terça-feira, 19 de julho de 2016

Operadoras cumprem decisão judicial e bloqueiam WhatsApp

19/07/2016 14h24
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

As empresas já receberam a intimação judicial determinando o bloqueio do aplicativo WhatsApp - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As operadoras de telefonia celular já começaram a fazer no início da tarde de hoje (19) o bloqueio do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, cumprindo determinação da Justiça do Rio de Janeiro.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), as empresas já receberam a intimação judicial fixando o bloqueio do aplicativo e cumprirão a decisão da Justiça. Não foi estabelecido prazo para o retorno do serviço.

O bloqueio do WhatsApp foi decidido hoje (19) pela Justiça do Rio de Janeiro, por meio de uma decisão da juíza Daniella Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias.

De acordo com a Justiça, o WhatsApp descumpriu decisão judicial de interceptar mensagens trocadas pelo aplicativo de troca de mensagens em uma investigação criminal. Essa é a terceira vez que o WhatsApp é suspenso no país.

O Facebook, que é proprietário do aplicativo WhatsApp, alegou que não poderia cumprir a decisão porque as mensagens são criptografadas e, portanto, não acessíveis. Desde abril deste ano, o WhatsApp começou a adotar o recurso de segurança chamado criptografia de ponta-a-ponta.

O objetivo do sistema é criptografar (cifrar a mensagem para deixá-la impossível de ser lida quando armazenada) nas duas “pontas” (pessoas que estão conversando) da mensagem. O recurso permite que apenas a pessoa que envia e a que recebe a mensagem podem ler o que é enviado e ninguém mais, nem mesmo o WhatsApp.

No início de maio, a Justiça de Sergipe mandou bloquear o aplicativo por 72 horas, porque a empresa não forneceu mensagens relacionadas a uma investigação sobre tráfico de drogas. O WhatsApp entrou com pedido de reconsideração e o serviço foi restabelecido cerca de 24 horas depois do início do bloqueio.

Antes disso, o aplicativo também já havia sido bloqueado em dezembro do ano passado. A determinação é que o serviço ficasse fora do ar por 48 horas, mas foi restabelecido em 12 horas por uma medida liminar.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Idoso é vítima de estupro em sítio na BR-267 em Juiz de Fora

19/07/2016 12h18 - Atualizado em 19/07/2016 12h18

Do G1 Zona da Mata

A Polícia Civil informou na manhã desta terça-feira (19) o estupro de um idoso de 64 anos em Juiz de Fora. A representação da vítima é aguardada para que as investigações prossigam. O crime teria ocorrido no último domingo (17), mas o idoso procurou a polícia nesta segunda-feira (18)para registrar a ocorrência.

De acordo com relatos à Polícia Militar (PM), a vítima foi ao sítio dele, na BR-267, para tratar dos animais, pois o caseiro estava em uma festa. Quando chegou ao portão do imóvel, foi abordado por dois suspeitos em um moto, encapuzados e simulando estarem armados. A dupla mandou que o idoso abrisse o portão e entrasse sem reagir.

Ainda segundo a vítima, no quintal os suspeitos o ameaçaram e abusaram sexualmente dele. O idoso contou que desmaiou duas vezes durante o ato, acordando pela segunda vez às 23h. Em seguida, trocou de roupa e olhou rapidamente a casa a fim de saber se a dupla havia roubado algo, mas notou que nem a porta do sítio eles abriram. Logo após, foi para casa.

A PM foi acionada na segunda-feira (18) pela manhã. A filha dele contou aos policiais que assim que ficou sabendo do crime levou o pai para o atendimento médico no Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde, segundo os militares, foi constatado o estupro e o idoso encaminhado ao setor de risco biológico para ser medicado. A vítima não apontou suspeitos.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

PGR ataca legalização de jogos de azar; instituto defende marco regulatório

14/07/2016 17h43
Brasília
Leandro Melito e Líria Jade - Repórteres do Portal EBC

Dois projetos sobre legalização de jogos de azar em tramitação no Congresso Nacional trouxeram à tona um tema polêmico que está cercado de posições contrárias e favoráveis à possível mudança da legislação. No duelo de argumentos, de um lado há quem defenda a hipótese de aumento de arrecadação e a transparência que a legalização proporcionaria. De outro lado, existe o temor de que o jogo geraria riscos de um novo espaço de vício e lavagem de dinheiro.

Dois projetos sobre a legalização de jogos de azar tramitam no Congresso Nacional - Divulgação/Senado Notícias

O Ministério Público Federal (MPF), por exemplo, é contrário à ampliação das modalidades de jogos consideradas legais. “A experiência do MPF é muito negativa na atuação contra essas organizações criminosas que exploram os jogos de azar hoje no Brasil”, disse o procurador da República Peterson de Paula, secretário de Relações Institucionais do MPF. “Os jogos criarão mais dificuldades para atuação do Poder Público, continuarão a praticar crimes e terão mais desenvoltura nesse trabalho." 

Já o Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL) defende a legalização e a criação de um marco regulatório para essas atividades em colaboração com os Poderes. “O Instituto Brasileiro Jogo Legal vê com ânimo e otimismo a iniciativa do Congresso Nacional em legalizar o jogo no Brasil apesar de a gente viver um atraso histórico de quase 75 anos nessa legislação”, disse o presidente da instituição, Magno José.

Responsável por estimular estudos e pesquisas sobre os jogos, o instituto estima que o jogo legal movimenta hoje no país cerca de R$ 14 bilhões enquanto o jogo ilegal movimenta em torno de R$ 20 bilhões. “Baseados nessas premissas de que o Brasil já tem jogo legal e tem jogo clandestino, nós entendemos que é oportuno que o Congresso Nacional crie uma lei para trazer esse mercado clandestino para a legalidade."
Duelo de argumentos:
Arrecadação

Procuradoria-Geral da República (PGR)

As modalidades em que se pretende ampliar a legalização são o videopoker, as máquinas de caça-níquel para bingos. A clientela que o segmento tem como foco pode ser públicos de "baixa e média renda". No entender da procuradoria, o jogo seria prejudicial porque atrairia pessoas que não têm economias. "Essas pessoas pegariam parte da renda que usariam no supermercado, no cinema, em roupa e vai transferir esse dinheiro para o jogo. Então, a tributação só muda de segmento", disse o procurador da República Peterson de Paula

Instituto do Jogo Legal (IJL)
A primeira vantagem de se ter o jogo legalizado é que se torna possível controlar e arrecadar com essa atividade. "Além disso, você vai ter geração de investimentos através da construção de cassinos, casas de bingo, entre outras atividades e também você vai ter oportunidade de gerar novos empregos e de regularizar empregos que existem hoje na clandestinidade", defende o jornalista Magno José.
Lavagem de dinheiro
PGR

Quando a indústria dos jogos na clandestinidade se fortalece, chega um momento que precisa ganhar a legalidade para ampliar os negócios. "O empresário que explora os jogos vai ter dificuldade de começar a justificar aqueles ganhos porque lava dinheiro em um lugar ou outro, mas isso cria problemas", afirma o procurador. "Com a legalização, ele ganha um espaço maior para lavagem de dinheiro. É um segmento que satura do ponto de vista da clandestinidade e precisa ganhar a luz do dia"

IJL
Lavar dinheiro em jogo é caro e arriscado, entende o instituto. Existiriam atividades prestadoras de serviços em que o ‘lavador’ pagará apenas 16,33% em tributos Federal e municipal. "A legislação brasileira obriga que prêmios acima de R$ 10 mil sejam informados pelos operadores de jogos e loterias ao Conselho de Controle de Operações Financeiras – COAF, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e responsável pela fiscalização sobre lavagem de capitais no país, além da tributação de 27,5% de Imposto de Renda sobre o prêmio".

Vício
PGR
Nos Estados Unidos, Europa, o jogo traz o "ludopata", o sujeito que não consegue controlar esse vício. O Sistema Único de Saúde não teria condições de cuidar dessas pessoas doentes. "Hoje, o SUS tem dificuldade de cuidar do próprio viciado em drogas. Os centros de atendimento especializados não se estruturam no nosso país", afirma Peterson de Paula. "Custa crer que esse novo impacto no nosso sistema de saúde teria uma resposta adequada".

IJL
Quando se traz o jogo pra legalidade, torna-se possível controlar a operação do jogo. "Você passa a ter informações precisas para poder estabelecer qual a quantidade de jogadores patológicos". Para o instituto, as políticas públicas poderão minimizar o impacto desse problema. "Poderão ser criadas também campanhas educativas para minimizar o impacto do jogo".

Edição: Luiz Claudio Ferreira
Agência Brasil

Cidadãos poderão denunciar caixa 2 e compra de votos em aplicativo da OAB

14/07/2016 17h24
Rio de Janeiro
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil

Eleitores poderão denunciar compra de votos, suspeitas de caixa 2 e outras irregularidades eleitorais por meio de um aplicativo de celular. O instrumento é uma das medidas do Comitê de Combate ao Caixa 2 nas eleições de 2016, lançado hoje (14) na Ordem dos Advogados do Brasil/Seção Rio de Janeiro (OAB/RJ) para ajudar o cidadão a acompanhar mais ativamente o processo eleitoral e a legalidade dos recursos e gastos de cada candidato.

O aplicativo Contra o Caixa 2 pode ser baixado gratuitamente para telefones com sistemas operacionais Android ou iOS. Desenvolvido pela empresa do vice-presidente da OAB/Montes Claro, Hebert Alcântara, o aplicativo possibilita colher e armazenas provas documentais e encaminhá-las à ouvidoria da OAB, que a partir dos dados fornecidos, vai analisar as provas e decidir sobre o oferecimento ou não de denúncia.

“Toda seção tem um comitê físico de recebimento de denúncia. Este comitê recebe as denúncias, faz a análise e a triagem e, caso julgue procedente, encaminha as denúncias para os órgãos competentes para dar prosseguimento a elas”, disse Alcântara.

OAB do Rio lança comitê contra caixa 2 nas eleições de 2016 
Nielmar de Oliveira/Agência Brasil

Segundo ele, como muitas pessoas têm dificuldade de chegar pessoalmente aos comitês da OAB ou têm medo de fazer as denúncias temendo represálias, o aplicativo oferece a alternativa de que as denúncias sejam feitas de forma anônima.

“Além de garantir o anonimato, o aplicativo facilita e aproxima o cidadão dos órgãos envolvidos com a lisura do processo eleitoral, sendo uma ponte entre ele e a OAB.”

A empresa de Alcântara está desenvolvendo um aplicativo nos mesmos moldes para fiscalizar a fraudes na atividade pública em geral, como desvio de recursos, abuso de poder, superfaturamento e outras irregularidades.

Caixa 2

No Rio de Janeiro, a ação contra irregularidades eleitorais conta com o apoio das 63 unidades reginais da OAB no estado. O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, Antônio Jayme Boente, além de outras autoridades da Justiça Eleitoral, do Ministério Público e da Procuradoria-Geral da República participaram do lançamento nesta quinta-feira.

“A iniciativa cria, a partir da utilização do aplicativo, e a partição do MP e do TRE, uma grande rede na advocacia possibilitando um processo mais eficaz de acompanhamento do processo eleitoral para que as regras sejam efetivamente respeitadas e o Brasil não tenha que passar pelo que está passando hoje” disse Santa Cruz.

Segundo o presidente da OAB/RJ, a campanha também busca conscientizar a população sobre condutas irregulares no processo eleitoral. “A OAB obteve, no ano passado, importante vitória no STF [Supremo Tribunal Federal] ao proibir o financiamento de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais. Agora, o objetivo é ampliar a vigilância cívica e orientar todos nós, da sociedade civil, sobre o valor do voto.”

Santa Cruz disse também que coibir o caixa 2 é necessário para reduzir a “influência do dinheiro” nas eleições. “Basicamente, o dinheiro é que desequilibra uma eleição. Se um candidato tem milhões e o outro não, eles não estão competindo em igualdades de condições. E um dinheiro declarado tem regras. Pode até ser que um candidato tenha mais recursos que o outro, porque representa um grupo maior da sociedade, agora é preciso que isto esteja declarado, dentro da prestação de contas e que seja fiscalizado pela sociedade”, analisou.

“O caixa 2 nada mais é que o dinheiro ilegal que abastece campanhas em troca de favores mais á frente. Nós pretendemos, com esta iniciativa, fiscalizar tudo que seja destoante. É preciso afirmar para a sociedade que um modelo eleitoral feito de forma descuidada ou ilegal vai desembocar em uma política com mais corrupção”, completou o advogado.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Após protesto, Força Nacional na Rio 2016 terá 150% de reajuste na diária

14/07/2016 19h04
Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

Após protesto de agentes da Força Nacional de Segurança que estão no Rio para a Olimpíada por falta de diárias e más condições de alojamento, o Ministério da Justiça informou hoje (14) que reajustará as diárias dos convocados para a Rio 2016 em 150%, de R$220 para R$550.

O anúncio foi feito dois dias depois de uma manifestação de agentes que estão alojados em um condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, em Jacarepaguá, zona oeste. Eles protestaram contra o atraso no pagamento de diárias, as extensas escalas de trabalho e más condições dos apartamentos. Em imagens espalhadas nas redes sociais, os agentes denunciaram a falta de camas, fogões e chuveiros, entre outros problemas.


Foto publicada pelos agentes nas redes sociais mostra colchões no chão porque não há camas - Imagem retirada do Facebook

Segundo o ministério, as diárias estão sendo pagas normalmente e os casos em que houve atraso representam cerca de 5% do efetivo devido a erros de preenchimento de documentação pelos colaboradores, mas já estão sendo corrigidos.

A pasta informou que os policiais e bombeiros a serviço da Força Nacional têm o transporte para Rio de Janeiro e manutenção na cidade cobertos, inclusive com previsão de “diárias majoradas”. As diárias servem para custear alimentação, alojamento e transporte dos profissionais, cujos salários continuam sendo pagos pelas corporações de seus estados de origem.

Ainda segundo o Ministério da Justiça, beliches chegaram hoje aos apartamentos. Os agentes também receberão novos lotes de fardas e o efetivo será aumentado, com a chegada de mais de mil profissionais, otimizando assim as escalas de serviço

No protesto, os agentes da Força Nacional também reclamaram da falta de segurança na região do condomínio, controlada pela milícia. Esta manhã, agentes da Delegacia de Repressão às Ações do Crime fizeram operações de rotina de combate a grupos paramilitares na região.

Mais de 3 mil servidores da Força Nacional estão no Rio desde o dia 5 de junho para atuar na segurança da Rio 2016, que começam no dia 5 de agosto. Mais 3 mil serão requisitados até lá.

Amanhã (15), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, acompanhará um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) de Brasília ao Rio de Janeiro, com cerca de 200 militares que farão parte do esquema de segurança dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Homicídio na Avenida Brasil em JF

Cineasta Hector Babenco morre após parada cardíaca

14/07/2016 10h22
São Paulo
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil
Com o filme O Beijo da Mulher-Aranha, o cineasta Hector Babenco conseguiu ser indicado ao Oscar de melhor diretor - Arquivo/Agência Brasil

O cineasta argentino Hector Babenco, de 70 anos, morreu por volta das 22h50 de ontem (13), vítima de uma parada cardíaca. Ele havia sido internado na terça-feira (12), no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo. Entre os filmes mais famosos de Babenco estão Pixote, Carandiru e O Beijo da Mulher-Aranha.

Com o filme O Beijo da Mulher-Aranha, de 1985, o cineasta conseguiu ser indicado ao Oscar de melhor diretor. Com Carandiru, Babenco ganhou vários prêmios dedicados ao setor no Brasil e no Exterior. O filme foi baseado no livro Estação Carandiru, do médico Drauzio Varella. A publicação aborda a rotina dos encarcerados na extinta unidade prisional, que ficava na zona norte da cidade de São Paulo. No local, em 2 de outubro de 1992, ocorreu a ação policial que resultou em 111 mortes e ficou conhecido como Massacre do Carandiru.

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil

* Será velado amanhã (15), das 10h às 15h, no prédio da Cinemateca Brasileira, na Vila Clementino, zona sul da cidade. Segundo a produtora do cineasta HB Filmes, a cerimônia será aberta ao público e depois o corpo seguirá para o Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, ao sul da Grande São Paulo.

Milícia impõe regras à Força Nacional no Rio

14/07/16 06:00

Militar da Força Nacional com um galão de água mineral no conjunto habitacional onde estão alojados na Zona Oeste do Rio 
Foto: Roberto Moreyra / Roberto Moreyra//Extra/Agência O Globo

Marcos Nunes e Flavia Junqueira

Os agentes da Força Nacional que participarão do esquema de segurança da Olimpíada — um aparato que prevê o combate a ações criminosas e até a terroristas — estão tendo de se submeter às ordens da milícia na Zona Oeste do Rio. Segundo agentes denunciaram ao EXTRA, os 3.500 PMs, policiais civis e bombeiros de vários estados do Brasil não podem circular armados pela Gardênia Azul e foram impedidos até de instalar internet nos apartamentos onde estão alojados, no condomínio Vila Carioca, do “Minha casa, minha vida”, no bairro do Anil.

Homens da Força Nacional estão impedidos de andar com a identidade policial na área da milícia 
Foto: Roberto Moreyra / Roberto Moreyra/Extra/Agência O Globo

Como a milícia explora o sinal a cabo na região e, de acordo com os agentes, as operadoras de internet fixa são impedidas de atuar na área pelos paramilitares, a saída é que cada policial use a própria internet móvel, pagando do próprio bolso.

O Ministério da Justiça informou, por meio de nota, que vai apurar as informações e encaminhá-las à Polícia Federal, à Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Força Nacional 
Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo

O Vila Carioca, ainda não inaugurado, começou a ser ocupado pela Força Nacional em maio. Os agentes que concordaram em conversar com o EXTRA, sob a condição de anonimato, estão no Rio há cerca de 15 dias. Contam ter recebido as orientações sobre as restrições impostas pela milícia de seus coordenadores — policiais militares, policiais civis e bombeiros têm coordenações separadas — dentro do próprio conjunto habitacional, assim que os grupos chegavam ao Vila Carioca. As determinações eram passadas sempre a grupos de poucos agentes por vez.

— A gente já cansou de ver gente armada na Gardênia — contou um dos militares da Força Nacional.

Além da arma, a orientação aos agentes é que não andem com a identidade policial. Segundo dizem os agentes, a Gardênia Azul é uma “área branca”, ou seja, sem risco para os policiais, já que estão levando lucro para a comunidade ao comprar produtos. O atraso no pagamento de diárias, as escalas de trabalho as más condições de alojamento levaram agentes a fazerem, nesta terça-feira, um panelaço dentro do condomínio. Eles ameaçam deixar o Rio e voltar para seus estados de origem. Mais de 700 policiais participaram de uma reunião com o comando da Força Nacional no Rio, pedindo mudanças.

Não é só a banda larga que tem de sair do salário de cada agente. Como os apartamentos foram disponibilizados sem mobília para servir de alojamento, os policiais e bombeiros fizeram “vaquinhas” para equipar as residências . Foram gastos aproximadamente R$ 3,2 mil por apartamento para instalar lâmpadas, televisores , geladeiras e beliches .

Na foto, o interior de um dos apartamentos onde policiais têm apenas um beliche 

São seis agentes por cada um dos apartamentos, distribuídos em cinco blocos do conjunto habitacional. Para comprar uma televisão de 14 polegadas, um dos militares contou ter pago R$ 600.

Já as geladeiras foram alugadas, em média a R$ 650 cada. Segundo os militares, não há água potável no conjunto habitacional.

— Estou aqui há 15 dias e já comprei mais de quatro galões. Fora isso já gastei com lâmpada até chuveiro. Pior é que minha diária ainda não saiu — disse um militar, que pediu para não ter seu nome divulgado.

A falta de estrutura virou sinônimo de lucro para os ambulantes da Gardênia. Ontem, uma Kombi e um caminhão venderam quase todo estoque de água mineral na porta do conjunto.

— Vendo 80 galões de água mineral por dia. Cada um sai por R$ 5 — disse um comerciante, que pediu para não ter seu nome divulgado

O Ministério da Justiça e Cidadania afirmou que “não existe tolerância com atividades criminosas” e que irá apurar a denúncia de que milícias estão interferindo no trabalho da Força Nacional.

Na foto, cama improvisada em outro apartamento ocupado pelos militares
 Foto: reprodução

O ministério informou que a estrutura de segurança das instalações olímpicas está Garantida, assim como as diárias dos profissionais da Força Nacional que atuarão nos jogos .Se houver necessidade, afirmou o ministério, já existem 4.500 policiais inativos inscritos que podem ser aproveitados na Olimpíada.

Sobre as apertadas escala de serviço, o secretário de segurança para grandes eventos, delegado Andrei Augusto, disse ao "RJTV", da Rede Globo, que elas serão revistas.

http://extra.globo.com/casos-de-policia/milicia-impoe-regras-forca-nacional-no-rio-19707975.html

David Luiz faz gol contra bizarro

Da Redação
13 jul 2016, 15h34 - Atualizado em 13 jul 2016, 17h59
David Luiz jogou com o cabelo preso no primeiro amistoso do PSG na temporada (Dominic Ebenbichler/Reuters)

O zagueiro David Luiz, que terminou a última temporada em baixa e na reserva da seleção brasileira, mudou o penteado, mas segue em má fase. 
Nesta quarta-feira, o capitão do Paris Saint-Germain marcou um gol contra constrangedor em amistoso com a equipe inglesa West Bromwich, em Schladming, na Áustria. Logo no início da partida, David Luiz, que jogou com a vasta cabeleira presa, tentou cortar um cruzamento da direita e jogou a bola contra o próprio gol. Para sua sorte, o PSG venceu por 2 a 1, com gols de Adrien Rabiot e do brasileiro Lucas Moura.

http://veja.abril.com.br/esporte/david-luiz-faz-gol-contra-bizarro/

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Pelo menos não foram canetas.

Conheça Rodrigo Maia, o novo presidente da Câmara

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ)


São Paulo – A Câmara dos Deputados elegeu na madrugada desta quinta-feira (14) o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o novo presidente da Casa. Eleito com 285 votos, o parlamentar ocupará a cadeira até fevereiro de 2017.

O deputado derrotou o representante do “centrão” Rogério Rosso (PSD-DF) em segundo turno. Desde o início, ambos eram cotados como favoritos. (Veja aqui como foi a sessão)

O novo presidente da Câmara é natural do Chile, tem 46 anos e é filho do ex-prefeito da capital fluminense, Cesar Maia (DEM-RJ). Em 1989, ingressou no curso de Economia na Universidade Cândido Mendes (UCAM), mas não concluiu o curso.

Em 1996, aos 26 anos, conquistou seu primeiro cargo público e se tornou o mais jovem Secretário de Governo da Prefeitura do Rio. Antes, foi funcionário dos bancos BMG e Icatu.

Seu início na política veio em 1998 ao ser eleito deputado federal pelo PFL. Foram mais de 96 mil votos.

Nessa época, foi um dos principais articuladores da refundação do partido, em processo que criou o DEM. Assumiu, portanto, como primeiro presidente nacional do partido, em 2007 — permaneceu no cargo até 2011.

Na Câmara, foi reeleito por três vezes consecutivas, nos pleitos de 2002, 2006 e 2010. Em 2012, o deputado tentou a sorte na disputa pela Prefeitura do Rio.

O resultado, porém, foi um vexame: com pouco mais de 95 mil eleitores ao seu lado, teve menos de 3% dos votos válidos. Voltou à Câmara em 2014, para seu quinto mandato em sequência.

Maia declarou ter R$ 736 mil em bens. Destacam-se dois imóveis como os mais valiosos: um apartamento em São Conrado (RJ) no valor de R$ 304 mil e outro em São Paulo (SP), de R$ 230 mil.

Sua campanha custou mais de R$ 2,3 milhões e foi financiada, majoritariamente, por doações do próprio pai (R$ 284 mil). Entram como doadoras também empresas como a JBS (R$ 100 mil) e banco BMG (R$ 550 mil), o mesmo acusado pelo Ministério Público de ter cometido gestão fraudulenta ao abastecer o mensalão.

Apesar de não ter pendências na Justiça, o deputado apareceu recentemente em investigação da Operação Lava Jato. De acordo com a revista Época, ele aparece em mensagens de celular trocadas com Léo Pinheiro, sócio da empreiteira OAS e amigo do ex-presidente Lula.

A suspeita é que a empreiteira pagou caixa 2 à campanha de 2014 do deputado.

Já sobre os Projetos de Lei (PL) criados pelo congressista, se sobressai o PL 5564/2013 que obriga a instalação de ar condicionado no metrô e nos ônibus. Segundo o texto, “estudos de medicina do trabalho comprovam que 45% de motoristas e cobradores sofrem com a vibração do motor dianteiro e o calor nos ônibus coletivos”.

Outro de destaque é o PL 7405/2014 que pede a redução da idade para o direito à gratuidade dos idosos nos ônibus de 65 para 60 anos.

Além das funções como deputado federal do Democratas, Maia atua como presidente da comissão especial da Câmara que discute a reforma política no Brasil.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/conheca-rodrigo-maia-o-novo-presidente-da-camara