quinta-feira, 1 de setembro de 2016

VAMOS PARAR DE CONFUSÃO: FALSETA DE LEWANDOWSKI PRÓ-DILMA NÃO BENEFICIA CUNHA!

Por: Reinaldo Azevedo 01/09/2016 às 6:44

Não!

A decisão que beneficiou — por enquanto ao menos — Dilma Rousseff, livrando-a da inabilitação para cargos públicos, não vai beneficiar automaticamente o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que não quer dizer que ele não vá tentar manobrar, é claro! Como é mesmo? Se a Constituição não existe, então tudo pode parecer permitido. Vamos ver.

É preciso pôr alguns pressupostos nesse debate.

Em primeiro lugar, Ricardo Lewandowski tomou uma decisão inconstitucional ao fatiar a votação — na verdade, ele fatiou a Constituição e a fez objeto de destaque. A manobra é grosseira. Tanto pior porque ancorada num artigo meramente procedimental do Regimento Interno do Senado e num erro crasso cometido pela Casa no julgamento de Collor. Mas esse é apenas um registro de rigor. O que importa é outra coisa.

A Lei da Ficha Limpa, aquela que já nasceu de porre, que torna inelegível até alguém que tenha sido punido por um conselho profissional, é, de fato, omissa quanto à inelegibilidade de um presidente da República condenado por crime de responsabilidade.

O texto é tão estúpido que um presidente se torna inelegível se renunciar, mas não se for condenado. Faz sentido? A resposta, obviamente, é não.

Ocorre que, se Cunha for cassado, seu caso está previsto na alínea b da Lei Complementar nº 64, que vem a ser justamente aquela que foi alterada pela chamada Ficha Limpa. E aquela alínea foi recepcionada no novo texto. Lá está escrito que são inelegíveis:
“Os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura;”

Se Cunha for cassado, será por quebra do decoro parlamentar, que é justamente o Inciso II do Artigo 55, de que trata a lei.

A chance de o deputado não ter seus direitos políticos cassados, pois, é ser absolvido. Se for condenado, ele cai na Lei da Inelegibilidade. A gambiarra de Lewandowski não serve pra ele.

Sim, inventada uma gambiarra, grotesca como foi, talvez se tente inventar outras. Uma coisa é fato: a tramoia que, por enquanto, beneficia Dilma não beneficia Cunha. Será preciso apelar a um novo dispositivo do direito criativo.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/vamos-parar-de-confusao-falseta-de-lewandowski-pro-dilma-nao-beneficia-cunha/

Dilma tem de ser coerente com o que diz e voltar à luta armada

Por: Reinaldo Azevedo 01/09/2016 às 4:48

Não sei se entendi direito a fala da ex-presidente Dilma. Temos uma incompatibilidade fundamental. Eu sou fanaticamente lógico. E a presidente é patologicamente ilógica. Então as coisas se complicam entre nós. Eu aposto sempre no sentido das palavras. Dilma é viciada em anacolutos sintáticos e mentais. Então vamos lá.

Ela resolveu abusar da fala condoreira em seu primeiro pronunciamento depois do impeachment, cercada de sua Armata Brancaleone. E disparou:
“Apropriam-se do poder por meio de um golpe de Estado. Esse é segundo golpe que enfrento na vida. O primeiro, um golpe militar apoiado na truculência das armas da repressão e da tortura, que me atingiu quando eu era uma jovem militante. O segundo, parlamentar, desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica que me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo. É uma inequívoca eleição indireta”.

Mas calma que vem mais. E aí será preciso juntar o trecho abaixo ao anterior:
“Sei que todos nós vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer. Repito: a mais determinada oposição que um governo golpista pode sofrer (…). Nós voltaremos para continuar nossa jornada rumo ao Brasil em que o povo é soberano”.

Para onde isso leva Dilma? Entendo que de volta à luta armada, ora bolas! Vamos ver. Se ela diz que esse é o segundo golpe que enfrenta — em março de 1964, tinha 16 anos; se ela diz que o que muda é só a forma; se ela prega “a mais determinada oposição que um governo golpista pode sofrer”, o que devo concluir? É para pegar de novo na metranca! Acho que Dilma tem de cair na clandestinidade e aderir de novo à luta armada.

Convenham: oposição, mesmo “a mais determinada”, entendo, se faz no Congresso e nos espaços institucionais quando se está numa democracia. Quando se trata de enfrentar o golpe, o limite da determinação há de ser a porrada. Aliás, enquanto ela fazia esse discurso, seus partidários saíam depredando lojas e bancos em São Paulo e metendo fogo em bens públicos.

Dilma chama a maior recessão da história do país, decorrência do seu governo desastrado, de “projeto nacional progressista, inclusivo e democrático”. Segundo ela, o dito-cujo está sendo “interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal”.

Aquela que comandou o governo que quebrou a Petrobras, onde se acoitava uma quadrilha de ladrões e vagabundos, diz que seus adversários “vão capturar as instituições do estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”. O bom é capturar o estado e colocá-lo a serviço de um bando.

A mulher que é figura central das delações de algumas das mais vistosas personagens do escândalo sob investigação afirma: “Com a aprovação do meu afastamento definitivo, políticos que buscam desesperadamente escapar do braço da Justiça tomarão o poder unidos aos derrotados nas últimas quatro eleições. Não ascendem ao governo pelo voto direto, como eu e Lula fizemos em 2002, 2006, 2010 e 2014. Apropriam-se do poder por meio de um golpe de estado”.

E voltou com o discurso terrorista já conhecido: “O golpe é contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a uma aposentadoria justa; direito à moradia e à terra; direito à educação, à saúde e à cultura; direito aos jovens de protagonizarem sua história; direitos dos negros, dos indígenas, da população LGBT, das mulheres; direito de se manifestar sem ser reprimido”.

Os desastres protagonizados por Dilma fizeram a economia recuar, em muitos indicadores, a números de 10 anos passados. Para vocês terem uma ideia, a dívida bruta brasileira em relação ao PIB só voltará ao patamar de 2013 no ano de 2030.

Os crimes cometidos por esta senhora e por seu partido são muito mais graves do que os de responsabilidade. São crimes de lesa-pátria.

De todo modo, dado o seu discurso, espero a qualquer momento que anuncie a adesão a algum novo grupo terrorista.

Nota: três senadores discursaram contra a perda dos direitos políticos de Dilma. E os três falaram em conciliação e mão estendida: Kátia Abreu (PMDB-TO), João Capiberibe (PSB-AP) e Jorge Viana (PT-AC).

Parece que Dilma prefere outra coisa.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-tem-de-ser-coerente-com-o-que-diz-e-voltar-a-luta-armada/

Veja mais uma tentativa de golpe na internet

Tenha cuidado com esta mensagem. Mensagens parecidas foram usadas para obter informações pessoais de alguns usuários. Se não conhecer o remetente, não clique em links nem responda com suas informações pessoais. Saiba mais

inglês - português
Não traduzir automaticamente para o: inglês

THIS IS RESPECTFULLY YOURS (ESTE É Respeitosamente)

Sherifa Abel

Atenção Caro, 

Eu sou deputada Sherifar Abell. A Banker, eu estou entrando em contato para assistente máximo para ficar como o parente mais próximo a esta não reclamados soma fundo / abandonada de (US $ 10,5 milhões dólares norte do Estado), que eu descobri na conta bancária que pertence ao LATE aguerrido presidente da Líbia Muammar Kadhafi tarde. 

Agora o nosso banco tem sido esperando por qualquer um dos parentes para vir para cima para a reivindicação, mas ninguém fez que eu pessoalmente não foi bem sucedida na localização de qualquer um dos parentes. 

Eu sinceramente buscam o seu consentimento para apresentá-lo como o parente mais próximo do falecido, para que o banco pode avançar para liberar este fundo para você sem quaisquer obstáculos, note que eu estou trabalhando com o banco eu estou aqui para orientá-lo sobre como vamos seguir o banco para permitir-nos receber este muito fundo, é arriscado livre porque eu tenho monitorado a conta por mais de três anos agora, então eu ter assegurado o arquivo do Falecido tarde para nossa segurança e Legal durante esta transferência de fundos. 

Vamos ter de fornecer toda a documentação pertinente que será solicitado para indicar que você é o beneficiário legítimo desse legado e nosso banco vai lançar o fundo para você, sem mais demora, a sua consideração e aceitação desta oferta, por favor me envie as seguintes informações a seguir indicados, para que possamos avançar e obter este fundo transferido para sua conta bancária designada imediatamente. 

Vou apresentar-lhe os meus identidades para você me conhecer melhor. 

Seu nome completo:..... 

Seu contato Endereço: ..... 

O seu número de telemóvel direta: ..... 

Sua data de nascimento:....... 

Sua ocupação:.......... 

Aguardo a sua resposta rápida através do meu e-mail privado: shrifarabell02@gmail.com 

Banker Sra Sherifar Abell.

https://mail.google.com/mail/u/0/#spam/156e62361a75c8d4

XXXXXXXXXX

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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ponte de vidro. Você teria coragem de usar a passarela?



Publicado em 7 de ago de 2016

Na China, acaba de ficar pronta uma ponte de vidro a uma altura de 300 m, o equivalente a um prédio de 100 andares. Quem passa pela ponte, transparente, experimenta uma estranha e incrível sensação. Construções como essa fazem sucesso pelo mundo e desafiam tanto a engenharia como os nossos sentidos. No Brasil, as pontes de vidro também começam a aparecer.


Domingo Espetacular 07 08 2016 
Pontes de vidro causam fascínio e medo ao redor do mundo; conheça!

Se concordar com a sentença fatiada, Dilma admitirá que não houve golpe

Renan exibe a Constituição e pede para rasgarem-na

Antonio Santos Aquino

Jogaram a isca e o PT mordeu. O destaque sobre a inabilitação de Dilma Rousseff para exercer cargos públicos, a meu ver, foi feito à revelia de Dilma. Essa “jogada” deve ter partido de Temer e dos caciques do PMDB, e Katia Abreu foi apenas o veículo dessa manobra, que tem por desiderato beneficiar Eduardo Cunha, Romero Jucá, o próprio Renan e tantos outros mais.

Mais inteligente seria uma lei pedindo a “anistia política” de Dilma. E seria a segunda iniciativa, a primeira seria questionar a legalidade do “impeachment”. Não creio mesmo que Dilma tenha concordado com essa iniciativa sobre a inabilitação, porque isso significaria que ela estaria reconhecendo que não ocorreu um golpe parlamentar.

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COLUNA RADAR, DA VEJA, DENUNCIOU A MANOBRA

Adriano Magalhães

A coluna Radar, da revista Veja, já tinha adiantado que o senador Renan Calheiros estava aprontando. Revelou que a maioria dos senadores do PMDB estava desesperada com a articulação de Renan junto ao PT para manter Dilma Rousseff politicamente habilitada.

Já se previa que, numa votação em separado, ela não será inabilitada. E, não estando inabilitada, ela poderia apresentar recursos ao STF com pelo menos alguma possibilidade de êxito.

Alguns senadores do partido então iniciaram uma ofensiva para tentar impedir que o ‘presente’ de Renan para Dilma se concretizasse, mas foram derrotados em plenário.

Dilma será nomeada para ocupar secretaria no Governo de Minas ainda esta semana para escapar de Moro.

Urgente: Dilma será nomeada para ocupar secretaria no Governo de Minas ainda esta semana para escapar de Moro.

Informações dão conta de que ex-presidente Dilma será nomeada em alguma secretaria no Governo Pimentel em Minas Gerais ainda esta semana, há quem diga que esta ação rápida seria para ajudar Dilma escapar de Moro em possíveis indiciamentos, uma vez que Lula já esta indiciado e não pode mais assumir cargos públicos, esta informação acaba de ser divulgada em meio a confusão e bastidores do senado, com a “faca nos dentes” Dilma promete fazer oposição ferrenha ao presidente Temer, e mais:

PF indicia Fernando Pimentel por corrupçãoGovernador de Minas, alvo da Operação Acrônimo que o investiga por suposto recebimento de vantagens indevidas de empresas que mantinham relações comerciais com o BNDES, também foi enquadrado por lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de influência e falsidade ideológica eleitoral.

A Polícia Federal indiciou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. O enquadramento do petista nesses crimes ocorreu com a conclusão de dois inquéritos da Operação Acrônimo.
Na atividade policial, indiciar corresponde a imputar a algum suspeito a autoria de determinado ilícito penal. As conclusões da PF serão enviadas agora à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre eventual denúncia de Pimentel à Justiça. Por ser governador, ele tem prerrogativa de função no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Não significa, contudo, que a PGR concordará com os argumentos e levará a acusação adiante ou nos mesmos termos.

Num dos inquéritos, a PF entendeu que o governador participou de esquema para favorecer a montadora CAOA no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele comandou a pasta de 2011 a 2014, sendo sucedido pelo economista Mauro Borges, seu aliado político, também suspeito de envolvimento das irregularidades. Os dois negam, assim como a montadora.

Entre 2013 e 2014, a CAOA pagou R$ 2,1 milhões a duas empresas de Benedito Oliveira Neto, o Bené, considerado operador de Pimentel. Conforme as investigações, os valores foram “vantagens indevidas” para que o empresário conseguisse, junto a Pimentel e Borges, a edição de portarias mantendo a montadora no Programa Inovar Auto, que concedia incentivos fiscais a grandes indústrias do setor.

A PF sustenta que as empresas de Bené, supostamente de fachada, não prestaram efetivamente serviços à CAOA, mas apenas foram usadas para emitir notas fiscais frias à montadora, o que é considerado lavagem de dinheiro, e ofertar propina aos envolvidos no esquema. Pimentel e sua mulher, Carolina Oliveira, teriam recebido “vantagens indevidas” de Bené, incluindo hospedagem num resort de luxo na Bahia,viagens de jatinho e aluguéis de carros.
A PF também indiciou Pimentel num segundo inquérito, desdobramento da Acrônimo, por crime de falsidade ideológica eleitoral.

O governador foi intimado para depor na sexta-feira, 8, o que seria o último passo da investigação, mas não compareceu. Antes disso, o indiciamento fora autorizado pelo ministro Herman Benjamin, relator dos inquéritos no STJ. Em decisão de fevereiro, ele escreveu que os policiais poderiam fazer o enquadramento penal desde que cumpridas as etapas necessárias à apuração do caso.

No início do ano, a PF pediu ao STJ o indiciamento, mas o Ministério Público Federal deu parecer contrário à medida. A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, argumentou na época não cabe à PF indiciar “autoridades com prerrogativa de função” no STJ. A PF solicitou também autorização para interrogar Pimentel, o que foi permitido por Benjamin.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE FERNANDO PIMENTEL
NOTA
A defesa de Fernando Pimentel esclarece que o Governador de Minas Gerais tem todo o interesse em depor, porém, nos limites da lei e com obediência à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A defesa roga, ainda, seu direito a ter todas as informações sobre o processo, disponíveis antes de seu depoimento. Assim sendo, esperamos que o Ministério Público Federal (MPF) permita que o Governador exerça seu direito de ser ouvido no âmbito adequado, tal como já reconheceu a ilegalidade do indiciamento no âmbito do STJ.

Por: Agencia de Noticias

http://www.thenewsbrazil.com/site/urgente-dilma-sera-nomeada-para-ocupar-secretaria-no-governo-de-minas-ainda-esta-semana-para-escapar-de-moro/

Direitos políticos de Dilma ainda podem ser cassados pela Justiça Eleitoral

Por: Reinaldo Azevedo 31/08/2016 às 16:21

Mesmo que o Supremo Tribunal Federal venha a referendar a decisão de Lewandowski, o que corresponderá a rasgar a Constituição, as coisas ainda podem se complicar para Dilma, ao menos do ponto de vista eleitoral.

Há ações contra ela correndo no TSE. E, nesse caso, sim, se condenada, ela se torna inelegível, aí sem apelo.

Se Lewandowski tivesse cumprido a Constituição, as ações contra Dilma no TSE estariam extintas — e, entende-se, também o presidente Michel Temer estaria livre do julgamento do tribunal, uma vez que as ações que lá correm tratam da impugnação da chapa.

Atenção! As ações no TSE têm dois objetos: perda de mandato e inelegibilidade. O mandato já não está mais em questão, mas a inelegibilidade sim!

Caso o Supremo considere inconstitucional a decisão tomada no Senado, aí o assunto morre.

E se não morrer? Bem, viveremos uma situação realmente sui generis.

Entendo que o objeto “cassação do mandato” já não mais se coloca, uma vez que Dilma cassada está. E isso beneficia também Michel Temer.

Mas permanece a questão da inelegibilidade. Nesse caso, a punição pode atingir tanto a ex-presidente como o atual. Nesse caso, Temer conclui o mandato em 2018, mas já na condição de inelegível.

Efeitos inesperados
É claro que há setores do PMDB, sob a batuta, entre outros, do senador Renan Calheiros (AL), que articularam esse desmembramento para, também, arreganhar os dentes para Michel Temer: “Veja aqui! Nós temos poder”. Ninguém ali nasceu ontem. Sabiam que, ao manter os direitos políticos de Dilma, a questão sobreviveria no TSE — e esta, potencialmente ao menos, é um risco para o mandato de Temer.

Mas entendo que, ao se dedicar a essa burla, o Senado também desmembrou mandato de direitos políticos. A questão em relação ao primeiro está resolvida. Resta a segunda.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/direitos-politicos-de-dilma-ainda-podem-ser-cassados-pela-justica-eleitoral/

Orçamento prevê salário mínimo de R$ 945,80 no próximo ano

31/08/2016 19h10
Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*

Os ministros Dyogo Oliveira e Henrique Meirelles entregam a proposta de Orçamento da União para 2017 ao segundo vice-presidente do Congresso, senador Romero Jucá - Wilson Dias/Agência Brasil

O salário mínimo para o ano que vem ficará em R$ 945,80, anunciou há pouco o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. O valor consta do projeto do Orçamento Geral da União de 2017, enviado hoje (31) pelo governo ao Congresso Nacional.

A proposta foi entregue por Oliveira e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). O texto foi enviado ao Congresso logo após a cerimônia de posse do presidente Michel Temer, no Senado.

Os demais parâmetros para a economia no próximo ano, que haviam sido divulgados pela equipe econômica no último dia 17, foram mantidos. A estimativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,8% para 2017.

A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos em um país) ficou em 1,6%. O projeto prevê taxa de câmbio média de R$ 3,40 no dólar para o próximo ano, contra R$ 3,50 em 2015, e de taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada de 12,1% ao ano em 2017, contra 14% neste ano.

*Colaboraram Daniel Lima e Pedro Peduzzi
Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Para agradar a Dilma, 36 senadores decidem desrespeitar a Constituição

Lewandowski assistiu ao golpe contra a Constituição

Carlos Newton

Uma sessão chatíssima, que deveria ser rápida e objetiva, mas se prolongou indevidamente devido a um destaque apresentado pela bancada do PT, para que Dilma não fosse condenada à inabilitação do exercício de função pública, em flagrante desrespeito à Constituição Federal. Devido a esse requerimento petista, houve debates que não estava previstos e a sessão foi se estendendo, com intermináveis perorações do presidente Ricardo Lewandowski. Até que, esgotados os pronunciamentos de acusação e defesa, que repetiam as mesmas argumentações assacadas há meses, enfim foi colocado em votação o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Não houve a menor novidade, com 61 votos favoráveis à cassação do mandato da petista e apenas 20 votos contrários, exatamente o resultado que havia sido previsto pela cúpula do governo de Michel Temer. Com isso, está encerrada a era do PT e a política brasileira começa a viver uma nova realidade etc. e tal.

CONSTITUIÇÃO EM RISCO – Mas a grande novidade veio logo a seguir, quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu a palavra inoportunamente e o presidente Lewandowski inadvertidamente a concedeu.

O parlamentar fez então um breve e inflamado pronunciamento, exibindo um exemplar da Constituição, para alegar que a democracia é mutante e defender justamente que os senadores aceitassem o destaque do PT e desrespeitassem o artigo que previa a inabilitação de Dilma Vana Rousseff para o exercício de função pública por oito anos, como acontecera com o então presidente Fernando Collor em 1992.

GOLPE PARLAMENTAR – Com isso, enfim houve um golpe no impeachment de Dilma, exatamente um “golpe parlamentar” como ela tanto denunciou. Só que não foi ela a atingida. O Senado preferiu golpear diretamente a Constituição, pelo voto de apenas 36 parlamentares, que sequer significam a maioria absoluta do plenário.

É por essas e outras que os jornalistas estrangeiros não conseguem entender a política brasileira, sempre escrevem muitas bobagens a nosso respeito. Realmente fica difícil acreditar que apenas 36 senadores, de uma hora para a outra, consigam alterar a Constituição de um país importante como o Brasil – quinto maior em extensão territorial e população, oitava economia mundial. Mas foi o exatamente o que aconteceu e ficará registrado nos documentários sobre o impeachment.

E agora todos podemos imitar Francelino Pereira e Renato Russo, para indagar: “Que país é esse?”

Posted in C. Newton

15 ANOS DEPOIS DE CRIADA A PALAVRA, OS PETRALHAS ESTÃO NO OLHO DA RUA

Por: Reinaldo Azevedo 31/08/2016 às 5:11

Quinze anos depois de eu ter criado a palavra “petralha” para designar as práticas dos petistas em Santo André, lá se vão eles. Morrem com retrato e com bilhete, mas sem luar, sem violão. Sei muito bem o peso de enfrentá-los ao longo dos anos. Hoje é fácil. Felizmente, os grupos de oposição ao petralhismo se multiplicaram. E ninguém corre o risco de morrer de solidão por enfrentar a turma. Alguns o fazem até por oportunismo. Outros ainda porque farejam uma oportunidade de negócios. O tempo que depure as sinceridades, as vocações, as convicções. Não serei eu o juiz.

Sinto-me intelectualmente recompensado. A razão é simples. Desses 15 anos de combate, 10 estão no arquivo deste blog, vejam aí. Houve até um tempo em que um blogueiro petista sugeriu à grande imprensa que tentasse investigar quem eram e como viviam os leitores desta página. Afinal, integrávamos o grupo, dizia ele, dos apenas 6% que achavam o governo Lula ruim ou péssimo. E é claro que os companheiros tentaram transformar a repulsa ideológica ao partido num crime.

A recompensa intelectual não se confunde, nesse caso, com vaidade. A minha satisfação não decorre de ter antevisto a queda dos brutos. Isso seria fácil. Em algum momento, claro!, eles cairiam, ainda que fosse pelas urnas. O meu conforto deriva do fato de que, então, eu não via fantasmas quando apontava a máquina formidável de assalto ao estado que se havia criado. Ela se destinava não só a enriquecer alguns canalhas como a assaltar as instituições.

Ah, quantas vezes tive de ouvir que eu exagerava! Ah, quantas vezes tive de ouvir que a palavra “petralha” designava, na verdade, um preconceito! Ah, quantas vezes tive de ouvir que eu criminalizava no PT o que considerava normal e corriqueiro nos outros partidos! Ah, quantas vezes tive de ouvir que eu estava a serviço do tucanato! Essa última acusação, diga-se, em tempos mais recentes, também ganhou as hostes da extrema direita caquética, que precisava que o PT fosse um monstro invencível para que sua ladainha impotente e escatológica continuasse a se alimentar da paranoia dos tolos.

E, no entanto, as coisas estão aí. Os petralhas foram derrotados por sua alma… petralha! Porque a maioria dos brasileiros pôde, afinal, enxergá-los como eles de fato são.

Não! A palavra “petralha” nunca designou apenas uma caricatura a serviço do embate ideológico. Os petistas adorariam que assim fosse. A máquina de propaganda esquerdista tentou até criar o contraponto à direita, que seriam os “coxinhas”. Mas foram malsucedidos no intento. Porque, afinal, de um coxinha, pode-se dizer o diabo. Mas uma coisa é certa: coxinha, em nenhuma de suas acepções, virou sinônimo de ladrão. Marilena Chaui, aquela, pode achar um coxinha reacionário, preconceituoso, abominável… Mas não tenho a menor dúvida de que ela confiaria sua carteira a um coxinha e jamais a deixaria à mercê de um de seus pupilos petralhas.

José Eduardo Cardozo e os demais petistas se zangam quando se diz que Dilma caiu pelo “conjunto da obra”. No seu entendimento perturbado do mundo, entendem que se está admitindo que ela não cometeu crime de responsabilidade. Trata-se, obviamente, de uma mentira. Sim, o crime foi cometido, mas é fato que ele não teria sido condição suficiente, embora necessária, para a deposição. Foi, sim, o jeito petralha de governar que derrubou a governanta, aliado a uma brutal crise econômica, derivada, diga-se, desse mesmo petralhismo: não fosse a determinação de jamais largar o osso, a então mandatária teria tomado medidas para evitar o abismo. Ocorre que ela não devia satisfações ao Brasil, mas ao projeto de poder, tornado realização, que havia se assenhoreado do estado e que vivia de assaltá-lo.

A resistência venceu. Ao longo dos anos de contínua depredação da verdade e da lógica, soubemos manter as nossas instituições e reagimos com a devida presteza todas as vezes em que eles tentaram mudar os códigos do regime democrático. Não estão mortos. Não estão acabados. Estão severamente avariados, e cumpre aos defensores da democracia que sua obra seja sempre lembrada como um sinal de advertência. Até porque, a exemplo de todas as tentações totalitárias, também a petista tem seus ditos intelectuais, seus pensadores, seus… cineastas. As candidatas a Leni Riefenstahl do petismo, sem o mesmo talento maldito da original, não conseguiram fazer a epopeia do triunfo; então se preparam agora para fazer o réquiem, na esperança de que o ressentimento venha a alimentar o renascimento.

Vem muita coisa por aí. Não completamos nem o primeiro passo da necessária despetização do estado. O trabalho será longo, vai durar muitos anos. Não temos como banir os petralhas da política, mas é um dever civilizacional combater suas ideias, enfrentá-los, resistir a suas investidas — e pouco importa o nome que tenham.

Publiquei “O País dos Petralhas I”.
Publiquei “O País dos Petralhas II”.
Anuncio aqui, para breve, fechando o ciclo, o livro “Petralhas Go”.

Acabou.

Eles perderam. A democracia venceu.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/15-anos-depois-de-criada-a-palavra-os-petralhas-estao-no-olho-da-rua/