domingo, 8 de novembro de 2015

Cunhas, Felicianos e Bolsonaros são inquisidores da atualidade


Por Rosângela Martins – Advogada, Feminista e Membro do Conselho Geral da Uneafro-Brasil
#AgoraÉQueSãoElas

Desde que recebi o convite para escrever sobre este momento estarrecedor na vida das mulheres, salta à mente a ideia de que, no Brasil, desde a invasão, mulheres africanas e sua descendência foram as principais vítimas da violência, seja a partir do trabalho compulsório, seja a partir da violência sexual, por quase 400 anos de escravidão e se percebe, nitidamente, permanências ainda hoje, desse período. 

Mas é possível observar a violência continuada contra as mulheres também como herança do período medieval, no qual a inquisição as queimava, por considerá-las como uma “classe perigosa” a ser reprimida, que os processos de criminalização e de vitimização da mulher tem direta relação com o poder punitivo e com o poder de gênero.


Criminologia feminista versus poder punitivo
O presente artigo não tem a pretensão de traçar uma linha histórica, mas ressalta a importância de fatos que legitimaram a perseguição às mulheres. Tomo como exemplo o “Malleus Maleficarum” ou o “Martelo das Feiticeiras”, de Heinrich Kramer e James Sprenger, de 1487, texto que relaciona a feitiçaria à condição feminina, e demonstra como a inquisição foi uma manifestação do poder punitivo, um verdadeiro manual de inquisidores.

O caráter “perigoso”, tanto quanto o doméstico bem delimitado reduzia fortemente a participação das mulheres, ou seja, sua expressão pública. Embora as mulheres não tenham sido afastadas da esfera pública no período medieval (isso já acontecia antes), na baixa Idade média é que se constrói um discurso de exclusão, limitação da participação feminina e também de sua perseguição e encarceramento. Nesse sentido, a caça às bruxas é uma prática misógina persecutória.

Mesmo quando damos um salto para a Declaração de 1789, na França, a adesão da mulher ao estatuto igualitário, se dá como um papel secundário em relação ao homem, como filha, esposa e mãe. E, se durante a Revolução Francesa, as mulheres tomam as ruas como insurgentes, as mudanças não foram significativas.

Tanto é que a autora da Declaração dos Direitos da Mulher Cidadã, a feminista Olympe de Gouges, foi executada por seus companheiros revolucionários franceses.

O que dizer do Brasil colônia (Séc. XVI) e as sessões de torturas em relação às escravizadas que estavam submetidas a todo o tipo de serviço, sofriam a violência sexual, serviam de amas-de- leite dos bebês brancos, mas não podiam estar de forma digna com seus próprios filhos? E como forma de resistência ao regime escravocrata, abortavam, para que suas crianças não estivessem destinadas à mesma peleja. Isso não é perseguição? O desrespeito que ocorre até hoje em relação às religiões de matrizes africanas – também é uma caça às bruxas, às nossas ancestrais.

Essa parte da História parece bastante perversa em relação às mulheres, mas não é diferente quando o assunto é sistema de justiça criminal, o qual não alcança a proteção das mulheres contra a violência, faz pior: torna-se um sistema de violência institucional, que exerce seu poder sobre as vítimas.

O poder punitivo arbitrário é muito mais rigoroso se pautado à cor da pele das mulheres. As sequelas do regime escravista ainda persistem, bem como os seus mitos infelizes. Um deles, de que a “mulher negra seria mais resistente à dor”. E diante desta falácia é que compõe dados estatísticos de que 60% no índice de morte materna é de mulheres negras.

A indignação que se transforma em resistência e luta de hoje se deve à dor das sequelas da escravidão, próprias das mulheres negras, uma vez que a nossa sociedade ainda se beneficia dessa atrocidade, pautada no regime escravocrata. E como não se lembrar de uma mulher negra, no Rio de Janeiro, mãe, doméstica que foi morta pela polícia e arrastada por 350 metros. Sim, Cláudia Silva Ferreira. Vítima desse “justiçamento” bárbaro, medonho, criminoso.

O que me levou a essa viagem, também, foi um fato ocorrido no domingo, dia 01 de novembro de 2015, na Feira do Livro Feminista e Autônoma (FLIFEA) de Porto Alegre – segue um trecho da nota de repúdio das feministas agredidas:
“Na noite de domingo, estava acontecendo um ensaio artístico, com a presença de em torno de 20 mulheres, e uma viatura chegou com dois policiais que vieram supostamente devido ao barulho. Eles filmaram e intimidaram as mulheres presentes que estavam falando com eles, o que gerou reações de proteção entre as mulheres, como se organizar para ir embora e filmar a situação. Em seguida chegaram outras viaturas com mais policiais que foram extremamente agressivos e marcadamente racistas desde o início e tentaram deter uma de nós de maneira violenta, o que desencadeou uma série de agressões físicas por parte da polícia das quais nove mulheres ficaram feridas, sendo que quatro gravemente e precisaram de atendimento médico”.

O que justifica tal ação? 
Existe um perverso sistema penal subterrâneo, ou seja, ao mesmo tempo em que as penas públicas estão por aí, existem as privadas, os castigos, os critérios de condenação jurídicos e extrajurídicos. Este sistema decreta quem é bom, e quem é mal – partindo da visão de quem o aplica.

É a criminalização das mulheres por todos os lados. E isso assusta!

Enquanto se busca a mudança de mentalidade para a erradicação da violência de gênero contra as mulheres e crianças/meninas, a luta pela igualdade de gênero, respeito, garantia dos direitos fundamentais (resultado de disputas políticas, sociais, econômicas, etc), surge em contrapartida, uma onda fundamentalista e extremamente conservadora, que propaga o genocídio das mulheres direta e indiretamente. São os inquisidores da atualidade!
Ao invés de termos um direito penal mínimo, que deveria proteger as mulheres, estamos diante de um poder punitivo que criminaliza e vitimiza, seja por conta da autodeterminação no que concerne o aborto, seus direitos sexuais e reprodutivos ou a violência de gênero.

O poder punitivo sempre esteve presente na vida das mulheres, e é seleto com base em estereótipos e conforme a vulnerabilidade. Aliás, estudiosas sobre criminologia afirmam que a seleção criminalizante é o produto último de todas as discriminações.

Não é a toa que hoje nos deparamos com projetos de Lei como o de nº 5069/13, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que pode ser considerado um grande retrocesso na conquista de direitos das mulheres, e é a maneira mais cruel para se controlar seus corpos.

O rol exemplificativo das tentativas de cerceamento dos direitos fundamentais das mulheres é extenso, por isso a importância de uma análise pela perspectiva da criminologia feminista.

Em suma, a ideia é trazer à baila a discussão sobre limites à lei penal, por uma perspectiva feminista, frente ao poder punitivo legitimado pelo Estado e que atua de forma exacerbada até os dias de hoje.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Este Blog não é um espaço tradicional de “grande mídia”, tampouco este editor é alguém “com voz de alto alcance público”, ainda assim fiz questão de aderir à belíssima iniciativa da campanha #AgoraÉQueSãoElas, afinal, se a vida está ficando cada vez mais difícil para as mulheres devido os riscos de retrocessos e retirada de direitos adquiridos, é sempre bom lembrar que o sobrepeso recairá nas costas das mulheres negras, pra variar. Pois essa semana, e sempre, esse espaço é delas. Das pretas.

Douglas Belchior

http://negrobelchior.cartacapital.com.br/cunhas-felicianos-e-bolsonaros-sao-inquisidores-da-atualidade/

EM MINAS, O TRIBUNAL VAI COMPRAR FILÉ MIGNON E SALMÃO PARA JUÍZES


Iracema Amaral
Estado de Minas

A presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu revogar o pregão eletrônico relativo à aquisição de gêneros alimentícios para consumo dos juízes e desembargadores mineiros. A compra consumiria R$ 1,7 milhão dos cofres públicos. Em nota, a presidência do tribunal esclarece que fará estudos para republicar o edital “em novos parâmetros”.

