sexta-feira, 24 de junho de 2016

Nestor Cerveró consegue ser libertado sem devolver a fortuna que usurpou

Cerveró só devolveu pequena parte da corrupção

Estelita Hass Carazzai
Folha

Preso na Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró deixa a cadeia nesta sexta-feira (dia 24), como parte de seu acordo de delação. Em um ano e meio de cárcere, Cerveró chegou a ser atendido pela emergência durante uma crise de ansiedade, e recebeu tratamento psiquiátrico. Em algumas fases, o ex-diretor chorava constantemente.

Nesta manhã, ele embarcou para o Rio de Janeiro, escoltado por dois policiais. Usará tornozeleira eletrônica e viverá num condomínio em Petrópolis, interior do Estado – um dos imóveis que lhe restou.

Seu advogado, Beno Brandão, diz que o cliente está “verdadeiramente arrependido”. “Até porque toda a família dele está pagando por isso.”

CASA E CHÁCARA – O ex-diretor teve que se desfazer de todos os seus imóveis, incluindo o apartamento onde vivia, em Ipanema. Devolveu R$ 825 mil, mais um milhão de libras e outros US$ 495 mil que estavam em offshores, além de 10 mil ações da Petrobras.

Agora, só sobrará a Cerveró, além da casa em Petrópolis, uma pequena chácara na região.

Ele passará um ano e meio em prisão domiciliar. Depois, mais dois anos em regime semiaberto diferenciado, um com tornozeleira e outro sem.

Cerveró ainda não tem planos para a vida pós-cadeia – a não ser continuar colaborando com a Justiça e prestar serviço comunitário, também parte do acordo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem da Folha está incompleta e dá a entender que Cerveró entregou praticamente todos os seus bens, mas isso não é verdade. Ele acumulou enorme patrimônio ilicitamente e devolveu apenas uma pequena parte. A Justiça precisa investigar aonde foi parar o resto do dinheiro surripiado da Petrobras. É isso que se espera. Cumprir apenas um ano e meio de cadeia e sair milionário será uma consagração para um criminoso desse porte e uma ofensa aos cidadãos de bem. (C.N.)

Dupla é detida suspeita de tráfico de drogas em Juiz de Fora

24/06/2016 11h20 - Atualizado em 24/06/2016 11h20

Do G1 Zona da Mata

Material foi arremessado por um dos suspeitos durante fuga 
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Um jovem de 23 anos e um homem de 31 foram detidos suspeitos de tráfico de drogas no Bairro Vitorino Braga na noite desta quinta-feira (23). Durante a ação, a Polícia Militar (PM) apreendeu uma arma de fogo, drogas, rádio transmissor, balança de precisão e dinheiro.

A polícia estava fazendo patrulhamento pelo bairro e viu o jovem ao passar pela Rua Garibaldi Campinhos. O suspeito correu pra dentro de uma casa e tentou fechar o portão.

Os militares o perseguiram e, enquanto ele subia a escada, jogou vários objetos no telhado da residência dos fundos. O jovem foi abordado pelos policiais no terceiro andar do imóvel, onde mora.

No telhado onde o suspeito jogou o material, os policiais encontraram um rádio transmissor na frequência da PM, um revólver calibre 38 com cinco munições intactas, três pacotes plásticos com porções de crack, 128 pedras de crack e R$ 2.150. Na casa do jovem, a PM localizou uma balança de precisão.

O homem de 31 anos também na região e confessou aos policiais que parte da droga era dele. A dupla foi encaminhada à delegacia e teve a prisão confirmada pelo delegado de plantão.

Dupla armada assalta lotérica e rende funcionários em Juiz de Fora

24/06/2016 12h03 - Atualizado em 24/06/2016 12h16

Do G1 Zona da Mata

Dois homens ainda não identificados assaltaram uma lotérica na Rua Halfeld, no Centro, em Juiz de Fora, na manhã desta sexta-feira (24). Segundo a Polícia Militar (PM), eles estavam armados e trancaram os funcionários no banheiro. A dupla arrombou oito caixas e o valor levado não foi divulgado pela polícia. 

Um funcionário de 45 anos abriu a lotérica, deixou a porta entreaberta e começou a fazer os trabalhos de rotina. Neste momento, os suspeitos entraram, fecharam a porta e anunciaram o assalto. Com as armas em punho, eles pediram para o funcionário entregar a chave do cofre e o ameaçaram de morte.

A vítima ainda relatou à PM que levou vários chutes na região da barriga e que foi trancado no banheiro depois de dizer aos assaltantes que a chave do cofre não ficava com ele. Quando os assaltantes começaram a arrombar os caixas, outra funcionária, de 63 anos, chegou à lotérica. Ela também foi trancada no banheiro.

Além do dinheiro, os criminosos levaram os celulares das vítimas. Ninguém foi preso até o momento.

Aluna denuncia assédio e agressão de professor da Odontologia da UFJF

24/06/2016 12h02 - Atualizado em 24/06/2016 12h02

Do G1 Zona da Mata
UFJF acompanha o caso e vai iniciar apuração
(Foto: Frederico Alvim/Divulgação)

Uma aluna de 23 anos denunciou que foi agredida e assediada por um professor de 61 anos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), ela relatou que foi agarrada e empurrada contra uma parede, ameaçada e xingada pelo professor após chamá-lo pelo nome durante uma aula nesta quinta-feira (23). O caso será apurado pela universidade e pela Polícia Civil.

Após ser acionada, a Polícia Militar (PM) foi à Faculdade de Odontologia, dentro do campus, e encontrou a universitária acompanhada dos pais, da ouvidora da UFJF e da direção da faculdade. A jovem relatou que a agressão e os xingamentos ocorreram no ambulatório do HU.

Em algum momento, ela teria chamado o professor pelo nome. Ele pediu que ela saísse da sala, onde estavam os outros alunos e foram até outra sala reservada, onde ele trancou a porta, agarrou-a pelos braços, forçou-a contra a parede e colocou o corpo bem próximo ao dela.

Segundo a aluna, ele disse que ela não poderia chamá-lo pelo nome e teria que mostrar respeito porque ela era uma "reles acadis" (acadêmica) e não poderia estar junto dos "docs" (doutores).

Após soltá-la, ela continuou na aula e o professor passou a ofendê-la dizendo que a universitária não se formaria no fim do ano porque não teria competência para passar em três disciplinas com ele.

A estudante contou aos policiais que, quando cursava o 5º período, teve aulas com o mesmo professor e, na época, ele começou a chamá-la de "tigresa" porque a viu com as unhas pintadas. Nesta época, o professor a teria chamado para uma sala, mandou que ela se sentasse e ficou encostando as pernas nela. Ele também pediu que ela mandasse fotos para uns slides, mas o BO não detalha de que seriam as imagens.

Segundo a universitária, desde então, ela sempre sofreu coação moral do professor, que a segura pelo braço, procura encostar os corpos e em um episódio tentou beijá-la no rosto, mas não conseguiu. A aluna disse ainda que o professor assedia outras estudantes e que teria pedido a uma aluna que ficasse de sutiã e jaleco. Segundo a universitária, ela não denunciou antes porque o professor dizia que ela não iria se formar.

De acordo com a PM, a direção da faculdade informou que o professor não estava em ambiente acadêmico no momento do registro da ocorrência e ele não foi encontrado para falar sobre a denúncia.

Geralmente, ocorrências no campus são encaminhadas para a Polícia Federal. No entanto, segundo informações do plantão da PF, este caso não passou pela corporação e foi direto para a Polícia Civil. A aluna foi orientada a procurar a delegacia para solicitar a sequência da apuração.

Acompanhamento do caso
Em nota, a Diretoria de Imagem Institucional da UFJF informou que a Ouvidoria Especializada da Diretoria de Ações Afirmativas, Vânia Bara, foi acionada, esteve na Faculdade de Odontologia, ouviu e acolheu a estudante e registrou as informações sobre o ocorrido. A Ouvidoria se colocou à disposição da família da aluna e dará início aos procedimentos administrativos relativos ao caso.

Uma reunião está sendo realizada com a vice-reitora Girlene Silva, a direção e a coordenação da Faculdade de Odontologia e a ouvidora Vânia Bara para avaliar o encaminhamento deste caso e o resultado será divulgado nesta tarde.

