sábado, 16 de janeiro de 2016

Defesa que Dilma faz da CPMF espanca a língua e a história

Por: Reinaldo Azevedo 15/01/2016 às 17:17

A presidente Dilma reiterou, no café da manhã, a disposição de contrariar mais uma promessa de campanha. Voltou a defender o retorno da CPMF para reequilibrar as contas do país. Em dilmês castiço, a presidente afirmou o seguinte: “Equilibrar o Brasil num quadro em que há queda de atividade implica necessariamente, a não ser que nós façamos uma fala demagógica, ampliar impostos. Eu estou me referindo à CPMF. Acho que é fundamental para o país sair mais rápido da crise aprovar a CPMF, que é um imposto que se dissolve, se espalha por todos, de baixa intensidade, ao mesmo tempo em que permite controle de evasão fiscal e ao mesmo tempo faz outra coisa, que é muito importante: tem um impacto pequeno na inflação, porque ele é dissolvido se você considerar os demais impactos”.

Sim, leitores, é incompreensível. Vamos trocar o trololó por duas palavras: “estelionato eleitoral”.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/defesa-que-dilma-faz-da-cpmf-espanca-a-lingua-e-a-historia/

Eu não matei Joana D'arc, do disco Batalhões de Estranhos, de 1984 - Camisa de Vênus


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Secretário Nilmário Miranda concede entrevista coletiva em Juiz de Fora

15/01/2016

O secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, concede, nesta segunda-feira (18/1), às 15h, entrevista coletiva no Centro de Referência de Direitos Humanos, em Juiz de Fora. 

No fim de semana que antecede a coletiva, o secretário visita os quatro municípios na região da Zona da Mata que receberam o Prêmio Mineiro de Direitos Humanos: Arantina, Pequeri, Paiva e Belmiro Braga. Estes municípios fazem parte dos 33 premiados, em todo o Estado, por apresentarem índice zero de homicídios nos últimos dez anos. Durante a visita, o secretário também entrega a primeira parte do acervo de livros que os municípios recebem como prêmio.

Entrevista coletiva - Nilmário Miranda (Sedpac)
Data: 18/1 (Segunda-feira)
Horário: 15h
Local: Centro de Referência de Direitos Humanos - Rua Vitorino Braga, 126 – B, Bairro Vitorino Braga – Juiz de Fora/MG

Agência Minas

Parcelamento dos vencimentos dos servidores estaduais de MG

SEX 15 JANEIRO 2016 15:15 ATUALIZADO EM SEX 15 JANEIRO 2016 15:51
Marcelo Sant'Anna/Imprensa MG

O secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, esclareceu também os esforços para controlar as despesas

Os secretários de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, e de Fazenda, José Afonso Bicalho, se reuniram nesta sexta-feira (15/1) com representantes de cerca de 40 sindicatos e associações que representam os servidores estaduais para anunciar o calendário de pagamento do funcionalismo referente aos meses de janeiro, fevereiro e março.

Os salários referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março serão pagos em parcelas para os servidores que recebem mais de R$ 3.000 de salário líquido, ou seja, descontando a contribuição previdenciária e o imposto de renda.

Assim, os servidores que ganham até R$ 3 mil, o que representa 75% do funcionalismo público (477 mil servidores estaduais), receberão normalmente – e integralmente - no quinto dia útil (5 de fevereiro, 7 de março e 7 de abril).

Quem tem salário de até R$ 6 mil, que corresponde a 17% do funcionalismo, vai receber R$ 3 mil no dia 5 de fevereiro e o restante no dia 12. Em março, os pagamentos serão feitos nos dias 7 e 11. Em abril, os vencimentos serão em 7 e 12.

Os servidores que têm o salário maior que R$ 6 mil, que correspondem a 8% do funcionalismo, vão receber R$ 3 mil no dia 5 de fevereiro, R$ 3 mil em 12 e o restante no dia 16. Em março, os pagamentos serão nos dias 7, 11 e 16. Em abril, os servidores vão receber nos dias 7, 12 e 15.

Dessa forma, os servidores com até R$ 3 mil de salário líquido receberão o salário integral em parcela única, até R$ 6 mil parcelado em duas vezes e acima de R$ 6 mil parcelado em três vezes.

Os secretários esclareceram também os esforços que estão sendo feitos para controlar as despesas, estimular a arrecadação de tributos e implementar mudanças administrativas, a fim de superar as atuais dificuldades financeiras e, principalmente, garantir a folha de remunerações dos servidores estaduais.

Em fevereiro, no início do ano legislativo, será enviado para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais um projeto de reforma administrativa com medidas de contenção de gastos que serão anunciadas na ocasião.

Os secretários lembraram que o Governo de Minas Gerais já está reduzindo gastos para equilibrar a situação financeira. Entre as ações já tomadas, destacam-se:

- 39,9% de redução de despesas com a máquina pública;

- Quase R$ 3 milhões economizados com redução de energia elétrica;

- Mais de R$ 17 milhões economizados com redução do consumo de água;

- 51,14% de redução nos valores gastos com diárias;

- 56,21% de redução nos valores gastos com passagens;

- Quase R$ 1 milhão de economia com revisão de contratos com fornecedores;

- Quase R$ 1 milhão de economia com implantação de gestão de documentos;

- Redução de 112 para 55 veículos na frota que atende à Cidade Administrativa;

- R$ 18 milhões em economia com redução de consumo de combustível;

- Economia de R$ 4 milhões na implantação de controle informatizado de manutenção

Hélvécio Magalhães e José Afonso Bicalho esclareceram que a atual gestão já encontrou o governo com déficit nas contas públicas. Em 2013, o déficit foi de R$ 900 milhões; em 2014, de R$ 2,2 bilhões. Para este ano, o déficit previsto é de praticamente R$ 9 bilhões.

“O Governo de Minas Gerais está trabalhando, em todas suas áreas, para buscar soluções que equilibrem as finanças e amenizem o impacto deste cenário para os servidores públicos estaduais. Os canais de diálogo com os representantes dos servidores estão abertos”, ressaltou o secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães.

Segundo o secretário, o governo vai aguardar o resultado de todas estas ações – incluindo a reforma administrativa – e o desempenho das finanças do Estado para definir como ficarão as escalas de pagamento a partir de abril.
Agência Minas

ELEIÇÕES ASPRA 2016

Caros amigos associados da ASPRA JF
Contamos com o apoio de todos ao SubTen Aldrim e Sgt Pessi para que no dia 24 de Janeiro 2016 possamos eleger a chapa NOVO TEMPO para a gestão 2016/2019. 
O SubTen Aldrin, que demonstrou neste últimos três anos competência no desempenho de suas funções na Regional de Juiz de Fora, com sua dedicação e luta conseguimos adquirir para a Associação um sítio com 23 mil metros quadrados e um clube anexo, que ficou sob nossa administração, investimentos estes que nunca na história da ASPRA se fez em nossa cidade. Muito ainda temos que fazer, por isto eu peço o apoio de todos os associados.

Ministério Público vai investigar destino das doações às vítimas de Mariana

15/01/2016 11h39
Brasília
Da Agência Brasil
Conselho decidiu que o valor de R$ 1.025.000,00 das doações será dividido em cotas iguais entre as famílias atingidas - Antonio Cruz/ Agência Brasil

O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito nessa quinta-feira (14) para fiscalizar a origem e a destinação dos valores doados para as vítimas do rompimento da Barragem de Fundão, no dia 5 de novembro, em Mariana.

Um conselho – formado por representantes das comunidades, da Ordem dos Advogados do Brasil, Arquidiocese de Mariana, Associação Comercial, prefeitura e do Instituto Federal de Minas Gerais – definiu que o valor de R$ 1.025.000,00 será dividido em cotas iguais entre as famílias atingidas.

O conselho definiu ainda que qualquer importância arrecadada, de agora em diante, será destinada às crianças vítimas da tragédia, por meio de um fundo de amparo de longo prazo, a que os beneficiários terão acesso ao atingir a maioridade.

Segundo a prefeitura de Mariana, o conselho publicará nos próximos dias um edital com o nome do responsável por cada família beneficiada. Além disso, será aberto prazo para a impugnação do nome ou acréscimo de outro que não tenha sido incluído.

O cadastro das famílias foi feito pela Mineradora Samarco quando, em ação judicial, ocorrida em 23 de dezembro de 2015, concedeu antecipação de indenização aos atingidos. Aquelas famílias, reconhecidas em juízo como afetadas pela tragédia, terão direito à cota da distribuição.

A prefeitura informou que todas as doações foram recebidas de pessoas físicas, empresários e um banco privado, que todas as doações serão comprovadas e as contas prestadas depois de destinadas às famílias.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

LOBISTA CONFIRMA TER DADO R$ 2 MILHÕES PARA CAIXA 2 DE DILMA

Capella, ex-assessor de Palocci, foi reconhecido

Juliana Coissi e Mario Cesar Carvalho
Folha

O lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, reconheceu um ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci, chamado Charles Capella, como o interlocutor que estava numa casa em Brasília na qual foi acertada a doação de R$ 2 milhões para o caixa dois da campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010. Apesar de estar na casa, Capella não participou do encontro, segundo Baiano. Nessa época, Palocci era um dos coordenadores da campanha da Dilma à Presidência.

A reunião teria tido ainda a participação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na versão de Baiano. Segundo ele, Costa temia ser demitido do cargo de diretor de Abastecimento porque Dilma não gostava dele por causa da má fama do executivo dentro da estatal. Costa foi até Palocci para continuar no cargo com a eventual vitória de Dilma, ainda de acordo com Baiano, o que de fato ocorreu.

A versão de Baiano foi apresentada em acareação realizada nesta quinta (14) na Polícia Federal em Curitiba. Ele relatou à PF que o encontro ocorreu numa casa azul perto do lago Paranoá, em Brasília.

PALOCCI NEGA…

Palocci e Capella negam ter participado do encontro e dizem nunca ter se reunido com Baiano nem conhecê-lo. Segundo a assessoria de Palocci, já que a reunião não existiu, a versão de Baiano é mentirosa.

Já o doleiro Alberto Youssef não reconheceu Capella como sendo a pessoa para quem diz ter entregado R$ 2 milhões em um hotel em São Paulo, em 2010, a pedido de Costa. O montante, segundo o doleiro, foi entregue a uma pessoa que parecia ser motorista.

A presença de Capella na casa de Brasília foi citada em depoimentos do lobista Fernando Baiano, delator da operação.

Ao deixar o prédio, Capella se disse tranquilo, mas ressalvou que não deveria ter passado por uma “exposição desnecessária”.

A advogada dele, Danyelle da Silva Galvão, afirmou que Capella viu Youssef e Baiano pela primeira vez na acareação desta quinta (14) e que o encontro citado nunca ocorreu. Ela negou que seu cliente conheça Costa.

BUMLAI x BAIANO

A PF fez outra acareação nesta quinta (14), entre Baiano e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

Bumlai negou que tenha agendado a suposta reunião entre Paulo Roberto Costa, Baiano e Palocci. Esta versão foi apresentada por Baiano em seu acordo de delação.

Baiano foi solto em novembro, depois de fechar um acordo para colaborar com as investigações. Youssef e Costa também assinaram acordos de delação.

Baiano reafirmou o que dissera aos investigadores: que o pecuarista usou sua influência junto ao PT para intermediar uma reunião de Palocci com Paulo Roberto Costa. Bumlai, no entanto, disse que isso nunca ocorreu. Ele afirmou que até conversou com Baiano sobre a situação de Costa na Petrobras, mas negou ter intermediado o suposto encontro.

SÍTIO EM ATIBAIA

Bumlai foi também ouvido sobre a chácara em Atibaia (SP) que é frequentada pelo ex-presidente Lula e seus familiares. Ele disse ter estado no imóvel duas vezes, depois de Lula ter deixado a Presidência, em 2010. O pecuarista negou que o ex-presidente seja dono do imóvel. Segundo ela, a chácara é de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente.

Bumlai negou também conhecer o arquiteto que reformou a chácara de Atibaia, que vive na mesma cidade que o pecuarista, em Campo Grande. A PF suspeita que Bumlai indicou o arquiteto e que a OAS bancou a reforma, o que a empresa nega.

Na acareação entre Bumlai e Baiano não foi questionado o repasse de R$ 2 milhões, pelo pecuarista, à nora do ex-presidente Lula para quitar um imóvel, como foi citado pelo lobista em delação.

Bumlai tem dito que Baiano repassou, na verdade, R$ 1,5 milhão como empréstimo para pagar empregados de suas fazendas, e que os recursos nada têm a ver com a nora de Lula.

http://www.tribunadainternet.com.br/lobista-confirma-ter-dado-r-2-milhoes-para-caixa-2-de-dilma/

Passe Livre, um jovem dos Jardins, sobrenome, uma falange dilacerada e Monteiro Lobato

Por: Reinaldo Azevedo 14/01/2016 às 15:50

Tenho aqui tratado amiúde dos métodos a que recorre o MPL (Movimento Passe Livre), da origem social de seus dirigentes e militantes, da intimidade que eles têm com os pobres e com a pobreza, da sanidade econômica de sua pauta, da tolerância/intolerância com que se põem no debate público, essa coisa toda.

Peço licença para reproduzir a íntegra de uma reportagem de Luana Dalmolin, publicada na Folha. Volto em seguida.
*
O estudante Gustavo Mascarenhas Camargos Silva, 19, que teve parte do polegar da mão direita dilacerado por um estilhaço de bomba atirada pela Polícia Militar na terça-feira (12) durante manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo, irá processar o Estado por danos morais.

Ele está internado no Hospital Albert Einstein desde a noite de terça e lá ficará até esta sexta (15). Os médicos terão que fazer um enxerto ósseo no dedo, já que o estilhaço que o atingiu “moeu” o osso original, conforme explicaram os médicos a ele e a seus familiares. O período de recuperação será de, no mínimo, 60 dias, e ainda não é possível dizer se Gustavo irá recuperar integralmente ou não as capacidades motoras de seu polegar.

O jovem é filho da jurista Ana Amélia Mascarenhas Camargos, professora de Direito da PUC e ex-presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo. “Ele começaria seu curso na faculdade de arquitetura no início do mês que vem. Ele é destro, agora está com parte do polegar direito dilacerada. Tudo porque foi atingido por um artefato explosivo jogado no meio de uma multidão, sem ter feito nada”, afirma a jurista. Ana Amélia disse que a ação judicial será ajuizada nos próximos dias.

Gustavo contou como ocorreu o incidente. “Eu estava no meio de muitas pessoas, longe do local em que os policiais conversavam com manifestantes. Não tive chance de ver o que aconteceu. De repente, começou aquela correria. Eu ouvi um estrondo, um barulhão, ficou um zunido na minha cabeça. Fiquei tonto. Quando vi, meu dedo estava sangrando muito, e latejando”

“Saí andando meio atordoado, tinha muita gente correndo e gritando, e muito gás lacrimogêneo. Eu e outros manifestantes nos protegemos embaixo da marquise de um prédio. Como o gás estava muito forte, o porteiro deixou a gente entrar. Lá dentro, uma moça amarrou um pano no meu dedo, que nessa hora já doía muito e continuava sangrando”, relata Gustavo, que também é sobrinho da historiadora e escritora Marcia Mascarenhas de Rezende Camargos, autora de mais de 30 livros e vencedora do Prêmio Jabuti pelo livro “Monteiro Lobato: furacão na Botocúndia”.

Segundo a mãe de Gustavo, após os ânimos esfriarem na região da Paulista, região central da cidade, ele foi andando até sua casa, nos Jardins, e de lá levado ao hospital, onde passou por cirurgia na madrugada desta quarta (13).

De acordo com o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, em entrevista logo após o protesto, disse que não houve abuso da PM.

Retomo
Os parentes estrelados de Gustavo não precisarão caçar entrelinhas no meu texto para tentar me processar. Será inútil. Até porque lamento o que aconteceu com o garoto, que tem a idade de uma das minhas filhas. Eu também estaria muito bravo e triste se tivesse acontecido com uma delas, mas uma coisa posso garantir: tão logo passasse a dor, eu lhe daria um puxão de orelha em vez de usar a minha condição social e intelectual para ameaçar o estado.

O texto padece de um problema: ouve a versão do rapaz, na qual um filho de advogada é naturalmente inocente, sobre o caso em particular. O contraponto é a fala do secretário de Segurança, que nega, em regra, os excessos. Obviamente, uma versão não pode ser contraposta à outra se não houver a intenção prévia de desmoralizar o secretário.

Nota antes que continue: o livro “Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia”, de autoria de Marcia Mascarenhas de Rezende Camargos, tia de Gustavo, é excelente. Eu o resenhei para a já extinta e gloriosa revista BRAVO!. Quando Gustavo se recuperar, sua tia poderia lhe dar algumas aulas sobre como o preconceito das esquerdas, sua hegemonia cultural construída sobre mentiras, sua capacidade de distorcer a realidade, sua incapacidade de entender os argumentos do outro, sua intolerância, enfim, podem manchar a reputação de pessoas decentes, de pessoas honestas, de pessoas verdadeiramente geniais, como era Lobato — que continua a ser perseguido pelos cretinos de Botocúndia. Adiante.

É evidente que Gustavo tem o direito de ter uma opinião sobre transportes coletivos, ainda que errada e assentada na antieconomicidade. Mesmo morando nos Jardins e não padecendo dos rigores da sorte, ele pode pertencer a ou se deixar conduzir por um movimento que quebra, incendeia e depreda aparelhos públicos que têm, obviamente, mais importância para os pobres do que para ele. Quando for um arquiteto de sucesso, espero que lamente a tática de destruição do patrimônio público e privado à qual, voluntária ou involuntariamente, se associou.

Lamento o ferimento no seu dedo. Espero que tenha plena recuperação. Gustavo está no melhor hospital privado do país, o que é outra dádiva do destino. É lá que também sou atendido. Na região da Paulista, Gustavo, há 15 instituições hospitalares, boa parte destinada a pessoas pobres, onde você jamais será atendido. Que bom pra você!

Quando a região é fechada em manifestações de rota não definida, o que contraria a lei, gente com o dedo dilacerado pelo trabalho ou por uma fatalidade encontra enorme dificuldade para obter socorro.

Nada de ironia
Não estou sendo irônico, não, viu, Gustavo? Sou pai. Já tenho 54 anos. Trato os jovens com respeito, desde que eles se mostrem dispostos a aprender alguma coisa.

Louvo o carinho de sua mãe, e não esperava dela nada diferente disso. Mas, em casos assim, é preciso tomar muito cuidado com o “Sabe com quem está falando?”. Quando nos dispomos a participar de um ato cujos líderes abrigam a truculência, a violência e o banditismo explícitos, é evidente que podemos estar nos beneficiando do anonimato para cometer crimes. Nesse movimento em particular, isso é, então, um clássico.

Não pega bem, não é decoroso, que, acontecido um acidente, o anonimato logo ceda lugar à fidalguia, e um baita sobrenome apareça como adendo de uma falange dilacerada. Aí fica ruim porque se usa o anonimato em favor da transgressão da lei e o sobrenome em favor da reparação.

Investigue-se
É claro que se deve investigar o que aconteceu. A história faz sentido técnico? Foi mesmo numa circunstância como essa? Um sujeito de 19 anos que resolve se meter num movimento que busca — e anuncia essa busca — o confronto com a polícia está se expondo ao risco? O estado estava ou não cumprindo a sua função? E que se note: a função do estado não é dilacerar dedos, mas proteger os cidadãos. Os cidadãos que não estão cometendo crimes, como deve saber a mãe do rapaz.

Tomara que esse moço se recupere logo. No tempo de convalescença, que leia “Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia”.

Gustavo terá a chance de aprender como é longa a história da intolerância no Brasil. Uma intolerância de vilões e heróis sempre óbvios.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/passe-livre-um-jovem-dos-jardins-sobrenome-uma-falange-dilacerada-e-monteiro-lobato/

Homicídio na Vila Esperança / Tentativa de homicídio no Bairro JK

Rua João Ribeiro Novaes - Vila Esperança - Juiz de Fora 

Nesta quinta-feira (14) por volta de 21h00min policiais militares registraram a ocorrência de homicídio.
Ademir Argentino Monteiro,33, foi encontrado caído ao solo e amparado por populares.
Uma equipe do SAMU prestou os primeiros socorros, contudo, a vítima que havia sido baleada na região femural não resistiu aos ferimentos, tendo ocorrido o óbito.
O corpo foi encaminhado ao IML para a expedição do Laudo de Necropsia.
Nada foi comentado sobre a autoria, o tipo de arma de fogo e a motivação do crime 
A Polícia Civil se encarrega das investigações.

Rua Francisco Gonçalo de Faria - JK - Juiz de Fora 
Por volta de 10h15min houve o registro da ocorrência de tentativa de homicídio.
A vítima,26, alegou que possuía uma dívida com "Tochinha" no valor de R$500,00 alusiva a aquisição de drogas ilícitas.
No momento de honrar o compromisso a vítima apresentou a quantia de R$300 e "Branco" comparsa de seu credor sacou de uma arma de fogo e efetuou vários disparos. A vítima fugiu em desabalada carreira, mas ao chegar em sua residência detectou que um projetil da arma de fogo lhe atingiu a região lombar do lado direito.
O SAMU conduziu o baleado que permaneceu internado no HPS.  
Um projetil de arma de fogo foi apreendido.
Os autores tomaram rumo ignorado.
A Polícia Civil se encarrega das investigações.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Agente penitenciário de Minas vai fazer a revisão do Manual de Defesa Pessoal do Exército

QUI 14 JANEIRO 2016 12:20 ATUALIZADO EM QUI 14 JANEIRO 2016 12:30

Divulgação/Seds
Alexandre Gerken (terceiro da esq. para a dir.) colocou vasta experiência a serviço do Exército Brasileiro

“Uma honra!”. É assim que o agente penitenciário Alexandre Gerken, do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Juiz de Fora, descreve o recente convite da Escola de Educação Física do Exército Brasileiro para colaborar na revisão do Manual de Defesa Pessoal da força. Foi um reconhecimento da autoridade técnica de Alexandre, que ensinou lutas marciais no curso de Educação Física da escola, no Bairro da Urca, no Rio de Janeiro, de 2005 a 2007.

O agente tem mais de 30 anos de experiência em lutas marciais, com formação nas modalidades Hapkido, Karatê, Jiu-Jitsu Tradicional, Aikdo e Taekwondo e graduação acadêmica em Educação Física. Antes de ingressar no quadro de servidores da Secretaria de Estado de Defesa Social, dedicou-se ao ensino de artes marciais e de defesa pessoal em várias instituições.

Alexandre Gerken foi liberado pela direção do Ceresp JF, onde trabalha desde outubro de 2014, para passar uma semana no Rio de Janeiro dedicada à revisão do manual. O diretor-geral da unidade, Alexandre Cunha, considera que o convite brindou a qualidade do quadro de servidores do sistema prisional.

“Ficamos muito satisfeitos com a oportunidade de contribuir com o Exército, mostrando para a sociedade a capacidade dos nossos agentes e a importância da participação deles em outros setores”, diz Cunha

Revisão

Além de Gerken, nove pessoas com formações em diversas áreas participaram da revisão da 4° edição do manual, de 2012. Segundo o agente penitenciário, a atualização foi necessária por causa da evolução das artes marciais, em que algumas técnicas perdem espaço para outras mais eficazes.

“Analisamos todo o material, e vimos o que realmente faz efeito e o que não dá resultados. Também sugeri a criação de um conteúdo didático para integrar a instrução dos militares. O novo manual está enquadrado dentro de um conceito atual de defesa pessoal, proporcionando uma melhor prestação de serviço à sociedade por parte do Exército Brasileiro” destaca o agente.

Assim como o diretor-geral da unidade, Gerken não esperava o convite e se sentiu muito orgulhoso por contribuir para o Exército como representante da Seds. “Fui apresentado a todos como agente penitenciário de Minas Gerais. Isso mostra a credibilidade e o reconhecimento do trabalho do Sistema Prisional do Estado. Gosto muito do que faço e poder transmitir isso e auxiliar uma instituição nacional é um grande prazer”.
Agência Minas