No edital revogado para realização do pregão, uma lista incluía 96 kg de filé mignon, 50 kg de filé de salmão e 96 kg de carne de sol. Isso e mais 600 kg de arroz e 32 kg de feijão carioca, entre outros produtos que o TJMG iria adquirir para a alimentação de juízes e desembargadores da Corte no ano que vem .

A quantidade e as marcas dos gêneros alimentícios constam do edital do TJMG publicado na última segunda-feira (26). Seriam contratados, por 12 meses, seis lotes de alimentos, incluindo bolos, frutas, pães de queijo e refrigerantes, para “a confecção de lanches para os desembargadores, juízes, tribunais do júri e eventos institucionais”.

Ainda segundo a licitação 121/2015 do TJMG, as marcas dos alimentos também estavam discriminadas, sendo que o filé mignon e a carne seca devem ser Friboi e o filé de salmão, sem espinhas e escamas, deve ser da marca Atlântico.

REAVALIAR…

Em nota, a presidência do TJMG informou que a administração daquele tribunal entendeu que “a aquisição de alimentos para a utilização em suas diversas atividades é legítima e necessária”. No entanto, decidiu reavaliar a quantidade e a qualidade dos bens a serem adquiridos.

A nota pontua ainda que “embora justificados os dizeres do edital pelos servidores responsáveis pela sua elaboração”, o presidente do Tribunal, desembargador Pedro Bitencourt, considerou insuficientes os esclarecimentos.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem foi envida por Wilson Baptista Jr., que fez o seguinte comentário: “Um edital que especifica a marca dos produtos já começa a ser suspeito por aí. Agora, realmente precisa de filé mignon e salmão para fazer lanches para os juízes? E, aliás, para que precisa pagar lanches para os juízes? É mais um auxílio-alimentação disfarçado. Deveria ter é uma cafeteria onde eles comprassem os lanches…”.
Tribuna da Internet
http://www.tribunadainternet.com.br/em-minas-o-tribunal-vai-comprar-file-mignon-e-salmao-para-juizes/

AS RELIGIÕES PODEM FAZER O BEM MELHOR E O MAL PIOR


Leonardo Boff
O Tempo

Tudo o que é sadio pode ficar doente, também as religiões e as igrejas. Hoje, particularmente, assistimos à doença do fundamentalismo contaminando setores importantes de quase todas as religiões e igrejas, inclusive da Igreja Católica. Há, às vezes, verdadeira guerra religiosa, cuja maior expressão é representada pelo Estado Islâmico, que faz da violência e do assassinato dos diferentes a expressão de sua identidade.

Mas há outro vício religioso, muito presente nos meios de comunicação de massa, especialmente na televisão e no rádio: o uso da religião para arrebanhar gente, pregar o evangelho da prosperidade material, arrancar dinheiro dos fregueses e enriquecer seus pastores e autoproclamados bispos. Têm a ver com religiões de mercado, que obedecem à lógica da concorrência e do arrebanhamento do maior número possível de pessoas com a mais eficaz acumulação de dinheiro líquido possível.

Se bem repararmos, para a maioria dessas igrejas midiáticas, o Novo Testamento raramente é referido. O que vigora mesmo é o Antigo Testamento. Entende-se o porquê. O Antigo Testamento, exceto os profetas e outros textos, enfatiza especialmente o bem-estar material como expressão do agrado divino. A riqueza ganha centralidade. O Novo Testamento exalta os pobres, prega a misericórdia, o perdão, o amor ao inimigo e a irrestrita solidariedade para com os pobres e os caídos na estrada.

REVERÊNCIA E DEVOÇÃO

Fala-se demais de Jesus e de Deus, como se fossem realidades disponíveis no mercado. Tais realidades sagradas, por sua natureza, exigem reverência e devoção. O pecado que mais ocorre é contra o segundo mandamento: “Não usar o santo nome de Deus em vão”. Esse nome está colado nos vidros dos carros e na própria carteira de dinheiro, como se Deus não estivesse em todos os lugares.

O que mais dói e verdadeiramente escandaliza é usar os nomes de Deus e de Jesus para fins estritamente comerciais. Pior, para encobrir falcatruas, roubo de dinheiro público e lavagem de dinheiro. Há quem possua uma empresa cujo título é “Jesus”. Em nome de “Jesus” se amealharam milhões em propinas, escondidas em bancos estrangeiros e outras corrupções envolvendo bens públicos. E isso é feito no maior descaramento.

Por esses desvios de uma realidade sagrada, perdemos a herança humanizadora das escrituras judaico-cristãs, especialmente o caráter libertador e humano da mensagem e da prática de Jesus. A religião pode fazer o bem melhor, mas também pode fazer o mal pior.

A INTENÇÃO DE JESUS

Sabemos que a intenção originária de Jesus não era criar uma nova religião. Havia muitas no tempo. E ele nem pensava em reformar o judaísmo vigente. Ele quis nos ensinar a viver, orientado pelos valores presentes em seu sonho maior, o Reino de Deus, feito de amor incondicional, misericórdia, perdão e entrega confiante a um Deus com características de mãe de infinita bondade.

Como o livro dos Atos dos Apóstolos mostra, o cristianismo inicialmente era mais movimento que instituição. Chamava-se o “caminho de Jesus”, realidade aberta aos valores fundamentais que ele pregou e viveu. Mas, à medida que o movimento foi crescendo, fatalmente se transformou numa instituição, com regras, ritos e doutrinas. E aí o poder sagrado se constitui em eixo organizador de toda a instituição, agora chamada “Igreja”.

Da história aprendemos que, onde prevalece o poder, desaparece o amor e se esvai a misericórdia. Foi o que infelizmente aconteceu.

Tribuna da Internet

Na Avenida Paulista, comunidade judaica faz ato pela paz em Israel

08/11/2015 14h28
São Paulo
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil

Dezenas de balões nas cores azul e branco, simbolizando a bandeira de Israel, foram soltos no final da manhã de hoje (8), em frente ao prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, em manifestação pela paz e contra os atos terroristas no conflito entre judeus e palestinos. Cerca de 250 pessoas participaram do ato, segundo a Polícia Militar. Os organizadores estimam em 1mil participantes.

Durante o ato, que ocorreu simultaneamente em Porto Alegre, Belém, no Recife, em Fortaleza e em Natal, foram entoados, além dos hinos do Brasil e de Israel, canções folclóricas em hebraico, além de apresentações de danças típicas do povo judeu.

“O povo judeu quer paz. Queremos mostrar que temos o direito de nos defender contra os atos terroristas e contra muitas pessoas que tem o antissemitismo dentro do coração”, disse um dos participantes do ato, o guia de turismo, Adi Zegman, de 42 anos.

Um dos coordenadores do ato, Persio Beier, presidente da Juventude Judaico Organizada, disse que a manifestação teve o objetivo de mostrar que a comunidade judaica tem orgulho de sua origem. Ele queixou-se da cobertura que a mídia faz dos conflitos, defendendo que o tema deve ser tratado com cuidado para que não haja interpretações tendenciosas. ”O Brasil não pode importar o conflito para cá. Vivemos muito em harmonia e paz com todos os povos e a partir do momento em que a mídia gera notícia tendenciosa, gera uma formação de opinião errada, incitando a raiva e implicando em agressões aos judeus nas ruas”.

Em discurso, Beier destacou que “violência gera violência” e que não é condenável as ações nas quais são assassinados cidadãos em Israel e que tanto o povo judeu quanto os palestinos merecem viver em paz.

“A nossa expectativa é de atingir a paz”, disse Silvia Lerner, de 76 anos, brasileira com origem alemã e que participou do ato.

No decorrer da manifestação, um ciclista passou e gritou: “Além de invadir a Palestina. Vem invadir a Paulista”. Ele foi vaiado pelos manifestantes. O ciclista passou rapidamente e desapareceu entre outros que passeavam de bicicleta fora da faixa exclusiva. 

Palestina

Na última sexta-feira (6), a comunidade palestina de São Paulo fez uma manifestação pedindo o fim de ações violentas do Exército de Israel contra o povo palestino. Eles reivindicaram também a libertação e a repatriação do brasileiro-palestino Islam Hamed, preso no último dia 24, pelo Exército israelense.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Municípios interromperão abastecimento de água na passagem da lama

07/11/2015 15h55
Brasília
Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil

As prefeituras de Colatina (ES) e Governador Valadares (MG) vão interromper o abastecimento de água durante a passagem da lama transportada pelo Rio Doce, por causa do rompimento de duas barragens em Minas Gerais. A previsão do Serviço Geológico do Brasil é que a lama atinja Governador Valadares na madrugada de domingo (8) e Colatina na tarde de segunda-feira (9).

A onda com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração foi causada pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, na quinta-feira (5), em Bento Rodrigues, um distrito de Mariana, em Minas.

A prefeitura de Colatina informou que o abastecimento será suspenso no momento em que a onda de dejetos chegar a cidade. “Análises serão feitas constantemente até que a qualidade da água seja adequada para o consumo humano. Por este motivo, a administração pede que a população economize água e mantenham seus reservatórios cheios”, informa a nota.

Em Governador Valadares, a prefeitura informou que, quando a lama chegar, o serviço de água da cidade vai desligar as bombas por um tempo, colher amostras e analisar a água. Caso seja possível tratar, garantindo a qualidade, o abastecimento volta ao normal. Do contrário, será suspenso.

Outro município do Espírito Santo que deve ser atingido pela lama na noite de segunda (9) para terça-feira (10) é Linhares. De acordo com a prefeitura, não há risco de contaminação da água que é distribuída a população uma vez que o ponto de captação é feito no Rio Pequeno.

“Além disso, em 18 de outubro, a prefeitura fez uma barragem no Rio Pequeno para manter o volume do rio, e esta barragem servirá como uma barreira que evitará o contato da água do Rio Doce com o Rio Pequeno, garantindo segurança extra para o abastecimento de Linhares”, registrou em comunicado.

Edição: Beto Coura
Agência Brasil

Papa Francisco considera "ato deplorável" o roubo de documentos do Vaticano

08/11/2015 11h51
Cidade do Vaticano
Da Agência Lusa

O papa Francisco classificou hoje (8) como “ato deplorável” o roubo de documentos internos do Vaticano e assegurou que nada o impedirá de continuar as reformas que quer realizar. “Quero dizer que o roubo desses documentos é um delito. É um equívoco e um ato deplorável que não ajuda”, afirmou o papa ao falar do desaparecimento e da divulgação de documentos do Vaticano que foram publicados em dois livros.

O inquérito sobre o caso já levou à detenção, no fim de semana passado, do sacerdote espanhol Lúcio Ángel Vellejo Balda e da italiana Francesca Chaouqui.

Após a celebração da missa de domingo, o papa dirigiu-se aos fiéis presentes na Praça de São Pedro afirmando que sabe que muitos deles estão indignados com as notícias que têm circulado nos últimos dias sobre os documentos da Santa Sé que “foram subtraídos e publicados”.

Nas primeiras palavras sobre o escândalo, o papa indicou que foi ele que pediu para se fazer o estudo sobre as finanças do Vaticano e que sabia, tal como os colaboradores mais próximos, da existência dos referidos documentos. “Tomaram-se medidas que já estão dando frutos”, assegurou.

“Quero dizer que este triste fato não me afasta do trabalho e das reformas que estamos a realizar, com os meus colaboradores, e com o apoio de todos vocês”, acrescentou dirigindo-se aos fiéis.

O papa disse ainda que “a Igreja renova-se através da oração e com a santidade cotidiana de cada batizado” e pediu aos fiéis que rezem por ele e pela Igreja e seguindo em frente com “confiança e esperança”.

O já chamado caso “Vatlileaks 2" – em referência ao caso anterior em que foi condenado Paolo Gabriele, mordomo do papa Bento XVI, pelo roubo e divulgação de documentos – foi conhecido semana passada quando foi comunicada a detenção do padre espanhol e da italiana responsável pelas relações públicas da Santa Sé.

Ambos foram detidos no passado fim de semana no quadro da investigação sobre a divulgação dos documentos de caráter econômico considerados “reservados” pela Santa Sé e que surgiram publicados na quinta-feira nos livros Via Crucis, de Gianluigi Nuzzi, e Avarizia, de Emiliano Fittipaldi.

O sacerdote espanhol de 54 anos foi secretário da Comissão Investigadora dos Organismos Econômicos e Administrativos da Santa Sé (Cosea), que o papa instaurou para investigar o estado das finanças do Vaticano. A comissão foi extinta.

Alguns dos documentos produzidos pelos organismos foram publicados nos dois livros. Vallejo Balda, neste momento, está detido preventivamente no edifício da Gendarmaria do Vaticano. Já a ex-Relações Públicas italiana, que foi membro da Cosea, foi colocada em liberdade. Os dois esperam agora o fim das investigações preliminares.

Um comunicado do Vaticano, divulgado na semana passada, disse que as investigações continuam e que a divulgação de notícias sobre documentos reservados é “um delito” contemplado na legislação do Estado da Cidade do Vaticano e que prevê penas de até oito anos de prisão.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Após temporal, equipes retomam buscas por desaparecidos em Minas Gerais

08/11/2015 09h36
Mariana (MG)
Paula Laboissière - Enviada Especial da Agência Brasil

Mariana (MG) - Área afetada pelo rompimento de barragens no distrito de Bento Rodrigues, zona rural da cidadeAntonio Cruz/Agência Brasil

Os trabalhos de busca e resgate no distrito de Bento Rodrigues, na zona rural em Mariana (MG), começaram por volta das 6h de hoje (8), após o temporal que caiu na região durante a madrugada. Homens do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, do Exército e da Defesa Civil do estado buscam 28 pessoas que continuam desaparecidas após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco.

Em entrevista à Agência Brasil, o major Rubens da Cruz, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, explicou que o ideal é que o tempo fique mais firme para que a lama no local fique mais sólida e facilite o deslocamento na região.

"Mesmo com tempo fechado, nós vamos continuar", disse. "Não há previsão para parar. A população tem medo que se interrompa as buscas, mas não existe essa possibilidade", ressaltou.

A previsão, segundo ele, é que, ao longo do dia, as equipes de busca se desloquem para outros distritos de Mariana também afetados pelo rompimento das barragens, como Paracatu, Rio Doce e Barra Longa. "Vamos descendo, seguindo o leito do rio", explicou.

Edição: Carolina Pimentel

Homem é morto a tiros no Bairro Vila Olavo Costa em Juiz de Fora

07/11/2015 18h01 - Atualizado em 07/11/2015 20h44

Do G1 Zona da Mata

Um homem de 34 anos foi morto a tiros no final da manhã deste sábado (7) em Juiz de Fora. O crime ocorreu na Rua Jacinto Marcelino, no Bairro Vila Olavo Costa. Três suspeitos foram identificados, mas ninguém foi detido. Ainda não há informações sobre o motivo do crime.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o Centro de Operações (Copom) recebeu ligações de pessoas dizendo que ouviram tiros no local. Quando a viatura chegou, encontrou o corpo caído na rua com várias perfurações. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou que o homem já estava morto. Após a perícia da Polícia Civil, o corpo foi levado pela funerária para o Instituto Médico Legal (IML).

A PM recebeu informações de que a vítima saiu recentemente do complexo penitenciário de Linhares. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), que informou que o homem estava em prisão domiciliar por determinação da Justiça.

A partir desta segunda-feira (09/11) : PJF recebe solicitação de apoio e alvará para blocos, entidades e eventos carnavalescos

JUIZ DE FORA - 5/11/2015 - 16:04
Notícias de: FUNALFA


Será aberto na segunda-feira, 9, o edital de solicitação de apoio e alvará para eventos carnavalescos. O procedimento é gratuito e obrigatório para blocos, entidades e qualquer outra atividade ligada à Folia de Momo. O prazo para oficializar os pedidos termina no dia 23 de dezembro, e os solicitantes devem se dirigir ao Espaço Cidadão JF (Avenida Rio Branco 2.234 – Parque Halfeld – Centro), de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. Junto com a documentação prevista no Edital, é preciso apresentar o formulário e o requerimento específico, que estarão disponíveis no Departamento de Cultura da Funalfa e no Espaço Cidadão JF. Cópias digitalizadas podem ser solicitadas pelo e-mail funalfaculturapjf@gmail.com.

Os responsáveis que forem contemplados com auxílio financeiro terão que prestar contas da verba recebida até 30 dias após a realização do evento. É de responsabilidade do solicitante providenciar em tempo hábil, no Corpo de Bombeiros Militar, toda a documentação exigida para o evento proposto, obedecendo às orientações técnicas, conforme as características e especificidades de cada evento e/ou atividade.

Também cabe ao solicitante providenciar, com a Cemig, o pedido de ponto de energia ou ligação de chave provisória de energia (quando for o caso). O pagamento do referido serviço correrá por conta da organização do evento e não será considerado nos pedidos de apoio.

As solicitações recebidas por meio do Edital serão analisadas por uma comissão especialmente designada, que se reunirá semanalmente, entre 18 de novembro de 2015 e 18 de fevereiro de 2016, formada por oito representantes de setores da PJF e instituições relacionadas com os referidos eventos, sendo:

um representante da Secretaria de Governo (PJF)
um representante da Secretaria de Transporte e Trânsito (PJF)
um representante da Secretaria de Atividades Urbanas (PJF)
dois representantes da Funalfa
um representante da Polícia Militar de Minas Gerais
um representante da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (Guarda Municipal)
um representante do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

Todos os pedidos serão avaliados no que diz respeito à liberação de alvará para uso do espaço público, porém, novos blocos, entidades carnavalescas e/ou outras atividades ligadas ao carnaval não poderão solicitar suporte material ou financeiro.

O deferimento dos pedidos levará em consideração a capacidade financeira da PJF; a relevância cultural e comunitária do evento; a natureza e a localização do evento; a necessidade de alteração de trânsito e tráfego; a quebra no funcionamento da rotina e cotidiano da cidade; a proximidade com hospitais, escolas, bens tombados e outros; a previsão de público e histórico da realização do evento em anos anteriores; a capacidade de suporte logístico dos órgãos públicos envolvidos; a possível concentração de eventos no mesmo dia, região e/ou horário; a concordância e anuência da Sociedade Pró-Melhoramentos do bairro ou região apresentada no ato do pedido; horário de início e término, considerando concentração - quando houver - e dispersão, incluindo pós-evento, além da programação da equipe organizadora;

A resposta e o possível deferimento dos pedidos serão expedidos semanalmente, a partir de 1º de dezembro, através de correspondência escrita.

* Informações com a assessoria de comunicação da Funalfa – 3690-7044
Portal PJF

sábado, 7 de novembro de 2015

Tiroteio no Bairro São Benedito deixa feridos. PM foi baleado na perna

Rua Araxá - São Benedito - Juiz de Fora 

Nesta sexta-feira (6), por volta de 20:20 h, policiais militares registraram a ocorrência de tentativa de homicídio.

Uma viatura composta por três militares visualizou dois indivíduos ocupando uma motocicleta.

A dupla efetuava disparos de arma de fogo na direção de um bar.

Durante a fuga os atiradores depararam com a equipe policial e atiraram na direção dos militares, que revidaram a injusta agressão.

0 cabo W. V. O, 30, foi atingido na panturrilha direita e foi encaminhado ao hospital, sem risco de morte.

Houve um intenso rastreamento e um dos supostos autores foi localizado.

Duas armas de fogo e a motocicleta Falcon, cor preta, foram apreendidas.

Duas outras vítimas, 28 e 13 anos, também foram baleadas , sendo a primeira na perna e o adolescente, atingido de raspão. Ambas foram encaminhadas para atendimento médico.

Um dos autores,40, foi localizado no bairro JK e recebeu voz de prisão em flagrante delito. O comparsa foi identificado, mas não foi localizado.

A Polícia Civil Civil se encarrega das investigações.

Um Procedimento administrativo poderá ser instaurado pela PMMG.