terça-feira, 11 de agosto de 2015

Casal é detido suspeito de maus-tratos a animais em Juiz de Fora

10/08/2015 19h34 - Atualizado em 10/08/2015 19h34

Bárbara Almeida
Do G1 da Zona da Mata

Um casal de, 49 e 51 anos, foi detido suspeito de maus-tratos a animais domésticos nesta segunda-feira (10) no Bairro Grama, em Juiz de Fora. Após denúncias anônimas, a Polícia Civil apreendeu na casa dos suspeitos 61 animais, entre aves, cachorros, gatos e porquinhos da índia.

A delegada da Delegacia de Proteção aos Animais, Dolores Tambasco, contou que todos os animais estavam mal acondicionados e com suspeitas de doenças. "Investigamos a dupla durante um mês, neste tempo também monitoramos as redes sociais dos autores. Eles colocavam os bichos para procriar e vendiam pela internet. Os animais apreendidos estavam em gaiolas, em estado lastimável. Para se ter uma ideia, tinham galinhas com cachorros em uma só gaiola", contou.
Polícia Civil apreendeu 61 animais na casa dos suspeitos 
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil investiga se o casal também cometeu crime de dano à saúde pública, pois alguns gatos estão sendo examinados com suspeita de doença transmissível a humanos. "Veterinários estão examinando todos os animais, porém alguns gatos estão em situação pior e com suspeita de esporotricose - que é uma doença que se for transmitida para os humanos pode levar à morte. Se ela for constatada nos felinos o casal pode responder também por dano à saúde pública", explicou.

Os animais apreendidos serão encaminhados para uma (ONG), onde serão atendidos. “A situação dos animais não está boa, agora nos preocupamos com a saúde deles. Uma organização fará o atendimento em todos em primeiro momento e após os saudáveis encaminhados para doação”, comentou a delegada.
Animais serão atendidos em ONG de Juiz de Fora
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Suspeitos
O casal que confessou o crime foi ouvido na Delegacia de Proteção aos Animais na tarde desta segunda-feira (10). De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos foram ouvidos e liberados.

“Eles confessaram que o objetivo era ganhar dinheiro e não gastar muito com os animais. As oitivas foram realizadas e agora daremos continuação à investigação”, concluiu.

Leis
A legislação pune com detenção de três meses a um ano quem comete maus-tratos, fere, ou mutila qualquer tipo de animal. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a violência provocar a morte do bicho. Não há hoje tipo penal específico para agressão a cachorro e gato.

G1 Zona da Mata 

Livro resgata história política do Brasil por meio da música

11/08/2015 05h52
Brasília
Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil

Resgatar a história política do país e recontá-la por meio de músicas dos mais variados estilos é o intuito do livro Quem foi que inventou o Brasil?, do jornalista Franklin Martins.

Em três volumes, a obra aborda o período de 1902 a 2002 e reúne mais de mil canções situando historicamente os fatos e os personagens, tanto políticos quanto artísticos.

“A música brasileira faz a crônica da vida política nacional. Não há fato relevante que não tenha sido objeto de uma ou mais músicas compostas no calor dos acontecimentos”, disse Franklin durante o programa Espaço Público, da TV Brasil, no início do mês de julho. 

Na avaliação do jornalista, a música, assim como a fotografia e o cinema, é uma expressão artística capaz de transmitir os acontecimentos. Para ele, uma das razões para a força da musicalidade brasileira é a precariedade histórica da educação. “Em um país onde a maior parte da população não tinha acesso às letras, era analfabeta, a forma de transmissão da história era oral. E a transmissão oral se faz melhor quando é feita com rima e música. Isso é uma das grandes razões, a meu ver, da nossa musicalidade: a falta da educação formal no Brasil ao longo dos séculos”, disse o jornalista.

O título do livro, Quem foi que inventou o Brasil?, faz referência a uma marchinha de Lamartine Babo. Na música, a resposta a essa pergunta se refere às origens do povo brasileiro – os portugueses, os indígenas e os africanos. Franklin afirma que essa capacidade de documentar fatos históricos por meio das músicas é algo que diferencia a produção brasileira, que é constante, permanente. “Geralmente nos outros países essa relação é intensa nos momentos de grandes conflitos políticos, de guerras, traumas sociais. Superado aquele momento, a produção de música sobre política cai, porque um dos dois lados vence e reprime o outro”, destacou Franklin à TV Brasil.

Segundo ele, o costume dos brasileiros de fazer música satirizando os episódios nacionais vem desde os tempos do império. “Quando a família real vem para o Brasil, havia muitas modinhas gozando a família real, que vendia títulos de nobreza para fazer caixa e manter-se no Brasil.”

O escritor relata uma mudança muito significativa, ao longo dos anos, nos gêneros musicais que falam de política no Brasil. No fim dos anos 70, o rock aparece com muita força e se mantém até início dos anos 90, quando o rap, o funk, o samba-rap e o reggae passam a predominar como gêneros que abordam política. Esses últimos trazem o que Franklin chama de bronca social, ou seja, as reivindicações da periferia. “Eu não tinha ideia da intensidade do preconceito, da bronca social existente na sociedade contra a injustiça, a opressão, a falta de oportunidade, o racismo, a opressão policial dirigida contra o preto, o pobre e a prostituta”, afirmou.

Jornalista político, Franklin trabalhou na Rede Globo e começou sua pesquisa sobre a relação entre política e música no Brasil em 1997.

O terceiro volume da obra será lançado nesta terça-feira (11), às 19h, na Livraria da Travessa, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Assaltantes fugiram no carro da vítima - S10 2012

Em um assalto em uma casa, na manhã de hoje em Matias Barbosa, bandidos levaram vários pertences, entre eles o carro dos moradores: uma S10 2012 cabine simples de placa HNY 9246. 
O dono do veiculo seguiu os ladrões até Juiz de Fora no Bairro Estrela Sul. Se você souber de alguma informação ligue para o 190. Ou se você quiser simplesmente ajudar a encontrar o veículo, compartilhe essa mensagem.

https://www.facebook.com/JFDepressao

Governo de Minas Gerais institui grupo de trabalho para revisar Lei Robin Hood

18h10min - 10 de Agosto de 2015 Atualizado em 18h07min

Manoel Marques/Imprensa MG
Governador Fernando Pimentel, secretário Paulo Guedes e prefeitos do Norte de Minas discutiram mudanças na Lei Robin Hood

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, decretou a instituição de um grupo de trabalho para promover estudos referentes à distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pertencente aos municípios. O objetivo é realizar um levantamento de dados, com relatórios e conclusões para subsidiar a elaboração da proposta de revisão da Lei nº 18.030, de 2009, conhecida como Lei Robin Hood. Dessa maneira, será possível identificar distorções de recursos distribuídos aos municípios.

O decreto foi publicado na edição de sábado (8/8) do Diário Oficial do Estado. A decisão foi tomada pelo governador após reunião com prefeitos do Norte de Minas e o secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), Paulo Guedes. Além da Sedinor, participarão do grupo as secretarias de Estado de Governo, Planejamento e Gestão, Fazenda, Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, além de cinco prefeitos a serem indicados pela Associação Mineira de Municípios (AMM).

Os nomes dos integrantes do Grupo de Trabalho serão definidos nos próximos dias. O estudo para a elaboração da proposta deverá ser concluído em 30 dias, sendo que o prazo pode ser prorrogado por igual período.

A Lei Robin Hood tem como objetivo descentralizar a distribuição da cota-parte do ICMS, aumentar a arrecadação e a eficiência do gasto público local e criar uma parceria entre Estado e municípios. No entanto, observou-se em Minas Gerais que municípios mais carentes, merecedores de transferências de recursos maiores, receberam valores baixos, enquanto localidades mais ricas do Estado foram beneficiadas com expressivas transferências de recursos.

Na prática, o grupo vai propor a exclusão, inclusão e alteração de critérios que estabelecem quanto cada município vai receber, além de estudar o aumento da parcela de 25% total do imposto destinado ao município. Com isso, pretende-se melhorar os investimentos nos serviços essenciais à população como educação, saúde e segurança, além de gerar justiça tributária e social.

Agência Minas 

UFJF anuncia pagamento de bolsas a projetos de extensão em atividade

11/08/2015 10h45 - Atualizado em 11/08/2015 10h45

Do G1 Zona da Mata

Projetos que mantiverem atividades serão pagos
(Foto: Frederico Boza Alvim UFJF/Divulgação)

Menos de uma semana depois de anunciar a suspensão dos projetos de extensão e do pagamento das bolsas, a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou que os responsáveis pelos projetos de extensão que mantiverem as atividades podem lançar frequência dos bolsistas, que serão pagos.

Em nota divulgada no site, a Proex informou que recebeu dezenas de manifestações de descontentamento e de declarações de que projetos de extensão não parariam durante agosto, mesmo sem as bolsas, com o semestre suspenso, a greve dos servidores técnico-administrativos e também dos professores, iniciada nesta segunda-feira (10).

Não foram informados quantos projetos devem continuar em atividade. Segundo a Proex, a última folha de pagamento, referente a julho e quitada em agosto, incluía 760 bolsistas de diferentes cursos que receberam R$ 340 cada um.

Crise na UFJF
Na última quinta-feira (6), a nota divulgada no site da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) destacou que a suspensão dos projetos e das bolsas referentes a agosto, a vencer em setembro, não seriam pagas. O pró-reitor Leonardo Carneiro explicou que o assunto seria levado ao Conselho Superior (Consu) em uma reunião prevista para esta quarta-feira (12).

A decisão foi um desdobramento do momento complexo da instituição, marcado pelo impacto da crise econômica nacional e pelos mais de dois meses de greve dos servidores técnico-administrativos. “Como as atividades do semestre da graduação foram suspensas pelo Consu, houve um questionamento se os projetos de extensão continuariam. Se eles mantiverem as atividades implica que os bolsistas estejam em Juiz de Fora para participar dos projetos”, explicou Leonardo Carneiro.

Em 2015, a UFJF realizou uma reestruturação orçamentária após os cortes no repasse do Ministério da Educação à universidade. No dia 28 de julho foi anunciada a suspensão das atividades de graduação no segundo semestre de 2015, afetando 17 mil alunos nos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares. Além do corte orçamentário, a greve dos funcionários técnico-adminsitrativos, que afeta o funcionamento de vários setores da instituição, está entre os motivos da decisão do Consu.

Alunos intercambistas com viagem prevista para o segundo semestre, formandos e setores econômicos de Juiz de Fora analisaram o impacto da suspensão do período letivo em entrevistas ao G1.

Na Zona da Mata e no Campo das Vertentes, a UFJF foi a única a suspender o segundo semestre letivo da graduação. As universidades federais em Viçosa e de São João del Rei retomaram as aulas na última segunda-feira (3), também vivenciando o impacto da greve dos técnicos administrativos e da crise econômica.

http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/08/ufjf-anuncia-pagamento-de-bolsas-projetos-de-extensao-em-atividade.html

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Funalfa abre inscrições para a Lei Murilo Mendes

JUIZ DE FORA - 10/8/2015 - 16:41
Notícias de: FUNALFA

A Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) abre, nesta quarta-feira, 12, o período de inscrições para a edição 2015 da Lei Municipal de Incentivo à Cultura Murilo Mendes. Neste ano, por meio do Fundo Municipal de Cultura (Fumic), a Prefeitura de Juiz de Fora disponibiliza R$ 850 mil para financiamento de projetos e produtos culturais de artistas e produtores locais.

Os interessados em concorrer ao financiamento devem se inscrever gratuitamente até 11 de setembro, na Secretaria da Lei Murilo Mendes, na sede da Funalfa (Avenida Rio Branco, 2.234, Centro – Parque Halfeld), de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas. A lei, o edital, o decreto, os protocolos de pessoa física e jurídica e o formulário de inscrição estão disponíveis no sitewww.pjf.mg.gov.br.

O teto de financiamento será de R$ 28 mil. Até 20% dos recursos do Fumic serão destinados aos projetos da categoria Baixo Custo (até R$ 5 mil). Todas as propostas inscritas serão submetidas a três etapas de avaliação. A primeira fase é a análise documental, de caráter eliminatório e sem direito a recurso, que consiste em verificar se todos os documentos exigidos no edital foram adequadamente entregues.

A segunda etapa é a análise de consultores especializados, que tem caráter eliminatório e classificatório. Os consultores, especialistas na área de cada projeto, atribuirão notas para as propostas. Os projetos com pontuação igual ou superior a 80 passam para a terceira fase de julgamento, que é a avaliação da Comissão Municipal de Cultura (Comic), na qual também serão atribuídas notas. O resultado final é a média aritmética das notas dos consultores e da Comic.

Só serão aceitos proponentes que residirem em Juiz de Fora há, pelo menos, três anos. Cada pessoa poderá inscrever um projeto como proponente e participar de até outros dois como membro de equipe. O resultado final da concorrência deve ser divulgado até o fim de novembro.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF

REUNIÃO DE DILMA COM MINISTROS NÃO DEU O MENOR RESULTADO

José Carlos Werneck

Objetivando um exame detalhado da crise política e para tomar decisões pontuais para tentar superá-la, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se no Palácio da Alvorada, na noite deste domingo, com os ministros da chamada coordenação política do governo, com a presença do vice-presidente Michel Temer e dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, senador José Pimentel.

Foi analisada a relação tensa com o Congresso, notadamente com a Câmara dos Deputados, onde a presidente teve uma derrota na semana passada e dois partidos abandonaram a base aliada – PDT e PTB.

A reunião foi improfícua e nada decidiu. Motivo: todos os participantes estavam lá a contragosto, porque pretendiam passar o Dia dos Pais com suas famílias, mas a presidente Dilma foi inflexível e exigiu a presença de todos eles. Ou seja, Dilma emagreceu, mas continua sem jogo de cintura.

http://www.tribunadainternet.com.br/

Ladrão tenta matar vítima, mas atinge outro assaltante com tiro na cabeça

10/08/2015 13h47 - Atualizado em 10/08/2015 13h47

Do G1 Itapetininga e Região

Armas usadas pelos criminosos no assalto foram apreendidas, diz PM (Foto: Romeu Neto/ TV TEM)

Um assaltante errou o alvo e atirou na cabeça do comparsa durante assalto em uma casa em Itaberá (SP), na madrugada desta segunda-feira (10), segundo a Polícia Militar. O suspeito tentou matar o morador porque ele brigava com o outro criminoso na hora do crime.

Ainda segundo a PM, a dupla invadiu a residência, que fica no Bairro Jardim Carolina, durante a madrugada e anunciou o assalto. O morador, que é gerente de um posto de combustíveis, reagiu e conseguiu derrubar a pistola de um dos assaltantes, fazendo com o que o outro tentasse atingi-lo.

Depois do disparo, o criminoso atingido ficou desmaiado enquanto o outro fugiu da casa. Mas um policial de folga passava pela rua no momento do crime, ouviu os barulhos e deteve o suspeito. Ele foi levado à delegacia e, enquanto prestava depoimento, um terceiro criminoso ligou no celular dizendo que estava esperando no ponto combinado para a fuga, afirma a PM. Ele foi preso em seguida pela polícia.

O morador da casa levou coronhadas na cabeça e foi levado ao hospital junto com o assaltante. O estado de saúde dos dois feridos não foi divulgado.
Dois suspeitos foram presos e outro foi internado no hospital (Foto: Romeu Neto/ TV TEM)

Grêmio Recreativo Borboleta vence desfile da Copa Prefeitura Bahamas. Bom de Bola fica com segundo lugar

JUIZ DE FORA - 10/8/2015 - 11:14
Notícias de: SECRETARIA DE ESPORTE E LAZER

Nem mesmo a fina chuva que caiu na manhã do Dia dos Pais, 9 de agosto, foi capaz de diminuir a alegria de todos os envolvidos no Desfile de Abertura da edição 2015 da Copa Prefeitura Bahamas de Futebol Amador, que coloriu a pista central da Avenida Rio Branco. A apresentação teve caráter competitivo, sendo vencida pelo Grêmio Recreativo Borboleta, que levou para a Rio Branco um pouco da cultura germânica com o apoio do Grupo de Dança Schmetterling. Como prêmio, R$ 900 em dinheiro e um uniforme completo. As crianças e os adolescentes do programa Bom de Bola também fizeram um lindo desfile, transformando a principal avenida da cidade em campo de futebol, e conquistaram R$ 400 e jogo de camisas. Em terceiro, ficou a Vila da Prata, com um desfile repleto de crianças, que foi premiada com R$ 200 e uma bola oficial. No concurso de embaixadas, vitória de André Luís Lourenço, com 77 repetições. João Pedro Proba ficou em segundo. Ambos estão inscritos na Copa Prefeitura Bahamas de Futebol Amador pelo Dom Pedro/Vianna Júnior e ganharam, respectivamente, R$ 300 e R$ 200 em vale-compras.

O júri que apontou os vencedores foi presidido por José Carlos Passos, o Zé Kodak. O vice-prefeito Sérgio Rodrigues também integrou o júri. Para ele e demais presentes ao evento, o sentimento foi de que todos que participaram do desfile eram vencedores. Afinal, são eles que fazem da competição a maior do Brasil quando o assunto é futebol amador. “Uma festa cidadã. A gente tem a oportunidade de participar de um evento que traz o esporte como incentivo à cidadania. É um grande evento para todos os bairros do nosso município, mas que conta também com a participação de cidades vizinhas. É de fato uma grande competição e por isso se tornou a maior copa de futebol amador do país. Parabéns à Prefeitura de Juiz de Fora, ao Bahamas e, principalmente, aos atletas”, disse o vice-prefeito.

Pelo que se viu logo na abertura da edição 2015, não vai faltar garra aos jogadores durante as disputas. “Estamos muito gratos com a compreensão, principalmente por parte das crianças. Na concentração, como a gente costuma dizer, começou uma chuva fina, e a gente não está podendo reclamar de chuva”, comentou bem-humorado o gerente de Marketing do Bahamas, Nélson Júnior, confessando que chegou a pedir “ao Papai do Céu uma forcinha para que as crianças pudessem desfilar, e isso aconteceu. Foi um desfile muito legal, trouxemos muita gente para a avenida. Ficamos muito satisfeitos. E, a partir dessa demonstração de cidadania, esperamos que as equipes estejam organizadas de forma disciplinada para que a gente possa desenvolver os jogos. O que vale agora é o que eles mais gostam: bola rolando.”

Feliz da vida com a vitória estava o presidente do Grêmio Recreativo Borboleta, Wellington Duque. Quando perguntado se também vai disputar o título da competição, deu a seguinte resposta: “Vamos tentar. Mas, em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer à organização da Copa Prefeitura Bahamas pelo carinho com que trata a minha equipe. Vamos partir para a luta em busca de mais um título. O campeonato começou hoje para nós e já tivemos a primeira vitória”. Segundo Duque, a conquista no desfile foi fruto de muito trabalho. “Quem mexe com futebol amador sabe o quanto é difícil”.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da SEL pelos telefones 3690-7829.

Portal PJF 

Julgamento no STF pode levar Brasil a descriminalizar porte de drogas

10/08/2015 05h52
Rio de Janeiro
Isabela Vieira e Vitor Abdala – Repórteres da Agência Brasil
O STF deve julgar neste semestre a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio Tânia Rêgo/Arquivo Agência Brasil

O Brasil pode se igualar aos demais países da América do Sul que descriminalizaram o porte de drogas hoje ilícitas e passar a ser tolerante com o consumo e com o cultivo para uso próprio. A medida depende do Supremo Tribunal Federal (STF) que deve julgar, neste mês, ação questionando a inconstitucionalidade da proibição. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo recorreu à Corte, alegando que o porte de drogas, tipificado no Artigo 28 da Lei 11.343, de 2006, não pode ser considerado crime, por não prejudicar terceiros. O relator é o ministro Gilmar Mendes, que finalizou o voto e deve colocar o tema em votação ainda este mês.

Para especialistas em segurança pública, direitos humanos e drogas, o STF tem a chance de colocar o Brasil no mesmo patamar de outros países da região e dar um passo importante para viabilizar o acesso de dependentes químicos ao tratamento de saúde, além de pôr fim à estigmatização do usuário como criminoso.

“A lei de drogas manteve a posse de drogas como crime, mas não estabeleceu a pena de prisão – o que foi um avanço. O entendimento que se tem é que isso [a proibição] é inconstitucional, diante dos princípios da liberdade, da privacidade, no sentido que uma pessoa não pode ser constrangida pelo Estado, sob pena de sanção, por uma ação que, caso faça mal, só faz mal a ela”, explicou a coordenadora do Grupo de Pesquisas em Política de Drogas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luciana Boiteux.

O diretor para a América Latina da Open Society Foundation, organização não governamental que defende direitos humanos e governança democrática, Pedro Abramovay, diz que em nenhum país onde o porte de drogas foi flexibilizado houve aumento do consumo.

“O Brasil está atrasado e se descriminalizar vai se igualar a dezenas de países que já passaram por esse processo. Todos os países que descriminalizaram o consumo, que falaram que ter o porte para o consumo pessoal não é mais crime, não viram o consumo crescer. Então, esse medo que as pessoas têm, de haver aumento, é infundado com os dados da realidade”, destaca.

Ele acredita que a medida pode fazer com que dependentes tenham acesso facilitado à saúde. “Hoje, um médico que trata uma pessoa que usa crack, lida com um criminoso, tem a polícia no meio, o que torna a abordagem mais e mais difícil”, destacou Abramovay, que já foi secretário nacional de Justiça.

Traficante x usuário

Com a decisão do STF, também pode sair das mãos da polícia e do próprio Judiciário a diferenciação entre quem é traficante e quem é usuário, que tem levantado críticas de discriminação e violação de direitos humanos nas prisões. A lei atual, de 2006, não define, por exemplo, quantidades específicas de porte em cada caso, como em outros países, e deixa para o juiz decidir, com base no flagrante e em “circunstâncias sociais e pessoais”. “Em outras palavras: quem é pobre é traficante, quem é rico é usuário”, critica Abramovay.

Segundo ele, o STF deve recomendar, na sentença, que sejam estabelecidos critérios para a caracterização de usuários, por órgãos técnicos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O Supremo pode dizer que, para garantir que a Constituição seja respeitada, sem discriminação, são necessários critérios. Esse não é um tema menor, a falta de indefinição leva ao encarceramento. Estamos falando de um a cada três presos no país”, destacou Abramovay.

Em evento no Rio de Janeiro, na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reconheceu que as “lacunas legais” para diferenciar traficantes e usuário alimenta o ciclo de violência e superlota o sistema prisional. Segundo ele, o tráfico é o segundo tipo de crime que mais coloca pessoas atrás das grades, depois de crimes contra o patrimônio. No caso de mulheres, o tráfico aparece em primeiro lugar na lista.

“Sabemos que temos uma cultura, que não me parece adequada, de querer forçar a barra de tudo quanto é traficante para poder criminalizar. Temos muita gente que é usuária – que deveria receber tratamento de saúde – entrando nas unidades prisionais em contato com organizações criminosas: ou seja, entra usuário e sai membro do tráfico”, lamentou o ministro.

A professora da UFRJ Luciana Boiteux aposta na regulação – da produção à venda das substâncias – como solução para enfrentar a violência e os homicídios no país relacionados ao combate ao tráfico.

Outro lado
Contrário à descriminalização do porte de drogas para consumo próprio, o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) acredita que a medida é o primeiro passo para a legalização das drogas o que, de acordo com ele, seria ruim para a sociedade.

“Se descriminalizar o uso, acabou, legalizou a droga. Se não for crime usar [a droga], as pessoas vão andar com droga à vontade. Vão levar para o colégio, para a praça, distribuir para os amigos. E como é que pode não ser crime comprar, mas ser crime vender? Como se resolve esse paradoxo? Isso vai acabar legalizando a venda. Os traficantes vão [fingir] ser todos usuários. Isso vai aumentar a circulação da droga. Liberar a droga só agrava o problema, não melhora”, disse Terra que preside a Subcomissão de Políticas Públicas sobre Drogas da Câmara dos Deputados.

Ele discorda da tese de que o uso de drogas é uma liberdade do indivíduo, que só afeta a ele. “A dependência química é uma doença incurável. A pessoa vai levar aquilo para o resto da vida. Isso pode reduzir sua capacidade laborativa e de cuidar da família. Muitas vezes, [o usuário] sobrecarrega a família, porque a maioria é desempregada e não consegue cuidar da família. Ele sobrecarrega seus pais, irmãos, que têm que cuidar dele, tem que arrumar dinheiro para manter, tem que trabalhar mais. A liberdade de ele usar droga é a escravidão da família”, afirma.

O deputado relaciona ainda o uso de drogas, lícitas e ilícitas, ao aumento da violência no país. “Nossa epidemia da violência é filha da epidemia das drogas. O Brasil é o país em que mais se mata gente no mundo. Mata mais em homicídios, em acidentes de trânsito. Se liberar, vai aumentar tudo isso. Qual é a maior causa de violência doméstica? É o álcool, porque é uma droga lícita. Não é crime comprar álcool. A violência doméstica vai aumentar muito em função da circulação das drogas ilícitas”, diz.

A opinião é compartilhada pelo empresário Luiz Fernando Oderich, que fundou a organização não governamental Brasil Sem Grades, que pede mais segurança e defende leis mais duras para combater a violência. Max, filho de Oderich, foi assassinado há 13 anos durante uma tentativa de assalto.

Segundo ele, o usuário não deve ser tratado como criminoso. Entretanto, muitas vezes, ele se envolve em outros crimes por causa do uso de drogas. “Existe uma relação entre um comportamento não social e o consumo de drogas. Alguns, de uma maneira menor, e outros, de uma maneira maior. É uma coisa que não faz bem”, disse o empresário.

O psiquiatra Osvaldo Saide, da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), diz que o ideal é não tratar o usuário como criminoso, mas encaminhá-lo para tratamento. No entanto, segundo ele, é preciso que a legislação deixe claro o que fazer em casos de pessoas que cometam crimes sob efeito de drogas e em casos de venda de drogas pelos usuários para sustentar seu próprio vício.

Para Saide, seria necessário criar alternativas ao usuário como receber a pena pelo outro crime cometido ou se submeter a tratamento compulsório. “A Justiça pode pressionar a pessoa para o tratamento em uma situação em que ela não tem a noção da gravidade do seu problema, até porque a dependência química leva a uma falta de noção da gravidade do próprio problema. Às vezes, uma pessoa com profissão fica imersa, por exemplo, no crack”, disse.

A presidenta da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas (Abead), a psiquiatra Ana Cecília Marques, acredita que a descriminalização do uso precisa ser discutida pela sociedade, mas discorda que isso seja feito por um julgamento do STF.

“É preciso que haja uma lei que defina claramente os casos específicos, como se ele é um usuário eventual, se tem uma dependência. Sou a favor de descriminalizar, mas acho que precisa ter todo esse rigor, que não é algo que existe nas nossas leis de drogas. Elas não são claras, deixam várias lacunas. E no país faltam políticas para as drogas. Sou a favor, mas temo por esse processo de descriminalização”, disse.
Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil