domingo, 4 de setembro de 2016

As pessoas, físicas ou jurídicas, são obrigadas a receber cédulas rabiscadas, rasgadas e coladas ou faltando pedaço? Saiba +




1. As pessoas, físicas ou jurídicas, são obrigadas a receber pagamentos em moeda metálica?
Sim, até 100 moedas de cada valor.

2. Os bancos são obrigados a receber moedas metálicas até que limite?
Para pagamentos, até 100 moedas de cada valor. Para depósitos, devem receber a quantidade de moedas apresentada, sem limite.

3. As pessoas, físicas ou jurídicas, são obrigadas a receber cédulas rabiscadas, rasgadas e coladas ou faltando pedaço?
Não. Toda cédula danificada só vale para ser depositada, trocada ou utilizada para pagamento em agência de qualquer banco comercial, que a enviará ao Banco Central para ser destruída.

4. Um pedaço de cédula tem valor?
Sim. Uma cédula que apresente nitidamente mais da metade do tamanho original em um único fragmento pode ser substituída, depositada ou utilizada em pagamentos diretamente em agência de qualquer banco comercial.

5. Quais cédulas são consideradas sem valor?
São consideradas sem valor as cédulas que não apresentem em um único fragmento mais da metade do tamanho original. Havendo dúvidas em relação à perda de valor, as cédulas poderão ser encaminhadas ao Banco Central do Brasil para análise, por meio de agência de qualquer banco comercial.

6. E no caso de a cédula fragmentada não ter um único pedaço com mais da metade do tamanho original, mas se todos os pedaços estiverem colados em sequência e, juntos, tiverem mais da metade do tamanho total da cédula?
Essa cédula não pode ser substituída, depositada nem utilizada em pagamentos. Ela deve ser apresentada em agência de qualquer banco comercial para ser encaminhada ao Banco Central para análise de valor. O cidadão receberá do caixa da instituição financeira um recibo da cédula por ele entregue, mas terá que aguardar o resultado da análise.

Caso o Banco Central constate que a cédula não tem valor, não haverá ressarcimento. Caso constate que a cédula ainda apresenta valor, ela será substituída e entregue ao cidadão pela instituição que a enviou ao Banco Central.

7. Moedas danificadas têm valor?
Moedas tortas, perfuradas, desfiguradas ou com danos de qualquer outra natureza, desde que estejam inteiras e não haja dúvidas quanto ao valor, devem ser trocadas, depositadas ou utilizadas em pagamentos em agência de qualquer banco comercial. Moedas que não estejam inteiras ou sobre as quais haja dúvidas quanto ao valor podem ser encaminhadas para exame no Banco Central do Brasil, por meio de agência de qualquer banco comercial.

8. Por que algumas moedas não são atraídas pelo ímã? Quais são elas?
Porque hoje existem em circulação moedas confeccionadas com metais diferentes, ou seja, com características magnéticas diferenciadas, o que faz com que algumas sejam atraídas pelo ímã outras não.

As moedas de R$0,50 e de R$1,00 bimetálica da 2ª família produzidas até 2001 não são atraídas pelo ímã, por serem de cupro-níquel.

As demais moedas são atraídas pelo ímã, quais sejam:
Moedas de aço inoxidável da 1ª família do Real;
Moedas da 2ª família (coloridas- aço eletrorrevestido), de R$0,01, R$0,05, R$0,10 e R$0,25;
Moedas de R$0,50 (aço inoxidável) e R$1,00 bimetálica (aço inoxidável - miolo e aço eletrorrevestido - anel) da 2ª família do Real, produzidas a partir de 2002.

9. É possível estabelecer a autenticidade das moedas mediante algum tipo de teste?
Em primeiro lugar, reiteramos que o teste do ímã não serve para diferenciar uma moeda verdadeira de uma falsa, pois, além das diferentes moedas em circulação, existem falsificações que utilizam metais similares ao original, que também são atraídas pelo ímã.

Por outro lado, nenhum teste aplicado isoladamente é conclusivo quanto à autenticidade de uma moeda. Ele sempre pode induzir a erro de julgamento.

As moedas suspeitas devem ser avaliadas através de inspeção visual e tátil. Se necessário, pode-se utilizar lente de aumento.

Se persistir a dúvida, a moeda deve ser entregue em agência de qualquer banco comercial que a enviará ao Banco Central para análise.

https://www.bcb.gov.br/Pre/bc_atende/port/uso.asp

Cientistas criam vacina contra vício em cocaína - UFMG desenvolve molécula com o pó para tentar barrar sensação de euforia e eliminar desejo pela droga


Estudos 
A vacina o para tratamento da dependência química é um projeto interdisciplinar coordenado pelo professor adjunto de psiquiatria Frederico Duarte Garcia e pelo professor Ângelo de Fátima, do Departamento de Química Orgânica, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais.

PUBLICADO EM 04/09/16 - 03h00

LITZA MATTOS

A solução para tratar o vício em cocaína pode estar na própria molécula da droga. A possibilidade vem sendo investigada há mais de um ano por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que desenvolveram uma vacina capaz de levar o corpo a combater o problema, induzindo-o a produzir anticorpos contra o entorpecente.

“A cocaína era uma droga cara e de acesso restrito. Hoje está presente em todas as classes sociais”, afirma o professor adjunto de psiquiatria da UFMG, Frederico Duarte Garcia, que estuda a vacina em parceria com o professor Ângelo de Fátima, do Departamento de química orgânica.

Além disso, o consumo de drogas como maconha e cocaína, em Belo Horizonte, vem superando os indicadores do país. A cada cem belo-horizontinos, 16 enfrentam problemas ligados à dependência química – são 408 mil pessoas. Desses, 303,9 mil consomem bebidas alcoólicas (12,2% da população da capital); 69,7 mil usam maconha (2,8%); 29,8 mil, cocaína (1,2%); e 4.900, crack (0,2%).

Os dados são da pesquisa 
Conhecer e Cuidar, feita em 2015 pela UFMG a pedido da prefeitura da capital. O mais grave é que, segundo o Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas (UNODC, na sigla em inglês), o consumo de cocaína no Brasil já é quatro vezes a média mundial.

Diante desse cenário, a modificação do sistema imune com uma vacina é, para o pesquisador, a estratégia mais promissora para o tratamento do vício. O estudo conseguiu sintetizar uma nova molécula que leva o organismo a fabricar anticorpos de alta afinidade e, com um método eficaz e seguro, específicos contra o entorpecente.

“Esses anticorpos modificam a farmacocinética da cocaína, reduzindo de 75% a 90% a fração livre da droga na corrente sanguínea. Esse bloqueio impede a entrada das moléculas de cocaína no sistema nervoso central e minimiza os efeitos euforizantes e reforçadores da droga, fazendo o usuário se desinteressar”, explica.

Nos testes feitos em animais, foram usadas quatro doses da medicação, quantidade que, segundo Garcia, apresentou uma resposta “suficiente e duradoura”.

Ainda não é possível saber quantas doses seriam indicadas para humanos, mas o professor adiantou que, “a princípio, a vacina seria utilizada somente para pacientes com dependência química que estivessem fortemente motivados a parar de usar a droga”. Outras utilizações ainda podem ser aventadas como, por exemplo, na prevenção ao abuso da droga por crianças e adolescentes e também no combate ao crack.

“Os ratos que foram vacinados, quando recebem uma dose da droga, não percebem o efeito dela e, com isso, não ficam ‘desinibidos’ ou ‘agitados’ como o grupo que recebeu o placebo”, disse Garcia. Os resultados preliminares apontam que a vacina evita a ação da cocaína em fetos de ratas. Ou seja, ela também tem o potencial de produzir um efeito protetor para os bebês de ratas prenhes.

Assim que terminarem os estudos em animais – que são confirmatórios –, serão realizados novos experimentos, que devem durar mais um ano. “Depois, se conseguirmos recursos para a pesquisa, iremos realizar um estudo de fase I, ou seja, testaremos em voluntários sãos a segurança da molécula. Isso deve levar mais um ano. Só aí poderemos fazer testes com pacientes que são dependentes de cocaína”, projeta o professor.



Pelo mundo
Nos Estados Unidos, cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps, da Califórnia, também pesquisam uma vacina similar à da UFMG desde 1995. Nos testes com ratos, a redução dos efeitos da cocaína no sistema nervoso central dos animais foi de até 77%. Testes em humanos devem começar em breve. O professor da UFMG Frederico Garcia acredita que ainda vai levar uns dez anos para que o antígeno seja comercializado no mercado.


Jornal O Tempo
Jornal O Tempo

Horário Eleitoral Gratuito - Charge http://www.diariodecaratinga.com.br/



http://www.diariodecaratinga.com.br/

Madre Teresa de Calcutá é canonizada pelo papa Francisco em missa no Vaticano

04/09/2016 09h17
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil*
Vista geral da Praça São Pedro durante a missa de canonização da Madre Teresa de Calcutá (Agência Lusa/Direitos Reservados)
Agência Lusa/EPA/Angelo Carconi/Direitos Reservados

Em missa de canonização celebrada hoje (4) na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco declarou santa Madre Teresa de Calcutá. A cerimônia contou com a presença de cerca de 120 mil fiéis de diversas partes do mundo.

A missão de Madre Teresa, segundo Francisco, permanece nos dias de hoje como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto aos mais pobres. O papa também se referiu à religiosa, de origem albanesa, como modelo de santidade para todos os agentes de misericórdia.
Papa Francisco é cercado por fiéis após missa de canonização da Madre TeresaAgência Lusa/EPA/Angelo Carconi/Direitos Reservados

“Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, por meio do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados.”

Referindo-se à nova santa, fundadora das Missionárias da Caridade, Francisco pediu que “esta incansável agente de misericórdia” ajude o mundo a entender que o único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião.

“Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem. Assim, abriremos horizontes de alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternura”, concluiu o papa.

Milagre brasileiro e prêmio Nobel da Paz
Madre Teresa de Calcutá foi canonizada quase 20 anos após sua morte
Agência Lusa/EPA/Angelo Carconi/Direitos Reservados

O processo de canonização de madre Teresa teve início com um milagre envolvendo o brasileiro Marcílio Haddad Andrino, morador da cidade de Santos (SP). Ele foi diagnosticado com hidrocefalia e uma infecção rara no cérebro, mas foi curado após sua esposa rezar pedindo a intercessão de Madre Teresa de Calcutá.

A religiosa, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em uma comunidade albanesa no sul da antiga Iugoslávia. Ordenou-se freira na Índia, onde tomou o nome de Teresa. Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Sua atuação como missionária lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.

Madre Teresa de Calcutá morreu em setembro de 1997 – seis anos antes de ser beatificada pelo papa João Paulo II.

*Com informações da Rádio Vaticano.
Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Júlio Marcelo detona Cardozo com a maior tranquilidade

sábado, 3 de setembro de 2016

BH - Presos amigos que atearam fogo em jovem por ciúmes

Presos amigos que atearam fogo em jovem por ciúmes
By admin

Divulgação/Polícia Civil

Um crime brutal motivado por ciúmes. Essa é a conclusão da Polícia Civil sobre a morte de Douglas Fernandes da Silva, de 18 anos, esfaqueado e queimado ainda vivo no dia 16 de julho deste ano, em Belo Horizonte. Policiais civis realizaram uma operação para cumprimento de mandados de prisão contra dois suspeitos, ambos de 22 anos, nessa sexta-feira (2).

De acordo com a investigação, Douglas chegou a ser internado, com cerca de 90% do corpo queimado, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo no dia 24 de julho. No dia dos fatos, um dos agressores flagrou Douglas conversando com uma ex-namorada, com a qual teve relacionamento de um ano. Enciumado, ele pediu ajuda de um amigo para se vingar da vítima.

Os dois foram então ao encontro de Douglas, que estava próximo ao condomínio em que mora o irmão. Nesse momento, o jovem foi surpreendido pelos suspeitos. Enquanto um deles segurava a vítima, o outro deu uma facada no abdômen do jovem. Logo em seguida, eles o agrediram, espalharam gasolina sobre seu corpo e atearam fogo. Em chamas, Douglas ainda correu alguns metros gritando por socorro.

Pessoas que moram próximo ao local do crime prestaram auxilio ao rapaz, que foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste. Ele chegou a ser transferido para o Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. Ao ser socorrido, Douglas ainda revelou o nome de um dos suspeitos como autor da agressão sofrida.

A delegada responsável pelas investigações, Ingrid Estevam, ressaltou a personalidade agressiva do agressor denunciado que já havia, inclusive, ameaçado a ex-namorada caso a visse em companhia de outro homem

Os dois agressores foram indiciados por homicídio qualificado, por meio cruel, fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.

http://bhaz.com.br/2016/09/03/presos-amigos-que-atearam-fogo-em-jovem-por-ciumes-em-bh/

Acusado de maior abate de felinos já registrado pelo Ibama é multado no Pará

03/09/2016 12h13
Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Onças são apreendidas em operação do Ibama - Divulgação/Ibama

Após ter sido preso em flagrante por crimes ambientais e posse ilegal de armas, o caçador Júlio César da Silva foi multado em R$ 494 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As buscas de policiais militares e agentes ambientais resultaram na maior quantidade de grandes felinos já encontrada em uma operação, de acordo com o órgão.

Júlio César da Silva e mais duas pessoas foram presas no último dia 26 em Curionópolis (PA), que fica na Amazônia Legal, durante uma investigação que apurava a posse ilegal de armas. O acusado armazenava cabeças, crânios, couros e patas de onças, jaguatirica e um jacaré, e mantinha sob cativeiro sete aves silvestres, que levaram à aplicação da multa.

Os agentes ambientais suspeitam de que o crime esteja relacionado ao tráfico de fauna, mas a polícia também investiga outras atividades irregulares, já que nas residências localizadas atrás de uma serralheria foram encontrados materiais ilegais, como 50 espingardas e munições.

Júlio César da Silva foi autuado por ter cometido as infrações de matar, mutilar e manter animais silvestres em depósito. De acordo com o Ibama, pelo menos 20 animais foram abatidos: "16 onças (Panthera onca), duas suçuaranas (Puma concolor), uma jaguatirica (Leopardus pardalis) e um jacaré (Caimam sp.)".

Nos próximos dias, exames genéticos serão feitos nos corpos dos animais para determinar as espécies e, após a perícia, a destinação final das apreensões será definida.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Jovem é executado após o irmão furtar drogas em Juiz de Fora

03/09/2016 10h02 - Atualizado em 03/09/2016 10h02

Do G1 Zona da Mata

Droga foi encontrada pela PM em mala na cada do irmão da vítima 
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Um jovem de 26 anos foi assassinado na noite desta sexta-feira (2), no Bairro Linhares, em Juiz de Fora. De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime aconteceu no Condomínio Porto Seguro, por volta das 20h.

Os suspeitos do homicídio teriam ido até o local para matar o irmão da vítima, que havia roubado uma mala com 35 Kg maconha dos autores. A droga foi encontrada horas depois e o irmão da vítima foi detido.

O jovem estava com outras duas pessoas quando os autores, que não foram identificados, chegaram em uma motocicleta e começaram a agredir e espancar o grupo, que tentou fugir.

Os suspeitos atiraram diversas vezes e alguns disparos atingiram a cabeça e o abdômen do jovem. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi chamado e constatou o óbito. A PM realizou rastreamento pelo local, mas os autores do assassinato não foram encontrados.

Cerca de três horas depois, outra equipe da PM recebeu a informação que o irmão da vítima fatal, que estaria com ele no momento do ataque, havia furtado 35 kg de maconha dos autores do homicídio. Os policiais realizaram buscas em diversas casas abandonadas e residências do condomínio, inclusive na casa do suspeito de furto. No local, foi encontrada uma mala com as 15 barras de maconha.

O jovem, de 24 anos, foi detido e encaminhado à Delegacia de Plantão de Juiz de Fora. Na saída da viatura, os vizinhos do rapaz gritavam que ele seria o assassino do próprio irmão. O G1 entrou em contato com a Polícia Civil, no intuito de saber para onde o jovem foi levado após depoimento, mas as ligações não foram atendidas.

É ele mesmo: o PT não tem ninguém, apenas Lula

Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Carlos Chagas

A candidatura do Lula em 2018 está posta, ancorada na tentativa de ressurreição do PT. A leitura que fica da decisão dos companheiros seria cômica se não fosse trágica: não há mais ninguém. Em tantos anos de experiência, o partido não criou sucedâneos para seu fundador. Quem achou que era Dilma quebrou a cara, bem antes, até, de seu afastamento. Nem nos governos estaduais nem no Congresso apareceu um substituto. Sequer nos meios sindicais.

Indaga-se a razão desse engessamento e a resposta só pode ser uma: porque o Lula não deixou. De tal maneira ocupou espaços e reivindicou todos os comandos que agora ficou sozinho.

Quando escolheu Dilma para sucedê-lo, todo mundo aceitou. Não havia alternativa. Bem que ele tentou voltar em 2014, mas Madame não deixou. Imaginou-se Rainha da Cocada Preta e exigiu disputar o segundo mandato. Parece que fez até pressão para constranger o antecessor, ameaçando divulgar episódios da vida privada dele. Deu no que deu, com o esfacelamento do PT.

NÃO HÁ OUTRO – Hoje, para tentar recuperar o tempo perdido, voltam-se mais uma vez os companheiros para o Lula, pelo mesmo motivo de sempre: não há outro. Condições, ele possui, mesmo submetido a virulenta campanha de descrédito, em boa parte liderada pelos que tremem de medo de sua volta. Vão tentar desmoralizá-lo e até mobilizar o Judiciário, pelo simples motivo de não haver adversário.

Se chamado a escolher um candidato no PT, mesmo disposto a encontrá-lo, não conseguirá. Terminará olhando-se no espelho e concluindo ser ele mesmo, caso o PT se disponha a lutar pelo poder. Ainda que a contragosto, a maioria das forças populares ficará com ele, apesar dos desmandos e do caos deixado por Dilma.

Resta saber se, entrado nos setenta anos, terá saúde e disposição para enfrentar uma campanha. E se terá apoio parlamentar suficiente para evitar a arapuca onde caiu sua malograda criação.

Posted in C. Chagas

Especialistas: país precisa melhorar preparação para esporte adaptado

03/09/2016 09h00
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

Associação oferece esporte adaptado a criança com deficiência - 
Divulgação/ADDDivulgação/ADD

A falta de preparação de profissionais e de instituições especializadas no trabalho com atividade física para pessoas com deficiência ainda é uma dificuldade para o avanço do esporte adaptado no país. Segundo a professora Janice Zarpellon Mazo, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), apesar de ser obrigatória a inclusão de uma disciplina de educação física especial nas faculdades de Educação Física, na maioria das instituições o assunto é tratado de forma superficial e focado mais na necessidade de inclusão social de crianças com deficiência nas escolas.

“Na maioria das faculdades é apenas uma disciplina, com quatro créditos, 60 horas. Então, dentro da formação de um profissional de educação física, podemos considerar pouco. E, muitas vezes o professor acaba focando mais a questão da necessidade de inclusão social na escola, porque ele é obrigado a aceitar algum aluno com deficiência. Mas, para trabalhar a preparação para o campo do esporte, acredito que precisaríamos de mais disciplinas “, diz a professora. Segundo ela, existem duas faculdades que são referência no assunto no Brasil: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Com o objetivo de melhorar a formação de profissionais de educação física para a questão do esporte adaptado, Janice criou uma disciplina na UFRGS para tratar do assunto. Ela sugere que a preparação dos profissionais de educação física deve incluir cursos de formação de treinadores e de preparadores físicos para pessoas com deficiência. “Queremos formar profissionais ou, pelo menos, sensibilizar os profissionais da educação física para esse campo de trabalho. É um mercado em expansão, é bem promissor para os profissionais de educação física. Mas acredito que ainda não se percebe isso aqui no Brasil” , afirma a pesquisadora.

Coordenador de programas esportivos adaptados da Associação Desportiva para Deficientes (ADD), Sileno Santos também considera que a formação dos profissionais para o esporte adaptado nas faculdades é feita de forma superficial. “Quando me formei, há 20 anos, já existia disciplina na faculdade relacionada ao tema de esporte para pessoas com deficiência. Mas é feita apenas uma pequena iniciação, explicando o que é a modalidade. O profissional que sai da faculdade tem muito pouca noção de como trabalhar com esse público. Então, quem tem interesse em trabalhar com isso tem que buscar cursos de especialização ou adquirir um conhecimento gerado pela prática profissional”.

Para Santos, é preciso maior conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência, especialmente no caso das crianças. “Quando ela vai para uma escola, tem que ter profissionais capacitados para atender às demandas dessas crianças. Então, os profissionais têm a obrigação de se atualizar, procurar cursos, porque a demanda na escola chega. Se a formação na graduação não é suficiente, ele tem que procurar meios de adquirir esse conhecimento porque o aluno vai estar lá”, diz o coordenador. Ele lembra que também faltam instituições para desenvolver o esporte adaptado a crianças no Brasil. “Se comparado a outros países, praticamente não existe o esporte para crianças com deficiência no país”.

A ADD é uma instituição esportiva sem fins lucrativos, mantida por meio de leis de incentivos, apoios e patrocínios, que atua há 20 anos em São Paulo. No programa de iniciação ao esporte são atendidas cerca de 250 crianças e adolescentes que nasceram ou se tornaram deficientes, com foco na inserção social por meio do esporte. As crianças menores fazem atividades esportivas e culturais e, a partir dos 12 anos, são direcionadas para esportes específicos, como natação, basquete, atletismo e bocha.

Já o programa de rendimento da instituição atende a 50 atletas que fazem treinamentos diários para melhorar sua técnica, com a possibilidade de participar de competições. “O programa de iniciação é a base do desenvolvimento do esporte de rendimento”, diz Santos, lembrando que atletas como o nadador Daniel Dias e o jogador de basquete em cadeira de rodas Pedro Vieira, que estarão na Paralimpíada do Rio de Janeiro, começaram sua prática esportiva na ADD.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil