segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Advogados dos cúmplices de Cabral apresentam defesas criativas e delirantes

Charge do Moisés (moisescartuns.tumblr.com)

Marco Grillo
O Globo

Advogados dos integrantes do esquema de corrupção comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral definiram as estratégias para tentar que seus clientes se livrem da cadeia: tirar o caso das mãos do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, desmobilizar a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) responsável pelas investigações no Rio e anular os acordos de delação premiada no qual executivos de empreiteiras revelaram detalhes dos desvios de dinheiro público.

Em petições protocoladas em resposta à denúncia feita pelo MPF, os defensores apresentam argumentos técnicos — ora buscando desmontar a acusação, ora tentando inviabilizar o processo — e tratam também da vida pessoal dos clientes.

ACUSAÇÃO “NULA” – Em um documento de 33 páginas, advogados de dois escritórios que atuam a favor de Adriana Ancelmo sustentam, por exemplo, que a acusação formulada é nula desde a origem, por violar o “princípio do promotor natural”.

O ponto atacado é a formação de uma equipe de procuradores para tratar exclusivamente das operações Calicute e Eficiência, desdobramentos da Lava-Jato no Rio. O grupo foi criado nos moldes da força-tarefa de Curitiba, ponto de partida das investigações. Segundo os integrantes dos escritórios Luís Guilherme Vieira e Evaristo de Moraes, a nomeação é “circunstancial” e há impedimento legal “quando referidas designações e criação de núcleos especializados são episódicas, desvelando uma relação ímpar entre a organização interna do parquet (MPF) e o caso in concretu, como ora se observa”.

A defesa cita ainda um depoimento negando que tenha havido entregas em dinheiro vivo no escritório de advocacia do qual Adriana é sócia, como foi narrado por uma testemunha.

FORO PRIVILEGIADO – Outro ponto levantado é a jurisdição em que os processos estão sendo analisados. Segundo os advogados de Hudson Braga, ex-secretário de Obras, e Luiz Carlos Bezerra, ex-assessor de Cabral, as ações deveriam correr no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os defensores alegam que os delatores Clóvis Primo e Alberto Quintaes, ex-executivos da Andrade Gutierrez, afirmaram que houve pagamento de propinas a integrantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Como os membros do colegiado têm foro no STJ, as defesas dizem que o processo deveria ser examinado em Brasília.

Há ainda o argumento de que o caso deveria ser distribuído na Justiça Federal do Rio, e não ir automaticamente ao gabinete de Bretas. O juiz herdou os casos porque foi responsável pela Operação Saqueador e, no entendimento judicial, os processos atuais derivam daquela investigação — um mecanismo chamado prevenção garante ao magistrado o direito de julgar ações que sejam relacionadas com fatos analisados anteriormente por ele.

JUSTIÇA ERRADA – Os advogados do escritório de Tiago Lins e Silva, responsáveis pela defesa de Braga, criticam a competência da Justiça Federal no episódio. Para os defensores, o processo deveria ser julgado na Justiça estadual porque não houve prejuízo aos cofres da União, nem “indicação de prática criminosa por servidor federal”.

Já a defesa de Bezerra defende ainda que os acordos de leniência firmados por Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia sejam anulados, assim como as delações premiadas dos executivos. Para os advogados, o fato de o MPF ter se comprometido a não abrir ações penais contra os colaboradores, inviabiliza o documento.

“A imunidade penal prevista na lei 12.850/2013 (que regulamenta as delações) é figura absolutamente excepcional, cujo deferimento demanda a existência de circunstâncias específicas, as quais não foram observadas”, escreveram os advogados Ranieri Mazzilli Neto e Marcelo Camara Py.

CASAL “SEPARADO” – Nas extensas petições, sobraram espaço para, entre uma alegação e outra, pitacos sobre as vidas pessoais dos clientes. A defesa de Adriana Ancelmo duvida que Cabral tenha comprado todas as joias listadas para ela: “Verifica-se, inclusive, que algumas joias teriam sido adquiridas no período em que o casal se encontrava separado”. Já os advogados do ex-secretário de Governo Wilson Carlos elencam a “formação cristã” e o “núcleo familiar extremamente unido” em torno dele.

José Orlando Rabelo, ex-chefe de gabinete de Hudson Braga, por sua vez, tenta se desvincular do antigo aliado e afirma que Braga não permitia questionamentos.

“Na mesma linha, o secretário (Braga) não distinguia as funções e ordenava ao acusado (Rabelo) que realizasse favores particulares, como marcação de consulta, envio de documentos particulares, compra de café especial, ligações telefônicas para contatos pessoais”, assinala a petição.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente reportagem de Marco Grillo, mostrando a criatividade dos advogados em matéria de Piadas do Ano. São anedotas jurídicas tão sensacionais que estão a exigir inscrição conjunta no cobiçado concurso instituído pela “Tribuna da Internet”. Essa desculpa de obedecer ao chefe nos atos de corrupção porque recebia ordens até para marcar consultas e comprar café especial, com toda a certeza, é realmente espetacular. Merece palmas entusiásticas, com o público de pé, em delírio. (C.N.) Posted in Tribuna da Internet

domingo, 29 de janeiro de 2017

Oficial da PM investigado por corrupção pede aposentadoria. É justo?

27 Janeiro 2017 17:30

Julia Ramiro

O tenente-coronel atuante no 27º Batalhão da Polícia Militar (27º BPM), investigado pelo crime de corrupção passiva, solicitou ao setor administrativo que fosse transferido para a reserva remunerada (termo usado para a aposentadoria de militares). Segundo informações extra-oficiais confirmadas à equipe do Diário Regional, o oficial aguarda em casa a contagem do tempo de serviço, que irá definir se realmente pode se transferir para a reserva.

Antes da solicitação, ele havia sido designado para atuar em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Outras transferências foram realizadas entre as regiões e este é um procedimento de praxe da corporação.

INVESTIGAÇÃO
Uma denúncia do Ministério Público Estadual foi encaminhada à Polícia Civil (PC) de Juiz de Fora no princípio de janeiro, para investigação do crime de corrupção passiva, supostamente cometido pelo tenente-coronel. O caso corre em sigilo, na 3ª Delegacia Distrital da PC.

Na PM, oficiais do alto comando foram designados para apuração da denúncia em um processo administrativo interno. Se for comprovado o crime, o caso seguirá para análise da justiça militar em BH.

Registros da PM de 28 de novembro do ano passado relatam que empresários, proprietários de postos de combustíveis, teriam denunciado o oficial por extorsão. Segundo o registro, o oficial estaria exigindo das vítimas a quantia de R$2 mil por mês.

Diário Regional JF

Cadeirante agride e assalta pedestres no Centro

29 Janeiro 2017 11:30

Julia Ramiro

Dois homens, de 27 e 24 anos, foram agredidos durante um assalto no cruzamento das Ruas Benjamin Constant e Roberto de Barros, no Centro, na noite desse sábado, 28.

Uma das vítimas, de 24 anos, teve uma fratura no tornozelo esquerdo e precisou ser socorrida pelo Samu, sendo encaminhada ao HPS. A Polícia Militar (PM) foi acionada para comparecer ao hospital, onde o homem ferido relatou que estava com o amigo no cruzamento das ruas quando um cadeirante se aproximou e pediu um pouco da bebida que eles tomavam.

No momento em que o homem se aproximou para lhe entregar a bebida, o cadeirante puxou o cordão de prata que ele usava, arrancando-o do pescoço dele.

Ainda segundo a vítima, outros dois homens, que provavelmente seriam comparsas do cadeirante, se aproximaram, agredindo ele e o amigo, o que resultou na fratura do tornozelo.

A PM realizou patrulhamento em busca dos suspeitos, mas eles não foram localizados.
http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/13216-cadeirante-agride-e-assalta-pedestres-no-centro

Indicações de negros ao Oscar ajuda a combater estereótipos, dizem pesquisadores

29/01/2017 12h16
Rio de Janeiro
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil

Em contraste à cerimônia de 2016, que foi marcada pela ausência de negros na premiação, o número recorde de artistas negros concorrendo ao Oscar 2017 surpreendeu o público, a indústria e os estudiosos do tema. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil acreditam que o constrangimento causado por campanhas antirracismo nas indicações do ano passado e o contexto político atual nos Estados Unidos podem ter influenciado a decisão dos mais de 6 mil jurados do prêmio.

Apesar da mudança não significar que a indústria cinematográfica tenho aberto de vez as portas de Hollywood a profissionais não-brancos, os analistas avaliam que é uma oportunidade de divulgar artistas e filmes feitos do ponto de vista dos afro-americanos. "Esse ano, particularmente, foi mais interessante porque não ficou só na representação (indicação de atrizes/atores), ampliou-se para outras áreas, para produtor, diretor, edição", destacou o antropólogo Athayde Motta, que estuda o tema.

Um ano depois da campanha que denunciou a ausência de afro-americanos no Oscar e fez barulho com a hashtag #OscarSoWhite, o que levou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas a diversificar o júri, pela primeira vez, seis negros foram indicados aos prêmios principais, de melhor ator e atriz. Jarry Jenkins ainda concorre na categoria de melhor direção pelo longa Moonlight: sob a luz do luar.

São pelo menos 18 negros indicados ao Oscar 2017 em várias categorias. O recorde anterior havia sido sete, em 2009, segundo Motta. "Essa sempre foi uma reclamação da comunidade artística afro-americana, é impossível ficar esperando pelo convite para o papel que vai te dar o Oscar. Cinema é pensar diálogos, a produção, a fotografia se você não tiver pessoas negras atuando nessas áreas, fica muito difícil", completou ele, que fez mestrado na Universidade do Texas e morou dez anos nos Estados Unidos (EUA), onde estudou o racismo.

Contexto político
Além dos protestos após a falta de negros nas indicações de 2016, o contexto político dos EUA também influencia o novo cenário, na avaliação do professor. Entre os fatos estão a eleição do presidente Republicano Donald Trump, que substituiu o primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama, e a repercussão de movimentos como o Black Lives Matter, que denuncia a violência policial.

Para ele, a sensibilidade dos jurados e o contexto do país, no entanto, não seriam suficientes se não houvesse grandes performances de negros em 2016. Concorrendo em três categorias (melhor filme, roteiro adaptado e atriz coadjuvante), um dos destaques é Estrelas Além do Tempo, um filme de grande sucesso nos EUA que desbancou a bilheteria de Star Wars. Contando a história de mulheres negras fundamentais ao programa espacial daquele país, o filme colocou Octavia Spencer, atriz que ficou conhecida pelo filme História Cruzadas, na lista de indicações pela primeira vez.

Octavia Spencer concorre ao Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme Estrelas Além do Tempo - Divulgação

A historiadora e pesquisadora Janaína Oliveira, coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (Ficine), concorda com Motta que o recorde de indicações está relacionado ao bom trabalho dos atores. "Diria até uma resposta ao constrangimento de 2016", disse. Porém, vê nas indicações uma chance de desconstruir estereótipos sobre negros que foram criados ou difundidos por Hollywood.

Nos primórdios do cinema, ela cita o personagem Pai Tomás (Uncle Tom), da adaptação do clássico da literatura a Cabana do Pai Tomás (1909), retratado de uma maneira pejorativa, acomodado e subserviente, e "mammy", a escrava de Scarlet O'Hara, de ...E o Vento Levou (1939), interpretada por Hattie McDaniel (ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante). Além de secundária, "mammy" era resignada em relação à sua condição.

"Das imagens contemporâneas, podemos dar milhares de exemplos de mulheres negras raivosas, barraqueiras, lascivas, de homens negros com uma pulsão sexual incontrolável, que sempre querem a mulher branca como objeto de desejo e, não conseguindo, acaba por violentá-la. Ou como bandido, traficante, aquele que trapaceia. Todos esses estereótipos estão presentes no cinema", afirmou Janaína, que atua também como curadora de mostras nacionais e internacionais de cinema negro.

Por outro lado, com as indicações ao Oscar, a pesquisadora acredita que os filmes com indicados negros, como Cercas, do ator e diretor Denzel Washington, indicado em três categorias (melhor filme, roteiro adaptado, melhor ator para Washington, e atriz coadjuvante para Viola Davis), ainda sem data de lançamento no Brasil, terão mais chance de serem vistos pelos públicos. "Para o mundo, acredito que vai haver contato com produções com protagonistas negros e personagens desenvolvidos", citou.

Com oito indicações ao Oscar, outro longa sobre questões raciais que terá espaço certo é Moonlight: sob a luz do luar, de Barry Jenkins. A trama, sobre os desafios de um jovem negro no subúrbio de Miami foi eleito o filme do ano pela Associação de Críticos de Nova Iorque e de Los Angeles e ganhou o Globo de Ouro de melhor Drama.

Para Athayde Motta, permanece o desafio da Academia de cinema de naturalizar a presença de negros. Este ano, avalia, houve uma combinação de performances de destaque com uma quantidade relevante de filmes bons. "Isso não acontece todo ano nem nas indicações normais. Tem edição em que o Oscar é de filmes muito fraquinhos, mornos", explicou.

De fora do Oscar
Apesar dos recordes, os especialistas lamentam que a academia tenha deixado de fora da competição o aclamado drama O Nascimento de uma nação, do também diretor negro Nate Parker. O longa apresenta uma versão sobre a fundação dos EUA, retratando uma rebelião de pessoas negras escravizadas no sul do país, região marcada pela segregação e pela atuação de supremacistas brancos. Trata-se da versão oposta ao clássico do cinema de mesmo nome do diretor David W. Griffith, de 1915, um marco também do racismo.

"É o primeiro blockbuster de Hollywood. É um filme que é um clássico, traz várias inovações tecnológicas, faz filmagem noturna, planos simultâneos, só que a história da versão de David W. Griffith é o sobre o surgimento da Ku Klux Klan", pontua Janaína Oliveira. No longa, homens negros são tratados de forma bestializada e são hostilizados pela população branca, conforme a pesquisadora.

Documentários
Além das indicações de melhor filme, concorrem na categoria documentário três longas que também tocam na questão racial, de um total de cinco. O I am not your negro, sobre um dos maiores intelectuais americanos, o escritor negro e gay, James Baldwin; A 13ª Emenda, que relaciona o fim da escravidão às políticas de segurança que aumentaram o encarceramento de afrodescendentes e O.J.: Made in America, sobre o julgamento do jogador de futebol acusado de matar a esposa.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Funalfa inicia na segunda-feira cadastro deambulantes para eventos pré-carnavalescos

JUIZ DE FORA - 27/1/2017 - 18:28

Foto: Divulgação Funalfa

A Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), inicia, na segunda-feira, 30, o período de inscrição para ambulantes interessados em trabalhar nos eventos pré-carnavalescos. O cadastro deve ser realizado até 3 de fevereiro, das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17 horas, no Departamento de Cultura da Funalfa (Avenida Rio Branco, 2.234, Parque Halfeld - Centro).

As vagas são destinadas ao trabalho nos eventos ligados ao Corredor da Folia, na Praça Antônio Carlos - Centro, entre 20 e 23 de fevereiro. Neste ano, serão disponibilizadas cinco barracas, todas com iluminação e energia:

1 - sanduíches

2 - churrasco (servido em pratos descartáveis)

3 - salgados

4 - pizza e crepe

5 - pipoca e milho verde

Nas quatro primeiras barracas, fica autorizada a venda também de água, refrigerante e cerveja. Já as duas towners serão destinadas ao comércio de cachorros-quentes.

Caso a procura seja maior que a oferta, a distribuição das barracas será feita por meio de sorteio no dia 6 de fevereiro, às 14h30, no Anfiteatro João Carriço (Funalfa). Os inscritos deverão estar presentes, portando documento de identificação pessoal. Só estarão aptas a participar do sorteio as pessoas que oficializarem o cadastro no período indicado.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044
Portal PJF

Ladrão aborda cobrador de ônibus e rouba dinheiro em Juiz de Fora

29/01/2017 11h49 - Atualizado em 29/01/2017 11h49

Do G1 Zona da Mata

Um ladrão abordou um cobrador de ônibus no Bairro Morumbi, em Juiz de Fora, e roubou cerca de R$ 100. O roubo ocorreu na madrugada deste domingo (29). Ninguém foi preso até o momento.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o cobrador, de 55 anos, contou que, ao término da última viagem, por volta de 0h45, ele se deslocava a pé em direção a garagem da empresa responsável pelo ônibus, enquanto o motorista guardava o veículo.

Em determinado momento, um indivíduo, que antes estava como passageiro do ônibus, o abordou. Ainda segundo a vítima, o ladrão estava com um objeto semelhante à uma arma. O criminoso roubou cerca de R$ 100 e fugiu a pé, sentido o Bairro Progresso.

Mostra de Tiradentes premia filmes de São Paulo, Minas, Ceará e Maranhão

29/01/2017 10h48
Tiradentes (MG)
Léo Rodrigues - Enviado Especial da Agência Brasil

A 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes anunciou na noite deste sábado (29) os filmes vencedores do evento. Os prêmios se concentraram em produções das Regiões Sudeste e Nordeste. Cinco títulos foram agraciados com o Troféu Barroco: dois de São Paulo, um de Minas Gerais, um do Ceará e um do Maranhão.

Os dois prêmios concedidos por votação do público ficaram com filmes produzidos em São Paulo. O documentário Pitanga, que marca a estreia da atriz Camila Pitanga como diretora, foi escolhido o melhor longa-metragem. O filme traça a trajetória estética, política e existencial do ator Antônio Pitanga, pai de Camila. Na direção, a atriz fez parceria com o cineasta Beto Brant. Também escolhido pelo júri popular, o documentário Procura-se Irenice, dos paulistas Marco Escrivão e Thiago Mendonça, foi o melhor curta-metragem.
Premiação da Mostra de Cinema de Tiradentes 2017
Léo Rodrigues/Agência Brasil

O Júri Jovem, composto por pessoas selecionadas através de uma oficina de crítica cinematográfica, foi responsável pelo prêmio da Mostra Olhos Livres, que reúne filmes com uma linguagem mais autoral e menos convencional. O troféu foi entregue à Lamparina da Aurora, produção maranhense dirigida por Frederico da Cruz Machado. O longa-metragem gira em torno das memórias de um casal de idosos em uma fazenda abandonada.

Lamparina da Aurora é o terceiro longa-metragem de Frederico da Cruz Machado. O diretor afirma que o filme foi produzido com baixo orçamento, sem recursos públicos, e o prêmio foi recebido como uma boa surpresa. "É um trabalho muito artístico, porque a narração do filme é toda poética, toda baseada em cenas de poesias de um grande escritor maranhense, o Mauro Machado. É um filme de gênero, um suspense. Um prêmio desse dá a possibilidade do filme ser mais falado e ser visto no cinema e em outros festivais".

Os dois prêmios restantes foram entregues pelo júri de críticos. Na Mostra Foco, voltada para curtas-metragens, uma produção cearense levou a melhor: Vando Vulgo Vedita, dirigido por Andréia Pires e Leonardo Mouramateus.

Já na Mostra Aurora, dedicada ao primeiro ou segundo longa-metragem de novos cineastas, o documentário mineiro Baronesa recebeu o troféu. Dirigido por Juliana Antunes, o filme aborda a vida de duas vizinhas em um bairro de periferia de Belo Horizonte, que buscam evitar os conflitos do tráfico. "Foi um trabalho de extrema imersão. A equipe morou comigo um mês na Vila Mariquinha. E eu morei outros cinco. E toda esta imersão aparece na tela", conta a diretora.

Todos os diretores de filmes premiados, além do Troféu Barroco, irão ganhar incentivos de empresas patrocinadoras para a realização de um novo trabalho. Eles terão, por exemplo, recursos para locação de equipamentos e para pós-produção.

Prêmio Helena Ignez
Uma novidade da 20ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes foi a entrega do primeiro Prêmio Helena Ignez, criado para homenagear anualmente uma mulher que tenha atuado na produção de obras concorrentes da Mostra Foco, de curtas-metragens, e da Mostra Aurora, que reúne longas de novos realizadores. A premiada precisa ter destaque em funções como direção de fotografia, montagem, roteiro, entre outras.

O troféu foi entregue à Fernanda de Sena, que responde pela direção de fotografia do filme Baronesa. "Mulheres também são capazes de ser cabeças de equipe e de assumir funções técnicas como direção de fotografia ou captação de som. Por isso, esse prêmio é importante", comemora. Foi o primeiro longa-metragem que Fernanda integrou e, embora ainda não tenha novos projetos em curso, ela acredita que o prêmio lhe dará estímulo para seguir no cinema.

A expansão da presença da mulher no mercado cinematográfico repercutiu nesta edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que registrou um recorde. Dos 108 títulos da programação, 43 tinham presença feminina na direção, cerca de 40%. Segundo o curador Cléber Eduardo, embora já existam muitas mulheres trabalhando no cinema há alguns anos, algumas funções ainda são bastante restritas aos homens. "Na produção e na direção de arte, elas reinam. Mas há funções como direção, direção de fotografia e montagem ainda bem masculinas. Isso está sendo quebrado aos poucos", analisa.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Decisão de juíza é provisória e governo dos EUA vai continuar deportando


29/01/2017 10h22
Estados Unidos
José Romildo - Correspondente da Agência Brasil

A decisão da Justiça americana que barrou parte do decreto do presidente Donald Trump em relação à entrada de imigrantes no país é limitada e garante apenas a permanência provisória nos Estados Unidos dos imigrantes e refugiados já detidos nos aeroportos norte-americanos. O benefício da Justiça foi dado inicialmente para dois iraquianos, barrados ao chegar em Nova York, mas é válido também para todos os passageiros detidos em aeroportos do país no sábado, por virem de países segundo o governo americano que têm laços com o terrorismo.

Passageiros que chegarem a partir de hoje podem ser detidos e deportados se não houver nenhuma outra nova ordem da Justiça em sentido contrário. Na manhã deste domingo (29), o Departamento de Segurança Interna divulgou um comunicado informando que continuará aplicando a ordem executiva do presidente Donald Trump, assinada na sexta-feira (27), que proíbe a entrada de pessoas vindas de sete países predominantemente muçulmanos (Síria, Iêmen, Sudão, Somália, Iraque, Irã e Líbia), por um período de 90 dias. As pessoas vindas da Síria não se sujeitam ao prazo de 90 dias. Decisão do governo norte-americano estabeleceu que a proibição de refugiados e imigrantes da Síria é indefinido.

O balanço do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos sobre o número de pessoas afetadas pela ordem executiva até a noite de sábado é o seguinte: 375 passageiros foram afetados. Desse total, 109 estavam em trânsito para os EUA e ao chegarem aos aeroportos tiveram a permanência negada; outros 173 viajantes tiveram a vinda ao território americano negada antes mesmo do embarque, em algum aeroporto fora dos Estados Unidos; e as autoridades de imigração deixaram entrar 81 passageiros com residência legal nos Estados Unidos.

Funcionários da imigração porém informam que, depois de detidos, muitos passageiros foram obrigados a voltar para seus países em pelo menos novos aeroportos diferentes. Centenas de pessoas em todo o mundo foram impedidas de embarcar para os Estados Unidos. O veto à entrada de pessoas provenientes de sete países com população majoritariamente muçulmana estava sendo aplicado também a alguns residentes legais dos Estados Unidos que estavam no exterior quando a ordem foi assinada.

A juíza Ann Donnelly, do Tribunal Distrital de Brooklyn, em Nova York, ao suspender as deportações, atendendo a pedido da União Americana de Liberdades Civis, disse que a medida visa a evitar riscos de ferimentos às pessoas detidas ao serem remetidas de volta a seus países de origem. 

Minutos após a decisão da juíza de Nova York, outra decisão foi tomada pela juíza Leonie Brinnkema, em Alexandria, no estado da Virgínia, a respeito da ordem executiva de Donald Trump . Ela suspendeu por sete dias a deportação de qualquer pessoa, que chegue ao Aeroporto de Dulles, na Virgínia, e que disponha do Green Card, a autorização para que a pessoa trabalhe nos Estados Unidos.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

sábado, 28 de janeiro de 2017

“Bem Comum Lazer” tem nova edição neste final de semana

JUIZ DE FORA - 27/1/2017 - 15:48


Neste domingo, 29, acontecerá mais uma edição do “Bem Comum Lazer”. Para a atividade, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) fará intervenções na região central. Das 6 às 13 horas, a pista central da Avenida Rio Branco, no trecho entre a Rua Doutor Romualdo e a Avenida Doutor José Procópio Teixeira, ficará interditada para o trânsito de veículos.

Os ônibus que circulam no sentido dos bairros Manoel Honório/Bom Pastor deixarão a faixa central no cruzamento com a Avenida Presidente Itamar Franco, devendo utilizar a pista lateral. Na direção contrária, deverão retornar à faixa central no cruzamento com a Rua Doutor Romualdo. Os pontos de parada na pista lateral serão em frente aos atuais da pista central. Durante o evento, realizado pela PJF, haverá agentes para garantir a fluidez do trânsito e a segurança dos participantes.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo telefone 3690-7767.
Portal PJF

Partida entre Tupi e Tombense terá ônibus extras

JUIZ DE FORA - 27/1/2017 - 15:21


A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) disponibilizará ônibus extras neste domingo, 29, para os torcedores do jogo Tupi x Tombense. O atendimento especial será feito através da linha 517 – Estádio, com saídas marcadas para as 15 horas e 15h30, da Avenida Itamar Franco, próximo à Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Os carros estarão devidamente identificados, e a tarifa será cobrada normalmente, no valor de R$ 2,75.

O itinerário dos ônibus será feito, no sentido Centro/bairro, nas avenidas Presidente Itamar Franco e Eugênio do Nascimento. No sentido bairro/Centro seguirá pelas avenidas Eugênio do Nascimento e Presidente Itamar Franco, ruas Doutor Paulo de Frontin e Halfeld, e avenidas Getúlio Vargas e Presidente Itamar Franco.

Ao término da partida os coletivos estarão no ponto próximo ao estádio, para o retorno dos torcedores. O último ônibus sairá do Estádio para o Centro 40 minutos após o jogo.

Tupi x Tombense

O jogo será a estreia do Tupi no Campeonato Mineiro 2017. A partida terá início às 17 horas, no Estádio Municipal “Radialista Mário Helênio”. A abertura dos portões acontecerá às 15h30. Os torcedores do Tupi entrarão pelo portão principal, enquanto a torcida do time visitante entrará pelo portão do Bairro Dom Orione. Os ingressos estão sendo vendidos na sede social do Tupi (Rua José Calil Ahouagi, 332, Centro), loja Torcedor Esporte Clube (Galeria Pio X, loja 40) e no calçadão da Rua Halfeld, custando R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia.


* Informações com a Assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito 3690-7767.
Portal PJF