Por G1 Zona da Mata
05/05/2017 12h36 Atualizado há 5 minutos
Polícias Militar e Civil divulgaram balanço da Operação "Concórdia" na manhã desta sexta-feira (5) (Foto: Roberta Oliveira/G1)
Também foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos uma moto, R$ 5.998, 245 gramas de cocaína, sete pedras de crack, cinco buchas de maconha e uma balança.
A delegada regional destacou a importância da participação da população, já que a ação é resultado de investigação a partir de denúncias. Participaram da operação 200 policiais civis e militares, com cerca de 60 viaturas e o apoio do helicóptero da PM.
Policiais Civis e Militares cumprem mandados da Operação 'Concórdia' no Bairro São Benedito (Foto: Cláudia Oliveira/G1)
Operação Concórdia
De acordo com o o chefe do 4° departamento da Polícia Civil, Carlos Roberto da Silveira, a Operação Concórdia conta com cerca de 200 policiais, 60 viaturas, uma aeronave e irá continuar durante a tarde desta sexta-feira. Ele salientou que a operação foi planejada.
"A ideia inicial foi há dois meses, quando foram feitas investigações e na semana passada nós reunimos e definimos esta data. A operação demonstra que a polícia vai trabalhar em conjunto e já vinha trabalhando para dar segurança e incomodar a criminalidade", comentou.
Silveira ainda destacou um dos alvos principais da operação. "Nós prendemos um dos elementos mais perigosos que é da zona Norte, que era o alvo principal. Ele está preso por dois motivos, já tinha uma mandado de prisão e foi abordado em flagrante por tráfico de drogas. Além disso, tem antecedentes por homicídio, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e tráfico de drogas", acrescentou.
O comandante da 4° Região da Polícia Militar, coronel Alexandre Nocelli, ainda disse que outras operações serão feitas. "O objetivo é potencializar a sensação de segurança. Estamos fazendo um trabalho em conjunto na identificação de autores na prática de crimes violentos e vamos estar sempre nas ruas, provocando essa segurança que a sociedade tanto merece", concluiu.
Prisão do ex-fiscal da Prefeitura de SP
O ex-fiscal da Prefeitura de São Paulo e a mulher foram presos por ordem do juiz da 12ª Vara Criminal de São Paulo, Marcos Fleury Silveira de Alvarenga. De acordo com a decisão, eles foram autorizados a morar em Cataguases, mas não foi localizados no endereço indicado.
Segundo o juiz, eles deveriam ser presos para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal. O casal foi encontrado no Centro de Juiz de Fora e deve ser encaminhado para São Paulo ainda nesta sexta-feira.
Ronilson foi condenado a dez anos de prisão por lavagem de dinheiro. Investigação do Ministério Público descobriu que junto com outros funcionários da Prefeitura, em conluio com despachantes e lobistas, o ex-fiscal cobrava propina de construtoras para dar desconto no ISS (Imposto Sobre Serviços).
Durante dois dias, policiais do Decade, o Departamento de Capturas da Polícia Civil de São Paulo, percorreram endereços de Ronilson na capital paulista e na cidade de Cataguases, no interior de Minas Gerais, onde Ronilson estaria vivendo com a mulher.
O advogado de Ronilson e da mulher dele, Márcio Sayeg, afirmou que irá pedir a revogação da prisão ainda nesta sexta-feira. Segundo ele, a prisão é arbitrária e contraria entendimento do Ministério Público. "Ele tem residência fixa, mora e fica em Cataguases, ele não se evadiu", afirmou o defensor.
Máfia do ISS
Os promotores dizem que os crimes de lavagem de dinheiro ocorreram entre 2010 e 2013, na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad. O MP diz que duas empresas das quais Ronilson Bezerra e Cassiana Manhães eram sócios foram utilizadas para lavagem de dinheiro do esquema.
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/policias-apresentam-balanco-parcial-de-operacao-em-juiz-de-fora-ex-fiscal-da-prefeitura-de-sp-esta-entre-os-presos.ghtml