índias.

Mas trata-se ainda de sua primeira viagem. A primeira das outras quatro que faria ao continente americano. Só depois, nas viagens de 1493, 1498 e 1502 é que o navegador genovês reconhece a originalidade da ilhas do Caribe. Essa "América" que Colombo imagina ser o paraíso terrestre.

Com essa descoberta, Colombo marca um tempo novo. Um tempo que mudou de forma significativa e irreversível a face do mundo: as relações políticas, econômicas e sociais entre os povos do ocidente.

Fonte:http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/descobrimentodaamerica/home.html

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

A transmutação de Haddad.

Como um sabão em pó em que o fabricante muda a embalagem para maquiar o produto, enganando o consumidor, o PT transformou radicalmente a campanha do seu candidato: retirou Lula da propaganda e trocou o vermelho pelo verde e amarelo

Wilson Lima 11/10/18 - 19h00 - Atualizado em 11/10/18 - 19h34


Na segunda-feira 8, o candidato do PT Fernando Haddad repetiu o gesto que fez durante toda a campanha e foi à sede da Polícia Federal em Curitiba pedir a benção do ex-presidente Lula na sala-cela que lhe serve de prisão. Nessa visita, Lula, que é o coordenador de sua campanha, pediu que fosse a última vez que o candidato o visitasse durante este segundo turno. Na verdade, como em uma sessão espírita, não foi Haddad quem se livrou de Lula. Mas Lula quem se livrou de Haddad. Na sua última recomendação ao candidato que lhe serve de avatar, Lula ordenou que Haddad passasse a tocar a campanha sozinho. O ex-prefeito de São Paulo foi autorizado pelo presidiário a tornar-se, de fato, candidato à Presidência da República. E, rapidamente, transmutou-se. Sumiram as camisetas com os dizeres “Lula livre”. Entraram em seu lugar fotos suas com ternos bem cortados e cabelos aparados. Sumiu a foto de Lula, que dividia espaço de destaque ao lado de Haddad e da sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB). Desapareceram outros gurus petistas, como o ex-ministro José Dirceu. Até a cor vermelha do PT saiu de cena. Agora, Haddad é verde e amarelo, as mesmas usadas por Bolsonaro. Se durante o primeiro turno, Haddad precisou se vincular diretamente à imagem de Lula para conseguir ter uma candidatura com alguma competitividade, agora ele se transforma para se aproximar de Bolsonaro e reverter o quadro que, no primeiro turno, rendeu 46% dos votos ao candidato do PSL contra os 29% dados a ele, diferença de 17% a favor do ex-capitão do Exército. Agora, para crescer, os marqueteiros concluíram que Haddad precisa se descolar do ex-presidente, que tem uma elevada rejeição, e fizeram nele uma maquiagem, com o intuito de engabelar o eleitor.

Nessa estratégia de colocar Haddad como se fosse um novo produto na prateleira com nova embalagem, mas com o mesmo conteúdo, o comando da campanha mudou toda a programação visual. No principal logo da campanha, o 13 do PT, em branco, tradicionalmente era rodeado pela estrela do partido em tons rubros. Agora, o 13 está em um inédito amarelo, rodeado por um círculo. O nome “presidente Haddad” idem. Outra mudança importante é que os materiais de Haddad já não virão mais com as imagens do ex-presidente Lula anexa, nem com a frase “Lula é Haddad / Haddad é Lula”. Os petistas concluíram que a menção a Lula afastaria a imensa maioria dos eleitores, manifestamente antipetista.


Pela primeira vez desde a primeira campanha presidencial em 1989, os símbolos e as cores do PT não prevalecerão mais na campanha de Haddad. Os novos tons objetivam atrair os incautos eleitores de outras legendas e de outros candidatos que não se identifica com as ideias de Bolsonaro. Na quarta-feira 10, começou a circular nas redes sociais petistas um pacote voltado justamente para atrair o eleitor não petista. São imagens de pessoas em diversas situações. Os textos iniciam-se sempre com a frase “Não sou petista”. Uma das peças diz: “Não sou petista, mas tenho sonhos. Entre eles, poder me aposentar e ter 13º salário”, numa alusão às declarações do vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão, que disse que o 13º era uma “jaboticaba”, uma invenção brasileira que prejudicava as empresas. Bolsonaro desautorizou Mourão. Outra peça destina-se aos evangélicos. “Não sou petista, mas sou evangélica. E aprendi que devemos respeitar nossos irmãos e irmãs que estão sofrendo violência nas ruas”. Ou: “Não sou petista, mas sou mãe… e quero educar meus filhos com livros e não com armas”. Todos os textos terminam com: “Por isso, vou de Haddad”.

Haddad mudará, também, as propostas de seu programa. No campo econômico, ele defenderá agora uma mini reforma tributária, de forma a tentar atenuar os impactos da sua proposta de revogação da PEC dos tetos de gastos públicos. Um outro aceno ao Centro é tentar mostrar ao eleitor nesta etapa final que ele é um candidato mais equilibrado que o ex-capitão do Exército. Haddad tentará mostrar ao mercado que ele seria mais previsível que seu adversário, “por jogar dentro das regras”. Do outro lado, a máquina destrutiva de reputações que o PT usa na internet pretende espalhar, por grupos de whatsapp e outras redes sociais, informações sobre o passado de Bolsonaro. O projeto é atacar, principalmente, frases ditas pelo candidato do PSL que supostamente atingiram direitos de trabalhadores e das domésticas, por exemplo. A guerrilha petista pela Presidência continua, desta vez com transmutações orientadas, como sempre, pelo líder máximo do partido aprisionado em Curitiba.

https://istoe.com.br/a-transmutacao-de-haddad/

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Bolsonaro pode ser liberado para ações de campanha nos próximos dias

No dia 18, candidato será submetido a novos exames

Publicado em 10/10/2018 - 11:48

Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro

O candidato do PSL à Presidência da República neste segundo turno, Jair Bolsonaro, deverá ser liberado para todas as atividades de campanha pela equipe médica na próxima semana. No dia 18, ele será submetido a novos exames. Por enquanto, permanece com restrição para atividades físicas e só deve sair de casa por curtos períodos.

O cirurgião Luiz Macedo – que operou o candidato em São Paulo em 12 de setembro – e o cardiologista Leandro Echenique confirmaram a informação, depois de examiná-lo hoje na casa dele, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Ambos integram a equipe médica que cuidou de Bolsonaro no Hospital Albert Einstein.

Segundo os médicos, o candidato perdeu 15 quilos de massa muscular desde o ataque em 6 de setembro, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Após o atentado, ele passou a fazer uma dieta reforçada em proteína para recuperar peso.
Recomendações

Os médicos recomendaram que Bolsonaro permaneça em casa, em repouso relativo, e não participe na sexta-feira (12) de debate com o adversário Fernando Haddad (PT), previsto na Rede Bandeirantes.

De acordo com os médicos, a cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia está prevista para ser realizada a partir do dia 12 de dezembro. A recuperação para esse tipo de procedimento é de aproximadamente duas semanas.

Em relação aos novos exames, ainda não foi definido se Bolsonaro irá ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ou se os médicos retornaram ao Rio para examiná-lo em casa.
Decisões

Bolsonaro já confirmou que, uma vez eleito, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será o ministro da Casa Civil. Também confirmou suas principais plataformas de governo para a economia.

Nas redes sociais, o candidato disse que vai propor diminuição e simplificação de impostos, mas não detalhou como implementará as medidas. Prometeu isenção, na tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para quem recebe até R$ 5 mil e redução para os trabalhadores que têm salário acima deste valor.]

Segundo Bolsonaro, é fundamental desburocratizar a abertura de empresas no país, de tal maneira que sejam incentivados investimentos e gerados mais empregos.

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil

Operação prende líder de organização que aplicava golpes pela internet

Publicado em 10/10/2018 - 11:48

Por Flavia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil São Paulo

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Polícia Civil deflagraram na manhã de hoje (10) uma força-tarefa para desarticular uma organização criminosa que pratica crimes pela internet e que já fez inúmeras vítimas. A Operação Ostentação cumpriu três mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão.

A operação foi conduzida pelo CyberGaeco, grupo especial de investigação sobre crimes virtuais, e a 4ª Delegacia de Fraudes Patrimoniais por Meios Eletrônicos, órgão do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) especializado em reprimir crimes praticadas pela internet, com o auxílio de promotores de Justiça Criminais da Capital, da Grande São Paulo e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), além de policiais civis do GER-Deic.

“A Polícia Civil e o Ministério o Público de Tocantins, para potencializar a ação, compartilharam informações e conteúdo probatório que apontavam a existência de uma importante organização criminosa especializada em fraudes virtuais, especialmente bancárias, atuando com sede em São Paulo, notadamente na capital”, informou o Ministério Público por meio de nota.

Segundo a nota, ainda não se sabe quantas pessoas foram vítimas dos golpes, aplicados durante pouco mais de um ano. Sem informar o nome do líder, o MPSP disse que ele que tem 24 anos, comprou com os valores desviados diversos bens, entre os quais duas Ferraris, três Lamborghinis, uma Maserati e uma MacLaren e dezenas de outros veículos que somam mais de R$ 20 milhões.

Ele é apontado também como um dos maiores locadores de jatos e helicópteros de São Paulo. “Entre as extravagâncias cometidas por ele, destacam-se viagens para a Europa em jatos particulares, diárias em hotéis com valores que superam R$ 30 mil, compra de roupas e acessórios de alto valor, contratação do uso exclusivo de restaurantes famosos, aluguel de iates e outros gastos realizados à custa das inúmeras vítimas que ainda estão sendo identificadas”, diz a nota.

Além das buscas e apreensões e da decretação da prisão temporária, o MPSP e a Polícia Civil propuseram a indisponibilidade dos bens dos integrantes da organização criminosa para garantir reparar as vítimas que forem identificadas ou revertê-los em favor do Estado.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

terça-feira, 9 de outubro de 2018

POLVO, LULA E ABISSAIS


POLVO, LULA E ABISSAIS

A República Federativa Abissal situa-se em pleno Trópico de Capricórnio (paralelo situado ao sul do equador terrestre, delimitando-se com a zona tropical sul que corresponde um limite do solstício que é a declinação mais meridional da elíptica do Sol sobre o equador celeste). Sua população é basicamente ictiológica composta por peixes com ossos, cartilaginosos como os tubarões e as arraias, e até os peixes sem mandíbula. Os que vivem mais perto da superfície apresentam um tom azulado ou esverdeado. Os que vivem no fundo são em geral escuros no dorso e nos lados. Além da cor, também a forma e a estrutura desses peixes são influenciadas pelo meio e pelo tipo de alimento.

Seus dirigentes foram basicamente Cetáceos (Cetacea) que são mamíferos adaptados à vida aquática, como: baleias, golfinhos e botos. Contudo, com o aprimoramento das instituições democráticas surgiram os Moluscos Cefalópodes (Cephalopodas) que são exclusivamente ma-rinhos, com respiração branquial, considerados os invertebrados mais “inteligentes”, com cére-bro grande e excelente visão, como: sépias, náutilos, polvos e lulas. Dentre estes últimos, a nova espécie Lula do Pré-sal (Lulae petenensis), ascendeu ao poder.

Os abissais achavam que essa nova espécie de lula (Lulae petenensis) fosse uma evolução do polvo (Octopus vulgaris), contudo verificou-se, na prática, que tal espécie não estava muito além dos calamares normais: Lula-gigante (Architeuthis dux) e Lula-colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni), que é provavelmente a maior espécie de lula existente.

Como, outrora descrito no “Sermão de Santo Antônio aos Peixes” pelo Pe. Antônio Vieira no século XVII, o tal polvo (e, por extensão a lula): “com aquele seu capelo na cabeça parece um monge, com aqueles seus raios estendidos parece uma estrela; com aquele não ter osso, nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão (…) é o maior traidor do mar. (…) Pri-meiramente em se vestir, ou pintar das mesmas cores de todas aquelas cores a que está pe-gado. (…) Se está nos limos faz-se verde; se está na areia faz-se branco; se está no lodo faz-se pardo; se está em alguma pedra, como mais ordinariamente costuma estar, faz-se da cor da mesma ….”. E, como tal, traiu e alijou – respectivamente – além dos outros moluscos, os cetá-ceos, os crustáceos e os demais componentes da fauna aquática (marinha, fluvial, lacustre, etc…).

Os abissais, mais uma vez foram enganados, pois a tal espécie mimética de lula – internamente – acomodou seus exércitos de militantes compostos, primordialmente, por espécies como: Ca-ramujo gigante (Achatina Fulica) e Bagre exótico (Clarias Gariepinus). Em nível internacional, as associações foram com espécies, como: Enguia (Genypterus capensis) de Varadero, Truta (Oncorhynchus mykis) do Orinoco e Traíra (Hoplias Malabaricus) do Titicaca. E, mais presen-temente, a morsa do Pacífico (Odobenus rosmarus divergens) cognominada morsa bolivariana, que habita o oceano do mesmo nome.

Contudo, hoje constatamos que a tal espécie de lulae petenensis e asseclas, que se auto-apregoavam – com dedo em riste – de “paladinos da ética e da honestidade” se deram a conhe-cer: sob tsunami de corrupção, corrupção, corrupção… e mais… O mar bramia e se tornava revolto. Os abissais exigiam uma nova ordem.

Portanto, a República Abissal viúva e vilipendiada, necessita se reerguer. Mais que isso, se soerguer. Essa reconstrução necessita de peixes pedreiros-construtores e livres. Daí, servindo-nos da sabedoria popular que diz: “quem perde a honra pelo negócio, perde o negócio e a hon-ra”, conclamamos: A nós, os “filhos da viúva”!…

http://www.luizberto.com/

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Eleitor que não votou tem 60 dias para justificar ausência

Publicado em 08/10/2018 - 14:12

Por Agência Brasil Brasília

O eleitor que não pôde votar no primeiro turno das eleições e não conseguiu justificar a ausência ainda pode preencher o formulário de justificativa eleitoral pela internet ou entregá-lo pessoalmente em qualquer cartório eleitoral.

Há também a possibilidade de enviar o formulário pelo correio para o juiz eleitoral da zona eleitoral. O prazo para justificar é de até 60 dias após cada turno da votação.

Além do formulário, o eleitor deve anexar documentos que comprovem o motivo que o impediu de comparecer no dia do pleito.

Pela internet, o eleitor pode justificar a ausência utilizando o “Sistema Justifica” nas páginas do TSE ou dos tribunais regionais. No formulário online, o eleitor deve informar seus dados pessoais, declarar o motivo da ausência e anexar comprovante do impedimento para votar.

O requerimento de justificativa gerará um código de protocolo que permite ao eleitor acompanhar o processo até a decisão do juiz eleitoral. A justificativa aceita será registrada no histórico do eleitor junto ao Cadastro Eleitoral.

Segundo turno
Quem não votou no primeiro turno e nem justificou não fica impedido de votar no segundo turno, dia 28 de outubro.

Multa
Para regularizar sua situação eleitoral, o cidadão terá de pagar uma multa R$ 3,61 por votação não comparecida. 

O Tribunal Superior Eleitoral explica que a não regularização da situação com a Justiça Eleitoral pode resultar em sanções, como impedimento para obter passaporte ou carteira de identidade para receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público.

A não justificativa também pode impedir que o eleitor participe de concorrência ou administrativa da União, dos estados, Distrito Federal e municípios, além de ficar impedido de se inscrever em concurso público ou tomar posse em cargo e função pública.

Eleitores no exterior
No caso dos brasileiros que estavam no exterior no dia da votação, eles também deverão encaminhar o formulário de justificativa pós-eleição e a documentação comprobatória até 60 dias após o turno ou em 30 dias contados a partir da data de retorno ao Brasil.

Se estiver inscrito em zona eleitoral do exterior, o eleitor deverá encaminhar o requerimento diretamente ao juiz competente ou ainda entregar nas missões diplomáticas e repartições consulares localizadas no país ou enviar pelo sistema justifica.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil