segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Eleitor que não votou tem 60 dias para justificar ausência

Publicado em 08/10/2018 - 14:12

Por Agência Brasil Brasília

O eleitor que não pôde votar no primeiro turno das eleições e não conseguiu justificar a ausência ainda pode preencher o formulário de justificativa eleitoral pela internet ou entregá-lo pessoalmente em qualquer cartório eleitoral.

Há também a possibilidade de enviar o formulário pelo correio para o juiz eleitoral da zona eleitoral. O prazo para justificar é de até 60 dias após cada turno da votação.

Além do formulário, o eleitor deve anexar documentos que comprovem o motivo que o impediu de comparecer no dia do pleito.

Pela internet, o eleitor pode justificar a ausência utilizando o “Sistema Justifica” nas páginas do TSE ou dos tribunais regionais. No formulário online, o eleitor deve informar seus dados pessoais, declarar o motivo da ausência e anexar comprovante do impedimento para votar.

O requerimento de justificativa gerará um código de protocolo que permite ao eleitor acompanhar o processo até a decisão do juiz eleitoral. A justificativa aceita será registrada no histórico do eleitor junto ao Cadastro Eleitoral.

Segundo turno
Quem não votou no primeiro turno e nem justificou não fica impedido de votar no segundo turno, dia 28 de outubro.

Multa
Para regularizar sua situação eleitoral, o cidadão terá de pagar uma multa R$ 3,61 por votação não comparecida. 

O Tribunal Superior Eleitoral explica que a não regularização da situação com a Justiça Eleitoral pode resultar em sanções, como impedimento para obter passaporte ou carteira de identidade para receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público.

A não justificativa também pode impedir que o eleitor participe de concorrência ou administrativa da União, dos estados, Distrito Federal e municípios, além de ficar impedido de se inscrever em concurso público ou tomar posse em cargo e função pública.

Eleitores no exterior
No caso dos brasileiros que estavam no exterior no dia da votação, eles também deverão encaminhar o formulário de justificativa pós-eleição e a documentação comprobatória até 60 dias após o turno ou em 30 dias contados a partir da data de retorno ao Brasil.

Se estiver inscrito em zona eleitoral do exterior, o eleitor deverá encaminhar o requerimento diretamente ao juiz competente ou ainda entregar nas missões diplomáticas e repartições consulares localizadas no país ou enviar pelo sistema justifica.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

domingo, 7 de outubro de 2018

Saiba quem são os 77 deputados estaduais eleitos em Minas Gerais

Por G1 Minas — Belo Horizonte

07/10/2018 23h37
77 deputados estaduais foram eleitos em Minas — Foto: Daniel Protzner/ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) divulgou na noite deste domingo os 77 deputados estaduais eleitos em Minas Gerais. A Assembleia afirmou que a lista dos eleitos ainda precisava ser homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os eleitos assumem a 19ª legislatura em 2019 para mandato até 2023. Conforme a ALMG, serão 31 novos deputados, um índice de 40,25% de renovação. Dos 64 atuais deputados que se candidataram à reeleição, 46 foram eleitos, um índice de 73% dentre eles.

Dos cinco deputados mais votados, três são novatos, entre eles o campeão de votos, Mauro Tramonte (PRB). Bruno Engler (PSL) e Cleitinho (PPS) são outros dois estreantes que ficaram em terceiro e quarto lugar. O segundo colocado foi Sargento Rodrigues (PTB), e o quinto lugar ficou com o também reeleito Noraldino Junior (PSC).

Na próxima legislatura, a Assembleia contará com oito novos partidos, passando de 19 para 28 legendas representadas. O estreante que elegeu mais parlamentares foi o PSL, partido do candidato a presidente Jair Bolsonaro, com seis candidatos matematicamente eleitos. A legenda que mais perdeu representação foi o MDB, que ficou sem 7 das 14 vagas que possui atualmente. O partido com mais representantes será o PT, que passou de 8 para 10 ocupantes.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Deputados eleitos
Mauro Tramonte (PRB) - 516.390 votos
Sargento Rodrigues (PTB) - 123.648 votos
Bruno Engler (PSL) - 120.252 votos
Cleitinho (PPS) - 115.492 votos
Noraldino Junior (PSC) - 114.807 votos
Cássio Soares (PSD) - 113.003 votos
Leandro Genaro (PSD) - 98.717 votos
Beatriz Cerqueira (PT) - 96.824 votos
Léo Portela (PR) - 93.895 votos
Virgílio Guimarães (PT) - 91.204 votos
Fábio Avelar (Avante) - 83.718 votos
Dr. Jean Freire (PT) - 83.024 votos
Arlen Santiago (PTB) - 82.130 votos
Delegada Sheila (PSL) - 80.038
Carlos Henrique (PRB) - 79.088
Cristiano Silveira (PT) - 79.079 votos
Tito Torres (PSDB) - 78.862 votos
Mário Caixa (PV) - 76.527 votos
Del. Heli Grilo (PSL) - 75.920 votos
João Vítor (PSDB) - 75.256 votos
Sávio Souza Cruz (MDB) - 74.822 votos
Tadeuzinho (MDB) - 72.267 votos
André Quintão (PT) - 71.615 votos
Marília Campos (PT) - 71.329 votos
Agostinho Patrus (PV) - 70.055 votos
Rosângela Reis (Pode) - 70.040 votos
Antonio Arantes (PSDB) - 69.586 votos
Dalmo Ribeiro (PSDB) - 69.342 votos
Charles Santos (PRB) - 67.913 votos
João Magalhães (MDB) - 67.874 votos
Dr. Hely (PV) - 64.913 votos
Ulysses Gomes (PT) - 63.776 votos
Dr. Wilson Batista (PSD) - 62.052 votos
Gustavo Valadares (PSDB) - 60.687 votos
Neilando Pimenta (Pode) - 60.637 votos
Glaycon Franco (PV) - 60.373 votos
Doorgal Andrada (Patri) - 57.942 votos
Celise Laviola (MDB) - 57.412
Duarte Bechir (PSD) - 56.745 votos
João Leite (PSDB) - 56.298 votos
Thiago Cota (MDB) - 55.870 votos
Ione Pinheiro (DEM) - 55.634 votos
Alencar Jr. (PDT) - 54.373 votos
Elismar Prado (PROS) - 53.842 votos
Leonídio Bouças (MDB) - 52.624 votos
Gil Pereira (PP) - 52.146 votos
Braulio Braz (PTB) - 51.657 votos
Leninha (PT) - 51.407 votos
Luiz Carneiro (PSDB) - 50.341 votos
Douglas Melo (MDB) - 49.027 votos
Dr. Paulo (Patri) - 48.927 votos
Coronel Sandro (PSL) - 48.533 votos
Zé Reis (PHS) - 45.746 votos
Carlos Pimenta (PDT) - 43.492 votos
Inácio Franco (PV) - 42.819 votos
Bosco (Avante) - 42.556 votos
Roberto Andrade (PSB) - 41.903 votos
Marquinho Durval (PT) - 41.852 votos
Gustavo Santana (PR) - 36.573 votos
Celinho Sinttrocel (PCdoB) - 35.840 votos
Betão (PT) - 35.455 votos
Laura Serrano (Novo) - 33.813 votos
Bartô do Novo (Novo) - 31.991 votos
Raul Belem (PSC) - 31.788 votos
Prof. Wendel (SD) - 31.722 votos
Cleiton Oliveira (DC) - 31.347 votos
Osvaldo Lopes (PHS) - 31.161 votos
Alberto Pinto Coelho (SD) - 28.104 votos
Coronel Henrique (PSL) - 27.867 votos
Repórter Rafael (PRTB) - 27.463 votos
Fernando Pacheco (PHS) - 25.091 votos
Guilherme da Cunha (Novo) - 24.792 votos
Ana Paula Siqueira (Rede) - 23.372 votos
Prof. Irineu (PSL) - 21.845 votos
Gustavo Mitre (PSC) - 21.373 votos
Zé Gulherme (PRP) - 19.341 votos
Andrea de Jesus (PSol) - 17.689 votos

Dia do Nordestino é comemorado em 08 de outubro

Em 08 de outubro é comemorado o Dia do Nordestino 




Vamos falar um pouco da comida dessa região, famosa por seus temperos fortes e característicos. A comida nordestina vem de influência europeia, como os cozidos e doces como o sequilho, a baba de moça e o papo de anjo. Também há influência africana que podemos sentir no preparo de iguarias com azeite de dendê e leite de coco. Sem contar também a influência indígena, marcante nas receitas com milho, mandioca e abóbora.

Por se tratar de uma região onde todos os estados são litorâneos,peixes e frutos do mar como camarão, lulas, lagostas e mariscos também ganham espaço na culinária nordestina. Os caranguejos também são bastante consumidos em regiões próximas a mangues.

No interior, as carnes de bode e de carneiro ganham destaque. Na maioria das vezes, essas carnes são consumidas como carne de sol ou carne seca. Ambas se diferenciam pelo teor do sal presente e a carne seca é a mais salgada.

A agricultura da região é abundante em frutas como abacaxi, acerola, cajá, caju, carambola, seriguela, coco, goiaba, graviola, jaca, maracujá, manga, mangaba, pitanga e sapoti.

Os pratos típicos famosos são a feijoada, a caldeirada de frutos do mar, a moqueca, a rapadura, a tapioca e muito mais.

Vale lembrar que, apesar de deliciosa, a culinária nordestina é bastante calórica e deve ser apreciada com moderação.

Parabéns a todos os nordestinos!


Viatura da PM capota e dois militares ficam feridos no Sul de Minas

Viatura capotou e dois militares se feriram

PUBLICADO EM 07/10/18 - 19h45

CLARICE DE SOUZA
SIGA PELO TWITTER @OTEMPO

Dois policiais ficaram feridos em um acidente de trânsito no fim da tarde deste domingo (7) em Varginha, no Sul de Minas.

Eles estavam em uma viatura da 6ª Região da Polícia Militar (PM) que seguia para atendimento a uma ocorrência quando, segundo a corporação, foram fechados por outro veículo no trevo que liga a cidade a Elói Mendes, também no Sul do estado.

Com a manobra para desviar do outro carro, a viatura capotou. Os militares sofreram ferimentos leves e foram encaminhados a um hospital do município.

Ainda de acordo com a PM, um dos agentes reclamava de dor nas costas, mas passou por exames e não foi encontrada fratura. O outro policial ficou ferido na mão.
Jornal OTempo

Mais de 70 são detidos durante eleição em Minas, incluindo prefeito, vereador e candidatos

Por Pedro Ângelo, G1 Minas Belo Horizonte

07/10/2018 13h45 

Setenta e duas pessoas foram presas pelos crimes de boca de urna e propaganda irregular em Minas Gerais até o início da tarde deste domingo (7), segundo a Polícia Militar (PM). Um prefeito, um vereador e dois candidatos a deputado estão entre os que foram detidos.

Até 12h55, a corporação informava este total de prisões – sendo 16 na Região Metropolitana de Belo Horizonte – em 48 ocorrências. Um adolescente foi apreendido na capital mineira.

O prefeito de Areado, no Sul de Minas, Pedro Francisco da Silva (PR), foi preso durante a manhã porque estava panfletando na porta de uma escola, segundo a polícia. Após a prisão, ele foi ouvido e liberado por um delegado. Ainda segundo a polícia, depois de ser liberado, o prefeito voltou à sessão eleitoral e ameaçou o mesário. Foi feito um registro da ameaça, mas a polícia não conseguiu localizar o político novamente.

Já durante a madrugada, o candidato a deputado estadual Washington Xytão (Rede), de Governador Valadares, na Região Leste de Minas, foi flagrado pela câmera do Olho Vivo jogando panfletos em via pública, o que é considerado boca de urna.

Ramsés de Castro (PMN), candidato a deputado federal, foi preso em Sete Lagoas, na Região Central do estado, também foi detido por derramamento de panfletos em via pública.

O vereador em exercício José Romualdo de Campos, conhecido como Zé Galinha (PP), de em Pompéu, na Região Centro-Oeste, também foi preso jogando panfletos em via pública.

Segundo a PM, os detidos são ouvidos e liberados depois de assinar um termo na delegacia.

Idosa registra boletim
Uma eleitora de 70 anos registrou boletim de ocorrência na polícia depois de não conseguir votar na seção 307 da 92ª zona eleitoral, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar, quando a mesária digitava o título, aparecia que Luiza Gomes da Silva já tinha votado.

A assessoria do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) informou que, possivelmente, houve erro da mesária ou do eleitor. Como o caderno de votação é em ordem alfabética, e existe a possibilidade de haver eleitores homônimos, pode ocorrer de um eleitor assinar no espaço de outro. Ainda segundo o TRE, o equívoco será registrado na ata eleitoral e, posteriormente, apurado pela corregedoria do tribunal.

Eleitor é preso em flagrante ao jogar santinhos em frente a escola em Várzea Grande (MT)

Por Flávia Borges, G1 MT

07/10/2018 09h12 
Centenas de santinhos foram jogados em frente a escola Pedro Gardes 
— Foto: Ianara Garcia/TVCA

Um homem foi preso na madrugada deste domingo (7), em flagrante, enquanto jogava santinhos na frente da Escola Estadual Pedro Gardes, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

Bruno Rodrigues da Mata Vieira foi algemado e conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.

Com ele, foram apreendidos R$ 50 e uma bolsa contendo vários materiais de campanha política.

Conforme boletim de ocorrência, ficou caracterizado como boca de urna ou arregimento de eleitor.

O derramamento de santinhos é crime eleitoral e cabe multa tanto para quem pratica o ato, quanto para o candidato, que não teve o nome revelado.

Conforme o juiz eleitoral Paulo Sodré, é proibido jogar santinho no chão.
“A partir das 22h de sábado (6), é proibida toda e qualquer propaganda eleitoral, inclusive aquilo que chamamos de derrame de santinhos. Havendo isso, seja no entorno do colégio, nos locais de votação, seja nas ruas, e caracterizando o conhecimento do candidato, ele poderá não apenas ser multado por propaganda irregular, de R$ 2 mil a R$ 8 mil, como também ele e quem fez a ação podem responder criminalmente”, disse o magistrado”.

Em MT, Exército é recebido a flechadas em aldeia e índio é preso com 70 títulos de eleitor

Por Flávia Borges, G1 MT

07/10/2018 12h07 

Em Mato Grosso, índios de uma aldeia localizada em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, receberam homens do Exército com flechadas neste domingo (7). Eles levavam as urnas eletrônicas para o local, que possui 70 eleitores.

Conforme o juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Lídio Modesto da Silva, a Fundação Nacional do Índio (Funai) precisou ser acionada para que os homens do Exército conseguissem entrar na aldeia.

“Registramos uma situação um pouco mais grave na região de Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, em uma comunidade indígena, em que os homens da força de segurança do Exército foram recebidos com flechas. Tivemos que acionar a Funai, para que intercedesse e em 30 minutos nós conseguimos. Lá são apenas 70 eleitores, acredito que rapidamente vamos terminar o trabalho”, disse o magistrado.

Outro caso foi registrado em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, onde um índio da etnia Caiapó, foi preso por estar com 70 títulos de eleitor, de todos os membros da aldeia dele. Ele alegou à polícia que votaria em nome de todos.

As informações foram repassadas pelo juiz do TRE no primeiro boletim da Justiça Eleitoral emitido neste domingo (7).

É melhor ficar numa droga de democracia do que cair em outra ditadura

Charge do Juliano (Arquivo Google)

J.R. Guzzo
Veja

As eleições para escolher o novo presidente colocam o eleitor brasileiro numa situação que nunca aconteceu antes. Eleições, normalmente, são uma das ferramentas mais importantes da democracia — mas no pleito deste fim de semana um dos lados tem como objetivo, caso saia vencedor, acabar com o regime democrático no Brasil.

É uma droga de democracia, como todo mundo está cansado de saber, mas, por pior que seja, ainda é menos ruim que uma droga de ditadura — e é justamente isso que o consórcio formado pelo ex-presidente Lula, PT e sua vizinhança quer fazer no país.

REGIME DE FORÇA – Eles não falam assim, é claro. Mas os atos concretos que prometem realizar depois de assumir o governo vão deformar de tal maneira o poder público, os direitos individuais e a máquina do Estado que o resultado prático vai ser a construção de um regime de força no Brasil.

Não se trata apenas, como já aconteceu tantas outras vezes, de eleger um presidente ruim. O problema, agora, é que um dos possíveis finalistas, pelo que dizem há meses as “pesquisas de opinião”, tem um projeto público de ditadura para o país.

Acabar com o Poder Judiciário, por exemplo, anulando o seu tribunal mais elevado e interferindo nas decisões dos juízes e desembargadores — isso é ou não é uma providência básica que toda ditadura, sem exceção, julga indispensável tomar? Sim, é.

CONTROLE DA JUSTIÇA – Então: o candidato a presidente do PT promete que se for eleito vai criar um negócio chamado “controle social na administração da Justiça”. Isso quer dizer que as sentenças dos magistrados estarão sujeitas, no mundo real, a comitês externos ao Poder Judiciário, com membros nomeados pelo governo. Promete-­se, também, “repensar” os conselhos nacionais da Justiça e do Ministério Público. Todo mundo sabe muito bem o que significa “repensar” alguma coisa neste país — é virar a mesa.

No caso, querem criar “ouvidorias”, compostas de pessoas que representem a “sociedade”, para vigiar juízes e o MP. Querem, ainda, criar algum sistema de cotas para a escolha de juízes, de forma a “favorecer o ingresso e a ascensão” de “todos os segmentos da população” nas carreiras do Judiciário, sobretudo as “vítimas históricas de desigualdades”.

A coisa vai por aí afora, de mal a pior, mas o ex-deputado José Dirceu achou uma boa ideia acrescentar um plus a mais: conforme disse, deveriam ser tirados “todos os poderes do Supremo Tribunal Federal”.

PODER DO POVO – Segundo o pensador-chefe do PT, o “Judiciário não é um poder da República”. Quem manda, diz ele, é o povo, através do voto. Além do mais, afirmou, o que interessa é “tomar o poder”. Eleição é outra coisa.

O futuro governo Lula também promete criar oficialmente a censura à imprensa no Brasil. (Isso mesmo, governo Lula: o ex-presidente está na cadeia, condenado como ladrão em primeira e segunda instâncias, mas toda a estratégia do PT é provar que quem vai mandar de verdade no país é ele, e não seu preposto nas eleições.)

Como acontece em relação à democracia, não se utiliza a palavra “censura”, assim abertamente; o que anunciam é o “controle social dos meios de comunicação”. É exatamente a mesma coisa.

HAVERÁ CENSORES – Esse “controle” não vai ser exercido pelo Espírito Santo. Quem vai “controlar” são pessoas de carne e osso nomeadas pelo governo, e “controlar” significa decidir o que a mídia pode ou não pode publicar.

Isso é censura — e o resto é conversa, sobretudo os desmentidos de que haverá censura. A partir daí, só fica pior. Falam em “fortalecer” a prodigiosa TV Brasil — que eles mesmos inventaram —, que consegue gastar 1 bilhão de reais por ano de dinheiro público e até hoje tem audiência próxima ao zero. Falam em dar concessões de TV e de rádio a sindicatos, “coletivos” e “movimentos sociais” — e mais do mesmo.

O projeto do PT inclui também uma “Assembleia Constituinte” paralela ao Congresso, como se fez na Venezuela, para implantar um novo regime político e social no país.

O QUE SERÁ ISS0? – Nada fica dito em português claro, mas nem é preciso — basta ouvir o que dizem todos os dias as lideranças do partido. Propõem-se orientação “política” para o ensino básico, parceria com governos criminosos, como os da Venezuela e da Nicarágua, e com ditaduras africanas, e um governo dos “povos do campo, das águas e das florestas”, seja lá isso o que for.

Mais que tudo, a candidatura do PT quer a volta dos governos Lula-Dilma — que acabam de ser acusados pelo ex-ministro Antonio Palocci de gastar 800 milhões de reais em dinheiro basicamente sujo para se manter no poder na última campanha presidencial. Francamente, não é preciso mais nada.
(artigo enviado por Celso Serra)  Posted in Tribuna da Internet

A urgência da “Paz e Bem” que São Francisco de Assis sempre desejou



Leonardo Boff

No nosso país, dentro de um ambiente de muito ódio, destruição de biografias e mentiras de todo tipo, vale recorrer ao espírito de São Francisco de Assis, à sua famosa oração pela paz e à sua saudação de Paz e Bem. Era um ser que havia purificado seu coração de toda a dimensão de sombra, tornando-se “o coração universal… porque para ele qualquer criatura era uma irmã, unida a ela por laços de carinho” como escreveu o Papa Francisco em sua encíclica ecológica (n.10 e 11). Por onde quer que passasse, saudava as pessoas com o seu ”Paz e Bem”, saudação que ficou na história especialmente dos frades que começam suas cartas desejando Paz e Bem.

Construiu laços de paz e de fraternidade com o Senhor irmão Sol, e com a senhora Mãe Terra. Essa figura singular, seja talvez uma das mais luminosas que o Cristianismo e o próprio Ocidente já produziram. Há quem o chame de o “último cristão” ou o “primeiro depois do Único” quer dizer, de Jesus Cristo.

PAPA FRANCISCO – Seguramente podemos dizer: quando o Cardeal Bergoglio escolheu nome de Francisco quis sinalizar um projeto de sociedade pacifica, de irmãos e irmãs, reconciliados com todos os irmãos e irmas da natureza e de todos os povos. A mesmo tempo, pensou numa Igreja na linha do espírito de São Francisco. Este era o oposto do projeto de Igreja de seu tempo que se expressava pelo poder temporal sobre quase toda a Europa até a Rússia, por imensas catedrais, suntuosos palácios e grandes abadias.

São Francisco optou por viver o evangelho puro, ao pé da letra, na mais radical pobreza, numa simplicidade quase ingênua, numa humildade que o colocava junto à Terra, no nível dos mais desprezados da sociedade vivendo entre os hansenianos e comendo com eles da mesma escudela.

CRISTO POBRE – Para aquele tipo de Igreja e de sociedade, confessa explicitamente: “quero ser um ‘novellus pazzus’, um novo louco”: louco pelo Cristo pobre e pela “senhora dama” pobreza, como expressão de total liberdade: nada ser, nada ter, nada poder, nada pretender. Atribui-se a ele a frase: “desejo pouco e o pouco que desejo é pouco”. Na verdade era nada. Considerava-se “idiota, mesquinho, miserável e vil”.

A despeito de todas as pressões de Roma e as internas dos próprios confrades que queriam conventos e regras, nunca renunciou ao eu sonho de seguir radicalmente o Jesus, pobre junto com os mais pobres.

A humildade ilimitada e a pobreza radical lhe permitiram uma experiência que vem ao encontro de nossas indagações: é possível resgatar o cuidado e o respeito para com a natureza? É possível uma sociedade sem ódios que inclua a todos, como ele o fez: com o sultão do Egito que encontrou na cruzada, com o bando de salteadores, como lobo feroz de Gúbbio e até com a irmã morte?

SEMPRE HUMILDE – Francisco mostrou esta possibilidade e sua realização, ao fazer-se radicalmente humilde. Colocou-se no mesmo chão (húmus=humildade) e ao pé de cada criatura, considerando-a sua irmã. Inaugurou uma fraternidade sem fronteiras: para baixo com os últimos, para os lados com os demais semelhantes, independente se eram Papas ou servos da gleba, para cima com o sol, a lua e as estrelas, filhos e filhas do mesmo Pai bom.

A pobreza e a humildade assim praticadas não têm nada de beatice. Supõem algo prévio: o respeito ilimitado diante de cada ser. Cheio de devoção, tirava a minhoca do caminho para não ser pisada, enfaixava um galhinho quebrado para que se recuperasse, alimentava no inverno as abelhas que esvoaçam por aí, famintas.

Não negou o húmus original e as raízes obscuras de onde todos viemos. Ao renunciar a qualquer posse de bens ou de interesses ia ao encontro dos outros com as mãos vazias e o coracão puro, oferecendo-lhes apenas o Paz e Bem, a cortesia, e o amor cheio de e ternura.

PAZ UNIVERSAL – A comunidade de paz universal surge quando nos colocamos com grande humildade no seio da criação, respeitando todas as formas de vida e cada um dos seres pois todos possuem um valor em si mesmo, antes de qualquer uso humano. Essa comunidade cósmica, fundada no respeito ilimitado, constitui o pressuposto necessário para fraternidade humana, hoje abalada pelo ódio e pela discriminação dos mais vulneráveis de nosso país. Sem esse respeito e essa fraternidade dificilmente a Constituição a Declaração dos Direitos Humanos terão eficácia. Haverá sempre violações, por razões étnicas, de gênero, de religião e outras.

Este espírito de paz e fraternidade, poderá animar nossa preocupação ecológica de salvaguarda de cada espécie, de cada animal ou planta, pois são nossos irmãos e irmãs. Sem a fraternidade real nunca chegaremos a formar a família humana que habita a “irmã e Mãe Terra”, nossa Casa Comum, com cuidado.

Essa fraternidade de paz é realizável. Todos somos sapiens e demens mas podemos fazer com que o sapiens em nós humanize nossa sociedade dividida que deverá repetir: ”Onde há ódio que eu leve o amor”.   Posted in L. Boff

sábado, 6 de outubro de 2018

Na trajetória de Lula e do PT, aconteceu uma sucessão de erros gravíssimos

Lula escolheu Dilma, mas ela o traiu em 2014

Roberto Nascimento

Não poderia, nesta hora H, deixar de manifestar o que penso desta eleição, cujos erros que elenco abaixo nos deram o efeito do “nós contra eles” e do “eles contra nós”. Mas creio que o povo não admitirá um retrocesso na vida democrática nacional.

Lembro que em 2010 o líder inconteste do PT precisava escolher seu sucessor. Tinha diante de si a difícil decisão entre as figuras mais destacadas e imponentes da sigla, oriundas do entorno paulista do chefe. Podemos destacar os ex-ministros Antonio Palloci e Guido Mantega, assim como os senadores Aloysio Mercadante, Marta Suplicy e Eduardo Suplicy.

ESCOLHEU DILMA – Para surpresa de todos, o então presidente bateu o martelo na cabeça de Dilma Rousseff, que ocupara o Ministério das Minas e Energia e veio suceder a Dirceu na Chefia da Casa Civil. Intuiu o presidente metalúrgico que Dilma tinha pulso forte, era rígida no comportamento e aparentemente sem ambições maiores. E a ungida também devotava ao chefe uma fidelidade canina.

O presidente, um farejador sagaz da alma humana (assim ele acreditava), sabia que os outros candidatos luas pretas tinham um louco apetite pelo poder e que uma vez alçados à categoria de número um, o colocariam para o escanteio, na reserva e até no ostracismo político.

Em parte, o tempo deu razão a Lula. Dirceu cometera todos os erros possíveis e imagináveis, comprometendo a imagem do governo, a própria carreira e o partido. Nesta eleição de 2018, posto em liberdade graças à caneta suprema, anda falando aos borbotões, assustando os eleitores e tirando votos do indicado da vez. E assim Dirceu demonstra cabalmente que não aprendeu nada com os erros do passado.

PALOCCI, O JUDAS – O petista Palloci enriqueceu no poder, desfrutando de todas as glórias e honras, fruto dos cargos nomeados pelo chefe. No entanto, apanhado em toda sorte de ilícitos, agora está entregando todos os companheiros, para receber os benefícios da delação premiada. Mais uma vez, neste aspecto, Lula tinha razão ao não escolher esse Judas do PT.

Quanto aos três senadores, Suplicy era um aloprado total, a ex-mulher Marta se bandeou para o PMDB quando o barco já afundava com furos para todo lado, e Mercadante seguia sempre com o mesmo tema enfadonho. Bingo: a escolha menos traumática para o momento foi mesmo indicar Dilma Rousseff.

Mas foi um desastre incomensurável. Esse erro na escolha acabou se tornando maléfico para o chefe e para o partido. Lula confiava na fidelidade de Dilma e na promessa de devolver a ele o protagonismo e a possibilidade real de sua volta ao poder em 2014. Mas deu tudo errado.

LULA É TRAÍDO – Dilma recusou peremptoriamente abrir mão da candidatura, sob a alegação de que Lula ficara oito no Planalto e ela também tinha direito de pleitear um novo mandato de quatro anos. Lula insistiu, Dilma então ameaçou revelar tudo o que sabia, inclusive o relacionamento dele com sua assessora Rosemary Noronha e as luas-de-mel no exterior como passageira clandestina.

Lula teve de recuar, defender a candidatura de Dilma na convenção do PT e depois lutar para reelegê-la. Conseguiu este intento, mas o governo de Dilma/Mercadante foi um fracasso, surgiu a maquiagem das contas públicas pelo ministro Guido Mantega, dando motivo ao impeachment presidencial. No olho do furacão, a conspiração para a derrubada de Dilma envolveu as cabeças pensantes do PMDB, do PSDB e do Centrão, tendo o vice Michel Temer e seu entorno na comissão de frente do processo de impeachment.

ASCENSÃO E QUEDA – Foi uma lição de vida e do processo político a história da ascensão e queda do líder sindical que chegou ao poder. Mas a vida de uma nação não pode ficar subordinada aos desígnios de um único homem ou mulher, de um rei ou de um ditador, figuras humanas eivadas de subjetividades e erros de interpretação. Quando isso acontece, as consequências nefastas para o povo se apresentam de inúmeras maneiras.

Um fato real é agora a escolha entre dois extremos do cenário político, em meio à crise econômica e ao caos nos serviços de Saúde, Educação e Segurança Pública. Vença quem vencer, o próximo ano não será fácil para ninguém.

Espero que o regime democrático seja respeitado pelo novo governante eleitos pelo povo. A Constituição Cidadã, apelidada assim por Ulysses Guimarães e que completou 30 anos nesta sexta-feira, não pode ser vilipendiada e rasgada por quem quer que seja. Posted in Tribuna da Internet