A Diretora de Combate às Opressões da Associação de Pós-Graduando (APG), Laiz Perrut Narendino destacou que a formalização da denúncia permite que o caso seja apurado. "É muito importante a estudante ter tido coragem de denunciar, porque isso ocorre todo dia. Vamos acompanhar os desdobramentos para mostrar que as garotas não precisam sofrer com medo, especialmente se algo for feito contra o professor", disse.

Laiz Perrut acredita que a nova administração dará o acompanhamento necessário para o caso. "Agora temos a Ouvidoria especializada, para receber denúncias deste tipo e espero que a nova administração trate a denúncia com a sensibilidade e o cuidado que merece", reforçou.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Tupi e Avaí jogam sábado no Estádio Radialista Mario Helênio

JUIZ DE FORA - 23/6/2016 - 13:34
Notícias de: SE

Nesse sábado, 25, o Estádio Municipal “Radialista Mário Helênio” recebe a partida entre Tupi e Avaí - SC, pela 12ª rodada do Brasileirão série B. O jogo acontece às 21 horas. A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), através da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), definiu o plano de ação em relação à partida, junto com os órgãos de defesa social municipais e estaduais e representantes do Carijó. Os ingressos serão vendidos a R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). As vendas serão na sede social do Tupi (Rua José Calil Ahouagi, 332, Centro); no ponto da Liga de Futebol de Juiz de Fora, no Calçadão da Rua Halfeld; e na Carijó Shop, no Santa Cruz Shopping, terceiro piso. Os portões do estádio serão abertos às 19 horas, no dia do jogo.

Ônibus
A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) disponibilizará cinco ônibus, que sairão do ponto em frente à Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), na Avenida Presidente Itamar Franco. A primeira viagem será às 18h30. O Pórtico 3 (Bairro Dom Orione) será destinado à entrada da torcida visitante.

Credenciamento de imprensa
Os pedidos serão recebidos e avaliados por membros da SEL e das associações Mineira de Cronistas Esportivos (Amce), dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc) e demais entidades nacionais reconhecidas por lei. Somente a solicitação não dará direito automático à credencial. Os profissionais que estiverem aptos a trabalhar na partida serão informados pela SEL. A Secretaria de Esporte e Lazer garante apenas o acesso dos profissionais de comunicação às cabines de transmissão de TV e rádio. Já os profissionais que necessitarem de acesso ao campo de futebol para fazer a cobertura deverão entrar em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Cronograma de credenciamento
Até sexta-feira, 24: recebimento das solicitações de credenciamento pelo e-mail esporte.imprensapjf@gmail.com, devendo o responsável informar nome dos profissionais, números das carteiras (Amce, Associação Brasileira de Cronistas Esportivos - Abrace e Arfoc e de identidade (RG) e da placa do veículo a ser utilizado (somente um carro para cada órgão de comunicação), desde que haja disponibilidade de vagas.

As empresas deverão pegar suas credenciais no portão principal do Estádio Municipal, no dia do jogo, a partir das 18 horas.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Esporte e Lazer pelo 3690-7829.
Portal PJF

Morte de sargento eleva para 49 número de policiais assassinados no Rio em 2016


23/06/2016 18h12
Rio de Janeiro
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

Mais um policial militar foi morto hoje (23) no Rio de Janeiro. A vítima é o sargento Ericson Gonçalves Rosário, 34 anos, que morreu em uma emboscada quando checava informação junto com colegas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Jacarezinho. Ericson era lotado na UPP Manguinhos e foi atacado por criminosos armados de fuzis, que estavam no telhado de uma fábrica, na localidade conhecida como Garganta. Desde o início do ano, 49 policiais já morreram.

De acordo com os comandos das unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Jacarezinho e Manguinhos, equipes dessas UPPs estavam checando denúncias quando, por volta das 11h desta quinta-feira, foram atacados por criminosos posicionados no telhado de uma fábrica. No confronto, um policial da UPP Manguinhos foi baleado e socorrido no Hospital Quinta D'or, em São Cristóvão, mas não resistiu aos ferimentos.

Honras
O sargento Ericson Gonçalves Rosário era casado e não tinha filhos. Ele estava na corporação há 14 anos. Um homem que estava próximo ao local também foi atingido e levado por policiais militares para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio.

O comandante-geral da PM, coronel Edson Duarte dos Santos Junior, determinou a realização de operação policial na comunidade do Jacarezinho, com apoio do Comando de Operações Especiais (COE), por tempo indeterminado. O objetivo é capturar os homens que cometeram o crime contra o sargento. O policial será enterrado com todas as honras militares. Não há confirmação ainda sobre o local e hora do enterro do policial.

Terrorismo
Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame disse pelo twitter que o sargento Ericson foi vítima de um ato de terrorismo. Uma torpe emboscada sem chance de defesa. O que esses criminosos fazem nessas comunidades, onde se busca um projeto de paz, é criar a cultura do terror e do medo.

Policiais mortos
Desde o início do ano, 49 policiais militares e civis morreram, a maioria PMs. De um total de 216 baleados, 205 eram policiais militares, oito civis e três rodoviários federais. Entre os feridos, 77 foram atingidos em áreas com Unidade de Polícia Pacificadora.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Prazo de inscrições à 2ª Corrida da ADJF/PJF termina nesse domingo


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JUIZ DE FORA - 23/6/2016 - 17:53
Notícias de: SEL

No domingo, 3, às 8 horas, será realizada a 2ª Corrida da ADJF/PJF, com largada e chegada na sede do Tupynambás Futebol Clube, na Avenida Brasil - Bairro Poço Rico. O evento é organizado pela Associação Desportiva de Juiz de Fora (ADJF) e será a oitava prova válida pelo 30º Ranking de Corridas de Rua de Juiz de Fora, realizado pelo Departamento de Iniciação, Formação e Rendimento Esportivo da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).

O percurso terá caminhada de 3,2 quilômetros e corrida de 6,3 quilômetros (somente esta prova é válida para o ranking). A entrega dos kits será feita sábado, 2, das 10 às 18 horas, em local a ser definido. As inscrições poderão ser feitas nas lojas TerraBike (Rua Roberto de Barros, 200 – Centro), Terrabike Sports (Ladeira Alexandre Leonel, 211 - Spazio Design – Cascatinha), Independência Trade Hotel (Avenida Itamar Franco, 3080 - Cascatinha) e Victory Suítes (Oswaldo Aranha, 44 – São Mateus). As inscrições terminam no domingo,26.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da SEL pelo telefone 3690-7829.
Portal PJF

Bandos de ladrões (de casaca) assaltaram o Brasil de norte a sul



Charge do Junião (juniao.com.br)

Pedro do Coutto

Lendo a edição de quarta-feira de O Globo, passamos a ter, mais do que a impressão, a certeza de que, nos últimos anos bandos organizados de ladrões de casaca assaltaram nosso país de norte a sul, não escapando praticamente setor público algum. Esta perplexidade emerge especialmente das reportagens de Gabriela Valente, Paulo Celso Pereira, Chico Otávio e Juliana Castro, e de Isabel Braga, Letícia Fernandes e Maria Lima. Isso no primeiro caderno.

E no segundo caderno? Neste deparamos com o superproblema da proposta de recuperação judicial da OI, um rombo da ordem de 65 bilhões de reais afetando 2.980 cidades, pouco mais da metade dos 5 mil e 600 municípios brasileiros. A reportagem de Daniele Nogueira, Danilo Fariello, Glauce Cavalcanti, Júlia Cole, Ramona Ordonez e Renan Setti ilumina o panorama extremamente crítico da empresa com fortes reflexos no sistema nacional de telefonia fixa. O que está acontecendo com o Brasil?

TUDO DOMINADO – Bandos organizados, e também desorganizados, tomaram de assalto a economia pública do país. E explodiram a maior parte das pontes sobre as águas revoltas que separam a honestidade da desonestidade, causando prejuízos imensos, cuja recuperação vai demandar pelo menos duas décadas, com previu o ministro Henrique Meirelles em relação à retomada do desenvolvimento econômico e social.

A esfera social sofreu as consequências mais intensas, refletidas e represadas no profundamente negativo fenômeno do desemprego. Pois o dinheiro público, de fato, foi transferido dos legítimos interesses públicos para os bolsos dos ladrões, inclusive em contas instituídas de forma disfarçada em bancos no exterior e trustes operados por fundos financeiros.

CONCENTRAÇÃO DE RENDA – Um dos resultados desse verdadeiro assalto em série foi o de ter fomentado e ampliado ao máximo a concentração de renda. E não para sua redistribuição prevista entre os valores cristãos.

Ao invés de respeitar esse princípio humanístico, ocorreu uma voragem avassaladora, comprometendo líderes políticos, chantagistas, intermediários eternos ligados ao processo de poder, uma subtração direta e indireta dos recursos públicos. Por esse caminho, explica-se bem a falta de atendimento no campo da saúde pública, a falta de repasses financeiros legalmente previstos à educação, as lacunas de sempre na segurança pública.

Para se dimensionar bem a gravidade do sistema corrupto, basta dizer que, no primeiro plano, a vida humana depende da saúde, da segurança, do saneamento básico e da educação.

OUTROS VALORES – O conjunto essencial desses valores foi substituído pela fraude, pela extorsão, pela conivência do crime continuado. Tem-se a impressão, como passam as reportagens de O Globo de quarta-feira, que não se adquire nada nos serviços públicos sem que deixe de ser acrescentada a importância chamada “o por fora”.

Da mesma forma não se contrata obra alguma, seja de que dimensão for, sem que comissões que irrigam os canais da corrupção sejam pagas a alguns e, portanto, cobradas da sociedade brasileira como um todo.

FACES OCULTAS – Os ladrões, até a Operação Lava-Jato, tinham suas faces ocultas e seus nomes não apareciam nos jornais, revistas, emissoras de televisão. Agora, com suas identidades reveladas, passaram a ser reconhecidos pela opinião pública. Suspeitas de ontem transformaram-se nas certezas de hoje.

Um avanço, sem dúvida. Uma forma de estancar milhares de novos roubos. Mas os totais roubados dificilmente poderão ser reembolsados. Milhares de ladrões, infelizmente, saquearam 204 milhões de pessoas. Pois esta é a população brasileira que precisa recuperar, pelo menos a esperança.

Posted in P. Coutto

Sem redução da obesidade estatal, a economia caminha para um colapso



Charge do Genildo (genildoronchi.blogspot.com)

Wagner Pires

Não há débito sem crédito nem crédito sem débito, já dizia o frei Luca Pacioli, matemático italiano, considerado pai da contabilidade moderna. Para toda origem de recursos temos o mesmo correspondente em aplicação desses recursos, e vice-versa. A origem de recursos é a criação de riquezas que a iniciativa privada (empresas e trabalhadores) promove. E na aplicação de recursos, o correspondente a 35,42% do PIB está sendo para a manutenção desse estado obeso e ineficiente, fator impeditivo do desenvolvimento do país.

O Estado tornou-se tão grande que está promovendo uma verdadeira sucção destrutiva de capital do setor privado (empresas e trabalhadores), destruindo fatores produtivos e levando a economia à recessão com inflação. Um absurdo!

FREIO DE ARRUMAÇÃO – Ou se promove um freio de arrumação agora, com o corte visceral de gastos, diminuindo o tamanho do Estado, ou essa situação, devido ao desequilíbrio fiscal, vai nos manter sem perspectiva de crescimento econômico e de melhoria das condições de vida da população.

Veja-se que não há outras opções para o governo resolver o problema do país, porque desde 2014 o governo está apresentando déficit primário, isto é, suas despesas são maiores do que as receitas.

Ora, se as receitas são menores do que as despesas, como o governo está pagando as suas dívidas, se não está imprimindo dinheiro para isso?

Simples, o governo está emitindo títulos em troca de empréstimos bancários para se financiar, isto é, o governo está se financiando através do irresponsável aumento da dívida pública.

TRAJETÓRIA EXPLOSIVA – A dívida pública está em uma trajetória explosiva e insustentável, crescendo sem parar de maneira cíclica. E isso está ocorrendo também em vários estados, como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul.

Portanto, é necessário promover um corte expressivo na máquina estatal, de modo a limitar os gastos, no máximo, ao montante das receitas.

Por isso, o governo Temer foi obrigado a reconhecer o tamanho do déficit primário que irá impactar o exercício de 2016, de modo a permitir a expansão das despesas, sem incorrer na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e sem contrariar a Lei Orçamentária Anual (LOA).

BONDE ANDANDO – Temos de reconhecer que não é culpa do Temer, que assumiu o país já na metade do exercício de 2016. Pegou o bonde andando.

A respeito de seu governo, temos que formar um juízo daqui por diante. O que está ficando cada vez mais claro para o brasileiro, é que o maior problema do país, o problema fiscal, é gerado pela classe política – que não quer largar o osso e ameaça levar o Brasil até à bancarrota, isto é, até às últimas consequências.

Ou o brasileiro acorda e revoluciona isso, destruindo o intuito deletério dessa classe política que não representa os do país, ou os políticos vão colocar fogo no que resta do Brasil.

O que tem de ficar claro para todos nós é que não há saída para o Brasil se não houver ajuste fiscal sustentado no corte de gastos do governo, e que, para isso, o governo tem de diminuir o tamanho da máquina pública.

REFORMAS VITAIS – Não há saída para o país se não houver reforma tributária que retire de sobre o setor privado esse tremendo peso financeiro e burocrático que o Estado exerce sobre o setor.

Não há saída sem a reforma da previdência, sem a reforma trabalhista, devolvendo ao setor privado a condição de aumentar a produtividade e a competitividade. Fato capaz de permitir ao país criar economia de escala e abrir suas fronteiras com acordos bilaterais e multilaterais, colocando o Brasil em condições de competir, com seus produtos, no mercado externo, de modo a expandir seu mercado consumidor.

Depois de tudo isso feito, poderemos adotar o regime de câmbio fixo, sedimentando equilíbrio monetário, fiscal, cambial e de renda na economia brasileira.

Sem nada disso for feito, não haverá solução para o Brasil.

Após prisão do marido, Gleisi Hoffmann não comparece à Comissão do Impeachment

23/06/2016 12h50
Brasília
Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil


Brasília - Os senadores Lindberg Farias (E), Vanessa Grazziotin e Gleisi Hoffmann falam sobre o processo de impeachment 
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A prisão do ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo na manhã de hoje (23) atingiu o núcleo de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff na Comissão Processante do Impeachment do Senado.

Em fase de oitiva de testemunhas de defesa, a comissão abriu a sessão desta quinta-feira sem a presença da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), esposa de Paulo Bernardo e integrante da linha de frente da defesa de Dilma na comissão, ao lado de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

“Hoje a senadora não vem, ela está em casa com os filhos”, confirmou Lindbergh. “Mas com certeza estará aqui amanhã, estará aqui na próxima semana e vai continuar participando da comissão da mesma forma”, acrescentou ele.

O senador petista questionou sobre possíveis motivações políticas no fato de a operação ter sido deflagrada no momento atual, em que o Senado julga o impeachment de Dilma, mas buscou negar que isso vá afetar a defesa da presidenta afastada. “Se acham que nós vamos mudar nossa posição aqui na Comissão do Impeachment estão enganados.”

Para o senador José Medeiros (PSD-MT), que integra o bloco que faz oposição a Dilma na comissão, a prisão de Paulo Bernardo terá grande influência no julgamento da presidenta afastada.

“Tenho em mente que isso encurta essa caminhada do impeachment. Vejo que isso tem um impacto direto nessas discussões”, disse Medeiros sobre a prisão de Bernardo. “Um fato dessa magnitude, ele impacta aqui no juízo de valor, no livre convencimento dos senadores que estão na comissão”

Nesta manhã, os senadores questionaram o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Lozi da Rocha, uma das testemunhas de defesa de Dilma. Neste momento, a ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck, presta seu testemunho aos parlamentares.

Operação Custo Brasil

A Operação Custo Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato e investiga um esquema de pagamento de propina de mais de R$ 100 milhões para diversos funcionários públicos e agentes políticos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre os anos de 2010 e 2015. O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso em Brasília e será levado para São Paulo.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil