terça-feira, 14 de novembro de 2017

Justiça Federal no RS concede licença-maternidade a pai que cria filha sozinho

Por G1 RS

14/11/2017 19h07 

Entendendo que não é possível fazer distinção de gênero quando se refere à proteção da família, a Justiça Federal no Rio Grande do Sul concedeu, nesta terça-feira (14), liminar que garante a um pai o direito à licença-maternidade. Cabe recurso à segunda instância. Com a decisão, o homem terá direito à licença de 120 dias, prorrogáveis em mais 60, com estabilidade e sem prejuízo de salário.

O homem, um técnico de enfermagem de Porto Alegre, é o responsável exclusivo pelos cuidados da filha, que tem três meses. A mãe da menina abriu mão da guarda. O pai ingressou com um mandado de segurança após ter o pedido negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

"A vida em família superou a tradicional configuração do pai que ganha o sustento trabalhando fora, enquanto a mãe cuida dos filhos e dos afazeres domésticos, no conhecido papel da dona de casa", cita na decisão o juiz federal substituto Carlos Felipe Komorowski, da 20ª Vara Cível de Porto Alegre. No entendimento do magistrado, na falta da mãe, o pai deve ser o responsável pelo cuidado direto com os filhos.

Komorwski destacou ainda que, atualmente, a legislação só garante a obtenção da licença-maternidade ao homem em casos de adoção ou da morte da mãe da criança. No entanto, ele apontou que, no seu entendimento, "não é adequada, em pleno século XXI, a exclusividade de tais benefícios à mulher, quando o homem (pai) assume isoladamente os cuidados dos filhos".

Jovem morre com tiro na cabeça no Bairro Alto Grajaú em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

14/11/2017 17h14 

Um jovem, de 21 anos, morreu com um tiro na cabeça, na tarde desta terça-feira (14) no Bairro Alto Grajaú, em Juiz de Fora.

De acordo com informações preliminares da Polícia Militar (PM), dois indivíduos estavam armados em uma moto e dispararam contra o rapaz na esquina das Ruas Nossa Senhora do Líbano e Francisco Falci.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu), mas morreu a caminho do Hospital de Pronto Socorro (HPS).

A PM faz rastreamento na região em busca dos autores dos disparos.

Policial civil aposentado é assassinado a tiros pela ex-companheira em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

14/11/2017 09h24 

O policial civil aposentado, Antônio Geraldo Peters Netto, de 57 anos, foi morto a tiros na manhã desta terça-feira (14) em Juiz de Fora. De acordo com a Polícia Militar (PM), a suspeita de cometer o crime é a ex-companheira dele, uma jovem de 23 anos. Os dois tiveram uma discussão durante a madrugada desta terça-feira (14), em um estabelecimento comercial no Bairro Grajaú, conforme a ocorrência.

A Polícia Civil divulgou pela manhã uma nota de falecimento, em que informa que Netto era lotado na Central de Flagrantes (Uniflan-Barreiro), em Belo Horizonte, e estava de licença para se aposentar. "As investigações já foram iniciadas e as diligências estão sendo realizadas para localizar a suspeita", diz o texto.

Segundo a PM, o homem foi atingido pelos disparos na cabeça e no abdômen. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, socorreu a vítima e a levou para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) da cidade.

No entanto, por apresentar estado de saúde crítico, ele foi transferido para o Hospital Monte Sinai. A assessoria da unidade informou que ele faleceu durante cirurgia.

A arma usada na tentativa de homicídio foi apreendida, mas a suspeita fugiu do local do crime e ainda não foi encontrada. Também de acordo com a PM, a jovem já tinha sido detida há cerca de dois meses, por apontar uma arma para o policial aposentado em via pública. Na ocasião, o revólver também foi apreendido.

A condução das investigações na Polícia Civil está a cargo do titular da Delegacia Especializada de Homicídios de Juiz de Fora, Rodrigo Rolli.

Conselho de Proteção Animal abre seleção para entidade da sociedade civil organizada

JUIZ DE FORA - 14/11/2017 - 17:59

O Conselho Municipal de Proteção Animal (Compa) abriu nova oportunidade para representantes da sociedade civil organizada atuarem em ações nesta área. A segunda chamada do processo eleitoral para integrar o quadro de conselheiros oferece duas vagas efetivas e duas para suplentes. As inscrições foram abertas nesta terça-feira, 14, e seguem até o dia 24.

A criação do conselho tem como objetivo o planejamento de ações combinadas entre instituições organizadas e profissionais das diferentes áreas. Como, por exemplo, campanhas de adoção responsável e fiscalização das normais legais do município. Para isso, o Compa contará com equipe formada por médico veterinário, protetores independentes e entidades da sociedade civil.

Os candidatos interessados devem apresentar a documentação exigida até a data limite, na sede do Departamento de Limpeza Urbana (Demlurb), na Av. Francisco Valadares 1.000, Bairro Vila Ideal. O horário de atendimento é de 8 às 12 horas e das 14 às 17 horas. O link para a documentação é o https://www.pjf.mg.gov.br/e_atos/e_atos_vis.php?id=56311. O nome das entidades inscritas será afixado na Casa dos Conselhos, no dia 27.

O edital de segunda chamada é nova tentativa de envolver a participação de entidades da sociedade civil organizada, uma vez que não houve número de inscritos suficiente. Após o edital, caso as vagas ainda estiverem disponíveis, o próprio conselho dará início ao processo de indicação de outras entidades, através de carta convite. Este procedimento pode ser necessário, para o fechamento do quadro do conselho.

Eleição
No dia 9 foi realizada a eleição dos candidatos inscritos na primeira chamada do edital, para composição do Compa. Como resultado, o conselho elegeu os seguintes representantes:

Entidade de sociedade civil organizada: Sociedade Juizforana de Proteção aos Animais e meio Ambiente (SJPA), chapa única, eleita com um voto.

Protetores independentes: Nelma Ferreira dos Reis (titular) e Erika Schawarten (suplente), compondo a Chapa 1, eleita com seis votos, e Erika da Silva Romano (titular) e Silvana Guimarães Fortunato (suplente), Chata 2, e eleita com cinco votos.

Médico veterinário: Adolfo Firmino da Silva (titular) e Érico Furtado Alvares (suplente), Chapa 1, eleita com três votos.

* Informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.
Portal PJF

Annita se equipara a Vanusa errando o Hino Nacional Brasileiro

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PMMG apresenta Nota de Repúdio aos comentários dos apresentadores do jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo de Televisão, no caso de Salinas/ MG

Publicação 13/11/2017 19:29
Categoria Comunicação Organizacional
Abrangência GLOBAL

NOTA DE REPÚDIO

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) repudia os comentários dos apresentadores do jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo de Televisão, durante a notícia exibida nesta segunda-feira dia (13/11), sobre a atuação dos policiais militares no município de Salinas (MG). Segundo os apresentadores ...“Não tem nem muita investigação pra ser feita, tem é que punir com base nessas imagens já”...“Aí não precisa de investigação não”. 

O procedimento adotado, de instauração de Inquérito Policial Militar para apurar os fatos, obedecendo o devido processo legal, está amparado na Constituição da República que garante a ampla defesa e o contraditório na persecução penal. A Instituição, como garantidora do Estado Democrático de Direito, não abre mão da busca pela justiça, sobretudo, respeitando os diretos e garantias fundamentais de cada cidadão e também de seus policiais. O devido processo legal é imprescindível para que não haja julgamento sumário e punições precipitadas, como o que fora percebido nas falas dos apresentadores. 

Lado outro à questão, por que não há um pré-julgamento também em desfavor dos autores que investiram contra os PMs num claro ato de afronta à autoridade policial? 

A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a sociedade de manter a transparência e a lisura de suas ações e informações.

Ativistas marcam manifestação por capitão que falou sobre risco em barragem de Congonhas

postado em 13/11/2017 06:00 / atualizado em 13/11/2017 07:50
Problemas na barragem Casa de Pedra, em Congonhas, fizeram com que a CSN fizesse reparos em sua estrutura e instalasse sirenes para alertar moradores de comunidades próxima sobre problemas
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS)

Congonhas – Moradores de comunidades ameaçadas pela Barragem Casa de Pedra – que somam cerca de 4.800 pessoas –, em Congonhas, e ativistas que denunciam o perigo de rompimento dessa estrutura têm feito campanha e marcaram para hoje, às 15h, uma manifestação pela permanência do capitão Ronaldo Rosa de Lima. O oficial do Corpo de Bombeiros tem ajudado a fazer a articulação entre os ameaçados, o estado e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e acabou sendo alvo de uma ordem de transferência do comado da corporação, um dia após ter declarado à reportagem do Estado de Minas que “não há risco iminente, mas essa (a Barragem Casa de Pedra) é uma barragem propensa ao rompimento. Sobretudo agora, com a chegada da estação de chuvas”.

Desde a última quinta-feira, a reportagem do EM mostra que a situação de estabilidade do barramento é delicada e envolve grupo de ações do governo do estado. E preocupa as comunidades do entorno da barragem.

A apreensão sobre esse barramento de rejeitos de minério de ferro começou depois que apareceram infiltrações no paredão de 80 metros do Dique de Sela, que é uma das estruturas da Barragem Casa de Pedra. Tal situação obrigou a CSN a providenciar reparos emergenciais que duram até hoje. As ombreiras dessa construção, que são o seu apoio sobre morros naturais, apresentaram, de acordo com parecer técnico da Central de Apoio Técnico (Ceat) do Ministério Público (MP), fator de estabilidade de 1,3, sendo que o mínimo exigido pela legislação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) é 1,5. De acordo com a CSN, as obras executadas no dique conseguiram elevar esse fator de estabilidade para 1,6 e 1,7 nos dois lados do barramento, mas as obras continuam.

Desde o início dessas obras, o capitão tem sido insistente em exigir, em audiências públicas e entrevistas, a implantação de um plano emergencial de evacuação para os bairros Cristo Rei, Gran Park, Eldorado e Residencial, todos com residências que chegam a estar a 250 metros do dique que tem sido reparado. Na edição de sábado, o EM mostrou parte de um despacho interno assinado pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Cláudio Roberto de Souza, que determina a transferência do capitão Ronaldo Rosa de Lima de Conselheiro Lafaiete – unidade responsável por Congonhas – para Barbacena, com o envio do comandante de Barbacena, capitão Rodrigo Paiva de Castro, para Lafaiete. A data do documento é exatamente a mesma do dia em que a reportagem com a declaração do capitão foi veiculada, dia 10 deste mês, sexta-feira.
Militar, que comandava unidade dos bombeiros de Conselheiro Lafaiete foi transferido para Barbacena(foto: Reprodução)

MOVIMENTO 
O chamado para a manifestação que tem circulado por redes sociais traz a hashtag #ficaronaldo e os dizeres: “Somos solidários com quem fala a verdade e trabalha em prol da população. Diga não à transferência do capitão Ronaldo”. A manifestação está marcada para ocorrer em frente à Prefeitura de Conselheiro Lafaiete. A reportagem apurou que, apesar de a postagem estar circulando entre as comunidades, não há, ainda, um movimento intenso de pessoas de Congonhas se preparando para ir a Lafaiete, até porque os bairros suscetíveis a um possível rompimento são humildes e não muito articulados.

Procurado, o capitão Ronaldo preferiu não comentar a sua transferência por se tratar de um assunto interno da corporação. “Ainda sou o comandante, até que haja a publicação da transferência, mas prefiro não comentar esse fato que foge à minha competência técnica”, disse. A reportagem entrou em contato com o comandante-geral dos Bombeiros, coronel Cláudio Roberto de Souza, que não quis opinar sobre o fato. “Isso (a manifestação) não diz respeito aos Bombeiros e por isso não tenho nada a comentar sobre o assunto”, afirmou.

Um dos organizadores do movimento pela permanência do bombeiro é o engenheiro de segurança de Conselheiro Lafaiete, Fernando Cardoso, de 38 anos. “O capitão está sendo vítima de uma grande injustiça. Algo meramente político, contra um profissional que fez alertas e procurou a segurança da comunidade. Conversei com ele, e ele está receoso de falar, mas percebe-se que está muito chateado com tudo isso que está acontecendo”, disse. De acordo com o engenheiro, cerca de 36 mil pessoas já reagiram à hashtag #ficaronaldo e por isso ele espera que a pressão exercida sobre os Bombeiros mantenha o oficial em sua posição. “Aqui em Lafaiete ele é muito querido. Quando era tenente, trouxe a prevenção de incêndios para a região. Tinha 11 bombeiros no seu efetivo, em duas salas. Hoje, ele praticamente criou um batalhão com heliporto, piscina, torres para salvamento em altura, foi uma pessoa que transformou Conselheiro Lafaiete e por isso é querido e respeitado por todos”, afirmou Cardoso.

Plano de evacuação
A CSN informou que está agindo com a Prefeitura de Congonhas para implementar um plano de evacuação para a população que vive à beira da Barragem Casa de Pedra. Duas sirenes estão em instalação para emitir os alertas para a população e os trabalhadores da companhia, uma delas na barragem e outra no Bairro Lucas Monteiro. Outras três estão previstas e devem ser implantadas até 15 de dezembro, que é o prazo dado pelo Ministério Público para as adequações. Um cadastramento da população ameaçada foi feito para se saber quais são as pessoas com dificuldades de locomoção, crianças e idosos.

A empresa também informou que novos mapas de inundação, com resoluções melhores e que mostram como se comportaria a onda de rejeitos em caso de rompimento, foram entregues à Defesa Civil no dia 1º deste mês. Três espaços definidos como abrigos foram indicados para servir de refúgio: CET, Escola Judith e Lar dos Idosos. Foram levantados oito pontos de encontro, sendo um deles num lote vago do Bairro Residencial; na Praça do Bairro Dom Oscar; em frente à Escola Pingo de Gente; no campo de futebol Fonte dos Moinhos; na Romaria; em frente ao Clube Recanto da Serra; no lote vago no Bairro Eldorado; e em frente ao Clube Astra. Foram cadastradas 1.367 casas em áreas que sofreriam algum tipo de dano.

Ações preventivas
A Coordenadoria Estadual de Minas Gerais sustenta que o grupo do governo de Minas que atualmente desenvolve ações preventivas e emergenciais junto à comunidade vizinha à Barragem Casa de Pedra não é sigiloso. Segundo o major Rodrigo de Faria, coordenador-adjunto do órgão, a força-tarefa que integra diversas secretarias, Polícia Militar, Bombeiros, Defesa Civil, entre outros órgãos, foi criada em dezembro de 2016 para dar resposta a qualquer tipo de ocorrência relacionada às consequências das chuvas. Segundo o major, os membros se reúnem semanalmente e, diante das notícias veiculadas sobre uma situação de risco na barragem, o grupo colocou o assunto em pauta para avaliar os efeitos da temporada chuvosa na estrutura mantida pela CSN. O major também comenta a atual situação do barramento que, segundo ele, está estável. “Em vistoria feita na barragem pelo órgão federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) na última quarta-feira, não foram constatadas anomalias”, disse

https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/11/13/interna_gerais,

Projeto que cria base missionária no Haiti é aprovado em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

12/11/2017 12h28
 
Um menino caminha numa rua do bairro La Saline em Porto Príncipe, no Haiti, perto do Mercado de La Saline (Foto: Hector Retamal/AFP)

O projeto que detalha a criação de uma base missionária formada por voluntários de Juiz de Fora para atuar no Haiti foi aprovado na última semana. Agora, o documento será enviado ao consentimento dos freis da Associação São Francisco de Assis da Providência de Deus, instituição que é a referência da Arquidiocese de Juiz de Fora em relação às ações a serem implementadas no país latino-americano.

O encontro ocorreu na última quinta-feira (8), na Cúria Metropolitana, e teve a presença do arcebispo metropolitano e presidente-geral do grupo, Dom Gil Antônio Moreira, e de leigos que coordenam e participam da iniciativa missionária.

Na ocasião, também foram acertados o plano de divulgação e as próximas atividades do projeto, como a realização de campanha de Natal e de eventos para arrecadar dinheiro e produtos a serem enviados para o Haiti. No projeto, também estão previstas ações de apadrinhamento de crianças haitianas e o envio de profissionais da área de saúde e religiosos.

“Vamos formar grupos de pessoas que vão ajudar no Haiti, como dentistas, empresários, engenheiros, médicos, e assim por diante. Os grupos já estão formados e agora vamos esperar os pedidos dos freis para que possamos enviar aquilo que eles mais necessitarem, na hora em que eles quiserem”, ressaltou dom Gil.

A primeira ação do projeto “Missão JF/Haiti” foi a abertura de uma conta, cujos recursos serão totalmente destinados ao trabalho realizado pelos freis franciscanos da Providência de Deus no Haiti junto à população carente da cidade de Croix-des-Bouquets. Os interessados já podem fazer doações através da seguinte conta:

Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 3029
Operação: 003
Conta-corrente: 3174-8

Convocação
O arcebispo de Juiz de Fora se diz satisfeito com o desenvolvimento da ação missionária no Haiti e também convoca os que puderem ajudar o projeto. “Estou muito feliz e muito agradecido. É um passo a mais que a nossa Arquidiocese de Juiz de Fora dá justamente naquele que é o objetivo escolhido pelo Sínodo: ‘Arquidiocese de Juiz de Fora, uma Igreja sempre em missão’. Os nossos irmãos haitianos são queridíssimos e já esperam a nossa participação e a nossa união”, comentou Dom Gil.

A próxima reunião do grupo arquidiocesano está marcada para o dia 19 de dezembro. Os interessados em ajudar ou ter mais informações sobre o projeto "Missão JF/Haiti" podem entrar em contato com Ana Maria Roberto, coordenadora geral do grupo, através do telefone (32) 3229-5466.

Ações no Haiti
Em julho, uma comitiva da Arquidiocese de Juiz de Fora viajou ao Haiti para estudar a possibilidade da criação da base missionária da igreja no país. Esta foi a segunda iniciativa da Arquidiocese voltada para o Haiti, para onde encaminhou doações em 2016, e se soma às ações já realizadas pela diocese de Óbitos, que é igreja-irmã de Juiz de Fora.

De acordo com Dom Gil Antônio Moreira, o trabalho segue o que Papa Francisco considera prioridade, que a igreja olhe para as periferias. Desta forma, existem três possibilidades de atuação no país.

"Primeiro, ajudar a celebrar os mistérios de Cristo, a Santa Missa, a preparação para as celebrações. O segundo aspecto seria ajudar a diocese local na formação bíblico-catequética. Nós temos muitos jovens que podem ensinar, ajudar a estudar a Sagrada Escritura e os documentos da Igreja. Em terceiro lugar, e talvez o que gere mais empenho, que ocupa mais o tempo dos nossos missionários, é o trabalho caritativo, a ação social. O Haiti se caracteriza por uma pobreza extrema", ressaltou.

A comitiva representa a sequência de ações voltadas para o Haiti. Em novembro do ano passado, a Arquidiocese promoveu a campanha "SOS Furacão no Haiti” para atender as vítimas do Furacão Matthew. Em um mês, arrecadou três toneladas de alimentos, itens de higiene pessoal e água mineral e enviou R$ 8 mil depositados nas contas da Cáritas Brasileiras.

Policial morto em Barra Mansa é o 119° PM assassinado no Rio em 2017

13/11/2017 08h22
Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O cabo da Polícia Militar Eleonardo Silva foi o 119° policial morto no estado do Rio de Janeiro neste ano. O policial, lotado no Batalhão de Volta Redonda (28° BPM), foi assassinado ao reagir a um assalto num posto de gasolina, no bairro Vila Delgado, em Barra Mansa, no sul fluminense, na noite de ontem (12).

Segundo informações da Polícia Militar, ele teria sido abordado por homens armados, reagiu e foi baleado. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Santa Casa de Barra Mansa, mas não resistiu aos ferimentos.

No mesmo dia, mais cedo, o sargento Victor Aleixo Oliveira da Costa, foi morto durante um confronto com criminosos armados no Morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro. De acordo com a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência, outros dois PMs ficaram feridos na troca de tiros.

Em média, um policial foi morto a cada 64 horas no estado do Rio de Janeiro neste ano.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Rio chega a 118 PMs mortos no ano e registra 15 tiroteios e 1 arrastão por dia

13/11/2017
Roberta Jansen

Foto: Tânia Rêgo/ABr 

O sargento da PM Victor Aleixo da Costa foi morto ontem com um tiro na cabeça no Morro da Providência. Agora já são 118 os policiais mortos no Rio neste ano e o Estado deve registrar mais de 5 mil tiroteios até o fim do ano. Até 31 de outubro, foram 4.410 confrontos armados, segundo o aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT), que registra em tempo real a ocorrência de confrontos armados, arrastões e assaltos. Só no mês passado, foram 450 episódios, 15 por dia – a média mensal é de 441 casos.

“É lamentável ver mais um policial virar estatística defendendo o Estado”, desabafou o tio da vítima, Nilton Marcos, na porta do Instituto Médico-Legal (IML). “Fica um lamento e o pedido ao governador que procure atentar para isso.”

Outros dois policiais foram feridos na mesma ação, além de um morador da favela da Providência, mas não correm risco de morte. A troca de tiros começou por volta das 6 horas, na troca de plantão dos policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência.

Segundo nota divulgada pelo comando da UPP, “os policiais realizavam deslocamento pela Rua do Monte, no centro, quando criminosos armados atacaram a guarnição (...). Houve confronto e três policiais e um quarto homem foram atingidos e socorridos para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Um sargento não resistiu aos ferimentos.” Ainda segundo a nota, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado para reforçar o efetivo da UPP.

O sargento Aleixo, que será enterrado hoje, tinha 36 anos e estava havia 12 na corporação. Era recém-casado e deixa uma filha de 2 anos. A Polícia Civil vai investigar o crime. Ontem mesmo, agentes da Divisão de Homicídios fizeram diligências na região em busca de testemunhas e imagens de câmeras de segurança. Uma outra UPP também foi atacada por traficantes neste domingo, na Cidade de Deus, na zona oeste. Segundo nota divulgada pela UPP, “houve confronto e os marginais fugiram”. Não havia registro de presos nem feridos nessa ação.

A Cidade de Deus, aliás, ficou no topo do ranking de confrontos em outubro, com 34 tiroteios registrados. Em segundo, ficou Cordovil, na zona norte, com 20 casos. A Rocinha, na zona sul, também com UPP, aparece em terceiro, com 19 casos. O mês foi marcado na comunidade por confrontos entre facções e pela ocupação militar.

Arrastões
O aplicativo OTT também apontou que até 31 de outubro de 2017 aconteceram no Estado 355 arrastões, média mensal de 35,5 – pouco mais de um por dia. Foram 32 no mês passado.

A Secretaria de Segurança, porém, não reconhece os dados. “As estatísticas oficiais de criminalidade do Rio de Janeiro são provenientes dos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado e divulgadas mensalmente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), de forma sistemática e transparente.”

Metodologia. “Muita gente acaba sendo vítima de bala perdida justamente porque não tem informação sobre o que está acontecendo”, explica Henrique Camaño, de 50 anos, um dos administradores do app, criado no ano passado por quatro amigos. “Os meios de comunicação tradicionais não têm como passar esse tipo de informação o tempo todo; então resolvemos fazer isso.”

A ideia, garante, foi totalmente altruísta. Os quatro parceiros não ganham um centavo com a operação. “Nosso objetivo não é ter um milhão de curtidas, mas sim salvar um milhão de vidas”, afirma Camaño.

O aplicativo é alimentado por uma vasta rede de informantes. “Participamos de mais de 200 grupos em várias comunidades, também temos informações que vêm de grupos de motoristas de táxi e Uber, gente que circula”, afirma. Quando uma informação sobre um tiroteio chega, ela é checada diretamente com moradores da região e, só então, vai para o ar. 

Para Paulo Storani, ex-capitão do Bope e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), o uso da tecnologia para driblar a violência urbana é “natural”. Mas, segundo ele, o aplicativo pode trazer uma visão exagerada da falta de segurança. 

“Em razão do nosso mundo tecnológico, é natural termos ferramentas que nos dão o tempo real da coisa, nos mostram os melhores caminhos”, diz ele. “Mas isso pode dar uma falsa impressão de que há um grande aumento na violência, o que não é verdade: é a informação que circula mais.” 

Storani avalia que o acesso aos dados tem aspectos positivos e negativos. “Se as pessoas ficarem com medo de sair de casa, de circular, isso é ruim”, pondera. “Mas se for para escolher rotas, caminhos mais seguros, é positivo.” O coronel reformado Ibis Silva Pereira, ex-comandante da Polícia Militar, concorda com o colega. “Qualquer forma de comunicação que torne a vida das pessoas mais segura é bem-vinda.”

'Ao sair, é bom saber onde a confusão está'
Em uma cidade violenta como o Rio, o uso da tecnologia como proteção se dissemina por todas as classes sociais. Virou hábito, por exemplo, para o engenheiro belga Jean-Louis Beeckmans, de 34 anos, morador de Ipanema, e para A., de 45 anos, que vive na Rocinha. Eles não se conhecem, mas usaram a internet para driblar a explosão de crimes que tem marcado 2017 no Estado em crise.

Beeckmans recorreu ao aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT) quando seus pais foram visitá-lo no Rio. Preocupava-se com a segurança deles na cidade desconhecida e marcada pelo crime. Queria advertir sobre quais locais evitar para voltarem ilesos para a Europa. “Eu tenho cara de gringo, mas a deles grita: ‘Somos gringos!’”, conta Beeckmans. “Eu não queria que nada de ruim acontecesse com eles, apenas que aproveitassem as belezas da cidade.”

O belga – que já foi assaltado duas vezes no Rio e teve até arma apontada para a cabeça – também costuma avisar à namorada, a brasileira Isabela Vieira da Cunha, de 32 anos, dos incidentes violentos que vê no aplicativo. Mas reconhece que ela “não gosta muito” desse hábito. 

“Ele fica monitorando e me comunica quando está tendo algum tiroteio nos lugares onde estou”, conta a publicitária. “A violência é um problema enorme, claro, mas não acredito que a melhor forma de lidar com ela seja acompanhando todo tipo de notícia, deixando de fazer as coisas, deixando de sair de casa. O medo não pode nos paralisar”, ressaltou.

Rocinha
Também A. incorporou a seu cotidiano o aplicativo, além de outras fontes de informação sobre segurança disponíveis na internet. Ela se preocupa com os caminhos mais seguros para as duas filhas adolescentes saírem da casa, no alto da Rocinha. A comunidade registra há mais de um mês confrontos entre bandos rivais de traficantes. “Não posso deixar de sair de casa, mas é bom ter uma noção de onde a confusão está acontecendo para saber por onde descer”, conta A. “Uso o app e as páginas da própria comunidade, onde sempre tem muita informação.”
/ COLABOROU FÁBIO GRELLET
https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/rio-chega-a-118-pms-mortos-no-ano-e-registra-15-tiroteios-e-1-arrastão-por-dia