sábado, 30 de julho de 2016

Haddad sanciona lei que autoriza moradores de rua a levar animais para abrigos

29/07/2016 18h52
São Paulo
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou, na semana passada, a lei que permite que os abrigos da cidade aceitem moradores de rua acompanhados por seus animais de estimação. A sanção foi publicada no Diário Oficial do Município de São Paulo no dia 23 de julho e a prefeitura terá o prazo de 90 dias para regulamentar a lei. O projeto de lei foi proposto pelos vereadores Toninho Vespoli (PSOL), Alessandro Guedes (PT) e Jonas Camisa Nova (DEM).

A lei prevê que os “abrigos emergenciais, albergues, centros de serviços, restaurantes comunitários e casas de convivência” disponibilizem espaços apropriados para o acolhimento de animais de pequeno e médio porte que acompanhem os abrigados. Ela também prevê que a disponibilidade desses espaços dependerá da viabilidade econômica da prefeitura, mas que poderão ser firmados convênios e parcerias com associações e organizações sociais para que esse objetivo possa ser atingido.

A prefeitura informou que a lei ainda está em fase de regulamentação e que ainda não tem mais detalhes sobre como ela será aplicada ou como será o funcionamento desse projeto nos abrigos.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Rio Grande do Norte registra 34 ataques a ônibus em dez cidades

30/07/2016 14h51
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

A Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte informou que subiu para 25 número de presos por envolvimento em atos de vandalismo contra o transporte público na região metropolitana de Natal e no interior do estado. De acordo com o último balanço divulgado pelo governo do estado, em dez cidades, 34 ataques a ônibus e a prédios públicos foram registrados desde a tarde de ontem, quando as primeiras ocorrências foram registradas.

De acordo com o governo, os atos são uma retaliação de criminosos contra a instalação de bloqueadores de celulares no presídio de Parnamirim. Em entrevista coletiva, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, afirmou que o efetivo policial está mobilizado para coibir novos atos de vandalismo. Faria também afirmou que ainda não é necessário solicitar ao Ministério da Justiça envio de tropas da Força Nacional ao estado.

"O governo está decidido a enfrentar qualquer ato violento que acontecer no estado. Não vamos recuar na instalação dos bloqueadores celulares nos presídios e não há possibilidade de negociação com líderes de movimentos criminosos. Os policiais estão liberados a agir com autonomia e conforme a lei para prender todos os responsáveis por essas ações de vandalismo", disse o governador.

No início da manhã de hoje, os ônibus saíram da garagem sob escolta da Polícia Militar (PM), e o serviço de transporte público foi restabelecido em Natal. Na sexta-feira, após os primeiros ataques, as empresas recolheram os veículos e deixaram os usuários sem transporte na volta para casa.

Em nota, a Secretaria de Segurança pede que população denuncie atos suspeitos, por meio do número telefônico 181. A identidade do colaborador será mantida em sigilo.

* Com informações da Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Decisão do juiz de Brasília desarma a trama do PT contra a República de Curitiba

Juiz Ricardo Leite desarmou a estratégia do PT

José Carlos Werneck

A decisão do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, esvaziou por completo o mambembe discurso da defesa de Lula de perseguição política do juiz Sérgio Moro. Destruiu até mesmo a pueril pantomima, usada para obter uma reação internacional, foi arquitetada para criar um constrangimento na Lava Jato. A defesa de Lula chegou a contratar um advogado no exterior para recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU contra o juiz Sergio Moro, na tentativa de acusar o magistrado de violar direitos, mas agora a estratégia deu em nada.

Quando o relator no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, decidiu desmembrar a denúncia, transferindo-a para a Justiça Federal em Brasília, os petistas exultaram. O que mais assustava os afoitos membros do PT era o fato de não terem saído das mãos de Sérgio Moro, em Curitiba, todos os inquéritos contra Lula. E a farsa engendrada pelos petistas na ONU era fazer um enfrentamento direto como juiz Sergio Moro para tentar politizar a questão, com a surrada tese de perseguição política.

TUDO ERRADO – Os membros do PT não esperavam que a decisão de aceitar a denúncia contra Lula e transformá-lo em réu hoje fosse dada por outro magistrado. Eles queriam atingir Moro, mas foi o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, quem recebeu denúncia e transformou em réus o ex-presidente Lula ,o banqueiro André Esteves, o ex-senador Delcidio do Amaral, seu ex-chefe de gabinete Diogo Ferreira, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, além do advogado Edson Ribeiro, todos incriminados por tentativa de obstrução da Lava Jato.

“Com a velocidade que a decisão foi dada pelo juiz de Brasília, criou-se um clima de insegurança geral”, queixou-se um membro do partido.

Decididamente o tiro saiu pela culatra!

Agora, Lula precisa processar na ONU também o juiz de Brasília


Petição de Lula contra Moro não seguiu as regras da própria ONU

Jorge Béja

Subscrevo, integralmente, as considerações do jornalista e advogado José Carlos Werneck, publicadas aqui na Tribuna da Internet, a respeito do esvaziamento do “mambembe discurso de Lula contra o juiz Sérgio Moro”. A ida de Lula ao Conselho de Defesa dos Direitos Humano da ONU já foi um gesto insensato, o que não significa dizer que de Lula se possa esperar sensatez e lucidez. Mas depois que o juiz federal de Brasília recebeu denúncia contra o ex-presidente e o colocou no banco dos réus, ou Lula retira a petição que entregou ao Conselho em Genebra ou lhe cumpre aditá-la para nela incluir também este outro juiz, dr. Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília. É uma providência que o ex-presidente precisa tomar de imediato.

O peticionamento-queixa (mais que isso, Lula ingressou no Conselho de Defesa dos Direitos Humano da ONU com uma ação contra o Estado Brasileiro) de Lula não preenche nenhuma das exigências que a própria instituição estabelece. A principal delas diz que cumpre à parte queixosa demonstrar que todas as instâncias judiciárias recursais do país do queixoso foram percorridas e esgotadas. E isso não aconteceu. É bem possível que o Conselho devolva a petição a Lula, após recusá-la liminarmente. Que vexame! Que fiasco!

Posted in J. Béja

Investigações mostram que Dilma institucionalizou a corrupção no governo

Dilma teve mais de 20 ministros envolvidos na corrupção

Ary Filgueira
IstoÉ

Há exatamente um ano, em despacho redigido em um dos processos que tem como réu o ex-ministro José Dirceu, o juiz Sérgio Moro escreveu que o País passou a vivenciar um quadro de corrupção sistêmica sob o comando do PT. Na ocasião, muitos analistas políticos e observadores das entranhas do Judiciário trataram o alerta do magistrado responsável pela Lava Jato como alarmista. Hoje, não há quem discorde de Moro. Depois de dois anos de investigações em diversas operações da Polícia Federal e de mais de 70 delações premiadas, fica evidente que as gestões petistas transformaram o governo federal em uma verdadeira e organizada estrutura de corrupção.

Praticamente todos os ministros de Dilma Rousseff estão envolvidos em desvios de dinheiro público. Desde aqueles que ocuparam gabinetes no Palácio do Planalto até os mais distantes. “A corrupção que o PT promoveu foi uma corrupção institucional, não foi dispersa nem com indivíduos participando isoladamente”, afirma o professor Álvaro Guedes, especialista em administração pública da Unesp. “Pessoas foram escolhidas a dedo para estar em posições estratégicas e promover o desvio de dinheiro”, conclui o professor.

Um dos expoentes desses “escolhidos a dedo” é Paulo Bernardo, ex-ministro das gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Na semana passada, ele foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil.

CRIMES DE BERNARDO – A PF diz ter provas suficientes para assegurar que Bernardo, enquanto esteve no governo, participou de organização criminosa e praticou crime de corrupção passiva. No mês passado, ele foi preso após a polícia constatar que havia recebido R$ 7,1 milhões desviados de uma fraude no crédito consignado que cobrava uma taxa superfaturada dos servidores federais que se encontravam endividados.

Paulo Bernardo é casado com Gleisi Hoffmann, uma das líderes da tropa de choque de Dilma no Senado, ex-ministra da Casa Civil e também acusada de receber propinas do Petrolão. Gleisi só não foi presa junto com o marido graças ao foro privilegiado. O casal sempre teve livre trânsito no gabinete e na residência oficial da presidente afastada.

No mesmo esquema que lesou milhares de funcionários públicos, está o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, aquele que costumava levar Dilma para passeios de moto aos domingos. Ainda na semana passada, Edinho Silva, outro ex-ministro íntimo da presidente afastada, viu-se diante de novas provas que o envolvem em corrupção e achaque contra empresários que tinham contratos com o governo. Ele, que já era investigado por intermediar, a pedido de Dilma, R$ 12 milhões da Odebrecht para o caixa dois da campanha da petista em 2014, desta vez foi alvejado por investigação promovida pelo TSE. Peritos descobriram que uma empresa pertencente a um ex-assessor de Edinho recebeu R$ 4,8 milhões da campanha de Dilma para serviços que não consegue comprovar.

TROCA-TROCA – Em um de seus despachos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que prometer facilidades na liberação de obras às grandes empreiteiras em troca de recursos para o PT era uma medida habitual de Edinho, que antes de ocupar o ministério foi tesoureiro da campanha da reeleição.

Outros ex-ministros próximos à presidente afastada também agiam dentro da organização criminosa. São os casos de Fernando Pimentel, Jaques Wagner, Giles Azevedo, Ricardo Berzoini, entre outros. O Ministério Público investiga ainda amigos da presidente afastada que não ocuparam cargos no primeiro escalão de sua gestão, mas comandaram setores estratégicos do governo, como Valter Cardeal e Erenice Guerra. O primeiro foi diretor da Eletrobrás e é acusado de ter se beneficiado com propinas nas obras de Angra 3. Erenice, uma das principais auxiliares de Dilma e ex-ministra de Lula, é investigada por ter recebido R$ 45 milhões desviados das obras de Belo Monte.

QUADRILHAS UNIFICADAS – Como quadrilha organizada, expressão que costuma ser usada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, ao se referir às gestões petistas, a estrutura criminosa instalada no governo Dilma também locupletou os ministros que chegaram à esplanada por indicação dos partidos aliados. “O PT unificou diversas quadrilhas que agiam em setores diferentes”, diz Paulo Kramer, analista e professor da Universidade de Brasília. “O partido deu um comando central à corrupção, decidia quem entraria para o esquema de poder”, complementa.

Com o avanço da Lava Jato, o governo passou a usar ministros para tentar barrar as investigações. A presidente afastada e o ex-chefe da pasta de Justiça, José Eduardo Cardozo, procuraram nomear ministros comprometidos para os tribunais superiores. Sem êxito, Dilma escalou o ex-ministro Aloizio Mercadante para tentar comprar o silêncio de testemunhas.

MERCADANTE EM CENA – Ex-ministro da Educação e da Casa Civil, Mercadante foi um dos principais conselheiros dela. Acusado de receber dinheiro de propina da UTC em sua campanha de 2010, ele foi flagrado, em março deste ano, em uma gravação oferecendo dinheiro e ajuda para tentar melar a Lava Jato. A armadilha foi criada pelo assessor do ex-senador Delcídio do Amaral a quem o ex-ministro fez a proposta indecente para tentar impedir que Delcídio fechasse um acordo de delação.

Na ocasião, o processo do impeachment de Dilma parecia caminhar para um encerramento favorável ao governo. Mercadante não conseguiu comprar o silêncio de Delcidio e a delação feita pelo ex-senador, publicada com exclusividade por IstoÉ, permitiu a retomada do processo que a cada dia desvenda novas falcatruas protagonizadas pelo grupo que se instalou no poder a partir de 2003. “Nos últimos anos foi instalada a cleptocracia em Brasília”, diz o ministro Gilmar Mendes.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Médico debocha de paciente na internet: 'Não existe peleumonia'

29/07/2016 12h56 - Atualizado em 29/07/2016 17h22

Do G1 Campinas e Região

Um médico plantonista no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), foi afastado do trabalho após ter uma foto sua publicada numa rede social com o título “Uma imagem fala mais que mil palavras”. Na foto, Guilherme Capel Pasqua mostra o receituário médico com o seguinte dizer: “Não existe peleumonia e nem raôxis”.

Médico também comentou na foto (Foto: Reprodução/internet)

Vinte minutos antes da postagem, na quarta-feira (27), o médico havia atendido o mecânico José Mauro de Oliveira Lima, 42 anos, que estudou até o segundo ano do ensino fundamental e não sabe como falar corretamente algumas palavras.

Seu enteado, o eletricista Claudemir Thomaz Maciel da Silva, de 25 anos, o acompanhava na consulta e revela que, assim que souberam o diagnóstico, o mecânico perguntou sobre o tratamento para a "peleumonia". A reação do médico não foi muito profissional, afirma Claudemir.

"Quando meu padrasto falou pneumonia e raios X de forma errada, ele deu risada. Na hora, não desconfiamos que ele iria debochar depois na internet. O que ele fez foi absurdo. O procurei e escrevi para ele na rede social que, independente dele ser doutor, não existe faculdade para formar caráter. Assim que ele viu minha postagem, apagou a foto. Ele não quis conversar com a gente", diz Claudemir.

O eletricista conta que o padrasto ainda não sabe que virou assunto na internet e teme pela reação dele. Claudemir diz que o mecânico não pôde estudar por falta de dinheiro.

"Meu padrasto não sabe falar direito porque não teve estudo. Ele vai ficar muito triste quando souber o que aconteceu, estamos evitando contar, mas ele vai acabar descobrindo. Ele trabalhava como cozinheiro aqui em Serra Negra e depois se tornou mecânico. Lembro que ele estudava, mas precisou abandonar as aulas para cuidar de mim. Tive tuberculose aos dois anos e, nessa época, ou ele estudava ou pagava meus remédios", lembra.
Funcionárias do hospital também criticaram os pacientes 
(Foto: Reprodução/internet)

Indignação
Outros parentes e amigos da família ficaram indignados com a postagem do médico e começaram a reproduzir a foto.

"Não podemos aceitar esse tipo de pessoa se julgando melhor do que outras pessoas que estão convalescente e não teve a mesma escolaridade que um cidadão que se julga melhor que outros seres humanos por causa de seu diploma, volta pra sua faculdade e aprende um pouco mais sobre Ética e cidadania (sic)", reclamou um morador.

"Os pacientes têm que ser tratados com respeito, poderia ter sido com alguém da minha família. As pessoas não têm obrigação de saber falar direito, na maioria das vezes, são pessoa humildes, com dor e não estão preocupadas se estão falando certo ou errado", disse outra pessoa.

As críticas foram ainda direcionadas a outras duas funcionárias do hospital que, assim como o médico, debocharam da forma como os pacientes costumam falar na unidade. Uma das funcionárias postou: "Tira minha pressão? Porque eu tenho tiroide". Assim como o médico, elas também foram afastadas.
No receituário do hospital, o deboche com a forma de falar de um paciente (Foto: Reprodução/internet)

Sindicância
Formado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), o médico disse à EPTV que não teve intenção de ofender e pediu desculpas aos que falam peleumonia ou raôxis. Ele acredita que é o contexto social que define as regras do português.

Disse também que não estava trabalhando no momento e que fazia uma brincadeira entre os médicos que tem um grupo em rede social e que vai processar quem postou a foto.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo(Cremesp) informou que vai instaurar uma sindicância para avaliar a conduta do médico.
Ficha médica apresentada em unidade de saúde de Sumaré 
(Foto: Reprodução EPTV)

Outro caso
Em 2014, uma paciente registrou um boletim de ocorrência contra um médico plantonistado Centro Integrado de Saúde do bairro Nova Veneza, em Sumaré (SP). Thaynara de Oliveira Cruz, de 19 anos, se queixava de dores na cabeça e variações na pressão arterial, mas o médico teria afirmado no prontuário que o problema da paciente era "falta de ocupação".

Na consulta, Thaynara se surpreendeu com o atendimento do clínico geral, que não a examinou. "'Você não conhece paracetamol? Dipirona? É isso que tem que tomar. Mais nada' e eu falei 'já faz alguns dias, nada mais vai resolver?' e ele falou que não", disse a paciente na época.

A jovem diz ter se sentido ofendida e humilhada quando o médico perguntou sobre a ocupação dela. "Perguntou se eu trabalhava, eu disse que cuidava do meu filho e ele disse que era falta de ocupação o que eu tinha", afirmou. Diante disso, o profissional teria escrito o diagnóstico na ficha médica e receitado um dos medicamentos.

Após o atendimento, a jovem foi com o marido até o 1º DP da cidade registrar um boletim de ocorrência contra o profissional da saúde, onde apontou que houve ofensa e humilhação por parte do médico.

O profissional não quis comentar o ocorrido. A Prefeitura de Sumaré abriu um processo administrativo para investigar a conduta do médico.

Superdelação da Odebrecht vai liquidar Lula, Alckmin, Cabral, Pezão, Pimentel etc.

Charge do Leo Villanova (www.leovillanova.net)

Jailton de Carvalho
O Globo

Nas negociações do acordo de delação premiada, executivos da construtora Odebrecht, entre eles o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht, apontaram mais de cem deputados, senadores e ministros, entre outros políticos, como beneficiários diretos de desvios de dinheiro público, ou como recebedores de outras vantagens, como repasses de verba para suas campanhas, por exemplo. Entre os citados há pelo menos dez governadores e ex-governadores, segundo informou ao Globo uma fonte ligada às investigações.

Entre os citados nas negociações preliminares estão o governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB); de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); e de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Não estão claras ainda as circunstâncias em que cada um dos governadores aparece no roteiro das delações. Na lista também constam vários ex-governadores, entre eles Sérgio Cabral (PMDB-RJ). As informações sobre Cabral, que já foi citado por outros delatores, entre eles Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, são consideradas consistentes pelos investigadores.

Os depoimentos dos executivos da Odebrechet estão previstos para começar hoje, segundo o blog do jornalista Lauro Jardim, do Globo. Serão 15 os depoentes.

NO PAIS INTEIRO – Os acordos de delação de Marcelo e de outros diretores da empresa são os mais temidos desde o início da Operação Lava-Jato, há dois anos. Maior empreiteira do país, a Odebrecht tem obras e contratos com a administração pública dos três Poderes, e em praticamente todos os estados do país. Só no ano passado, a empresa faturou mais de R$ 130 bilhões com negócios no Brasil e no exterior.

Depois de uma primeira etapa complicada, com avanços e recuos, os acordos de delação da Odebrecht estão avançando de forma significativa. Após acertos prévios com advogados, os procuradores estavam até agora conversando com os investigados. Nessas conversas prévias, os réus apresentam as linhas gerais das denúncias a serem feitas, conforme as bases estabelecidas nos entendimentos iniciais entre advogados e o Ministério Público Federal.

— Foi superada a fase da conversa entre procuradores e advogados. Agora, a conversa é entre procuradores e réus. Nessas conversas eles indicam o que realmente vão dizer — disse uma fonte que acompanha o caso.

ARQUIVOS DA PROPINA – As negociações avançaram tanto que ontem era dado como certa a assinatura do acordo de Marcelo e outros executivos. As tratativas evoluíram, sobretudo, depois que advogados da empresa informaram ao Ministério Público Federal que estavam conseguindo recuperar os arquivos eletrônicos do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, destinado a pagar propina a pedido de outras áreas da empresa.

As provas constantes nesses arquivos são consideradas essenciais para o desfecho das negociações. Procuradores exigiram que os investigados apresentem um quadro claro sobre os repasses de dinheiro de origem ilegal a autoridades. Para eles, não bastava aos executivos simplesmente fazerem menções a pagamentos. Era necessário que as acusações estivessem amparadas em indícios. Procuradores não queriam correr o risco de ouvir relatos importantes, concordar com benefícios penais para os réus e, depois, não terem como denunciar e punir os parlamentares, ministros e governadores acusados.

DELAÇÃO DA OAS – Com a disposição de contar mais e apressar a busca de provas, a Odebrecht saiu na frente da construtora OAS, uma de suas principais rivais. É possível que a Odebrecht feche acordo antes da OAS, mas isso não significa que esta empreiteira vá ficar sem um entendimento com o Ministério Público Federal. Está marcada para hoje uma nova rodada de negociação entre advogados da OAS e procuradores, e é possível que o caso ganhe novos desdobramentos.

Até ontem, as conversas não vinham sendo nada fáceis para Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. Os procuradores perguntaram a Pinheiro se ele tem conhecimento de alguma irregularidade em setores do Judiciário, especialmente em decisões judiciais que implodiram a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investiga políticos financiados por caixa dois da Camargo Corrêa. Pinheiro respondeu que não teria fatos novos a revelar sobre o assunto. O problema seria de executivos da Camargo, alvo central da Castelo de Areia, e não da OAS.

Procuradores também fizeram perguntas a Pinheiro sobre viagens internacionais e palestras do ex-presidente Lula. Queriam saber se haveria vínculos entre as viagens, as palestras e negócios fechados entre a OAS e governos dos países visitados pelo petista. Pinheiro atribuiu ao ex-presidente um papel de relações públicas, mas negou que houvesse correlação direta entre os negócios da empresa e a atuação.

SÍTIO E TRÍPLEX – O executivo teria sido questionado sobre reformas no sítio em Atibaia e num apartamento no Guarujá destinado ao ex-presidente. As respostas do executivo não seriam diferentes do que já foi divulgado até o momento pela empresa em resposta ao noticiário sobre o assunto. Pinheiro reconheceu que fez benfeitorias no sítio e no apartamento, mas não associou os serviços a vantagem obtida pela empresa no governo federal antes ou depois do governo Lula.

O ex-governador Sérgio Cabral, por intermédio de sua assessoria, “manifestou sua indignação e seu repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude”. Ele afirmou que manteve com a Odebrecht apenas relações institucionais. O governador licenciado Luiz Fernando Pezão não quis comentar, por não detalhes do que está sendo citado nos acordos de delação.

O governador Geraldo Alckmin informou que todas as suas prestações de contas das campanhas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. “À frente do governo de São Paulo, Geraldo Alckmin sempre pautou suas ações de forma estritamente profissional na defesa do interesse público com empresários. Geraldo Alckmin não mantém e jamais manteve relações pessoais com executivos da empresa Odebrecht”.

O governador Pimentel disse, por meio de sua assessoria: “Não vamos comentar uma suposta delação que, se de fato ocorreu, está resguardada pelo sigilo judicial”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com as superdelações da Odebrecht e da OAS, será inevitável uma renovação da política brasileira. Como diz a Bíblia,muitos são chamados, mas poucos os escolhidos… (Mateus, 22,14). (C.N.)

Polícia abre inquérito para investigar morte de irmãos em Juiz de Fora

29/07/2016 11h36 - Atualizado em 29/07/2016 11h36

Do G1 Zona da Mata

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso dos irmãos, de 16 e 19 anos, que foram assassinados no Bairro Vila Ozanan, em Juiz de Fora, nessa quinta-feira (28). As vítimas morreram abraçadas após serem baleadas na cabeça. Um adolescente de 15 anos também foi baleado, mas sobreviveu.

O delegado responsável pelo caso, José Márcio de Almeida Lopes, disse em coletiva na manhã desta sexta-feira (29), que a perícia criminal já esteve no local e que um suspeito foi identificado. "Temos um suspeito e uma possível motivação do crime. Estamos trabalhando incessantemente neste caso e acreditamos que em breve vamos apresentar o autor do crime", afirmou.

O outro adolescente envolvido foi baleado nas nádegas e encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). A instituição de saúde informou ao G1 na manhã desta sexta que ele está na observação, estável e orientado.

Jovem é preso suspeito de extorquir ex-namorada em Juiz de Fora

29/07/2016 13h53 - Atualizado em 29/07/2016 13h53

Do G1 Zona da Mata

Um jovem de 28 anos foi preso suspeito de extorsão, tráfico e por instigar outra pessoa ao uso indevido de droga, em Juiz de Fora, nessa quinta-feira (28). A Polícia Civil chegou até ele após a ex-namorada, de 27 anos, denunciá-lo.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Angêla Fallet, a jovem procurou a polícia após ser ameaçada pelo suspeito. "Ele a extorquia sobre grave ameaça de divulgar fotos íntimas dela em redes sociais em troca de R$ 2.500", explicou. 

A delegada afirmou que eles tiveram um relacionamento amoroso por cerca de oito meses e, após o término, ele começou a extorqui-la. O suspeito pedia dinheiro e a obrigava a fazer uso de drogas e a ter relações sexuais com ele. Segundo a vítima, ele ameaçava ela e os familiares de morte e ficava enviando fotos com armas e drogas. A delegada infomou ainda que a jovem já havia solicitado medida protetiva contra ele, que ainda não foi concedida pela Justiça.

Nessa quinta, ela procurou a delegacia, mostrou a conversa em um aplicativo de celular e, sob orientação dos policiais, marcou um encontro com o ex-namorado, no Bairro Alto dos Passos, a fim de entregar a quantia exigida. No encontro, a Polícia Civil foi junto e prendeu o suspeito em flagrante.

Com ele, os policiais encontraram certa quantidade de cocaína, que ele exigia que a jovem ussasse antes de ter a relação sexual. Na casa dele, que fica no Bairro Jardim Glória, a polícia encontrou mais cocaína, o aparelho celular com as fotos da vítima e R$ 650 em dinheiro. Segundo a delegada, o jovem tem passagens por tráfico de droga.

TV Brasil vence Prêmio TAL na categoria Melhor Programa Jornalístico


29/07/2016 15h24
Brasília
Da Agência Brasil

O programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, venceu o Prêmio TAL na categoria Melhor Programa Jornalístico. Uma guerra sem herói, programa vencedor, mostra o problema da segurança pública no Brasil ao percorrer os locais de grandes chacinas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Pará.

As estatuetas La doncella de barro, do Prêmio TAL, foram entregues na noite de ontem (28) em cerimônia no Teatro Solis, em Montevidéu. O Prêmio TAL é promovido pela Televisión de América Latina (rede de Televisões Públicas e Culturais da América Latina) e DOCMontevideo (que é o Encontro de Documentários de Televisões Latino-americanas realizado em julho no Uruguai). O prêmio destaca as melhores produções de TVs públicas e culturais da América Latina.

Outros dois programas brasileiros contemplados foram: A Incrível Expedição ao Mundo Selvagem, de Arthur Pereira Ferreira, de 11 anos, como Melhor Unitário de Ficção; e Crescer sem Violência, na categoria Grande Destaque. Ambas as produções do Canal Futura.

Uma guerra sem herói

Em Uma guerra sem herói, a equipe do Caminhos da Reportagem visitou os locais das chacinas que ficaram conhecidas como Mães de Maio (São Paulo, 2006), a da Baixada Fluminense (Rio de Janeiro, 2005) e de Belém (2014). Foram ouvidas as versões de testemunhas, parentes das vítimas e forças de segurança.

"O prêmio vem num momento em que eleva a autoestima da tv pública brasileira, da equipe de São Paulo e de todos os integrantes do Núcleo de Programas Especiais da TV Brasil. Acho que o programa sensibilizou os jurados porque, mesmo se tratando de um assunto que já está sendo banalizado pela grande mídia e autoridades de segurança pública, conseguimos deixar que os personagens falassem de suas dores - tanto os parentes das vítimas quanto os policiais militares, expondo ao espectador os dois lados dessa guerra sem heróis", disse Bianca Vasconcellos, diretora do programa.

Esta é a 23ª premiação recebida pelo Caminhos da Reportagem, incluindo menções honrosas. Em maio, o programa venceu o Prêmio Petrobras de Jornalismo na categoria Nacional/Cultura – Reportagem de Televisão, com a produção As canções que você fez pra mim.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil