segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Crise na Venezuela chega ao Brasil com o drama dos refugiados

Edição do dia 14/08/2017 -  14h02 - Atualizado em 14/08/2017 14h49

José Roberto Burnier
Pacaraima, RR

Uma viagem longa, muitas vezes com mais de mil quilômetros e alguns trechos feitos a pé. Os venezuelanos estão fugindo da fome, da miséria e da repressão violenta nas manifestações contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

O Jornal Hoje mostra uma pequena cidade de fronteira no Brasil por onde entram milhares de venezuelanos que perderam a esperança no seu país e chegam aqui em busca da sobrevivência. A crise na Venezuela é um dos principais assuntos na imprensa mundial e se reflete nos países vizinhos.

A pequena Pacaraima nem seria notada não fosse sua localização geográfica. Ela fica bem na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

Como cidadãos brasileiros, todo mundo pode passar normalmente para o lado de lá, mas como jornalistas, a equipe do Jornal Hoje foi alertada de que não poderia passar.

No posto de controle da Polícia Federal para receber os venezuelanos, muitas pessoas se acumulam em fila antes mesmo da abertura para pedir autorização para entrar no Brasil. Muitos pedem status de refugiado para permanecer um tempo maior no Brasil e tentar uma vida melhor.

A quantidade de jovens que pede oficialmente a entrada no Brasil é um sinônimo da gravidade da situação na Venezuela e da desesperança que há em relação ao futuro.

Elisabete trabalhava no campo. Ela conta que deixou três filhos com a mãe para tentar um futuro melhor aqui. Diz que na Venezuela não há emprego e que a falta de alimentos já fez ela perder 30 quilos só no último ano.

Quantos são ao certo ninguém sabe, mas estima-se que pelo menos 30 mil venezuelanos entraram no Brasil só esse ano. Oficialmente, até julho, quase 9,3 mil pediram refúgio. A maioria são jovens entre 20 e 25 anos, solteiros e estudantes, mas há famílias inteiras, profissionais liberais, agricultores.

A pequena Pacaraima de 12,4 mil habitantes, de repente se viu invadida. Estima-se que hoje 25 mil pessoas estejam usufruindo dos benefícios da cidade.

Na rua principal, os venezuelanos passam o dia se oferecendo para carregar e descarregar os caminhões que vão buscar alimento. Donos de um mercado na Venezuela compraram 2,5 toneladas de arroz por R$ 6 mil. Como o bolivar, o dinheiro venezuelano, vale muito pouco, o porta-malas vem cheio de dinheiro.

A quantidade de crianças impressiona. Um indígena da etnia warao diz que está com seis pessoas da família há quatro meses em Pacaraima. Sobrevive de bicos e de doações de alimentos.

Só em um trecho no encontro de duas ruas, há uma turma de pessoas vivendo de uma maneira muito precária. A situação é lamentável.

Quem tem negócios na cidade, reclama. “Não vem mais ninguém. Meu hotel tem dia que não tem uma pessoa. Por que? Quem que vem para cá com essa situação? Mostrar o que? Mostrar essa realidade? As crianças dormindo no chão? Para nós que somos seres humanos, nós sentimos muito com isso”, diz Ubirajara Rodrigues, dono de um hotel.

Para muitos, a única refeição do dia é o café da manhã que o Padre Jesus oferece. Ele mostra os punhos e a boca feridos, quatro dias antes da reportagem, ele foi assaltado por dois venezuelanos. “Se eu mudasse e suspendesse esse café, seria a vitória do mal ante o bem. Um absurdo, né? A gente continua”, diz.

No posto de saúde de Pacaraima, hoje, 80% dos pacientes são venezuelanos. Muitos chegam com leishmaniose, malária, dengue e tuberculose. Mas faltam médicos e medicamentos.

Sem recursos, o prefeito Juliano Torquato quer que o governo de Roraima decrete estado de emergência no município para conseguir uma ajuda do Governo Federal. 

“Nós tínhamos a esperança de vir uma ajuda o mais rápido possível e, infelizmente, não é o que está acontecendo. Então nós vamos mudar um pouco agora os nossos planejamentos aí, nossas ideias, nossa equipe de gestão do município e procurar resolver para não acontecer coisas piores mais pra frente”, explica.

Representantes do Governo Federal, estadual e até da ONU já estiveram em Pacaraima. Eles fizeram um levantamento e escolheram um lugar para a construção de um centro de acolhimento, com capacidade para 250 pessoas. A obra foi orçada em R$ 800 mil, com dinheiro do Governo Federal.

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2017/08/crise-na-venezuela-chega-ao-brasil-com-o-drama-dos-refugiados.html

Corpo carbonizado é encontrado no Bairro Sagrado Coração em Juiz de Fora. Vítima, que ainda não foi identificada, estava amarrada e amordaçada.

Por G1 Zona da Mata

14/08/2017 08h22 

Um corpo foi encontrado carbonizado em uma área de mata na Rua Marciano Pinto, no Bairro Sagrado Coração. A ocorrência foi registrada na tarde de sábado (12) quando o Corpo de Bombeiros foi chamado para conter um incêndio no local e descobriu a vítuma que ainda estava em chamas.

Segundo a Polícia Militar (PM), a pessoa estava deitada, amordaçada e com os braços amarrados para trás. Ao lado do corpo foi encontrado um pedaço de madeira que provavelmente foi usado para quebrar o crânio. Outro pedaço parecido foi localizado perto de um rastro de cinco metros de sangue. O local foi isolado até os trabalhos da perícia.

Apesar de estar sem documentos, a vítima aparentemente é um adolescente. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com informações apuradas no local, o autor do crime seria um morador do condomínio Araucária, que teria passagens pela polícia. O caso é apurado pela Delegacia Especializada em Homicídios da Polícia Civil.

PM registra mais dois assaltos a ônibus neste fim de semana em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

14/08/2017 10h48 

A Polícia Militar (PM) registrou neste fim de semana mais dois assaltos a ônibus em Juiz de Fora. Os roubos ocorreram nos Bairro Santa Cruz e Milho Branco. Ninguém foi preso até o momento.

Segundo informações da PM, na madrugada de sábado (12), na Rua Nilo Peçanha, no Bairro Santa Cruz, um ônibus foi alvo de um assaltante, que estava armado. O ladrão levou R$ 100 que estava no caixa e o celular do motorista, de 56 anos. Foi feito rastreamento, mas nenhum suspeito foi identificado até o momento.

O segundo assalto ocorreu no Bairro Milho Branco, no domingo (13). Um indivíduo embarcou no ônibus, na Rua Ivan Batista de Oliveira, e, ao se aproximar da roleta, anunciou o assalto. De acordo com a PM, as vítimas relataram que o assaltante exigiu todo o dinheiro que havia no caixa, levando R$ 132.

Durante o assalto, o autor ainda tentou roubar celular de uma vítima, ameaçando-a de morte. Um suspeito foi identificado, mas ainda não foi localizado.

Duração de licença-paternidade reforça desigualdade na criação dos filhos

14/08/2017 06h50
Brasília
Helena Martins - Repórter da Agência Brasil
Enquanto as mães com carteira assinada têm entre quatro e seis meses garantidos para se dedicar à criação dos filhos, a maior parte dos pais na mesma situação de emprego conta com apenas cinco dias.
Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil

A imagem de um pai participativo ainda causa estranhamento na sociedade brasileira. Homens que cuidam da casa, dos filhos e dos interesses particulares chegam, muitas vezes, a ganhar espaço na mídia como exemplos por desenvolver tarefas que, em geral, fazem parte da rotina das mulheres. O desempenho desses papeis faz parte da cultura e está, inclusive, nas leis. Uma das regras que expressam essa diferença é a licença-paternidade. Enquanto as mães com carteira assinada têm entre quatro e seis meses garantidos para se dedicar à criação dos filhos, a maior parte dos pais na mesma situação de emprego conta com apenas cinco dias.

“Já é um recado de que quem tem que cuidar é a mãe. Isso faz com que a maioria das famílias já se configure a partir disso e não questione essa desigualdade, inclusive porque, muitas vezes, elas não têm capacidade, até financeira, de fazer diferente”, diz Roger Pires, jornalista, realizador audiovisual e pai de Lourenço, de 1 ano. Participante do Movimento Paterno, grupo que reúne pais em Fortaleza, ele lançou, neste Dia dos Pais, o curta 5 dias é pouco, feito para reivindicar o aumento da licença-paternidade no Brasil. O grupo considera que o tempo maior de afastamento do trabalho é um direito do pai, dos bebês e das mães.

De acordo com a Constituição Federal, o prazo da licença-paternidade é de cinco dias. Antes da aprovação da Carta Magna, valia o disposto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que desde 1967 inclui no rol dos direitos trabalhistas a possibilidade de o empregado não comparecer ao trabalho, sem prejuízo do salário, por um dia, em caso de nascimento de filho.

A defesa da divisão igualitária da tarefa de cuidar de uma criança levou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) a propor o compartilhamento da licença-maternidade entre pai e mãe, com a divisão dos dias de afastamento. A proposta de emenda à Constituição (PEC) 16/2017 altera o Artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais e Transitórias da Constituição Federal para incluir a possibilidade de a licença ser exercida em “dias correspondentes aos da licença-maternidade, quando a fruição desta licença poderá ser exercida em conjunto pela mãe e pelo pai, em períodos alternados, na forma por eles decidida”.

A PEC foi remetida à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e, desde abril, aguarda a designação de um relator. A proposta busca refletir mudanças no mundo do trabalho, destacadamente a maior participação das mulheres no mercado, e tem como base a experiência de diversos países. Segundo os argumentos da PEC, o compartilhamento da licença é adotada, por exemplo, na Noruega, na Suécia, na Finlândia e na Espanha.

Servidores públicos
A luta pela ampliação da licença-paternidade tem causado alterações normativas. Desde maio de 2016, servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais passaram a contar com mais 15 dias de licença, além dos cinco assegurados pela Constituição Federal. A regra vale, inclusive, para quem adotar ou obtiver guarda judicial de criança de 0 a 12 anos incompletos.

Com a mudança em nível federal e a mobilização de pais e mães, diversos estados têm ampliado a discussão sobre esse direito. No Distrito Federal, o governo estabeleceu o Programa de Prorrogação da Licença-Paternidade também no ano passado, estabelecendo que os servidores públicos têm direito a 30 dias de licença-paternidade.

No Rio de Janeiro, uma emenda constitucional aprovada pelo Legislativo em 2015 ampliou o afastamento de pais servidores do estado para o prazo de 30 dias. O mesmo período foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Ceará, para o caso de servidores civis e militares, na forma de indicação. Para virar lei, é preciso que o governo estadual elabore e os deputados aprovem projeto de lei acatando a indicação. Já em Minas Gerais, funcionários do Legislativo têm até 15 dias de licença. Em Mato Grosso do Sul, servidores do Tribunal de Justiça têm 20 dias.

Iniciativa privada
Com a aprovação do Marco Legal da Primeira Infância, em marco de 2016, foi alterada a lei que criou o Programa Empresa Cidadã, inicialmente voltado para estimular a adoção de licença-maternidade de seis meses por parte da iniciativa privada. Com o marco, trabalhadores de empresas que façam adesão ao programa passaram a ter 20 dias de licença, a exemplo do que ocorre com os servidores. Em troca, a companhia tem isenção de impostos.

Para usufruir desses direitos, os pais devem requerer a ampliação em até dois dias úteis após o parto e comprovar participação em programa ou atividade de orientação sobre paternidade responsável. Essa participação foi objeto de nota técnica do Ministério da Saúde, lançada no início deste mês. Nela, o órgão sugere que a realização do pré-natal do parceiro, a participação nas atividades educativas durante o pré-natal e/ou visitas à maternidade sejam consideradas atividades de orientação sobre paternidade. Do mesmo modo, a comprovação poderá ocorrer por meio da participação no curso online Pai presente: cuidado e compromisso, que é gratuito.

“Exercer o direito à licença-paternidade e apoiar a parceira são muito importantes para o sucesso do aleitamento materno, para compartilhar entre o casal os prazeres e os afazeres relacionados à chegada do bebê e para gerar vínculos afetivos saudáveis e maior qualidade de vida para todos. A participação do pai no pré-natal e nos cuidados com a criança após o nascimento também pode contribuir para diminuir a violência na família e o abandono do lar”, destaca a nota.

Tanto no caso dos servidores quanto das pessoas que trabalham na iniciativa privada, os pais têm o direito de receber remuneração integral, ao longo da licença. Eles ficam proibidos de exercer atividade remunerada. O desafio, agora, é ampliar o conhecimento sobre esse direito e a adesão das empresas ao programa.

Profissionais autônomos
A experiência de criação de Lourenço, ao lado da companheira, a assistente social Samya Magalhães, e a participação no grupo Movimento Paterno mostrou para Roger que mesmo os 30 dias são poucos para uma divisão efetiva da tarefa do cuidado, para a adaptação à nova vida e mesmo para o acompanhamento de uma fase muito delicada, o puerpério, quando o corpo da mulher passa por intensas transformações. “Trinta dias não cobrem sequer o resguardo”, afirma.

Como autônomo, o rendimento depende da produção, por isso foi preciso adaptar a rotina de trabalho do Coletivo Nigéria, do qual participa. Enquanto os outros integrantes do grupo se dedicavam às atividades externas, ele se dedicou à elaboração de projetos e outras tarefas que podiam ser feitas de casa, muitas vezes na madrugada.

“A licença-paternidade é para quem tem Carteira de Trabalho. Para muito pai autônomo é pior ainda, porque a pessoa deixa de trabalhar e de ganhar. Seria legal uma renda mensal, básica, para que essa pessoa pudesse deixar de trabalhar mesmo”, defende. Para ele, “se a sociedade tivesse o cuidado de esperar um pouco o primeiro ano, os primeiros meses, a gente teria pais e mães apoiados, bebês mais cuidados, com mais saúde, e isso iria se refletir em toda a sociedade”.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

domingo, 13 de agosto de 2017

Mau acondicionamento leva à perda de muita comida no Brasil

13/08/2017 14h46
Brasília
Débora Brito – Repórter da Agência Brasil
Em Palmas, capital do Tocantins, uma escola criou um projeto para diminuir o desperdício de comida nas refeições. Antes, as crianças jogavam em média 14 quilos de comida no lixo todos os dias. Atualmente, a comida descartada está em torno de 1,5 por dia. É o projeto Desperdício Zero TVE Tocantins/Reprodução

Enquanto não é aprovada uma política nacional de combate ao desperdício de alimentos e de aproveitamento das sobras do processo de produção, alguns estados buscam regulamentar a questão. No Distrito Federal, por exemplo, foi sancionada no ano passado lei distrital que obriga os supermercados de Brasília a doar alimentos que estejam prestes a perder a validade. O descumprimento da medida pode resultar em multa de R$ 10 mil ao estabelecimento.

Alguns projetos do Congresso Nacional também previam a possibilidade de punição para o produtor ou distribuidor de alimentos que não adotasse medidas de combate ao desperdício. Tais propostas, no entanto, não avançaram ou foram modificadas sob pressão de parlamentares representantes do setor produtivo e agrícola.

Para os especialistas, o problema do desperdício não será resolvido com aumento da produção de alimentos, nem com políticas punitivas. Eles defendem mais campanhas educativas e debate sobre mudanças culturais e de comportamento.

“Hoje, o desafio maior do que aumentar produção de alimentos é criar mecanismos para evitar o desperdício, que é muito genérico, tem várias faces. Tem, por exemplo, comida em excesso. Outro ponto, muito comum no Brasil, é o desperdício de alimentos que estragam por estar mal-acondicionados, ou mal-armazenados, ou por se perder no transporte, ou na hora de serem processados. É o que eu chamo de cultura do desperdício, é um conjunto de situações em que se exigiriam até mudanças de hábitos alimentares”, afirma o professor Sérgio Sauer, da Universidade de Brasília (UnB).

Para o pesquisador da Embrapa Alimentos Murillo Freire, a punição não é a melhor forma de combater o problema. Freire diz também que as propostas em tramitação no Congresso precisam ser revistas em alguns pontos técnicos, como as que não inlcuem critérios para garantir a segurança química e biológica do produto doado. Ele questiona ainda as iniciativas que pretendem garantir benefícios fiscais para empresas que possam criar máquinas processadoras de alimentos, ou propostas que tratam da isenção de até 5% parte da alíquota do Imposto de Renda sobre o lucro das empresas como uma forma de incentivo à doação.

“Algumas empresas e supermercados posicionaram-se dizendo que isso não resolve. Se o supermercado doar o alimento, está tendo prejuízo, porque aquilo não entra no lucro líquido, não é descontado no imposto. Existem detalhes que os deputados não estão vendo. Os projetos de lei ainda são falhos e não abordam aspectos importantes. Com isso, a coisa não anda, vai e volta. Continuamos jogando comida fora. Hoje em dia já tem doação de alimentos e não tem lei, é tudo à margem da lei”, critica Freire.

De acordo com os pesquisadores, também faltam sugestões mais concretas para reaproveitamento de alimentos que não são comercializados por estarem fora dos padrões estéticos, como vegetais defeituosos, mas que ainda têm condições nutricionais seguras para consumo. A consultoria legislativa do Senado já elabora uma proposta específica para este ponto a pedido de um senador.

Todo esse conjunto de projetos legislativos está sendo analisado pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), composta por representantes do governo federal e do Congresso e por especialistas da área de produção de alimentos. São atribuições da Caisan elaborar e indicar diretrizes para executar a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que tem como uma de suas metas “estabelecer marco legal para a redução das perdas e desperdício de alimentos abrangendo os bancos de alimentos”.

Na próxima reunião da Caisan, marcada para o dia 24 deste mês, o levantamento das propostas legislativas deve ser consolidado em um relatório que apontará o papel de cada ator na construção da política nacional de combate ao desperdício.

“É um processo que tem de ser constante de educação, capacitação, conscientização das pessoas a respeito da importância do combate ao desperdício. Ainda assim, para evitar o desperdício em algumas situações, é preciso acionar os últimos elos do processo, que são aqueles que levam a doação de alimentos para populações mais carentes. Então, é um grande gargalo jurídico esse da doação de alimentos”, diz consultor legislativo do Senado Marcus Peixoto.

Bancos de Alimentos
Uma das principais estratégias é o fortalecimento da atuação dos bancos de alimentos como intermediadores entre os doadores e receptores dos produtos que sobram. Levantamento da Rede Brasileira de Bancos de Alimentos mostra que o país tinha 218 bancos de alimentos em funcionamento até o ano passado. As unidades arrecadaram no último ano quase 60 mil toneladas de alimentos, das quais 59.610 foram distribuídas para mais de 17 mil entidades sociais. O processo beneficiou em torno de 6 milhões pessoas em situação de insegurança alimentar.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o governo disponibilizou R$ 5 milhões para apoiar os municípios que pretendem modernizar seus bancos de alimentos. A seleção das cidades aptas está sendo feita por edital público, do qual estão participando bancos em funcionamento há mais de dois anos, em municípios com mais de 150 mil habitantes.

Os recursos poderão ser usados para ampliação das unidades, compra de veículos de transporte dos alimentos, aquisição de geladeiras, computadores e material de escritório. O dinheiro, no entanto, não poderá ser destinado ao pagamento de funcionários e de contas de luz e aluguel.

A meta da rede é contar com a adesão dos 218 bancos em funcionamento para promover a qualificação da gestão dessas unidades. O Ministério do Desenvolvimento Social também deve começar ainda neste semestre a desenvolver manuais educativos para orientar as equipes técnicas.

Murillo Freire alerta, no entanto, que o incentivo ao aperfeiçoamento dos bancos de alimentos não deve ofuscar iniciativas que combatam o desperdício desde o início do processo. “Quando se fomenta banco de alimentos, que vive de doação, é porque a cadeia produtiva atrás não está bem. Algum problema tem. Então, não é também uma saída ficar incentivando o banco de alimentos. É melhor construir toda a infraestrutura da cadeia desde a época do plantio, conscientizar o consumidor na sua casa a planejar a compra para não jogar fora, arrumar a geladeira, além de campanhas de comunicação. É consertar a causa, e não a consequência, pondera Freire.

Direito à alimentação

Os especialistas ressaltam que o último marco na política de segurança alimentar foi a promulgação pelo Congresso Nacional da emenda à Constituição que introduziu a alimentação entre os direitos fundamentais, em 2010. O marco anterior, de 2006, foi a criação do Sistema Integrado de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), que envolve ministérios da área social e programas do governo.

“Do ponto de vista formal, institucional, [a PEC e o Sisan] foram avanços importantes, pelo menos no sentido de reconhecer que, no Brasil, o direito à alimentação é um direito humano, antes não tinha nem isso”, destaca o professor Sauer, que foi relator do direito humano à terra e alimentação da DhESCA Brasil – Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais.

Depois da promulgação, o Brasil intensificou as políticas de combate à pobreza, o que resultou na saída do país do Mapa da Fome, em 2014. Ainda em 2002, o Brasil já tinha atingido a meta de reduzir a fome, conforme os Objetivos do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000. Para o país, o desafio agora é erradicar a fome até 2030, uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, também estabelecidos pela ONU.

No entanto, o direito à alimentação previsto na Constituição é mais amplo do que simplesmente comer. O direito só é efetivo se a pessoa estiver livre da fome e da desnutrição e tiver acesso a uma alimentação adequada e saudável. No Brasil, cerca de 8 milhões de pessoas ainda passam fome, diz a ONU. E, com a crise econômica atual, os especialistas temem que o problema se agrave e possa levar o país de volta ao Mapa da Fome.

“É importante aquele mapa, mas o fato de o Brasil ter saído dele significa que não temos mais problemas? Não, nós saímos do Mapa da Fome mas ainda tinha muito a ser feito. Por exemplo, o auxílio do Bolsa Família deu um alento, mas não solucionou o problema. Agora, com o limite para os gastos públicos e essa combinação entre recessão e desemprego, que gera pobreza e gera fome, infelizmente, há um risco bastante real de o Brasil, se não voltar para o Mapa da Fome, ter uma quantidade maior de famílias em vulnerabilidade social e alimentar”, afirma Sauer.

A redução pela metade do índice de desperdício de alimentos per capita mundial e as perdas ao longo do processo produtivo até a chegada do alimento ao consumidor também está entre as metas da ONU para 2030. Segundo a FAO, órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o mundo perde ou desperdiça entre um quarto e um terço dos alimentos produzidos anualmente. O volume equivale a cerca de 1,3 bilhões toneladas de alimentos, o que inclui 30% dos cereais, entre 40% e 50% das raízes, frutas, hortaliças e sementes oleaginosas, 20% da carne e produtos lácteos e 35% dos peixes.

A FAO estima que o total desperdiçado seria suficiente para alimentar 2 milhões de pessoas.

O Brasil não tem estimativa real sobre desperdício de alimentos, o que pode dificultar ainda o cumprimento da meta da ONU de redução das perdas ao longo do processo produtivo. Murillo Freire lembra que é preciso conhecer os números de hoje para reduzir metade daqui a 10, 20 anos.

"Não existe uma meta quando não se tem os dados iniciais. Ainda não temos uma metodologia padrão para avaliar perdas e desperdícios. Qualquer perda e desperdício que se tenha, deve-se considerar várias coisas para incluir nesse resultado. Em que ano se fez essa pesquisa de produção? Que produto foi? É cultivado, melhorado? É resistência à praga e doença? Em qual ano se plantou? Foi na chuva ou na seca, no verão ou no inverno? Qual o nível tecnológico usado, adubação, fertilização? Tem treinamento de mão de obra? Não tem? Tudo isso ocasiona perdas adiante ou produto de má qualidade”, questiona o pesquisador.

Edição: Nádia Franco
http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-08/mau-acondicionamento-leva-perda-de-muita-comida-no-brasil

Uma concepção mais aceitável da morte, na criatividade de Machado de Assis



Carmen Lins

Pedindo licença a Paulo Peres, Carlos Newton e Manuel Bandeira, sei que os três são amigos de Machado de Assis. Então, para lembrar os Pais que se foram antes de nós, vou transcrever aqui o que Machado de Assis escreveu a respeito em 1896. Concordo plenamente com ele, nosso escritor maior por todos os séculos, neste pequeno artigo publicado num dos maiores jornais do Rio de Janeiro, a Gazeta de Notícias:

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APOSENTADORIA DA VIDA
Machado de Assis

“Qualquer um de nós teria organizado este mundo melhor do que saiu. A morte, por exemplo, bem podia ser tão-somente a aposentadoria da vida, com prazo certo. Ninguém iria por moléstia ou desastre, mas por natural invalidez; a velhice, tornando a pessoa incapaz, não poria a cargo dos seus ou dos outros. Como isto andaria assim desde o princípio das coisas, ninguém sentiria dor nem temor, nem os que se fosse, nem os que ficassem. Podia ser uma cerimônia doméstica ou pública; entraria nos costumes uma refeição de despedida, frugal, não triste, em que os que iam morrer dissessem as saudades que levavam, fizessem recomendações, dessem conselhos e, se fossem alegres, contassem anedotas alegres. Muitas flores, não perpétuas, nem dessas outras de cores carregadas, mas claras e vivas, como de núpcias. E melhor seria não haver nada, além das despedidas verbais e amigas…”

(in Gazeta de Notícias, 6 set. 1896. Depois publicado em :” Machado de Assis, 100 anos de uma cartografia inacabada”. – Rio de Janeiro, Fundação Biblioteca Nacional, 2008. pags. 58/59)

Tupi 1 x 0 Macaé - RJ

Ítalo marca, Tupi-MG bate o Macaé em casa e dorme na liderança da Série C.

RESUMÃO
O JOGO

De olho na ponta da tabela, o Tupi-MG entrou em campo contra o vice-lanterna Macaé, neste sábado, no Mário Helênio, pela 14ª quarta rodada da Série C do Brasileiro, e levou melhor. Em jogo sem muita emoção, o time mineiro aproveitou uma das poucas chances de gol que teve e venceu por 1 a 0. O gol de Ítalo não só deu a vitória ao Tupi-MG, como também faz o time dormir na liderança da competição. Pelos lados do Macaé, nem mesmo a reestreia do técnico Josué Teixeira ajudou a equipe a recuperar o caminho da vitória. Leia a crônica completa. 



DESTAQUE  - INÍCIO MORNO
Os dois times demoraram a engrenar no primeiro tempo. Tentando passar pela defesa do Macaé, o Tupi-MG tentou lançamentos longos, errou muitos passes e pouco incomodo. O time visitante, na base da contra-ataque, chegou com mais perigo e quase marcou aos 38 minutos. Franco roubou a bola no meio-campo, avançou, passou pela marcação e chutou forte, mas goleiro Paulo Henrique fez a defesa. O jogo melhorou no fim da primeira etapa, mas terminou sem gols.


DESTAQUE - TUPI-MG  - EFETIVO
O Tupi-MG voltou para o segundo tempo buscando mais o gol. Mesmo com os erros no ataque, aproveitou a primeira chance clara de gol. Aos 11 minutos, o goleiro Luis Henrique dá rebote em chute de Juninho e Ítalo, atento, aproveita chance e manda para o gol: 1 a 0. O Tupi-MG quase ampliou com Diego Luís, mas o meia perdeu grande chance dentro da grande área. Na base do abafa, o Macaé foi ao ataque nos minutos finais, teve duas boas chances, mas perdeu e o jogo terminou assim.



DESTAQUE - PANORAMA
Com o resultado, o Tupi-MG chega a 23 pontos e termina o sábado na liderança. O Macaé, com o revés, estaciona com 12 pontos e continua no Z-2 do Grupo C da competição. Na próxima rodada, as duas equipes entram em campo no sábado. O Macaé volta a jogar em casa e recebe o Botafogo-SP, às 15h, no Moacyrzão, em Macaé, Rio de Janeiro. O Tupi-MG faz a segunda partida seguida no Mário Helênio e enfrenta o Mogi Mirim, às 16h. O jogo, no entanto, pode não acontecer, em virtude do resultado do julgamento do clube paulista por não entrar em campo na 14ª rodada.

Púbico pagante: 785
Renda: R$ 16.050

http://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/futebol/brasileirao-serie-c/jogo/12-08-2017/tupi-mg-macae/

Brasil, o eterno país do futuro… do subjuntivo


Charge do Duke (dukechargista.com.br)

Joaquim Francisco de Carvalho
O Globo

O Brasil tem grandes extensões de terras férteis e um clima muito favorável para a agricultura. Suas reservas de minérios de valor estratégico são das maiores do planeta, e as fontes renováveis de energia colocam o país em posição de vantagem, em relação a países de escala comparável. Em 2016, o PIB foi estimado pelo IBGE em cerca de R$ 6,266 trilhões (US$ 1,8 trilhões), o que situava a economia brasileira entre as oito maiores do mundo.

No entanto, em seu relatório sobre o desenvolvimento humano publicado em 2016, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) colocou o Brasil na 75ª posição, numa lista de 188 países classificados em função do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nessa lista, o Brasil fica em posição inferior à de países como o Sri Lanka, Cuba, Costa Rica e Malásia.

QUALIDADE DE VIDA – Na classificação pelo IDH, atribui-se importância secundária ao PIB (indicador puramente quantitativo) e avalia-se o bem-estar e o desenvolvimento das populações em função do acesso à educação, assistência médica, alimentação, saneamento, habitação, enfim, a tudo que se reflita na qualidade de vida dos indivíduos e da coletividade. Um país realmente rico não é apenas aquele que gera um grande PIB, mas aquele que investe racionalmente no campo social e distribui equilibradamente entre a população a riqueza criada.

Apesar da extraordinária riqueza natural, a qualidade de vida da maioria da população brasileira é degradante. A origem desse paradoxo está na ignorância, na imprevidência e na insensatez com que os governantes — pensando só em seus interesses imediatos ou pessoais — tomam decisões erradas sobre assuntos básicos, sem considerar o interesse público nem analisar os possíveis impactos intersetoriais de suas decisões, no médio e no longo prazo.

ETERNO IMPROVISO – Em outras palavras, o Brasil é governado de improviso e administrado por políticos ignaros e corruptos, incapazes de definir estratégias inteligentes, para atingir objetivos realistas, compatíveis com as potencialidades do país.

Não sejamos ingênuos a ponto de pensar que a corrupção brasileira só começou no governo do presidente Kubitschek, com a construção de Brasília. Na verdade, o mal é antigo. Mas a grande escalada veio com o presidente Sarney e sua famiglia, principalmente no assalto ao sistema elétrico.

Seguiu-se o sarcástico FHC, pessoalmente sério, mas que deixou passar o imperdoável erro estratégico de privatizar grandes hidrelétricas — e, pior, já amortizadas e na bacia das almas.

PRIMADO DOS LADRÕES – Porém, é inegável que foi nos governos Lula, Dilma e Temer que se instalou o primado dos ladrões, institucionalizou-se a corrupção e consolidou-se a cleptocracia, ou corrupção como forma de governo.

Por força da sede de dinheiro e da perversão das relações entre presidentes, ministros, parlamentares, diretores de estatais e empresários sem escrúpulos, empresas estratégicas, outrora riquíssimas, como a Petrobras e a Eletrobras, foram esburgadas pelos cleptocratas. Muitos ex-presidentes e ex-diretores dessas estatais enriqueceram em seus cargos e estão soltos por aí.

Ao lado desses, há aqueles que preferiram entrar na politiquinha com p minúsculo, à espreita de vantagens pessoais. Foi um pulha desses, hoje deputado pelo PT-SP, que teve a desfaçatez de apresentar, no mês passado, um projeto de lei (a “Emenda Lula”), que aumenta de 15 dias para oito meses o prazo em que os candidatos às eleições de 2018 não poderão ser presos.

TRAGÉDIA SOCIAL – Velhacos assim ignoram o que vem a ser o múnus público ou a missão de um governo digno desse nome. E nem querem saber que, por culpa deles, o Brasil vive uma tragédia social, com episódios de guerrilha urbana cada vez mais frequentes e violentos.

Os píncaros da indecência foram galgados pelo presidente Temer, com o seu curioso gestual e sua vocação de comprador de deputados.

Diz o velho refrão português que “o peixe começa a se putrefazer pela cabeça”. Pois é isto que está acontecendo com o Brasil: a “cabeça” do país está podre. São parlamentares venais, ministros achacadores, certos empresários sem escrúpulos e até presidentes a ameaçar de gangrena o país inteiro.

EXEMPLO DA FRANÇA – A sociedade tem que reagir, promovendo uma completa substituição dos quadros políticos, algo semelhante ao que aconteceu há poucos meses na França.

Enquanto a cabeça podre não for removida, o Brasil seguirá caminhando no futuro do subjuntivo: Quando os políticos forem honestos, o país poderá desenvolver-se e os brasileiros sairão da miséria…Posted in Tribuna da Internet

Mega-Sena acumula e deve pagar R$ 7 milhões no sorteio de quarta-feira

13/08/2017 09h40
Brasília
Da Agência Brasil

A Mega-Sena sorteou neste sábado (12) prêmio de R$ 2,5 milhões, no concurso 1.958. Ninguém acertou as seis dezenas sorteadas, e o prêmio acumulou. A estimativa da Caixa para o próximo concurso (1.959), na quarta-feira (16), é de R$ 7 milhões. A quina teve 32 apostas premiadas e cada uma pagará R$ 52,45 mil. O prêmio para os 2.670 acertadores é de R$ 898,06.

Confira aqui as dezenas sorteadas: 15, 20, 22, 24, 34 e 55.

A aposta mínima na Mega-Sena custa R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília), do dia do concurso, nas mais de 13 mil casas lotéricas do país.

Saiba como é calculado o prêmio:
O valor arrecadado com o concurso da Mega-Sena não é totalmente revertido em prêmio para o ganhador. Parte do montante é repassada ao governo federal para investimentos nas áreas de saúde, educação, segurança, cultura e esporte.

Além disso, há despesas de custeio do concurso, Imposto de Renda e outras, que fazem com que o prêmio bruto corresponda a 46% da arrecadação.

Dessa porcentagem, 35% são distribuídos entre os acertadores dos 6 números sorteados (sena); 19% entre os acertadores de 5 números (quina); 19% entre os acertadores de 4 números (quadra); 22% ficam acumulados e distribuídos aos acertadores dos 6 números nos concursos de final 0 ou 5; 5% ficam acumulado para a primeira faixa - sena - do último concurso do ano de final zero ou 5.

Não havendo acertador em qualquer faixa, o valor acumula para o concurso seguinte, na respectiva faixa de premiação.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

Dia dos Pais no Brasil

Segundo alguns registros históricos, foi o publicitário Sylvio Bhering que, em 1953, propôs que fosse celebrado o primeiro Dia dos Pais no Brasil.

Na tentativa de atrair comerciantes a publicitarem no jornal "O Globo", o meio de comunicação difundiu a data, que rapidamente se tornou popular.

Inicialmente, Sylvio Bhering escolheu o dia 16 de agosto para comemorar o Dia dos Pais por ser o dia de São Joaquim (segundo a tradição católica, o pai da Virgem Maria, avô de Jesus Cristo).

Para que pudesse ser comemorada sempre aos fins de semana (quando supostamente os pais estão de folga e podem aproveitar o dia com os seus filhos), a data foi modificada para ser celebrada anualmente no segundo domingo do mês de agosto.

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Há relatos de que o Dia dos Pais surgiu na Babilônia, há mais de 4 mil anos, quando um jovem chamado Elmesu fez um cartão de argila para o seu pai, desejando-lhe sorte, saúde e longa vida. 

http://www.calendarr.com/brasil/dia-dos-pais