quinta-feira, 14 de abril de 2016

Adolescente é apreendido após trocar tiros com a PM em Juiz de Fora

14/04/2016 17h42 - Atualizado em 14/04/2016 17h42

Do G1 Zona da Mata

Um adolescente de 17 anos foi apreendido após trocar tiros com a Polícia Militar (PM), no Bairro Vila Esperança, em Juiz de Fora. A ocorrência foi registrada nesta quinta-feira (14). De acordo com informações da PM, ele foi visto com uma arma na cintura durante um patrulhamento feito no local.

Ao perceber que seria abordado, o suspeito sacou a arma e fugiu a pé, sendo seguido por dois policiais. Durante a perseguição, ele apontou a arma e tentou atirar contra os PMs, mas não conseguiu. Os militares atiraram na direção do adolescente, que não foi atingido.

O adolescente só foi apreendido após entrar em uma casa e tentar se esconder debaixo de uma cama. Com ele foram encontrados uma quantia em dinheiro, um pacote de maconha e a arma usada, que foram apreendidos. A PM informou que ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Acreditem! Planalto discute hipótese de decretar estado de defesa! Chegou a nossa vez de dizer: “Não vai ter golpe!”

Por: Reinaldo Azevedo 13/04/2016 às 6:23

Prestes a perder a Presidência da República, parece que Dilma Rousseff pode também perder o juízo. E está com um problema grave: cerca-se de assessores que são piores do que ela própria, receita certa para o desastre, especialmente quando não se é, assim, um Schopenhauer da política, e as ideias são mais curtas do que o cabelo. O Palácio do Planalto — Dilma e seu entorno — passou a debater a ideia de decretar, pasmem!, estado de defesa contra o que chama “golpe”. A hipótese — que tanto eu como Demétrio Magnoli tratamos com ironia —, acreditem!, passou a ser debatida com a seriedade possível pelos “companheiros”.

E isso não é um falso alarme! Os feiticeiros estão operando!

É coisa de celerados. Mas atenção! Até esse “estado de defesa” seria um truque. Explicarei tudo. Antes, vamos ver em que ele consiste.

A medida, que é executada pelas Forças Armadas, está prevista no Artigo 136 da Constituição. Transcrevo trechos:
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.”

Contam-se entre as medidas do estado de defesa:
restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

E, ora vejam, podem se realizar prisões por crimes contra o estado, respeitadas algumas disposições.

Cumpre lembrar que, decretado o estado de defesa, o presidente tem 24 horas para submeter o ato, com a devida justificativa, ao Congresso, que deve examiná-lo em até dez dias. Se o decreto for recusado, fim de papo. Não há estado de defesa.

Então vamos ver
Hoje, enquanto escrevo, o governo avalia que vai perder a batalha do impeachment. Os petistas sabem que não será o Senado a segurar Dilma.

A presidente, seus assessores e o comando do PT querem dar verossimilhança à farsa que inventaram, segundo a qual está em curso um golpe no Brasil. Para tanto, é preciso fabricar o “fator militar”, que inexiste.

Fator militar
Falemos dele. As Forças Armadas já fizeram saber a quantos interlocutores buscaram a sua opinião que se manterão no estrito cumprimento da Constituição. Segundo o Artigo 142, elas se destinam “à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Mas, para tanto, é preciso que a lei e a ordem — as da Constituição, não aquelas emanadas da vontade ou do chilique do governo de turno — estejam sob ameaça. E, obviamente, não é o caso.

Não será obedecida
Se Dilma chamasse hoje os militares para ir às ruas para reprimir brasileiros pacíficos, creio que eles não a obedeceriam, não é mesmo? Caso obedecessem, seria o Congresso a recusar o decreto. Em qualquer das duas hipóteses, a presidente ficaria falando sozinha.

E aí está o busílis. O PT decidiu que não vai apear do poder segundo, vamos dizer, a normalidade burocrática para o caso. É preciso criar um ritual traumático que caracterize, então, o golpe que nunca existiu. Se, para tanto, for preciso criar agitação nos quartéis, por que não?

E notem que essa perspectiva não se dá apenas na possibilidade de Dilma decretar o estado de defesa, mas de, eventualmente, o próprio Temer, na Presidência, precisar recorrer a tal instrumento se as esquerdas cumprirem a ameaça: ou não estão dizendo por aí que, se Dilma for deposta por impeachment, seu sucessor não governa?

O próprio advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, chamou o eventual governo Temer de “ilegítimo”. Afrontando a Constituição e a Lei da Improbidade Administrativa (8.429), Dilma chama o vice abertamente de golpista, dentro do Palácio do Planalto, cercada por seus acólitos.

Os que se alinham com a defesa da Constituição, do estado de direito e da democracia têm de repudiar de pronto essas armações.

Os petistas perderam completamente o juízo e agora investem no confronto para criar a mímica de um golpe que não existe nem existirá. E isso, sim, é golpismo escancarado.

Chegou a nossa vez de dizer aos petistas: “Não vai ter golpe”.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/acreditem-planalto-discute-hipotese-de-decretar-estado-de-defesa-chegou-a-nossa-vez-de-dizer-nao-vai-ter-golpe/

Juiz de Fora registra pior epidemia de dengue dos últimos seis anos

13/04/2016 12h50 - Atualizado em 13/04/2016 12h50

Do G1 Zona da Mata

Carros do fumacê devem passar em oito bairros nesta quarta 
(Foto: Reprodução/ TV Integração)

Com mais 1.090 casos prováveis de dengue, Juiz de Fora superou a pior epidemia registrada na cidade. Em 2016, já foram contabilizados 9.633 notificações e nove mortes por causa de dengue grave, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira (12). Até então, segundo dados da Prefeitura, o pior ano havia sido 2010, quando houve 9.441 casos e 17 mortes.

Além disso, aumentou para nove óbitos em investigação em 2016. O caso incluído foi o de uma idosa de 88 anos que morreu no domingo (10). No atestado constam como causas dengue e miocardiopatia dilatada. A nomenclatura dengue grave foi indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e engloba as mortes por complicações causadas pela doença, hemorragia ou a síndrome do choque da dengue.

Ainda segundo a Secretaria Municipal de Saúde, subiram para quatro os casos de febre chikungunya na cidade. Três diagnósticos foram confirmados, sendo dois importados de Cabo Frio e um que a pessoa contraiu em Juiz de Fora. O primeiro caso, também importado, foi diagnosticado em janeiro.

Casos de dengue confirmados em Juiz de Fora2016 - 9.633 (até 12/04)
2015 - 5.118 c
2014 - 1.035
2013 - 5.905
2012 - 239
2011 - 2.911
2010 - 9.441
2009 - 470
2008 - 1.030
2007 - 613
2006 - 33


Sobre o vírus da zika, permanecem quatro casos de gestantes diagnosticadas neste ano. Juiz de Fora está em situação de emergência para doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti desde janeiro.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, confirmou que é o ano com o maior número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegytpi. De acordo com ele, a epidemia apresenta características de estabilização.

"É uma epidemia de grandes proporções em todo o país. Na cidade, pela terceira semana, manteve o padrão de número novos de casos. Não subiu, mas ainda não podemos comemorar porque ainda há notificações chegando", destacou.

Ele explicou que as 1.090 novas notificações entre os boletins dos dias 5 e 12 de abril englobam também registros mais antigos. "Nesta semana, foram incluídos casos da primeira quinzena de março, que só foram comunicados agora tanto pelas redes pública e particular e os registros das duas últimas semanas", disse Rodrigo Almeida.

Combate aos focos do mosquito
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, as notificações reforçam a percepção de que a maior parte dos focos está dentro das casas. "Recebemos muitas notificações envolvendo bebês e idosos, que são uma parcela da população que tende a passar muito tempo dentro das casas. Isso reforça o pedido para que as pessoas tirem um tempo e façam a vistoria e a limpeza para eliminar os potenciais lugares que podem servir como criadouros do mosquito", analisou.

Rodrigo Almeida disse que as ações medidas continuam em andamento, com o fumacê, as vistorias dos agentes de endemias e os trabalhos específicos para retirada dos entulhos. E que os dados reforçam a importância da manutenção de parte desta estrutura montada para lidar com a epidemia, que diferentes secretarias e setores, além da Saúde, para agir de forma preventiva.

"Estamos analisando a transformação do Comitê Municipal de Enfrentamento em um setor permanente para a sequência da logística para prevenir a doença. Reestruturamos e ampliamos o trabalho de campo, a sala de operações dá resposta mais rápidas às demandas da população e também o mapeamento dos locais prioritários para ações", comentou.

De acordo com a Secretaria de Saúde, até sexta-feira (8) foram realizados 8.490 atendimentos no Centro de Hidratação na Avenida dos Andradas e mais 2.612 no Centro de Hidratação na Unidade de Atenção Básica à Saúde, em Benfica, na zona Norte.

"Percebemos que a instalação dos centros de hidratação funcionou para realizar o trabalho de retaguarda social de atenção aos pacientes e amenizar o impacto na rede de saúde. Especialmente após o período mais crítico, que foi na transição de fevereiro para abril, quando tivemos um grande volumes de casos", comentou.

Fumacê e outras ações
Os carros fumacê continuam com a programação, após a retomada depois de quase uma semana parados pela falta de inseticida. Nesta quarta (13), eles passarão entre 17h e 21h nos bairros Três Moinhos, Bom Jardim, Borboleta, Santa Paula, Ladeira, Bom Sucesso, Jardim do Sol e Aracy. A programação atualizada para os próximos dias deve ser divulgada nesta quarta.

Está em andamento o mutirão realizado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) para retirada de entulhos que possam servir como foco para o mosquito da dengue. Nesta quarta, serão concluídos os trabalhos em bairros da Zona Norte e nos próximos dias, as equipes farão rescaldo na região.

Em seguida, o Demlurb vai iniciar o planejamento da próxima etapa, prevista para depois do feriado que ainda terá programação divulgada. Segundo a assessoria, entre 27 de janeiro e terça (12) foram recolhidos das ruas da cidade 5.202 mil toneladas de materiais que podem acumular água parada e servir como criadouro para o mosquito aedes aegypti.

Diário Oficial traz procedimentos para obtenção da Carta Minha Casa, Minha Vida


13/04/2016 10h05
Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

Famílias com renda bruta de até R$ 3,6 mil já podem obter a Carta Minha Casa, Minha Vida, que informa o valor do subsídio que será concedido e é apresentada ao banco para pedir o financiamento. O Diário Oficial da União publicou hoje (13) portaria do Ministério das Cidades sobre os procedimentos para a obtenção da carta.

O subsídio para financiamento é o valor oferecido pelo governo para reduzir a prestação de financiamento da casa própria. A carta é obtida pelas famílias proponentes de financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e é emitida no portal do programa.

De acordo com a portaria, a carta tem caráter informativo e é obrigatória a sua apresentação ao Banco do Brasil ou à Caixa Econômica Federal, juntamente com documento de identidade e comprovante de rendimento. Na portaria, o ministério alerta que outros documentos poderão ser solicitados pelos bancos e a concessão do subsídio estará sujeita à disponibilidade orçamentária e financeira. A validade do documento é de 90 dias.

O valor do subsídio é calculado a partir de informações prestadas pelo usuário do portal, relativas à renda familiar mensal bruta e à localização e ao valor do imóvel pretendido. Por isso, para a obtenção da carta é preciso já ter definido o imóvel que se pretende comprar.

O portal está acessível para simular em qual faixa de renda se encaixa o proponente e o valor do subsídio a que tem direito, desde o último dia 4, de acordo com o Ministério das Cidades. Para as famílias com renda até R$ 1,8 mil (Faixa 1), o subsídio é de até 90% do valor do imóvel, com pagamento em até 120 prestações mensais de, no máximo, R$ 270, sem juros. Pela faixa 1, também é possível fazer um cadastro na cidade onde mora e, se atender aos critérios, aguardar o próximo sorteio para um empreendimento.

No caso das famílias com renda até R$ 2,350 mil (Faixa 1,5), o subsídio é de até R$ 45 mil, com juros de 5% ao ano. A renda de até R$ 3,6 mil se encaixa na Faixa 2, com subsídio de até R$ 27,5 mil e juros de 5,5% a 7% ao ano. Até R$ 6,5 mil (Faixa 3) de renda, não há subsídio e os juros são de 8,16% ao ano. No caso dos agricultores familiares e trabalhadores rurais, a renda anual da família deve ser até R$ 78 mil por ano.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

terça-feira, 12 de abril de 2016

OAB FEDERAL CANCELA REGISTRO DE JOSÉ DIRCEU COMO ADVOGADO


Charge do Dálcio, reprodução do Correio Popular

Julia Affonso e Fausto Macedo
Estadão

A Primeira Câmara do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu nesta segunda-feira, 11, pelo cancelamento do registro de advogado de José Dirceu, ex-ministro da Cassa Civil no Governo Lula. Segundo a entidade, ainda cabe recurso ao órgão especial. Não há cassação nem decisão definitiva.

O prazo para apresentar recurso é de 15 dias. O processo que originou a decisão da Primeira Câmara começou na seccional de São Paulo e é um processo referente à inscrição do advogado na Ordem dos Advogados do Brasil. A decisão pelo cancelamento só se confirma após esgotados todos os recursos.

No fim de agosto de 2015, o Conselho de Ética da seccional São Paulo, da OAB, considerou o ex-ministro inidôneo e cassou sua inscrição de advogado. Foram 76 votos pelo cancelamento, dois contra e duas abstenções.

FORMADO NA PUC

A carteira da OAB permite que o advogado exerça a profissão. Dirceu formou-se em Direito pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1983, poucos anos depois de retornar do exílio e ser beneficiado pela Lei da Anistia. Ele foi condenado no Mensalão em 2012 e foi para a Penitenciária da Papuda em novembro de 2013.

Atualmente, o ex-ministro está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhas, região metropolitana de Curitiba. Dirceu foi capturado em 3 de agosto de 2015, em Brasília, na 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco.

Ele é acusado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Procuradoria afirma que o ex-ministro recebeu, por meio de sua empresa de consultoria, a JD Assessoria, propina de empreiteiras contratadas pela Petrobrás.

CABE RECURSO

Segundo a primeira Câmara do Conselho Federal da OAB, o julgamento do recurso de Dirceu não será examinado pelo plenário da entidade, formado por 81 conselheiros federais. No conselho federal, passou pela primeira Câmara, formada por 27 conselheiros. Se houver recurso, passará pelo órgão especial, também composto por 27 conselheiros.

“O conteúdo do processo não será divulgado porque o cancelamento foi decidido em processo que discutiu a idoneidade, requisito obrigatório para ser advogado. Quando a discussão trata disso, o conteúdo do processo fica protegido”, informou a OAB.
http://www.tribunadainternet.com.br/oab-federal-cancela-registro-de-jose-dirceu-como-advogado/

Juíza federal suspende nomeação do ministro Eugênio Aragão

12/04/2016 15h35
Brasília
Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil


O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que entrou no Ministério Público em 1987-  Arquivo/Agência Brasil

A juíza federal substituta da 7ª vara do Tribunal Regional Federal da Primeira Região Luciana Raquel Tolentino de Moura suspendeu hoje (12) o decreto de nomeação do ministro da Justiça, Eugênio Aragão. A decisão liminar (provisória) vale até o julgamento final da ação popular em que foi pedida a suspensão.

Segundo a decisão, o autor da ação popular diz que o ministro nomeado é subprocurador-geral da República e, por isso, está impedido de exercer o cargo de ministro. O autor alega ainda que Aragão não tem direito adquirido para acumulação de cargos por ter entrado no Ministério Público (MP) antes da promulgação da Constituição Federal (CF) de 1988. Luciana Raquel lembra que a Constituição proíbe membros do Ministério Público de ocupar outros cargos ou funções.

Para a juíza, a vedação também se aplica aos membros do MP que tomaram posse antes da atual Constituição. “Vê-se, pois, que, embora ao MP seja garantida autonomia funcional, é certo que a Constituição de 88 trouxe vedação expressa quanto à possibilidade de seus membros ocuparem outro cargo ou função, a não ser uma de magistério. Tal impedimento também se aplica, sim, aos membros do MP que tomaram posse antes da promulgação da CF/88, uma vez que permitir a esses agentes públicos a acumulação de outros cargos traduziria interpretação extensiva à exceção, dando a tais procuradores o privilégio, odioso, de violar a própria Constituição”, diz o texto da decisão.

A magistrada lembrou o recente caso julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a nomeação de Wellington César Lima e Silva para a mesma pasta. O STF entendeu que este teria de pedir exoneração do cargo de promotor de Justiça do Ministério Público (MP) da Bahia se quisesse permanecer no cargo de ministro. A decisão foi tomada após a corte ter sido questionada sobre a impossibilidade de membros do Ministério Público assumirem cargos no Executivo. Com isso, a presidenta Dilma Rousseff decidiu substituir Wellington César Lima e Silva por Aragão, que ingressou no Ministério Público em 1987.

“Como se vê, a presente ação popular enfrenta situação de todo análoga àquela decidida pelo STF, diferindo apenas quanto ao fato de que o novo ministro da Justiça nomeado é membro do MP desde antes do advento da CF/88. Mas, como já foi dito, sua posse em outro cargo de confiança somente poderia se dar com a total desvinculação do MP, seja pela via da exoneração ou da aposentadoria, a fim de se preservar a independência da instituição Ministério Público”, afirma a juíza na decisão.

Na conclusão do despacho, Luciana diz que, em uma análise inicial do caso, a nomeação tem “aparente inconstitucionalidade que deve ser suprida pela via liminar”. Para a juíza, “o perigo de dano é evidente, pois o novo ministro nomeado encontra-se atuando plenamente, no que se evidencia ameaça à ordem constitucional estabelecida posta na independência do MP e vedações aos seus membros”.

No 16 de março, o Conselho Superior do Ministério Público Federal aprovou, por maioria de votos, o afastamento de Eugênio Aragão para que este pudesse exercer o cargo de ministro da Justiça. 

Durante a sessão, o conselheiro Carlos Frederico Santos chegou a apresentar questão de ordem sobre o regime jurídico que deveria ser aplicado ao subprocurador: o anterior à Constituição de 88 ou o posterior. A questão levantada pelo conselheiro foi vencida, e os demais integrantes do conselho aprovaram o afastamento, permitindo que Aragão exercesse o cargo de ministro.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai recorrer da decisão.

O texto foi atualizado em 16h36

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

JORNAL INGLÊS DIZ QUE POLÍTICA BRASILEIRA PARECE O “WALKING DEAD”


Seriado “Walking Dead” faz sucesso com personagens mortos-vivos

Deu no Estadão

A realidade política brasileira está deixando de ser protagonizada por políticos ardilosos e, segundo o jornal britânico Financial Times, começa a parecer ser dominada por zumbis. Em meio à batalha que envolve o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a crescente insatisfação contra todos os políticos, o jornal diz que Brasília deixa de parecer a trama política “House of Cards” e se assemelha cada vez mais com a realidade dos zumbis de “The Walking Dead”.

“A cena política em Brasília, que muitas vezes é comparada com a série da televisão norte-americana ‘House of Cards’ por sua complicada intriga política, está começando a parecer com a concorrente dos zumbis ‘The Walking Dead’”, diz reportagem publicada na versão eletrônica do jornal. A publicação destaca que cresce a insatisfação popular não apenas contra o governo Dilma, mas também contra todos os outros políticos.

SEM LEGITIMIDADE

“Seja por causa do envolvimento em corrupção ou apenas pelo oportunismo cínico, os principais atores políticos no Brasil estão perdendo rapidamente a legitimidade aos olhos de um eleitorado cansado”, diz o FT, que destaca o avanço do movimento que pede novas eleições gerais e dá como exemplo os cartazes com a inscrição “Fora Todos” na Avenida Paulista, em São Paulo, nos últimos dias.

O FT argumenta que, além de Dilma ser acusada pelas manobras fiscais, vários outros nomes que estão na linha sucessória têm problemas na Justiça e o PMDB é amplamente acusado de participar do esquema de corrupção na Petrobras.

NÃO HAVERÁ ELEIÇÃO

A reportagem lembra a acusação de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mantém contas na Suíça com dinheiro ilegal e que o presidente do Senado, Renan Calheiros, é igualmente envolvido em esquemas ilícitos. Para completar, o vice-presidente Michel Temer também deve ser alvo de processo de impeachment com igual acusação contábil que atinge a presidente Dilma.

“O problema é que, enquanto a ideia de uma limpeza geral seja atrativa, não há uma maneira constitucional clara para convocar novas eleições a não ser que a senhora Rousseff e o senhor Temer sejam impedidos, tenham seus mandatos anulados pelo Tribunal Superior Eleitoral ou renunciem. Com sinais de ambos de que não pretendem sair voluntariamente, é improvável que o impasse seja resolvido rapidamente”, diz o FT.

http://www.tribunadainternet.com.br/jornal-ingles-diz-que-politica-brasileira-parece-o-walking-dead/

RESPONSÁVEIS PELA FALSA REFORMA AGRÁRIA TÊM DE SER PUNIDOS


Reprodução do Arquivo Google

Celso Serra

Muito importantes os artigos de Antonio Carlos Fallavena e de João Amaury Belem sobre os gastos de recursos públicos para sustentar “movimentos sociais” e sobre as inacreditáveis irregularidades na falsa reforma agrária, que devem provocam um oportuno e necessário debate. No ano de 1940, 69% da população do Brasil moravam no campo e apenas 31% nas cidades. Pelos dados estatísticos de 2010, a população urbana do Brasil passou a ser de 84% e a rural de 16%.

Consequentemente, esses 16% deverão produzir alimentos para consumo de toda a população e ainda gerar excedentes destinados à exportação. Temos, então, uma situação séria e delicada de abastecimento de alimentos da população urbana.

Esse fato concreto significa que o Brasil não pode gastar dinheiro com supostos produtores rurais que não gerem excedentes de alimentos a serem destinados ao consumo interno e à exportação.

ISSO É REFORMA AGRÁRIA?

Os auditores do Tribunal de Contas da União comprovaram que entre os beneficiados da reforma agrária petista, ganhando terras e recursos, aparecem nada mais, nada menos que 62 mil empresários, 144 mil servidores públicos e quase 38 mil mortos, além de mais de mil políticos eleitos, entre os quais 800 vereadores, quase 100 deputados estaduais, 69 vice-prefeitos, quatro prefeitos e até um senador.

O Brasil necessita realizar um estudo profundo sobre o que foi gasto com a falsa reforma agrária e qual o resultado em produção de alimentos, pois podemos estar jogando o dinheiro dos contribuintes no lixo.

ASSENTAR NO SÍTIO DE LULA

Se isso estiver acontecendo, e as impressionantes denúncias dos auditores do Tribunal de Contas da União assim o comprovam, talvez seja mais alegre e barato pegar o pessoal do M$T do $tédile e assentar no sítio da família Lula da $ilva, onde sempre o acolhimento será magnífico.

Sobre os “movimentos sociais”, posso ir um pouco mais longe. Por exemplo, os recursos que os sustentam são dinheiro dos contribuintes. Sim, pois não existe o falacioso dinheiro “público”; os recursos do Estado são oriundos dos tributos pagos pelos contribuintes. E tudo o que é gasto com esses vagabundos faz enorme falta na educação e na saúde.

Com vícios administrativos e manutenção de militantes partidários com recursos públicos, jamais construiremos o Brasil que desejamos, pois faltará dinheiro para isso.

http://www.tribunadainternet.com.br/responsaveis-pela-falsa-reforma-agraria-tem-de-ser-punidos/

Juiz Sergio Moro autoriza bloqueio de contas de Gim Argello

12/04/2016 14h53
Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, autorizou o bloqueio de R$ 5,35 milhões das contas do ex-senador Gim Argello e do assessor Paulo César Roxo Ramos, investigados na 28ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (12).

A investigação aponta o recebimento de propina no valor R$ 5 milhões pelo ex-senador, para evitar a convocação de executivos de empreiteiras para prestarem depoimento nas comissões parlamentares de inquérito sobre a Petrobras.

Além das contas pessoais de Gim Argello e Paulo Roxo, foram bloqueadas as contas das empresas do ex-senador, a Argelo & Argelo Ltda., a Garantia Imóveis Ltda. e a Solo - Investimentos e Participações Ltda.

No despacho, Moro diz que se limitou ao bloqueio das contas de Argello e de suas empresas, porque devem ser suficientes para atingir o valor da propina recebida. “Estendi a medida a Paulo César Roxo Ramos, apontado como seu operador financeiro. Reputo prematura a extensão da mesma medida aos demais [investigados na 28º fase da Lava Jato] e mesmo às empresas de Paulo Roxo, na falta de melhores informações sobre elas”, diz a decisão.

O ex-senador era membro da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, da Câmara e do Senado, ambas instauradas no ano de 2014 para apurar irregularidades na Petrobras.

Edição: Beto Coura
Agência Brasil

MP do Rio processa oficiais da Polícia Militar por improbidade

12/04/2016 15h02
Rio de Janeiro
Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP/RJ) pretende recuperar no mínimo R$ 4.423.500 de recursos públicos desviados - por oficiais da Policia Militar e empresários - do Fundo de Saúde da Policia Militar (Fusbom), entre 2013 e 2014. O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), do MP, ajuizou ação civil pública ontem (11) por improbidade administrativa contra 14 pessoas, incluindo o ex-comandante da corporação, José Luís Castro Menezes, três coronéis e três majores.

De acordo com a promotora de Justiça Gláucia Santana, coordenadora do Gaesp, criado em dezembro de 2015, o ex-comandante Castro Menezes criou condições, monitorou e participou do esquema de fraude em licitações na área de saúde. As investigações revelaram que Menezes recebeu um lobista do esquema por diversas vezes, se encarregou de colocar pessoas-chave no setor de aquisições e impediu investigações internas. "Ele obstruiu o sistema de controle interno. Nomeou, por exemplo, para as sindicâncias administrativas pessoas que participavam do esquema", disse Gláucia, que não descarta abrir processo criminal contra o ex-comandante da PM.

Os promotores pedem que os réus sejam condenados com a perda da função pública, obrigados a recompor o patrimônio público (devolver dinheiro desviado), paguem multa e dano material e moral coletivo por terem causado "enorme prejuízo à imagem da corporação", disse hoje (12) a promotora Gláucia Santana. Ela solicitou o bloqueio de bens dos envolvidos, além de quebra dos sigilos bancários e fiscal.

Apenas um solto

Com exceção de Menezes, todos os policiais denunciados estão presos. A investigação que deu origem ao processo criminal descobriu um esquema de fraude para compras de produtos de saúde, como o ácido peracético, usado na esterilização de equipamentos. O montante adquirido do produto, 75 mil litros, era o suficiente para abastecer o Hospital Central da PM por até 200 anos, segundo cálculos do Tribunal de Contas do Estado do Rio. Foram processados, na ocasião, 12 oficiais militares, 12 empresários e uma ex-funcionária da PM por organização criminosa, dispensa de licitação, corrupção ativa e passiva e peculato.

"Houve superfaturamento, houve uma aquisição desarrazoada, sem demonstração da justificativa da quantidade e da necessidade e isso gerou dano ao patrimônio do Fusbom da ordem de R$ 4 milhões", frisou a promotora.

Os promotores do Gaesp lembraram, ainda, que os órgãos de controle da própria PM ajudaram a identificar a fraude nas contratações e esclareceram que não é necessário recomendar ajustes nos procedimentos da corporação.

O promotor Paulo Roberto Mello explicou que os oficiais do Estado Maior da PM foram indicados politicamente para os cargos pelo ex-governador Sérgio Cabral. "Essa é uma seleção política e discricionária e essas pessoas não respondiam a nenhum inquérito ou processo [à época]", ressaltou. "Foi uma escolha infeliz que não reflete a qualidade do oficialato da Policia Militar", afirmou.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil