O governador Luiz Fernando Pezão decretou luto oficial de três dias pelas mortes do sargento Rogério Félix Rainha, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho, o capitão Willian de Freitas Schorcht e o major Rogério Melo Costa. Os quatro policiais militares morreram na queda de um helicóptero da corporação, durante operação, na noite de sábado (19), próximo à Cidade de Deus, zona oeste do Rio, quando davam cobertura a uma ação contra o tráfico de drogas na comunidade.
“Reconhecemos e agradecemos a dedicação da Polícia Militar (PM) no combate ao crime e, em especial, dos policiais que perderam a vida no exercício de proteger e defender a sociedade. Expresso meus sentimentos aos parentes e amigos dos militares. Vamos seguir em frente em defesa dos cidadãos fluminenses”, afirmou o governador.
Ocupação
A cúpula da Secretaria de Segurança Pública determinou, após reunião de mais de quatro horas no Centro Integrado de Comando e Controle, que as unidades do Comando de Operações Especiais (COE), integradas pelo Batalhão de Operações Especiais, Batalhão de Choque, de Ações com Cães e Grupamento Aero Marítimo, vão permanecer na Cidade de Deus por tempo indeterminado até que os líderes da facção criminosa que atua na região sejam presos. Nesse domingo (20), sete corpos de homens, com marcas de tiros, foram encontrados por moradores na mata que circunda a comunidade.
Na noite de sábado, policiais militares do Bope apreenderam três fuzis automáticos, duas pistolas, munições, três rádios transmissores, quatro carregadores de pistola, além de 830 sacolés de cocaína, 53 sacolés de crack e 653 sacolés de maconha na Cidade de Deus. As equipes encontraram o material apreendido em área de mata, próximo ao local onde ocorreu a queda do helicóptero.
Entenda o caso
O helicóptero da Polícia Militar caiu na noite de sábado na Avenida Ayrton Sena, perto da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, matando seus quatro ocupantes, quando dava apoio a uma operação contra o tráfico de drogas. A operação foi feita depois que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região foi atacada a tiros por homens fortemente armados durante a manhã. Devido à ação, o tráfego de veículos ficou interditado na Linha Amarela, via expressa que liga a Barra da Tijuca à Avenida Brasil, e na Avenida Salazar Mendes de Moraes, onde fica instalada a sede da UPP.
Homens da UPP, com o apoio de outras unidades da corporação, fizeram uma ação na comunidade, mas ninguém foi preso. A via expressa ficou fechada por duas horas, entre as 10h e o meio-dia, provocando grande confusão no trânsito da região.
Na parte da tarde, houve novo confronto entre policiais e traficantes da Cidade de Deus e a via expressa foi novamente fechada. Um helicóptero da corporação que participava da operação, dando apoio aos homens que estavam na comunidade, caiu por volta das 19h30, matando os quatro ocupantes.
O secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, disse que foi informado pela cúpula da Polícia Militar que a aeronave só decola para operação depois de ter sido vistoriada e apta para voos.
Se não tivesse desaparecido, a grande vergonha de Barbacena teria comemorando seu 113º aniversário em março de 2016.
Criado pelo governo de Minas Gerais em 1903, o Hospício de Barbacena, mais tarde Hospital Colônia, começou num ambiente de lugubridade. Embora situado num lugar aprazível (a mil metros de altura) e espaçoso, a propriedade havia pertencido a Joaquim Silvério dos Reis, o coronel português que se filiou à conjuração mineira e depois a denunciou, causando o fracasso do movimento que desejava proclamar a independência do Brasil de Portugal, o degredo de vários inconfidentes e o enforcamento de Tiradentes aos 45 anos, em 21 de abril de 1792.
Por ter o sinistro nome de Fazenda da Caveira – palavra que é um dos símbolos largamente associados à morte –, a área obrigatoriamente lembrava a colina da Caveira, o lugar onde Jesus foi crucificado (Lc 23.33). Somase a isso o nome dado ao manicômio – Hospício de Barbacena –, que fere o paciente e seus familiares.
Documentário produzido pela HBO teve estreia na televisão hoje, domingo (20), no canal MAX.
Por Amanda Mont'Alvão Veloso, do Huff
Post Brasil
12 nov 2016, 16h04 - Atualizado em 12 nov 2016, 16h06
Holocausto Brasileiro: Filme é baseado em livro da jornalista Daniela Arbex (HBO/)
Um garoto de oito anos vê uma foto de pessoas presas em uma cela. “Papai, o que é isso?” O pai responde que era um lugar para loucos. “Mas não entendi, por que prendiam os loucos?”. O pai também não entende.
Dentre todas as violências possíveis, a omissão talvez seja a forma mais perturbadora, porque é silenciosa e permite que os estragos perdurem por anos. Só a omissão foi capaz de permitir que 60 mil brasileiros morressem dentro do Hospital Colônia, em Barbacena (MG). Um genocídio no maior hospício do Brasil.
A história transformada em memória mostra os horrores de experiências recentes de segregação, como o Apartheid e o Holocausto. Um ser humano definindo o direito de vida de outro ser humano. Milhões de vítimas e um legado de perplexidade permanente: Do que somos capazes de fazer quando temos poder?
Na tragédia brasileira de Barbacena, os pacientes internados à força foram submetidos ao frio, à fome e a doenças. Foram torturados, violentados e mortos. Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de medicina, e as ossadas comercializadas.
Amontoados em um trem, chegavam Marias, Josés, Silvios, Antônios, Elzas. Eram pessoas tristes, pessoas tímidas, epilépticos, alcóolatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas pelos patrões, mulheres trancadas pelos maridos, moças que perderam a virgindade antes do casamento, crianças rejeitadas pelos pais por não serem perfeitas.
Estavam ali porque alguém os tinha declarado “loucos”. “Você pode ser meu pai?”, pergunta um garotinho, chorando, para o fotógrafo Napoleão Xavier, que visitava a Colônia. Uma criança louca ou uma criança abandonada?
A comovente lembrança, assim como o diálogo no começo deste texto, é trazida no documentário Holocausto Brasileiro, produzido pela HBO e com estreia na televisão marcada no dia 20, no canal MAX.
O roteiro e a direção são da jornalista Daniela Arbex, autora de Holocausto Brasileiro (Geração Editorial, 2013), livro que inspira o filme. Armando Mendz também assina a direção.
É um livro de desassossego, e o documentário segue o mesmo caminho, de nomear o desagradável. Arbex reúne mortes tidas como “casuais” entre as décadas de 1930 e 1980 e lhes devolve o real sentido: no Colônia, as pessoas internadas eram condenadas à morte. Enquanto vivas, eram expostas às mais variadas indignidades, como comer ratos, beber água de esgoto ou tomar eletrochoques constantes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população. “Todos falharam com as 60 mil vítimas do Colônia”, ela lamenta.
Mas em vez de procurar culpados e pretender julgá-los, Arbex traz à tona o que estava à margem da imagem, e dá voz a quem precisou se calar por ser inconveniente à sociedade que define quem pode ser ouvido ou não.
Ao falarem, os sobreviventes sentem saudades, tristezas e revoltas, e têm a possibilidade de se reconhecer na própria história. Há uma conquista ali, de lugar no mundo, de se tornar alguém com passado e futuro. Parece algo simples e imediato, mas essas eram pessoas impedidas de viver e de fazer escolhas.
Fruto da premissa jornalística de apurar e relatar os fatos, o documentário também traz os depoimentos de quem esteve do outro lado da história, em uma posição ativa. Gente que aplicou eletrochoques, distribuiu injeções, vendeu corpos.
Em momento algum estes testemunhos são “demonizados” ou recebidos com agressividade. São apresentados com objetividade e contextualizados com documentos. Como Arbex disse após a exibição do filme para a imprensa, “o processo de reconhecimento da participação nesta tragédia é doloroso”.
Neste sentido, o filme transmite uma poderosa – e necessária – mensagem por meio da linguagem: Ao ouvir vítimas e “algozes” com a mesma atenção, não perpetua a segregação que define quem merece ser ouvido e quem merece ser calado.
O silêncio de décadas vai dando espaço à difícil tarefa de se lidar com os gritos da realidade. Uma realidade que torna normal o tratamento indigno dos “anormais”. Segrega aquilo que não reconhece em si, e transfere a carga para o outro.
Chama de louco aquele que se arrasta pelo hospício, com olhar vago e sons irreconhecíveis. Declara sãos aqueles que impõem sofrimento.
Por muitos anos a doença mental veio acompanhada da palavra “perigo”, e este foi o argumento para que milhares de pessoas fossem trancafiadas. Ainda hoje esta equivocada noção leva a reações despreparadas da polícia diante de pessoas com problemas mentais e ao estigma de que uma pessoa com problema de saúde mental é violenta e perigosa.
Ao procurar os motivos pelos quais o filho Dylan, de 17 anos, matou colegas na Escola Columbine, nos Estados Unidos, a mãe, Sue Klebold, acabou se tornando uma ativista da saúde mental quando descobriu que o filho escondeu uma depressão e um incontornável desejo de morrer, conectado com planos de violência. Os assassinatos cometidos pelo garoto foram o caminho dele para o suicídio.
Quando estava escrevendo o livro O Acerto de Contas de uma Mãe – A Vida Após a Tragédia de Columbine, Sue se perguntava como falar de doenças mentais e violência sem contribuir para o estigma. O neurocientista Kent Kiehl lhe deu uma sugestão: “A melhor maneira de eliminar a crença de que pessoas com problemas de doença mental são violentas é ajudá-las para que não sejam violentas.”
Em lugares como o Colônia, não há qualquer possibilidade de se integrar uma pessoa à sociedade. Os horrores do hospício já tinham sido denunciados em 1961 pelos impactantes registros do fotógrafo Luiz Afredo na revista O Cruzeiro. Em 1979, o jornal Estado de Minas publicou a reportagem “Os porões da loucura”. No mesmo ano foi filmado o documentário Em nome da razão, de Helvécio Ratton. Ao visitar o hospício de Barbacena, o psiquiatra italiano Franco Basaglia, referência na luta pelo fim dos manicômios, declarou em uma coletiva de imprensa que havia estado em um “campo de concentração nazista”.
Mas foi só na década de 1980 que a história de terror do Colônia teve um ponto final. Mais tarde veio a reforma psiquiátrica, em 2001, e foi estabelecido um novo modelo de assistência na saúde mental, baseado em uma rede de serviços e com os pacientes sendo tratados em residências terapêuticas. A luta antimanicomial teve muitas conquistas no Brasil, mas ainda falta municípios, estados e governo federal darem vida à legislação e desenvolverem estruturas de atendimento para as pessoas que não mais podem ficar internados em instituições.
O Colônia foi fundado em 1903, e por oito décadas levou adiante um tratamento desumanizador. É tentador pensar que o Mal tinha um rosto naquele lugar, ou que seria fácil reconhecer os vilões. Mas o trabalho de Daniela Arbex, de trazer à História do Brasil uma revelação tão dolorosa quanto importante, mostrou que o horror é tão humano quanto a iluminação. E essa história recente instala uma advertência pra vida toda: É no silêncio que a intolerância se transforma em ordem. E normalidade.
Campeonato Mineiro de 2017 manterá a mesma fórmula de disputa do ano anterior
Uma reunião com diretores e presidentes dos clubes da primeira divisão do Campeonato Mineiro definiu, nesta sexta-feira (18), que a competição vai manter seu formato tradicional em 2017. Os 12 times jogam em turno único, com os quatro primeiros avançando à semifinal. São só duas fases de mata-mata, ambas com jogos de ida e volta.
Assim, o chamado Módulo I do Campeonato Mineiro vai utilizar 15 datas no primeiro semestre, entre 29 de janeiro e 7 de maio, contra 18 do Campeonato Paulista, por exemplo. O Estadual de São Paulo terá 16 times, que farão 12 jogos na primeira fase.
Vão disputar o Campeonato Mineiro do ano que vem as equipes América-MG, América de Teófilo Otoni, Caldense, Atlético-MG, Tricordiano, Cruzeiro, Democrata de Governador Valadares, Tombense, Tupi, Uberlândia, URT e Villa Nova. O Boa, campeão da Série C, foi rebaixado no Estadual.
A principal novidade para o ano que vem é que, para as fases decisivas (semifinais e finais), os estádios devem ter capacidade mínima para 10 mil torcedores. Somente no caso de confrontos entre duas equipes do interior é que será permitida a realização das partidas em estádios com capacidade inferior.
Tupynambás e Patrocinense fizeram um confronto de tirar o fôlego neste domingo (20), no Mário Helênio, em Juiz de Fora, pelo encerramento da 9ª rodada da Segundona. Com muita coisa em jogo, a partida era decisiva para ambas as equipes. Em caso de vitória, o time da Zona de Mata conquistaria o título da Segunda Divisão mineira com uma rodada de antecedência. Já o Patrocinense precisava vencer para se manter na briga pela última vaga de acesso ao Módulo II.
Jogando diante dos seus torcedores, o Tupynambás começou com tudo e abriu o placar logo aos sete minutos. Cassiano colocou os mandantes em vantagem no início do confronto. Pouco antes do fim da primeira etapa, Igor Soares, aos 38 minutos, dobrou a vantagem do Baeta e deixou a equipe com uma mão na taça. Porém, quando a bola rolou para a etapa complementar, a história do duelo mudou completamente de rumo.
Obrigado a buscar um resultado positivo para continuar vivo na disputa da Segundona, o Patrocinense partiu para cima dos donos da casa. Aos dez minutos, Carlos Bruno descontou para os visitantes. Pedro Augusto, aos 32, colocou os times novamente em igualdade no placar e, um minuto mais tarde, Lucas Hulk decretou uma virada sensacional para a equipe de Patrocínio.
Com a vitória por 3 a 2, o Patrocinense continua na terceira posição na tabela de classificação e ainda tem chances de subir para o Módulo II. O último compromisso da equipe no torneio é contra o Jacutinga, domingo (27), às 10h, no Júlio Aguiar, em Patrocínio. O Tupynambás, por sua vez, viu sua invencibilidade no hexagonal final acabar e ainda adiou o sonho do título. Na próxima rodada, o Baeta enfrenta o Coimbra fora de casa, também no domingo, às 10h.
A banda lançou seu primeiro trabalho independente em 1997, o título do álbum levando o mesmo nome da banda. O sucesso do disco fez com que a banda se apresentasse no Skol Rock Festival de 1998, sendo ovacionado como a melhor apresentação do festival. A boa apresentação despertou o interesse da gravadora Virgin, que convidou o quarteto para fazer parte de seu casting. A banda foi para São Paulo, onde conheceu os integrantes dos Raimundos, pra quem abriram vários shows.
Em 2001, a banda lançou o álbum Todo Mundo Doido, produzido por Rick Bonadio, contendo dez faixas, destaca-se o hit A Cera, a música mais executada nas rádios brasileiras em 2001, Zarôia, Tudo é Possível que foi tema da novela adolescente Malhação e Hempadura.
Com o sucesso do disco, O Surto foi convidado a se apresentar no Rock in Rio 3, dividindo o palco com grandes estrelas do Brasil e do mundo como Capital Inicial, Silverchair e Red Hot Chilli Peppers. O sucesso do álbum foi tão grande, que a banda foi convidada a participar de diversos programas de televisão em diversas emissoras como Globo, SBT, MTV, além de festivais por todo o país e uma série de cinco shows inesquecíveis no Japão.
Em 2002, a banda lançou seu segundo álbum, o Equalizando as Idéias. O hit O Veneno foi também uma das músicas mais executadas por todo o Brasil, e seu videoclipe foi um dos clipes mais executados da MTV, chamando atenção pela sua excelente produção e fotografia.
Entre 2004 a 2006, O Surto passou por uma transição. Aconteceram algumas trocas de integrantes e somente em 2007 a banda começou a trabalhar em um novo projeto, o disco De Onde Foi Que Paramos Mesmo?. O álbum contou com uma pré-produção do ex-tecladista do Capital Inicial, Aislan Gomes e com uma participação especial de Kiko Zambianchi em uma das faixas, porém, o vocalista Reges Bolo não ficou satisfeito com a produção final do álbum, que acabou por não ser lançado.
Doze anos depois do lançamento de seu álbum, Todo Mundo Doido, O Surto, agora um quarteto, se prepara para o lançamento de seu terceiro trabalho de inéditas.
A formação atual da banda conta com dois integrantes da formação original: o vocalista e líder da banda, Reges Bolo e o baixista e humorista Franklin Medeiros. Markão Morini domina as baquetas na banda desde 2008 e Giuliano Giarolo na guitarra.
A banda promete lançar o novo EP "É pra Quem Gosta, e Não para Quem Quer" em agosto. O EP traz influências de rock and roll, hardcore e reggae.
O primeiro single do novo trabalho é O Sol e o Céu em versão plugada e outra acústica. O segundo single será a música "Litoral", que será lançada em junho, juntamente com um videoclipe produzido pelo renomado fotógrafo Rick Werneck.
Legado
Muitos consideram que o O Surto foi uma banda que não teve oportunidade de mostrar todo seu potencial, alguns chegando a comparar com Chico Science como a melhor banda desde o movimento manguebeat. "A Cera" ficou marcada como uma das melhores músicas de rock produzidas no Brasil, sendo elogiada pela revista Rolling Stone americana.
Os corpos de sete homens foram encontrados às margens de um brejo, na Comunidade do Caratê, localidade da favela Cidade de Deus. Os mortos estavam sem objetos pessoais ou armas e alguns deles estavam sem roupas. Moradores acusam policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de terem executado os homens. "O problema é a forma como as mortes aconteceram. Eles eram traficantes, mas isso não justifica terem sido mortos com tiros à queima roupa e facadas", afirmou o pastor Leonardo Martins da Silva. Entre as vítimas está o seu filho, Leonardo Martins da Silva Júnior, de 22 anos, que integrava a facção criminosa Comando Vermelho.
De acordo com moradores, os confrontos começaram na noite de quinta-feira (17), na Gardênia Azul, bairro vizinho à Cidade de Deus, numa disputa de territórios entre milicianos e traficantes A Polícia Militar interveio e estendeu a ação para a Cidade de Deus, concentrando abordagens na região conhecida como Caratê.
Neste sábado a operação policial se intensificou. "A noite foi de terror. Tiroteio o tempo inteiro. Mas, pelo visto, esse pessoal foi morto quando já estava rendido", disse uma moradora, que não quis se identificar. O confronto pior teria ocorrido por volta das 2h. Há informações de pelo menos mais três corpos em diferentes pontos da favela. "A gente paga impostos e é nosso direito que pelo menos o rabecão entre na comunidade para recolher os corpos", afirmou o pastor.
As reações entre os moradores se dividem. Alguns condenam a chacina. Outros elogiam a atuação do Bope e dizem que servirá de exemplo para outros criminosos.
Vídeo mostra o momento em que coniventes de Traficantes começam a fazer baderna, botar fogo nas coisas e apedrejar carros.
Em 2009, uma aeronave foi derrubada por traficantes do Morro do Macaco, na Zona Norte da cidade. Três policiais militares morreram na ocasião.
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19/11/16 22:04 Atualizado em19/11/16 23:32
Bruno Dutra
Após a queda do helicóptero da Polícia Militar, bandidos divulgaram áudio comemorando o acidente. No vídeo, publicado na página Jacarepaguá Notícias, no Facebook, é possível ouvir os criminosos dizendo: “derrubamos o águia. Dominamos Jacarepaguá de ponta a ponta”.
A aeronave caiu por volta das 19h30m deste sábado na Gardênia Azul, próximo à Cidade de Deus, após intenso confronto entre policiais e bandidos. Quatro militares morreram no acidente, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Os militares mortos foram identificados como major Rogério Melo Costa (piloto), capitão Schorcht, subtenente Barbosa e sargento Félix.
Em nota, a Polícia Militar informou que os corpos dos militares foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). As causas da queda serão apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
A imagem do helicóptero caído foi flagrada por uma câmera do Centro de Operações Rio da Avenida das Américas. A informação foi confirmada pela PM, que passou o dia em operação na região, após tiroteio com bandidos.
De acordo com o comandante Figueiredo, do 18º BPM (Jacarepaguá), ainda não é possível afirmar se a aeronave foi abatida por disparos dos criminosos. — Precisamos aguardar a perícia. Não é possível saber o que aconteceu sem todos os detalhes — diz.
Na manhã deste sábado, o tiroteio provocou a interdição da Linha Amarela por cerca de uma hora, na altura da Cidade de Deus. De acordo a UPP Cidade de Deus, policiais encontraram bandidos armados durante patrulhamento pela comunidade, dando início a confrontos. Houve perseguição e, além da Linha Amarela, a Avenida Edgar Werneck também precisou ter o trânsito interrompido por alguns minutos. Horas depois, já durante operação do Bope, um segundo tiroteio causou nova interdição na Linha Amarela.
Um helicóptero da Polícia Militar do Rio de Janeiro caiu depois de ser atingido por tiros de bandidos na Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital fluminense. Segundo a PM, quatro policiais morreram por conta da queda da aeronave.
Segundo a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, a queda ocorreu durante uma intensa troca de tiros com criminosos. Mais cedo, uma outra troca de tiros chegou a fechar por 40 minutos a Linha Amarela, uma das principais ligações entre as zonas Norte e Oeste do Rio.
Um policial foi baleado durante troca de tiros com bandidos da Cidade de Deus na noite deste sábado e foi encaminhado ao hospital em estado estável.
Esta não é a primeira vez que um helicóptero da PM é abatido por criminosos na capital fluminense. Em 2009, uma aeronave foi derrubada por traficantes do Morro do Macaco, na Zona Norte da cidade. Três policiais militares morreram na ocasião.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que, por conta de uma operação policial, ambos os sentidos da Linha Amarela e trechos da Avenida Ayrton Senna, na região da queda da aeronave, foram interditados.
Shopping Jardim Norte cria um espaço que simula a casa do Papai Noel no Pólo Norte e desperta o imaginário das famílias. Foto: Jéssica Pereira
A chegada do Papai Noel aos shoppings de Juiz de Fora aumentou a circulação de crianças e pais nos centros comerciais. As empresas apostaram nas decorações tradicionais, buscando até mesmo outras referências, como personagens de desenhos animados, para atrair a atenção dos pequenos. Em um dos shoppings, um espaço que simula o pólo Norte, está aberto à visitação, e é um convite para o clima da época.
“Será o primeiro natal do shopping e decidimos trabalhar com uma decoração tradicional, simulando o ambiente do pólo norte, com neve e atrações dinâmicas. Preparamos um trenzinho para que a criança possa andar nele e toda a ornamentação remete à casa do Papai Noel e ao clima natalino”, explica a Coordenadora de marketing do Shopping Jardim Norte, Karinny Greggio.
Karinny disse também, que desde a chegada do personagem no shopping, no último final de semana, mais de 5 mil pessoas passaram pelo local e que até o Natal, o número deve chegar a 20 mil. Os visitantes podem conferir a estrutura até o dia 9 de dezembro das 14h às 21h, e a partir do dia 10 de dezembro, das 10h às 22h. “Nossa expectativa com relação às visitas dos clientes são as melhores possíveis, embora a economia esteja em crise, o país parece estar se recuperando e retomando o crescimento do consumo”.
Diante da expectativa pela data que costuma ser considerada a melhor do ano para o comércio, alguns estabelecimentos anteciparam a preparação. “Começamos a pensar a nossa decoração de Natal sempre no mês de abril, pois o movimento natalino é, no mínimo, 50% maior em relação ao resto do ano. Por isso, antecipamos os preparativos para a decoração, para que tudo corra bem nos dias que antecedem a festa”, detalha o administrador do Shopping Santa Cruz, Luciano Sobrinho.
Ele afirma ainda que o Santa Cruz intensificou o investimento na ornamentação natalina, com o objetivo de alcançar maior visibilidade. “Desde que a decoração desse ano foi lançada, recebemos cerca de 400 pessoas para registrarem os momentos com o bom velhinho e realizarem pedidos. O Papai Noel atende todos no shopping entre 12h30 e 19h30” comenta Sobrinho. O simbolismo da data e os rituais de trocas de presentes ajudam a atrair as famílias e alavancar as vendas, o que torna a data um benefício em mão dupla.
No Independência Shopping, a proposta é incorporar elementos diferentes daqueles que costumam estar presentes na data todos os anos. “Preparamos anualmente uma festa ou uma surpresa, além de nossa tradicional decoração de natal para receber toda a população, e em especial as crianças, para que a magia do natal seja preservada cada vez mais”, aponta o superintendente do Independência Shopping, José Bernardo Milek.
De acordo com o superintendente, a personagem Luna, de um desenho animado do canal Discovery Kids foi uma das novidades trazidas pelo estabelecimento. “Toda a decoração de Natal desse ano foi inspirada na personagem, montamos a casa da Luna no pátio do shopping, a trouxemos para tirar fotos com as crianças, enfim, toda nossa programação foi inspirada nela, que esta presente para participar com as crianças de quinta-feira a domingo”.
Além de Luna, um evento feito pelo Shopping marcou a chegada do Papai Noel na última terça-feira, 18. “Foi o maior público da história do Independência Shopping. O espaço foi todo ocupado e tivemos também a presença do coral do Colégio Academia, dando mais vida à iniciativa”.
A intenção é fazer com que as pessoas sintam que o ambiente montado é como uma extensão da casa delas. “Isso vai muito além de fazer compras, construindo assim uma relação de continuação da presença do Natal”, conclui.
19/11/2016 19:38:39 - ATUALIZADA ÀS 19/11/2016 20:51:48
O DIA
Rio - Quatro PMs morreram na queda de um helicóptero do Grupamento Aeromóvel (GAM) da Polícia Militar caiu no fim da tarde deste sábado perto da Cidade de Deus, na Zona Oeste. O helicóptero apoiava a operação da polícia contra traficantes da Cidade de Deus.
Imagens de câmera da Cet-Rio mostra o helicóptero caído perto da Cidade de Deus Reprodução
Os PMs mortos foram identificados como major Rogério Melo Costa (piloto), capitão Schorto, subtenente Barbosa e sargento Félix. Eles não chegaram a ser socorridos. Ainda não há confirmação se o helicóptero foi abatido ou se caiu por causa de uma pane.
Imagens das câmeras da CET-Rio mostraram um helicóptero no chão, bastante destruído, e cercado por policiais.
O trânsito foi interrompido na Linha Amarela e na Avenida Ayrton Senna.
O major Rogério Melo Costa foi um dos quatro PMs mortos na queda de helicóptero durante operação na Cidade de Deus
Reprodução Internet
Confrontos fecham a Linha Amarela
O sábado foi de intensos confrontos na região da Cidade de Deus. A Linha Amarela chegou a ser fechada em duas ocasiões: na parte da manhã e na parte da tarde. A via, que já havia sido liberada, foi interditada pela terceira vez por conta da queda do helicóptero.
Devido a ocorrência, um grande engarrafamento se formou na região. Motoristas foram aconselhados a evitar a área.
Carros voltam na contramão durante interdição das pistas sentido Barra da Tijuca da Linha Amarela - Reprodução/Twitter
Mais cedo, internautas contaram que havia carros voltando na contramão. De acordo com a Unidade de Polícia Pacificadora da Cidade de Deus, policiais encontraram bandidos armados durante patrulhamento pela comunidade, por volta das 9h30 deste sábado. Houve perseguição e tiroteio. Alguns homens foram detidos e levados para a delegacia.