sábado, 21 de outubro de 2017

PF acha citação a valores e à Odebrecht na casa de Aécio Neves

Senador Aécio Neves foi investigado pela operação Patmos e denunciado pela PGR no STF

PUBLICADO EM 21/10/17 - 03h00

BRASÍLIA. Durante as buscas e apreensões da operação Patmos, em maio, homens da Polícia Federal encontraram, em uma das residências do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), anotações que citavam valores relacionados à empreiteira Odebrecht e a sua subsidiária Braskem. Os números estavam indicados junto com as expressões “direção estadual” e “Pimenta”. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

As duas primeiras anotações estão associadas à sigla CNO, que segundo os investigadores seria uma referência à Construtora Norberto Odebrecht. À frente da sigla há dois valores. No primeiro, relacionado a “Pimenta”, o valor é de R$ 200 mil. No segundo, relacionado a “direção estadual”, o valor registrado é de R$ 510 mil. No caso das Braskem, há uma nova referência à direção estadual, com o valor de R$ 240 mil.

Para os investigadores, de acordo com o jornal, os valores “provavelmente” são “monetários” e são “possivelmente fruto de atividade ilícita”. A defesa nega.

A ação de busca e apreensão foi realizada por autorização do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, naquele dia, também determinou o afastamento de Aécio das funções no Senado. Depois disso, o senador retornou ao cargo por ordem do ministro Marco Aurélio Mello, voltou a ser afastado pela Primeira Turma do STF e teve a medida cautelar revogada por seus colegas de Senado.

No âmbito da operação Patmos, Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, acionista da JBS. Os valores teriam sido repassados ao primo do senador, Frederico Pacheco, o Fred, e as primeiras tratativas teriam sido realizadas pela irmã do senador, Andrea Neves, ambos flagrados em ação controlada da Polícia Federal. Aécio foi denunciado por corrupção passiva. Ele diz que a conversa tratava apenas de um empréstimo particular.

A Polícia Federal enviou ao Supremo relatório sobre cada item encontrado na casa do senador e dos demais investigados na Patmos. Segundo o documento, um dos itens é uma “folha manuscrita, composta de três anotações com nomes e números podendo ser valores em moeda nacional”.

A PF diz que não é possível afirmar, somente com essa anotação, qual o nome completo de Pimenta. Naquele ano, o candidato do PSDB ao governo estadual foi Pimenta da Veiga. Sua prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inclui uma doação de R$ 200 mil da Odebrecht e outros recursos repassados pelo diretório e que seriam provenientes da empresa.

Delatores da Odebrecht falam em R$ 50 milhões em doações oficiais e não oficiais ao grupo político do tucano, formado pelo próprio Aécio, Pimenta da Veiga, por Dimas Fabiano Junior (candidato a deputado federal), e pelo senador Antonio Anastasia (candidato ao cargo naquela eleição).

“Esses números provavelmente tratam-se de valores monetários. A relevância está no fato de o montante ser alto e de possivelmente ser fruto de atividade ilícita”, conclui o documento, subscrito pelos agentes Morais Cesar da Mota Furtado e Osvaldo Escórcio Meneses Filho.

Defesa. Em resposta à reportagem, a defesa de Aécio informou que “as anotações referem-se a doações na campanha de 2014 devidamente registradas na Justiça eleitoral para o diretório estadual de MG, de forma lícita e transparente, facilmente comprovável no site do TSE.” Pimenta da Veiga foi procurado por O TEMPO mas não atendeu as ligações.

Jornal OTempo

Senadores cantam para Aécio - Charges


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Suassuna, sócio de ‘Lulinha’, se enrola todo ao tentar explicar o que é inexplicável

Suassuna, denunciado pelo ex-diretor da empresa

Italo Nogueira
Folha

O empresário Jonas Suassuna, dono do grupo editorial Gol, que não tem relação com a companhia aérea, negou em entrevista à Folha ter sido beneficiado pela Oi em razão de suas relações comerciais com Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. Ele disse que tem um “carimbão” da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal que atestam sua respeitabilidade.

“Tudo isso já passou pelo escrutínio da Receita Federal. Já prestei todas as contas e não fui multado. Levei muito tempo para chegar aonde cheguei. Tenho currículo, respeitabilidade e um carimbão da Polícia Federal e do Ministério Público. Em nenhuma delação eu apareci”, disse o dono do Grupo Gol,

DENÚNCIA DO DIRETOR – A entrevista foi dada à Folha em resposta ao executivo Marco Aurélio Vitale, por sete anos diretor comercial do grupo empresarial de Jonas Suassuna. O executivo revelou à Folha como alguma firmas foram usadas como fachada para receber recursos da operadora Oi direcionados a Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, e seus sócios.

De acordo com Vitale, o grupo Gol – que atua nas áreas editorial e de tecnologia e não tem relação com a companhia aérea de mesmo nome – mantinha contratos “sem lógica comercial” tendo como único objetivo injetar recursos da empresa de telefonia nas firmas de Suassuna.

SÓCIO DA OI – Suassuna negou que tratasse de seus negócios diretamente com a presidência da Oi. Apresentou sua agenda telefônica em que constam nomes e números de executivos da companhia, além de e-mails de gerentes e diretores.

“Tratava diretamente com os executivos de venda.” Reconheceu, porém, que teve contato com os presidentes da Oi em razão da sociedade comum na Gamecorp, com o filho de Lula. “Aí [quando se tornou sócio da Gamecorp] eu comecei a entender os caras da Oi. Não precisava do Fábio ou do Lula para falar com a Oi. Eu sou sócio dela num canal de televisão”, disse.

O empresário negou também ter usado o nome do ex-presidente para fechar negócios. “Não preciso do presidente Lula. Eu não quero. Ganhei nesses anos todos mais dinheiro com a Fundação Roberto Marinho do que com a Oi.”

CDS DA BÍBLIA – Suassuna afirmou que a Oi demonstra interesse no conteúdo da “Bíblia na Voz de Cid Moreira” desde 2003, quando apresentou uma proposta de compra do conteúdo. Conta ainda que o fato dos CDs da Bíblia terem vendido mais de 65 milhões de cópias entre o fim da década de 1990 e início de 2000 comprova que o valor pago pela Oi em 2009 não foi superfaturado.”A Oi não fez um mau negócio. Ela teve por quatro anos exclusividade de um produto que é um espetáculo.”

Questionado sobre o baixo acesso ao portal de voz em mais da metade do contrato, ele disse que a Bíblia pode ter sido oferecida em pacotes da operadora para atrair mais clientes – o que não seria computado no acesso.

Inicialmente, ele negou que o contrato previsse divisão de receita. Depois, porém, admitiu que não acompanhava o volume de acesso mensal ao portal. “A Oi me pagou bonitinho. Fiz o que me competia: divulguei o produto, paguei a Cid Moreira, cumpri toda a minha história. Tudo como manda a santa amada Igreja.”

SÍTIO EM ATIBAIA – Suassuna disse ainda que comprou um dos terrenos do sítio em Atibaia, atribuído ao ex-presidente Lula, a pedido de Jacó Bittar, pai de Fernando e Kalil Bittar e amigo do petista.

“Ele [Jacó] me disse: ‘Comprei um sítio, mas o cara só vende dois. O presidente Lula vai sair da Presidência e quero que ele fiquei comigo, porque ele é meu amigo. Quero fazer isso para ele’. Eu tinha R$ 1 milhão. Tinha muito mais. Fui lá e comprei. Com meu dinheiro eu compro o que eu quiser”, disse ele.

“CHANTAGEM” – Em nota, assessoria de Suassuna afirmou que a as acusações de Vitale são “fruto de tentativa frustrada de chantagem”.

“A Gol não pactua com qualquer irregularidade, muito menos com tentativa absurda de extorsão, o que significaria uma tentativa de obstrução de Justiça”, diz a nota.

A Oi afirmou, em nota, que as empresas do Grupo Gol “são reconhecidas no mercado e fornecedoras de grandes companhias que operam no país”.

SEM ILÍTICOS – A defesa de Lula afirmou que os fatos relacionados à Oi e às empresas de Lulinha “já foram objeto de inquéritos e todos eles foram arquivados porque não foi identificada a prática de qualquer ato ilícito, seja do ex-presidente, seja por seu filho”.

Em relação ao sítio, a defesa do petista alega que ele “foi adquirido pelas pessoas que constam na matrícula do imóvel como proprietárias, que aplicaram recursos próprios e com origem demonstrada”.

Lulinha, Kalil e Fernando Bittar não se pronunciaram até a conclusão desta edição.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A matéria de Ítalo Nogueira mostra que a Oi, beneficiada pelo governo Lula na compra da Brasil Telecom (a lei foi mudada para possibilitar o negócio), retribuiu destinando indiretamente R$ 66,4 milhões à empresa de Fábio Luis, o “Lulinha”, que se tornou um grande empresário e foi até comparado por Lula ao atacante Ronaldo, quando disse que o filho era um “fenômeno” empresarial. Suassuna entrou na armação “em nome da santa amada Igreja”, com os CDs de Cid Moreira, para justificar a mutreta. No caso do sítio, ele revela que pagou com R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, para ficar com a parte pior e menos valorizada da propriedade, enquanto o sócio Fernando Bittar pagava apenas R$ 500 mil, também em dinheiro vivo, pela parte mais valorizada, onde já havia a casa principal, outras construções e o famoso lago dos pedalinhos. É tudo muito estranho, numa história mal contada, em que se procura justificar o injustificável e explicar o inexplicável. (C.N.) Posted in Tribuna da Internet

Settra altera trânsito em bairros das regiões norte e oeste

JUIZ DE FORA - 20/10/2017 - 15:49

A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) alterará neste domingo, 22, o trânsito no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), para a “5ª Corrida Solidária da Ascomcer”. Serão feitas também modificações em vias dos bairros Nova Era, Benfica e Nova Benfica, para a “Carreata de São João Paulo II”, na mesma data.
Para a corrida, o trânsito no Campus da UFJF ficará totalmente interditado das 7h45 às 10h30. A largada será às 8 horas. Por conta destas modificações, algumas linhas do transporte coletivo, que passam pelo local, também sofrerão alterações, conforme o anexo.

Ainda no domingo, a partir das 17 horas, haverá interdição parcial das vias escolhidas como trajeto da “Carreata de São João Paulo II”. O cortejo religioso terá início na Paróquia São João Paulo II, na Rua Járcil Firmino Pinheiro, 30, passando pelas ruas Aristeu A. de Assis, Raimundo Correa e General Almerindo Silva Gomes, Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, ruas Martins Barbosa, Bartolomeu dos Santos e Maria Cândida de Jesus, Avenida Doutor Simeão de Faria, Rua João Pereira da Silva, Avenida Luiza Vitório Fernandes, ruas Álvaro Cruz Lemos, Salvador Del Duca, José Simpliciano, Guimarães Júnior, General Almerindo Silva Gomes, Raimundo Correa, Jair da Silva Spinelli, Vulmar Coelho Pinto, Doutor Dias da Cruz, Sebastião Alves Marcato, Sidonio Veloso, Tenente Guimarães, Doutor Bezerra de Menezes, General Almerindo Silva Gomes e Járcil Firmino Pinheiro, retornando até a paróquia.

* Informações com a assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo 3690-7767

Portal PJF

Hambúrguer, cerveja e música na praça marcam lançamento do “1º JF Burger Fest” neste final de semana

JUIZ DE FORA - 20/10/2017 - 11:46

Foto: Wagner Emerich

Os hambúrgueres artesanais que conquistaram os juiz-foranos serão agora protagonistas de um festival inédito na cidade. 

Tem início neste final de semana​,​ a primeira edição do “JF Burger Fest”, reunindo as melhores hamburguerias de Juiz de Fora. São oito casas participantes com receitas criadas especialmente para o festival, que segue até 5 de novembro. O “1º JF Burger Fest” é uma realização da Cervejaria São Bartolomeu, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes regional Zona da Mata (Abrasel ZM).

O lançamento será marcado por um grande evento na praça Jarbas de Lery (Praça São Mateus), neste sábado, 21, das 14 às 22 horas, e domingo, 22, das 11 às 20 horas, com venda dos sanduíches ao preço promocional de R$15. O evento contará, ainda, com com música do DJ Marcelo Castro e cervejas artesanais das melhores marcas da cidade. Cerca de mil pessoas são esperadas por dia. 

“Hoje, em ​J​uiz de ​F​ora, já temos um público fiel e cada vez mais hambúrgueres de qualidade sendo produzidos. Queremos oferecer a um preço acessível a possibilidade do público ter contato com outros tipos de hambúrgueres e propostas”, explica o idealizador do evento, Alexandre Vaz, sócio​-​ gestor da Cervejaria São Bartolomeu.

1º JF Burger Fest movimenta a economia da cidade
Mais de 60 postos de trabalho diretos serão gerados com a realização do festival, entre produção, montagem, manutenção e execução, além de empregos indiretos. “O festival vai continuar por duas semanas nas casas participantes, ajudando na manutenção negócios estabelecidos em um momento de dificuldade econômica”, destaca Alexandre. Ele lembra que eventos como este contribuem para o setor cervejeiro “craftbeer”, que hoje está se consolidando como polo do estado e que apresenta um crescimento sustentável “a passos largos”. “É um dos produtos de exportação da cidade, que melhora sua balança comercial, além de contribuir com setor de alimentação fora do lar, responsável pela maioria dos empregos, movimentando os estabelecimentos participantes.”

Para o assessor da Sedettur, Marcos Henrique Miranda, o evento resulta no fortalecimento da identidade turística do município, projetando Juiz de Fora como um destino apto em realizar eventos gastronômicos que reafirmam a sua identidade na produção de cervejas especiais e da gastronomia. “Movimentos como este acabam por atrair o público das cidades do entorno de Juiz de Fora e valorizam e qualificam o espaço público com a boa ocupação.”

Participam do 1º JF Burger Fest as casas: Boucán Hamburgueria, Capitão Burger, Cervejaria Escola Mirante, Grizas Brewpub, São Bartolomeu, Spot Burger, Timboo e Urbano Bar. Informações na página oficial do evento na rede social: facebook/1º JF Burger Fest.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Sedettur, pelo telefone 3690-8341.
Portal PJF

Jovem é detido tentando roubar caminhão dos Correios na BR-040 em Ewbank da Câmara

Por G1 Zona da Mata

21/10/2017 09h59 

Um jovem, de 24 anos, foi detido na madrugada deste sábado (21) tentando roubar um caminhão dos Correios no Km 758 da BR-040, em Ewbank da Câmara. Os outros três suspeitos, que estavam armados, fugiram em direção a uma mata e não foram encontrados.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou que o motorista passava pelo radar com velocidade limite de 30 quilômetros por hora quando foi abordado pelos assaltantes. Este é o segundo caminhão dos Correios assaltado no local em menos de 48 horas.

Segundo informações da empresa de monitoramento, o caminhão está no loteamento Varginha com carga do Sedex, que foi totalmente recuperada.

Incêndio em apartamento no Granbery deixa feridos em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

21/10/2017 11h13 

Uma idosa de 68 anos e um adolescente de 13 ficaram feridos em um incêndio na madrugada deste sábado (21) em um apartamento no Bairro Granbery, em Juiz de Fora. O fogo começou quando uma vela acesa que estava em um dos móveis caiu. As vítimas foram encaminhadas para a Regional Leste e o estado de saúde ainda não foi divulgado.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o apartamento, que tem 12 cômodos, ficou totalmente danificado e foi necessário que todos os moradores do condomínio evacuassem o local. Os moradores do apartamento pularam da janela e foram socorridos por vizinhos.

De acordo com os bombeiros, as instalações hidráulicas sofreram danos parciais e a rede elétrica foi toda destruída.

A equipe do Corpo de Bombeiros realizou o trabalho de contenção das chamas, que foi dificultado devido à grande quantidade de fumaça e calor. Em seguida foram feitos os procedimentos de rescaldo dos ambientes, andares e apartamentos adjacentes.

A Defesa Civil e a perícia técnica da Polícia Civil foram acionados. Os moradores dos 18 apartamentos foram evacuados para que fosse feita a avaliação dos imóveis.

Operação integrada busca prevenção e repressão a crimes nas áreas de divisas

SEX 20 OUTUBRO 2017 16:34 ATUALIZADO EM SEX 20 OUTUBRO 2017 16:44

Rodrigo Guerra

Foram 2.762 condutores e passageiros abordados, com veículos vistoriados, em rodovias estrategicamente escolhidas

Uma megaoperação integrada com mais de 20 horas de duração, cerca de 400 policiais militares, policiais civis e policiais rodoviários federais envolvidos, além de policiais de estados vizinhos, atuando fora e dentro das divisas de Minas Gerais terminou por volta das 4h desta sexta-feira (20/10).

A Operação Presença nas Divisas foi coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (Sesp) e contou com o apoio de profissionais de segurança de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espirito Santo e Bahia.

Foram 2.762 condutores e passageiros abordados, com veículos vistoriados, em rodovias estrategicamente escolhidas pelas áreas de inteligência. O “cinturão duplo”, como classificou o secretário de Segurança Sérgio Barboza Menezes, teve como objetivo, o combate ao tráfico de entorpecentes, a entrada de armas de fogo e de materiais explosivos no Estado.

A presença policial ostensiva e de forma integrada também é um dos principais resultados do trabalho, considerando que previne crimes e promove sensação de segurança para os cidadãos em trânsito no Estado. Cada cidade de divisa (veja mapa abaixo) atuou em horário diferenciado, também demarcado pelas áreas de inteligência.

Treze pessoas foram presas durante a operação em todo o Estado. Duas caminhonetes roubadas também foram recuperadas na ocorrência de maior destaque da ação.

Em Uberlândia, no Triângulo, a operação evitou a explosão de caixas eletrônicos em Minas. Dois veículos foram abandonados na noite de quinta-feira com diversos artefatos utilizados na prática de explosão de caixas eletrônicos – possivelmente, após a informação da fiscalização nas estradas.

Nos veículos foram encontrados três explosivos, um carregador de pistola 9 milímetros, seis cilindros de oxigênio e acetileno, dois coletes balísticos, sete latas de “miguelito” (utilizado para furar pneus em fugas), quatro alavancas e pés de cabra, 29 tubos para cilindros de gás, um metalon explosivo (bomba caseira revestida de ferro), além de diversas toucas ninja, placas de veículos adulteradas, uniformes militares falsificados e máscaras de gás.


Atuação
Foram montadas barreiras com atuação integrada da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal em rodovias que cortam as cidades de Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia, Frutal, Monte Alegre de Minas, Paracatu, Itaobim, Unaí, Simão Pereira, Itapeva, Manhuaçu e Leopoldina.

Em alguns pontos, houve também o apoio do canil de unidades prisionais, para auxiliar na busca por drogas dentro dos veículos, em uma parceria com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap).

O comandante geral da Polícia Militar de Minas, Cel. Helbert Figueiró de Lourdes, destacou a importância da ação. “A Polícia Militar empenhou seus recursos de forma efetiva e inteligente nas principais divisas, intensificando, de forma inovadora, as ações de comando para o combate à interiorização do crime. Certamente isso resultará em uma redução criminal perceptível ao cidadão que vive nestas regiões do Estado”.

Toda a operação foi acompanhada em tempo real pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), que fica na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, e reúne mais de 40 instituições de segurança para apoio em eventos e operações de grande porte e para a tomada de decisões rápidas e inteligentes de segurança.

O superintendente regional substituto da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais, Aristides Amaral Júnior destaca a importância da integração das instituições em ações como a Presença. “A operação conjunta nas divisas do Estado fortalece as ações de enfrentamento à criminalidade e proporciona o bloqueio de rotas que utilizam as principais vias do Estado”, pontuou. Ele como exemplos de rodovias rotas as BRs 381 (MG/SP), 050 (MG/SP), 153 (MG/SP e MG/GO); 040 (MG/GO e MG/RJ), BR 116 (MG/BA e MG/RJ) e 262 (MG/ES).

A Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase) da Sesp, responsável pelo acautelamento de adolescentes em conflito com a lei no Estado, também disponibilizou um canal direto para que agentes socioeducativos pudessem buscar os adolescentes apreendidos nos pontos de bloqueio para encaminhamentos devidos – evitando, assim, o deslocamento de policiais envolvidos na operação.

Toda a operação foi acompanhada em tempo real pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional - Crédito - Divulgação/Sesp

Pacto Integrador Interestadual
A operação realizada nesta quinta-feira é resultado de um acordo de fechamento de divisas que Minas possui com outros 21 Estados. Chamado de Pacto Integrador Interestadual, o acordo é o maior colegiado de segurança pública já existente voltado para planejamentos e ações conjuntas. A Segurança de Minas, inclusive, ocupa a vice-presidência do grupo.

“Esse compartilhamento de informações com outros Estados e a realização de operações conjuntas é um trabalho exitoso que tem dado bastante resultado e mostra que a força integrada é mais eficiente e traz resultados melhores para todos nós. As operações continuam, os cidadãos podem aguardar”, ressalta o secretário de Segurança Pública de Minas, Sérgio Menezes.

Agência Minas Gerais

Câmara aprova uso de arma de fogo pela Guarda Municipal de Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

20/10/2017 16h24
 
Guarda Municipal de Juiz de Fora poderá utilizar arma de fogo
 (Foto: Reprodução/TV Integração)

A Câmara Municipal aprovou em segunda discussão o Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município que permite à Guarda Municipal (GM) de Juiz de Fora o porte legal de arma de fogo.

O projeto, de autoria do vereador José Fiorilo (PTC), segue agora para sanção do prefeito Bruno Siqueira (PMDB).

O G1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania (Sesuc), órgão responsável pela Guarda Municipal, que informou que os procedimentos para adequação à lei e a disponibilização de armas para os agentes só serão divulgados após a sanção.

Segundo o autor da lei, a emenda foi possível após mudanças na Lei Federal nº 13.022, de 8 agosto de 2014, onde há autorização para armar a GM. Fiorilo alegou que esta é uma forma dos agentes atuarem com maior eficiência e segurança, incluindo a defesa pessoal dos seus integrantes.

A Guarda Municipal é responsável pela proteção ao patrimônio público, além de colaborar com a segurança pública e o bem estar do cidadão, atuando na proteção de bens, serviços e instalação de forma preventiva e comunitária.

(Estado de Guerra) - Preso funkeiro MC Tikão, suspeito de ajudar na fuga de Rogério 157 da Rocinha e de negociar troca de facção

Por Leslie Leitão e Pedro Bassan, RJTV

20/10/2017 19h11 
Testemunha conta os bastidores da guerra na Rocinha

Uma testemunha-chave contou à polícia detalhes da disputa pelo comando do tráfico na Rocinha. Os repórteres Leslie Leitão e Pedro Bassan tiveram acesso, com exclusividade, ao depoimento que revela ter sido Fabiano Batista Ramos, o funkeiro MC Tikão, quem ajudou Rogério Avelino Silva, o Rogério 157, a fugir da comunidade quando as forças de segurança entraram para tentar acabar com a guerra entre traficantes, em setembro.

O funkeiro foi preso nesta sexta-feira (20). Segundo o depoimento, foi na garupa da moto dele que o traficante deixou o esconderijo onde estava em 22 de setembro, quando a Rocinha estava cercada pelas Forças Armadas e também pelo Bope, Batalhão de Choque e muitos outros PMs.

Tikão tinha entrada livre na Rocinha, era um velho amigo de Rogério e fez até uma música em homenagem ao chefe do tráfico ("Você pode ser bandido / Traficante 157"). Foi encontrado na Taquara, Zona Oeste. em uma casa com piscina, churrasqueira e outros ambientes de luxo.
MC Tikão foi preso em uma casa de luxo na Taquara 
(Foto: Reprodução/TV Globo)

MC Tikão não é o proprietário oficial do imóvel e não aparece em nenhum documento ligado ao endereço. A polícia só chegou lá graças a informantes.

As investigações descobriram que o funkeiro fez muito mais do que dar carona a um traficante. Tikão foi um personagem-chave em tudo o que aconteceu na Rocinha.

Durante o conflito, foi ele quem apresentou Rogério 157 a Paulinhozinho do Fallet. O chefe do tráfico na comunidade do Fallet/Fogueteiro é um dos principais nomes de uma facção que era adversária dos traficantes da Rocinha.

Mas em um encontro no Morro do Turano, Paulinhozinho acolheu Rogério e os antigos rivais que agora pertencem à mesma facção. Tudo isso com a ajuda do funkeiro.

"O MC Tikão foi procurado pelo Rogério porque eles são muito amigos, o MC TIkão frequenta, frequentava muito a Rocinha (...) Ele foi justamente essa pessoa que intermediou essa negociação para que o Rogério 157 saísse da facção criminosa à qual ele pertencia anteriormente e para qual ele está atualmente", explicou o delegado.

60 fuzis iam para a Rocinha
A testemunha-chave ouvida pela polícia revelou também que os 60 fuzis que foram apreendidos pela Polícia Civil no Galeão seriam destinadas à Rocinha e que um dos fuzis, do tipo G3, seria para o uso do próprio traficante Rogério 157.

A atuação de uma facção criminosa de São Paulo, revelada em operação nesta semana, também aparece no depoimento. O traficante que se entregou disse aos delegados que "durante algum tempo viu alguns paulistas na favela da Rocinha, mas nenhum com envolvimento direto no tráfico armado na comunidade".
Cerca de 60 fuzis de guerra apreendidos no Galeão (Foto: Divulgação)

Câmeras na favela
Um dos motivos que levaram a testemunha a se entregar foi a dificuldade de se esconder. Segundo a testemunha, é praticamente impossível viver na Rocinha escondido de Rogério.

No depoimento, a testemunha conta que "toda a favela da Rocinha é monitorada por câmeras de vídeo a mando do tráfico de drogas local" e também diz que Rogério 157 acompanha toda a movimentação da polícia, pois ele possui um rádio na frequência usada pelas forças de segurança.

Bastidores da guerra do tráfico
A testemunha-chave ouvida pelos investigadores participou diretamente dos tiroteios no morro e nas matas em torno da Rocinha. O homem contou à polícia como uma briga entre dois traficantes se transformou numa guerra de facções, envolvendo bandidos até da Vila Vintém, na Zona Oeste, a 40 quilômetros da comunidade.

No mês de agosto, a Rocinha parecia tranquila. Mas durante o baile, um traficante conhecido como "Perninha", que era um dos homens de confiança de Nem, se desentendeu com Rogério 157.
Trecho de depoimento revela briga de comparsa de Nem com Rogério 157
 (Foto: Reprodução/TV Globo)

Perninha discutiu com Rogério 157 e foi para casa. Três dias depois, “Perninha” foi até a casa de parentes de Nem e contou o motivo da briga. Segundo a testemunha, "Perninha" alegou que Nem teria mandado Rogério 157 entregar a favela da Rocinha a ele, em razão de cobranças financeiras contra moradores.

A polícia já tinha informações de que a conduta de Rogério desagradava Nem, que está no presídio federal de Rondônia. Rogério vinha impondo a cobrança de taxas para o comércio e controlando a venda de gás, água mineral e carvão, entre outras práticas típicas de milicianos.

Execuções
No Dia dos Pais, o que parecia ser uma trégua, foi o início da guerra. O depoimento diz que Rogério 157 chamou os traficantes “Perninha”, “99” e “Vasquinho”, aliados de Nem, para uma conversa; que nesta mesma conversa os traficantes “Perninha”, “99” e “Vasquinho” foram executados, a mando de Rogério.

Segundo a testemunha, depois de matar os rivais, Rogério convocou os chefes da facção a que pertencia para dizer que agora era ele quem mandava no morro. Muitos dos chefes não concordaram, dizendo que, mesmo na prisão, Nem ainda era o comandante do tráfico. Com a facção dividida, a guerra interna era questão de tempo.

Tentativa de invasão e reação
Domingo, 17 de setembro. O depoimento conta que, por volta das 4h da manhã, Rogério pegou o rádio comunicador da comunidade Rocinha, e afirmou que os "caras" da Vila Vintém e de São Carlos estariam vindo para Rocinha.

A testemunha conta ainda qual foi a ordem de Rogério 157: se os "caras" da Vila Vintém e de São Carlos embicassem na rua do valão, era para "mandarem bala". Foi o que aconteceu.

Rogério reagiu. Com o apoio de 150 homens fortemente armados. Entre eles, a testemunha-chave, que contou que naquele momento, o traficante rompeu com a facção criminosa à qual pertencia dizendo que a facção “veio dar tiro na gente" e "não tem mais como sermos da facção".

O depoimento prossegue dizendo que então Rogério 157 deu ordem para que todos os comparsas se deslocassem para a mata. Na sexta-feira, dia 22, o confronto se intensificou.

A testemunha conta que, naquele dia, durante uma operação do Choque e do Bope, juntamente com o Exército, as forças policiais chegaram muito próximo do bando de Rogério 157. No confronto em que a testemunha participou diretamente, um policial foi baleado e nenhum membro do bando de Rogério 157 se feriu.

Ameaçado, Rogério ordenou que seu grupo fosse ainda para mais longe, para a região do Horto. Membros da quadrilha reclamaram e, segundo a testemunha, disseram que não poderiam ficar para sempre no mato.

Aliança com rivais
O novo destino apareceu logo. A ordem era seguir até o Morro do Turano, onde Rogério já costurava a aliança com a facção rival. Ali, a testemunha conta que o pacto foi sacramentado quando todas as armas do grupo de Rogerio 157 foram entregues aos traficantes subordinados a “Paulinhozinho do Fallet” e “Galo do Turano.

O novo pacto garantiu o domínio de Rogério 157 sobre a Rocinha, mas trouxe para a comunidade uma nova facção. Descontente com a situação, a testemunha procurou os antigos aliados de Nem. E foi encontrá-los no Morro do São Carlos.

Ele conta que durante a estadia no Morro do São Carlos percebeu a movimentação de muitos traficantes oriundos da Rocinha na favela, numa faixa de 40 traficantes. Ali, a testemunha foi ameaçada de morte, por ter ajudado Rogério nos primeiros dias do confronto.

Correndo perigo nos dois lados do conflito, o traficante que viveu a guerra de perto se entregou à polícia. O depoimento agora dará início a novas investigações da polícia.

https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/preso-funkeiro-mc-tikao-suspeito-de-tirar-rogerio-157-da-rocinha-e-de-negociar-troca-de-faccao.ghtml