21/08/2016 12h40
Brasília
Patrícia Serrão - Repórter do Portal EBC
Nas primeiras olimpíadas na América do Sul, a torcida brasileira deixou clara sua sinceridade em relação aos atletas. Quando gostava de alguém, a torcida vibrava e praticamente adotava o competidor. Já quando não gostava, não perdia a oportunidade de mostrar descontentamento.
A seguir, conheça alguns dos atletas que mexeram com o coração dos brasileiros ou que os torcedores gostariam de ver bem longe.
Atletas que amamos:
1) Usain Bolt, o "raio" jamaicano
Muito mais do que um atleta, Bolt é um showman. Simpatia em pessoa, o jamaicano já tinha vindo ao Rio de Janeiro em 2014 e 2015, onde participou do desafio mano a mano contra corredores brasileiros. Se naquela época ele já conquistou o coração dos cariocas, nesta Olimpíada ele conquistou o Brasil.
A prova maior que o brasileiro o adotou foi quando Bolt abriu um largo sorriso na final dos 100 metros rasos com direito a memes nas redes sociais.
Bolt, o atleta mais rápido do mundo com direito a sorriso e olhadinha para o lado. Kai Pfaffenbach/Reuters/ Direitos Reservados
2) Simone Biles, humildade em pessoa
A americana Simone Biles da ginástica artística encantou o mundo. Não é a toa que os brasileiros também caíram no charme da atleta, principalmente quando Biles reconheceu que a sua medalha de bronze deveria ter ido para a brasileira Flavia Saraiva, nosso xodó tupiniquim.
Biles superou os limites do corpo e da torcida brasileira. Volker Minkus/FIG
3 ) Novak ou simplesmente Djoko
Bastou um duelo contra a Argentina no tênis para que o sérvio Novak Djokovic ganhasse a torcida brasileira. Gritos de "Eiro, eiro, Eiro, Djoko é brasileiro" e "Olha que maneiro, Djokovic é brasileiro", pipocaram na torcida.
E o amor foi mútuo. O sérvio adotou munhequeiras verde e amarelas e a raqueteira com a frase "Boa Sorte". Após a disputa, Djoko reconheceu que poucas vezes sentiu tanto apoio da torcida e chegou a chorar após a derrota por, segundo ele, ter decepcionado os brasileiros.
Mesmo sentindo-se em casa com a torcida brasileira, Novak Djokovic não conseguiu vencer a partida e chorou Carine 06 / flickr / Creative Commons
4) Pita Nikolas Aufatofua ou seria "o atleta besuntado do Tonga"?
Na cerimônia de abertura, o lutador de taekwondo Pita Nikolas Aufatofua chamou atenção da plateia brasileira pelo excesso de óleo no corpo. Pita Nikolas disse, em entrevista a BBC, que passou óleo de coco no corpo porque faz parte da vestimenta tradicional do seu país e que eram assim que seus ancestrais iam para guerra há 200 anos. Seja como for, o atleta conseguiu fazer o brasileiro descobrir um pouco mais sobre Tonga, essa pequena ilha localizada ao norte da Oceania.
"Besuntado", Pita Nikolas disse que passou óleo em homenagem aos ritos acentrais do Tonga. Reuters/Stoyan Nenov/Direitos Reservado.
5) Teresa Almeida ou simplesmente "Bá"
"Ah, a Bá...". A goleira de handebol de Angola foi a principal razão para que os brasileiros passassem a torcer pela seleção angolana na modalidade. Os gritos de “ão, ão, ão, Bá é paredão!” e "A Bá é melhor que o Neymar" foram constantes nas partidas que disputou.
Excelente goleira, ela tem 1,70 m, pesa 98 kg, é bastante segura do seu corpo e tem casamento marcado para final do ano. Também já deixou bem claro que não se preocupa em emagrecer para entrar no vestido.
A atleta contou que sua ligação com o Brasil é antiga e que ganhou o apelido de "Bá" por causa da novela brasileira Sinhá moça. Nesse folhetim televisivo, havia uma babá negra que se chamava Bá. Como ela era a única menina da família, colocaram este apelido.
E a torcida ainda grita: "A Bá é melhor que o Neymar". Marko Djurica/Reuters / Direitos reservados
Atletas que não agradaram tanto assim:
1) Renaud Lavillenie ou "o francês da prova da vara"
Em uma disputa apertada com os norte-americanos da natação, o saltador Renaud Lavillenie conquistou o primeiro lugar no ranking de atleta mais odiado pelos brasileiros nas olimpíadas. Ao perder a disputa para o brasileiro Thiago Braz, ele reclamou da torcida local e comparou os brasileiros com os nazistas nos Jogos de Berlim. “Em 1936, a multidão estava contra Jesse Owens. Não vimos isso desde então. Temos que lidar com isso”, disse Lavillenie, medalhista de ouro no salto com vara em Londres 2012.
O francês chegou a se desculpar pela comparação, mas manteve as críticas às vaias. As desculpas não foram suficientes. Ao subir ao pódio para receber a medalha de prata, Lavillenie foi novamente vaiado e chorou.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Renaud Lavillenie - REUTERS/Dominic Ebenbichler/ Direitos Reservados
2) Lochte, Bentz, Conger e Feigen ou "os nadadores vândalos americanos"
Eles saíram da Vila Olímpica e foram beber, passaram da conta e vandalizaram um posto de gasolina. Até aí o brasileiro seria capaz de perdoar. O problema foi quando os nadadores inventaram a mentira de que foram assaltados por policiais brasileiros. Após serem desmascarados por imagens de câmeras de segurança, eles se desculparam. O Comitê Olímpico Americano também soltou uma nota pedindo desculpas pelas atitudes dos nadadores.
Copyright - Jack Conger e Gunnar Bentz depõe na Polícia Federal - REUTERS/Ueslei Marcelino /
3) David Segal, o jornalista do New York Times que criticou o biscoito Globo
Segal não criticou apenas um petisco, mas um dos itens que o cidadão do Rio de Janeiro considera como símbolo máximo de carioquice: o Biscoito Globo. As redes sociais se revoltaram e criaram a #somostodosbiscoitoglobo. Teve quem defendesse que o problema foi de contexto: o pacotinho foi feito para ser degustado junto com mate com limão, na beira da Praia do Arpoador, antes de aplaudir o pôr do sol.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Biscoito Globo - Divulgação
4) Hope Solo e a Zika
A goleira da seleção norte-americana conseguiu o feito de ser odiada antes mesmo dos jogos começarem. É que enquanto arrumava a mala para o Rio de Janeiro postou uma foto com máscara contra mosquitos e um repelente, seguidas da mensagem: "Não vou dividir isso aqui! Arrume o seu! #ÀProvaDeZika #EstradaParaORio." O resultado veio em todas as partidas da seleção norte-americana, onde se ouvia os gritos de "olê olê olê olá, zika zika" e de "ôôô zika!" , além de vaias constantes dirigidas à goleira.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Hope Solo - Instagram Oficial
5 ) Islam El Shehaby, o egípcio que se recusou a apertar a mão de israelense após derrota
Após ser derrotado por Or Sasson, atleta de Israel, o egípcio recusou-se a apertar a mão do adversário. Ao final do confronto, quando Sassom aproximou-se para cumprimentá-lo, El Shehaby recuou. A atitude foi imediatamente vaiada pelo público presente na Arena Carioca 2 e criticada pelo Comitê Olímpico Internacional.
Copyright - Or Sasson tenta cumprimentar Islam El Shehaby, que se nega a apertar a mão do judoca - Toru Hanai/Reuters/Direitos reservados
Edição: Adriana Franzin
Agência Brasil
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Destacamos:
Esqueça aquele competidor do levantamento de peso com cara de marrento.
Com um sorriso rasgado no rosto, David divertiu a torcida no Riocentro, nesta segunda-feira, com dancinhas para chamar a atenção. Mas não para si próprio. Ele quer salvar o paraíso natural em que vive.
Kiribati fica no Oceano Pacífico, no meio do caminho entre o Havaí e a Austrália e possui cerca de 100 mil habitantes. Por conta do aquecimento global, o nível do mar vem subindo ano a ano. Estudos mostram que dentro de mais algumas décadas a ilha desaparecerá, e os moradores terão de buscar um novo lugar para viver.
David Katoatau dança após conseguir passar por uma das etapas do arranco (Foto: REUTERS/Stoyan Nenov).
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/levantamento-de-peso/noticia/2016/08/pesista-de-kiribati-danca-levanta-o-publico-e-implora-salve-o-meu-pais.html
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Após ouro, Neymar discute e xinga torcedores no Maracanã; veja
Publicado em 21/08/2016, 21:29 /Atualizado em 21/08/2016, 23:28ESPN.com.br
Neymar discute e xinga torcedores no Maracanã depois da conquista do ouro
A conquista do ouro inédito no futebol não acalmou Neymar. Além de dizer a famosa frase "Vão ter que me engolir", um vídeo revelado neste domingo mostra o capitão da seleção brasileira discutindo com alguns torcedores após o jogo contra a Alemanha, no Maracanã.
A discussão teria acontecido com dois torcedores que, após um lance na primeira etapa da decisão contra a Alemanha, teriam cobrado "raça" de Neymar.
Mais de uma hora depois do acontecido, com a disputa da prorrogação, pênaltis e até a cerimônia da entrega das medalhas, o jogador reconheceu os torcedores na arquibancada e foi tirar satisfação.
http://espn.uol.com.br/noticia/624608_apos-ouro-neymar-discute-e-xinga-torcedores-no-maracana-veja