quinta-feira, 1 de março de 2018

Resolução aprovada pelo TSE prevê verificação de voto impresso nas eleições

01/03/2018 14h31
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Cerca de 5% das urnas estarão equipadas com impressoras em 2018
Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou hoje (1°) a resolução que vai disciplinar a impressão dos votos em parte das urnas do país. O documento prevê a verificação manual da votação em um número restrito de sessões eleitorais.

Conforme já havia sido divulgado anteriormente, o eleitor não terá contato direto com o comprovante de votação, podendo apenas verificar visualmente se o que está impresso no papel condiz com o que aparece na tela da urna eletrônica.

A resolução aprovada pelo TSE prevê que cada estado terá apenas um local para a verificação manual dos votos, que começará a ser feita em até quatro dias úteis após cada turno da eleição. A operação será conduzida por servidores da Justiça Eleitoral, com a participação de fiscais dos partidos. O processo será público, podendo ser acompanhado por qualquer interessado. Os locais devem ser divulgados 20 dias antes do primeiro turno.

Segunda a norma, nem todas as urnas equipadas com impressoras serão alvo da verificação. Dois dias após cada turno, a Justiça Eleitoral deve divulgar quais urnas, em quais seções, participarão do processo.

De acordo com o TSE, cerca de 5% (30 mil) das 600 mil urnas eletrônicas deverão estar equipadas com impressoras nas eleições de 2018. A resolução aprovada nesta quinta-feira disciplina ainda os procedimentos a serem adotados em caso de mal funcionamento do equipamento.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

STF autoriza transexual a alterar registro civil sem cirurgia de mudança de sexo

01/03/2018 15h58
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (1º) autorizar transexuais e transgêneros a alterarem o nome no registro civil sem a realização de cirurgia de mudança de sexo. O julgamento começou ontem, quando já havia maioria de votos definindo a questão, e foi finalizado no início desta tarde, com os votos restantes.

Com a decisão, o interessado poderá se dirigir diretamente a um cartório para solicitar a mudança e não precisará comprovar sua condição, que deverá ser atestada por autodeclaração. A Corte não definiu a partir de quando a alteração estará disponível nos cartórios.

Apesar de a votação ter sido definida por unanimidade, a Corte divergiu em parte do voto do relator, ministro Marco Aurélio. Na sessão de ontem, o ministro votou contra a obrigatoriedade da cirurgia, mas, conforme seu entendimento, a decisão valeria somente para transexuais, a depender de decisão judicial prévia, com base em laudo médico e seria aplicável somente a maiores de 21 anos.

Para a maioria dos ministros, a medida deveria ser estendida a transgêneros, sem a necessidade de comprovação médica, por tratar-se de medida discriminatória. Com base no mesmo argumento votaram os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e a presidente, Cármen Lúcia.

Recurso
A votação do Supremo ocorre em recurso de transexual contra decisão da Justiça do Rio Grande do Sul, que negou autorização para que um cartório local aceitasse a inclusão do nome social como verdadeira identificação civil. Os magistrados entenderam que deve prevalecer o princípio da veracidade nos registros públicos.

O nome social é escolhido por travestis e transexuais de acordo com o gênero com o qual se identificam, independentemente do nome que consta no registro de nascimento.

Ao recorrer ao Supremo, a defesa do transexual alegou que a proibição de alteração do registro civil viola a Constituição, que garante a “promoção do bem de todos, sem preconceitos de sexo e quaisquer outras formas de discriminação”.

“Vislumbrar no transexual uma pessoa incapaz de decidir sobre a própria sexualidade somente porque não faz parte do grupo hegemônico de pessoas para as quais a genitália corresponde à exteriorização do gênero vai frontalmente contra o princípio de dignidade humana”, argumentou a defesa.

Atualmente, transexuais podem adotar o nome social em identificações não oficiais, como crachás, matrículas escolares e na inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo. A administração pública federal também autoriza o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de travestis e transexuais desde abril do ano passado.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Exército quer autorização para atirar em pessoas armadas

Apresentação. Os ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Cármen Lúcia (STF), no CNJ ontem

PUBLICADO EM 01/03/18 - 03h00

Brasília. O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse que é “fundamental” uma mudança nas regras de enfrentamento armado, que permitiria um militar alvejar um homem portando arma em ruas no Rio de Janeiro, durante o período da intervenção federal no Estado. O general falou à imprensa após solenidade no Comando do Exército para a troca do chefe da Secretaria de Economia e Finanças do Comando, o general Antonio Hamilton Mourão.

Segundo Villas Bôas, a mudança na regra de engajamento, que vinha sendo defendida em entrevistas à imprensa pelo general da reserva Augusto Heleno, ex-comandante de tropas no Haiti, é “muito necessária”. “Essa questão está sendo discutida porque é fundamental para que nós tenhamos eficiência e obtenhamos algumas superioridades nos enfrentamentos (com) os integrantes do crime organizado. Mas não cabe a nós definir quais serão essas regras. Cabe sim aos órgãos da Justiça, ao Ministério Público, proporcionarem esse respaldo a nós”, disse o general.

“Cheque em branco”. Uma autorização para militares matarem pessoas armadas nas ruas tem despertado críticas de organizações de direitos humanos, para as quais a nova determinação seria um “cheque em branco” para as tropas e poderia levar a enganos e execuções sumárias.

Villas Bôas ponderou que a mudança só ocorreria após um debate, que, segundo ele, já está ocorrendo. “Está havendo um debate, com posicionamentos bastante divergentes, mas a existência dele é positiva, porque eu acredito que vai acabar provocando uma convergência e uma compreensão da necessidade e da importância (da mudança). Até porque essa empreitada que nós estamos participando, realizando, ela tem que dar certo. É uma das últimas oportunidades que o Estado brasileiro está buscando para superar esse problema que é o que mais aflige a nossa sociedade”, disse o comandante do Exército.

“Bomba atômica”. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, comparou a intervenção federal em um Estado, como está ocorrendo na segurança do Rio de Janeiro, a uma bomba atômica e disse que não cogita essa solução para outros Estados. Ele usou uma frase do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que uma vez disse que impeachment é como bomba atômica: é para dissuadir, mas não para usar efetivamente.

Segundo ele, a situação do Rio exigia essa intervenção. “Temos uma crise fiscal, moral e de segurança (no Rio)”, disse Jungmann. “Temos uma captura de parte das instituições e do Estado pelo crime”, afirmou. Jungmann avaliou que a intervenção não é necessária nos outros Estados.

Jungmann anuncia reforço na PF e orçamento de R$ 2,7 bi
Brasília. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o governo autorizou concursos públicos para contratar novos agentes na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo ele, os concursos devem ser realizados ainda neste ano. Serão 500 novas vagas para a Polícia Federal e 500 para a Polícia Rodoviária Federal. O Orçamento do novo ministério para este ano será de R$ 2,7 bilhões, segundo Jungmann, e os valores não serão contingenciados.

Entre as medidas anunciadas, o ministro disse que o governo vai criar um programa para “comprar” o tempo de folga de agentes da PRF. A ideia é ampliar em 2.000 pessoas o contingente de agentes patrulhando rodovias. Os postos de videomonitoramento da PRF serão ampliados dos atuais 30 para 330. Na PF, 20 delegados serão deslocados para a área de combate à corrupção, e o número de agentes que atuam na fronteira será duplicado, para 300.

Penitenciárias
Monitoramento de prisões. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentou ao ministro Raul Jungmann o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, uma ferramenta online que vai funcionar em tempo real atualizando os dados de cada preso que entra e sai do sistema penitenciário.

Cadastro de presos. Também foi apresentado o Cadastro Nacional de Presos – um raio X da população carcerária –, previsto para ser lançado em maio.

Jornal OTempo

Ladrões invadem casa e roubam moradores na zona rural de Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

01/03/2018 07h53 

Os moradores de uma casa em Monte Verde, zona rural de Juiz de Fora, foram rendidos e roubados na madrugada de quarta-feira (28).

De acordo com a Polícia Militar (PM), dois homens armados arrombaram a porta e invadiram a residência. Um idoso de 64 anos, o filho de 49 e uma mulher, de 46, foram rendidos, amarrados e trancados em um quarto.

Um dos ladrões manteve a arma de fogo apontada para eles, enquanto o outro recolhia um relógio, anéis, TV, documentos, equipamentos eletrônicos e R$ 800 em dinheiro.

A dupla fugiu no carro das vítimas levando os materiais roubados. O veículo foi localizado estacionado na Rua Romeu Pastori, no Bairro Bom Jardim, cerca de duas horas depois do registro do roubo.

Nenhum suspeito foi preso. O caso será encaminhado para investigação na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos da Polícia Civil.

Procon quer solução de problemas causados pela SIM TV

JUIZ DE FORA - 1/3/2018 - 08:18

Durante audiência realizada na terça-feira, 27, no Ministério Público, na 13ª Promotoria de Justiça, a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), notificou a empresa Televisão Cidade S/A - SIM TV sobre os problemas causados aos consumidores, e cobrou solução imediata. O Procon aguarda a finalização das audiências de conciliação em andamento no órgão, para tomar as medidas legais cabíveis contra a empresa, caso as demandas não sejam atendidas.

“Devido à gravidade dos fatos, a falta de transparência diante do ocorrido e a conduta da empresa no não atendimento aos consumidores e ao Procon/JF, encaminhamos as reclamações ao Ministério Público. Com ação conjunta entre Procon e Promotoria de Justiça, esperamos que os problemas sejam solucionados o mais breve possível”, afirmou o superintendente do órgão, Eduardo Schroder.

Em 2017, o Procon registrou 162 problemas relacionados à SIM TV. No comparativo entre os dois primeiros meses de 2017 e 2018, o número de atendimentos subiu de 39 para 345, quase 900%. Até esta quarta-feira, 28, já foram agendadas 185 audiências de conciliação.

Durante audiência no Ministério Público, representantes da SIM TV informaram que a empresa passa por reestruturação, após a perda da concessão do serviço de TV por assinatura, mantendo apenas a prestação dos serviços de internet e transmissão de dados. E ainda que uma falha no sistema de tecnologia de informação causou a interrupção do sistema interno de controles, gestão de clientes e monitoramento da rede, causando os transtornos aos consumidores.

Questionada pelo gerente de Atendimento do Procon, Oscar Furtado, sobre as medidas adotadas para reestabelecer os serviços e ressarcir os consumidores, que continuam pagando, a SIM TV informou que dentro de 30 dias, a partir da notificação, deverá haver a regularização de emissão de segunda via e remessa dos boletos, normalização dos canais de comunicação e atendimento do site. Quanto ao ressarcimento dos valores cobrados indevidamente, a empresa informou que comparecerá às audiências agendadas no Procon/JF, além de entrar em contato com os consumidores que tiveram problemas.

O promotor de Justiça Oscar Santos de Abreu concedeu prazo de 40 dias para que a empresa junte aos autos a comprovação da solução das reclamações e comprove o restabelecimento do serviço.

* Informações na Assessoria de Comunicação do Procon/JF pelo telefone 3690-8439.
Portal PJF

Câmara aprova regulamentação de serviços de transporte com aplicativo

01/03/2018 00h07
Brasília
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

Após mais de três horas de debates, a Câmara dos Deputados aprovou hoje (28) o Projeto de Lei (PL) 5587/16, que regulamenta os serviços de transporte com aplicativos como Uber, Cabify e 99 POP. O PL segue para sanção do presidente Michel Temer. Na única alteração ao texto vindo do Senado, o plenário rejeitou, por 283 votos a 29, a mudança que retirava dos municípios a competência de regulamentar os serviços de transporte por meio de aplicativos.

Os deputados mantiveram duas alterações ao texto feitas pelo Senado e, dessa forma, o texto final excluiu a necessidade de autorização prévia emitida pelo poder público municipal para o motorista de aplicativo nos municípios em que houver regulamentação. Além disso, também prevaleceu a mudança do Senado que retirou a obrigatoriedade de o motorista do aplicativo ser o proprietário, fiduciante ou arrendatário do veículo, assim como a de usar placa vermelha.

Os deputados analisaram o projeto que havia sido aprovado pelo Senado no início de novembro do ano passado. Originário da Câmara, o projeto de lei precisou ser analisado novamente para encerar o processo legislativo e ser sancionado para virar lei. Isso porque os senadores alteraram trechos do texto aprovado pelos deputados.

Entre as regras de fiscalização previstas no PL aprovado estão a exigência de contratação de seguro de Acidentes Pessoais a Passageiros (APP) e do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), além da necessidade de inscrição do motorista como contribuinte individual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O PL também estabelece que o motorista deve ser portador de Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou superior que tenha a informação de que ele exerce atividade remunerada. Aquele que descumprir as regras terá seu trabalho caracterizado como transporte ilegal de passageiros.

Divergência
Pressionados por taxistas e motoristas de aplicativos, que tinham posições divergentes sobre a regulamentação, deputados travaram debates acalorados durante a sessão que discutiu o tema. Favorável ao estabelecimento de regras mais rígidas para os serviços de transporte por aplicativo, o deputado Major Olímpio (SD-SP) defendeu que a regulamentação permitiria a igualdade de tratamento entre os trabalhadores de transporte privado e taxistas.

“Se for vender pipoca, precisa de autorização do município. Se tem a remuneração de um serviço de transporte remunerado, não há o que discutir. Ninguém está acabando com aplicativo nenhum, está se concedendo exatamente regulamentação, igualdade para a disputa do mercado”, argumentou.

Já o relator da matéria na Casa, deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), defendeu que os aplicativos são responsáveis pela renda de mais de 500 mil trabalhadores brasileiros e foi responsável, em 2017, pelo pagamento de R$ 1 bilhão em impostos. “Não cabe a esse plenário hoje tomar a decisão de proibir aplicativos”, disse.

Edição: Davi Oliveira
Agência Brasil

PF e Receita investigam empresas que simulavam vendas para lavar dinheiro

01/03/2018 10h08
Brasília
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (1º) a Operação Descarte, com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que, usando empresas que estavam sob controle, simulavam venda de mercadorias com o propósito de lavar dinheiro para outras que pagavam por produtos inexistentes. Esses pagamentos eram feitos por meio de transferências bancarias ou boletos, o que, segundo a PF, dava “aparência de legalidade” ao negócio.

Contando com a ajuda da Receita Federal, a operação cumpre 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas localizadas nas cidades de São Paulo, Santos, Paulínia (SP), além de Belo Horizonte e Lamin (MG). Em nota, a PF informou que os valores recebidos eram transferidos “para diversas empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial”.

De acordo com os investigadores, o maior cliente desse esquema foi uma “empresa concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo” que, entre 2012 e 2017, teria simulado a aquisição de produtos como detergentes, sacos de lixo e uniformes. “Assim, foram repassados mais de R$ 120 milhões para terceiros ainda não identificados”, acrescentou a nota.

Vários veículos de luxo foram adquiridos pelo grupo criminoso. Todos foram registrados em nome de laranjas. Ainda segundo a PF, “uma das células do esquema criminoso” remeteu ilegalmente parte dos valores para um funcionário público argentino, no exterior. Esse funcionário estaria “em conluio” com operadores financeiros já presos no âmbito da Operação Lava Jato.

Caso se confirmem as suspeitas dos policiais, a expectativa é de que os investigados sejam acusados de crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária e associação criminosa. Há também suspeitas de práticas dos crimes de corrupção ativa e passiva.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Visitantes sem cartão de vacinas atualizado serão barrados no Parque Estadual de Ibitipoca

Por G1 Zona da Mata

28/02/2018 16h41 

Cartão atualizado deverá ser apresentado para acesso ao Parque Estadual do Ibitipoca (Foto: Semad/Divulgação)

Os visitantes que não apresentarem o Cartão Nacional de Vacinação atualizado serão barrados na entrada do Parque Estadual de Ibitipoca, no distrito de Conceição de Ibitipoca, em Lima Duarte. De acordo com o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), a medida está sendo adotada devido à ocorrência de casos de febre amarela na região.

O comunicado foi publicado na página oficial do Parque na última segunda-feira (26). Os turistas deverão apresentar carteira de identidade e o cartão de vacinação dentro do prazo legal. Caso contrário, não será permitida a entrada no local.

A medida segue orientação da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e é válida por tempo indeterminado, até orientação de liberação da pasta. Somente em janeiro de 2018, o parque recebeu cerca de 15.034 mil visitantes, segundo balanço mais recente.

Zona da Mata em alerta
Em Lima Duarte, até o dia 26 de fevereiro, a Prefeitura informou que foram registrados sete óbitos com suspeita de febre amarela, sendo que dois já haviam sido confirmados o diagnóstico através de exame específico realizado na Fundação Ezequiel Dias (Funed). Há, ainda, mais um caso suspeito cujo paciente se encontra hospitalizado em Juiz de Fora. As mortes foram confirmadas em Boletim Epidemiológico divulgado nesta terça-feira (27).

Além do Parque do Ibitipoca, outras unidades de conservação estão em estado de alerta por estarem localizadas no entorno de áreas onde houve morte de primatas. São elas: Estação Ecológica do Cercadinho, Parque Estadual Serra Verde, Parque Estadual da Baleia e Refúgio de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José. Os macacos não transmitem a febre amarela a humanos, mas a morte deles é um indicativo da circulação do vírus.

Em Mar de Espanha, na Zona da Mata mineira, a Estação Ecológica de Mar de Espanha está temporariamente fechada em função do risco de contaminação de febre amarela. A medida foi recomendada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e visa garantir a segurança da população, uma vez que foram confirmadas mortes de macacos nessa área, em decorrência da doença. Na cidade, um homem de 40 anos morreu com a doença no dia 4 de janeiro de 2018.

Mortes na região
O Boletim Epidemiológico da febre amarela divulgado nesta terça-feira (27) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontou 28 óbitos pela doença.
Juiz de Fora: 5 óbitos;
Barbacena: 1 óbito
Rio Preto: 3 óbitos;
Piau: 2 óbitos;
Belmiro Braga: 1 óbito;
Bicas: 1 óbito;
Goianá: 1 óbito
Mar de Espanha: 1 óbito;
Maripá de Minas: 1 óbito;
Matias Barbosa: 1 óbito;
Rio Novo: 1 óbito;
Santa Rita do Jacutinga: 1 óbito;
Santos Dumont: 1 óbito;
Simão Pereira: 1 óbito;
Santo Antônio do Aventureiro: 1 óbito;
Viçosa: 1 óbito;
Ervália: 1 óbito;
Caranaíba: 1 óbito.
Senhora de Oliveira: 1 óbito
Lima Duarte: 2 óbitos

Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infestados. Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Já em ambiente urbano, a partir do Aedes aegypti, de acordo com o Ministério da Saúde. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa.

Macacos não transmitem a doença
A Secretaria de Estado de Saúde ressalta que os macacos prestam um importante auxílio no enfrentamento, prevenção e controle à febre amarela. Por adoecerem primeiro, os primatas dão às autoridades informações valiosas sobre a circulação do vírus. O achado de macacos mortos serve de alerta para que os órgãos de saúde pública iniciem campanhas de vacinação.

Algumas pessoas pensam que os macacos transmitem a febre amarela aos humanos, o que é completamente errado. Além de ilegal e de tornar mais crítico o estado de conservação desses animais, a matança indiscriminada, assim como o envenenamento intencional de macacos são extremamente prejudiciais ao próprio ser humano. Se eles forem mortos pelas pessoas, só será descoberto que a febre amarela chegou a determinada região apenas quando as pessoas contraírem a doença.

Veja se você deve se vacinar agora contra a febre amarela 
(Foto: Inforgrafia: Roberta Jaworski/G1)
Entenda como ocorre a infecção e quais são os sintomas da febre amarela (Foto: Alexandre Mauro/Editoria de Arte G1)

Pedreiro mata idosa e arranca dedo dela para tentar roubar em banco

Suspeito mora na cidade há pouco mais de três meses

PUBLICADO EM 28/02/18 - 09h46

FERNANDA VIEGAS

A Polícia Civil encontrou o corpo de uma idosa de 67 anos dentro de uma mala, em uma mata, na cidade de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, nessa terça-feira (27). Um homem, que trabalhou como pedreiro para ela, está preso pelo crime. A vítima era professora aposentada.

Luzia dos Santos estava desaparecida há cerca de um mês e, desde que a família notificou a polícia sobre o sumiço dela, as investigações foram iniciadas. 

“A família nos procurou no dia 8 de fevereiro, noticiando o desaparecimento. E havia uma situação estranha. Durante uma semana foram vistos vários usuários de drogas entrando e saqueando a casa dela", explicou Rodrigo Bartoli, delegado de Homicídios de Pouso Alegre.

"Começamos a investigação, e o primeiro passo foi identificar quem eram as pessoas que entravam na casa. Nós chegamos a diversos bens e eletrodomésticos que já haviam sido vendidos em um bairro de uma comunidade pobre de Pouso Alegre. Através deste levantamento, chegamos até a pessoa que seria responsável pela venda e que estaria se passando como sobrinho da vítima. Era o pedreiro, que alegou que a mulher teria se mudado para um asilo e que teria autorizado ele a vender os bens", detalhou Rodrigo Bartoli, delegado de Homicídios de Pouso Alegre.

Ainda com informações de testemunhas e demais verificações, os policiais conseguiram provar que no final de janeiro (quando a polícia acredita ter sido o homicídio) o suspeito foi visto andando pela rua com manchas de sangue. 

"Com base nesses elementos, a gente pediu a prisão dele, que foi cumprida na sexta-feira (dia 23 de fevereiro), e agora, na terça-feira (27), foi o interrogatório dele. Após 4 horas de interrogatório ele acabou por confessar o crime e levou a equipe de homicídios ao local onde o corpo foi encontrado”, complementou o delegado.

Os policiais detiveram o homem, de 38 anos, que trabalhou durante um mês, aos fins de semana, como pedreiro de Luzia. Em depoimento, ele alegou que pediu dinheiro adiantado para ela, mas ela não deu. Na ocasião, irritado, o suspeito roubou o celular da idosa e não voltou mais para trabalhar.

Um tempo depois, o pedreiro voltou na casa dela para tentar reaver o emprego e pedir desculpas por ter roubado o celular dela. Como ele invadiu a residência, os dois se desentenderam e a mulher começou a gritar. Segundo o depoimento, ele a enforcou na tentativa de conter os gritos, mas a vítima perdeu o sentido e morreu.

Também, em testemunho, o suspeito relatou que depois que matou a idosa, ele pegou o cartão do banco dela e tentou fazer saque. Contudo, ele não conseguiu, e percebeu que precisava da digital da titular da conta. Sendo assim, o homem foi para casa e, no dia seguinte, cortou o dedo indicador da mão direita da vítima, com um alicate, guardou em um saco plástico, e colocou o corpo dela dentro de uma mala, de acordo com o depoimento.

O pedreiro disse que levou a mala para uma mata fechada, uma área de esgoto a céu aberto, e a abandonou lá. Depois, voltou com o dedo dela no caixa eletrônico para tentar fazer o saque, mas também não conseguiu. 

Após relatar todo o caso, o suspeito levou os policiais até o local onde deixou o corpo e também, do outro lado da cidade, onde ele escondeu o dedo, embaixo de uma pedra.

De acordo com a polícia, o homem não é natural de Pouso Alegre. Ele chegou na cidade em outubro e já tem ficha na polícia, por um outro crime violento, este não repassado detalhes pela polícia.

O suspeito está preso temporariamente, por 30 dias, no Presídio de Pouso Alegre e, quando as investigações forem finalizadas, a polícia pretende pedir a prisão preventiva dele. O pedreiro vai responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e pelo crime de furto.

A mulher morava sozinha, não teve filho e não era casada. Os familiares dela, que moram na cidade, têm casas em outros bairros. Segundo o delegado Rodrigo Bartoli, Luzia recebia um salário como aposentada e, durante a vida, cursou três faculdades. Ela tinha carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), mas não advogava.

A idosa possuía um espaço para corte e costura dentro da casa e dois quartos pequenos no fundo da residência, que ela alugava. "Muitas vezes eram usuários de drogas que alugavam os imóveis e não pagavam. Ela tinha problemas, porque não buscava se informar sobre os inquilinos", afirmou o delegado, lembrando um cuidado importante de se ter. "Ela nunca chamou a polícia", finalizou.
Jornal OTempo

Settra altera itinerário de ônibus de Torreões e ponto final de Santa Cruz e Vila Esperança

JUIZ DE FORA - 28/2/2018 - 14:04

A partir desta quinta-feira, 1º de março, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) vai alterar o itinerário da linha 519 – Torreões e também o ponto final da 722-Santa Cruz, 733-Santa Cruz/São Damião e 715-Vila Esperança. O objetivo é melhorar a operação do transporte coletivo urbano e o atendimento ao usuário.

A alteração no itinerário da 519 acontece apenas no horário de 15h30, no sentido Centro/bairro, em que o ônibus passará fazer a extensão até o Sítio Boa Esperança, às segundas, quartas e sextas-feiras. O retorno está previsto para as 19h10 – saindo de Torreões, via Estrada de Rio Preto. Em anexo, o novo quadro de horários referente aos dias úteis.

As linhas 722 e 733 passam a fazer o ponto final na Avenida Doutor Simeão de Faria, 1991, Santa Cruz, a partir das 20 horas. Já o do 715 será na Rua João Ribeiro de Novais, 265, Vila Esperança.

* Informações com a Assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo 3690-7767.

Portal PJF