sábado, 26 de abril de 2014

PM prendeu dupla que tentou assaltar padaria

26/04/2014 - Juiz de Fora 
Rua Estrada Marciano Pinto - Sagrado Coração de Jesus

Nessa sexta-feira(25), por volta de 22:00 h, policiais militares registraram a prisão de dois indivíduos que tentaram assaltar uma padaria.
A vítima,24, narrou que dois indivíduos, um deles portando uma faca, anunciaram o assalto, ato contínuo o seu genitor lhe chamou, a dupla assustou e evadiu-se.
Durante o rastreamento T.C, e E.L,29, portando uma faca, foram abordados e reconhecidos.
Na delegacia também foi lavrado o T.C.O.

Moto com fita isolante na placa / PM localizou uma pistola municiada e um papelote de cocaína

26/04/2014 - Juiz de Fora 
Rua Araxá - São Benedito 
Nesta sexta-feira(25), policiais militares abordaram o condutor de uma motocicleta da marca Honda, cor preta, JF/MG, sendo que o veículo possuía fita isolante sobre os números da placa que estava sem o lacre.

Rua São Lourenço - São Benedito
Por volta de 21:20 h, policiais militares registraram que localizaram no escadão um papelote de cocaína, uma pistola da marca Taurus - calibre 380, com doze munições intactas 
O material foi encaminhado ao 5º Distrito Policial. 

Revólver municiado foi apreendido e jovem foi preso em Juiz de Fora

26/04/2014 - Juiz de Fora 
Rua Topázio - Valadares 

Nesta sexta-feira(25), por volta de 21:55 h, policiais militares registraram a apreensão de um revólver de calibre 32 com seis munições intactas.
P.C.N,18, tentou se desfazer do armamento e empreendeu fuga, mas foi alcançado, recebeu voz de prisão em flagrante delito, sendo a arma apreendida.
No 3º Distrito Policial também foi lavrado o auto de prisão em flagrante e o autor permanece à disposição da justiça.

PM recapturou dois foragidos da justiça em Juiz de Fora

26/04/2014 - Juiz de Fora 
Avenida Presidente Juscelino Kubitschek - Nova Era
Nessa sexta-feira(25), por volta de 14:25 h, policiais militares abordaram P.H.P,20, que conduzia a motocicleta da marca Honda, cor verde, JF/MG, não portando os documentos do veículo, sendo inabilitado e havendo em seu desfavor um Mandado de Prisão em aberto. A moto foi apreendida e o abordado foi encaminhado ao Sistema Prisional.
Ato contínuo, também foi abordado o condutor e apreendida uma motocicleta, marca Honda, ano 2001, cor preta,JF/MG, que transitava sem os equipamentos obrigatórios. 

Rua Valentim Dilly - Furtado de Menezes 
Por volta de 17:20 h, policiais militares abordaram W.L.P.O,32, havia em seu desfavor um Mandado de Prisão em aberto expedido pela 1ª Vara Criminal.
Ele recebeu voz de prisão, foi encaminhado ao 6º D.P e posteriormente ao Sistema Prisional, permanecendo à disposição da justiça.

Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão/Dia do Goleiro/ Dia da Primeira Missa no Brasil/Dia Mundial da Propriedade Intelectual e saiba +

26/04/2014 
Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão
Vinte seis de abril é o Dia Nacional de Prevenção a Hipertensão, doença que pode afetar os indivíduos em diversas faixas etárias, sendo frequente nas idades mais avançadas. Nada mais importante do que conscientizar a população para os riscos da hipertensão e as formas de controle.

Os níveis da pressão são alterados, ao longo do dia e da noite, conforme a necessidade de sangue no corpo, a força das batidas do coração e a contração dos vasos. No entanto, estas mudanças não significam que uma pessoa possui hipertensão. A doença se revela a partir do momento em que os níveis permanecem elevados em diversos momentos, horários e posições corporais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os valores considerados ideais para a pressão arterial são de 120 x 80 mmHG (milímetros de mercúrio). Valores superiores a 140 x 90 mmHG são caracterizados como hipertensão. Em adultos com mais de 18 anos, a doença é considerada grave a partir de 180 x 110 mmHG.

A hipertensão aumenta muito o risco de problemas cardiovasculares futuros, como infartos, acidentes vasculares e insuficiência renal. Menos de 30% dos hipertensos em tratamento estão compensados. Por isso, é fundamental conscientizar os pacientes que a doença não tem cura, mas pode e precisa ser controlada.

O consumo exagerado de sal é um dos principais responsáveis pela hipertensão, já que retêm líquidos e aumenta a pressão. De acordo com a recomendação da OMS, uma pessoa deve ingerir no máximo seis gramas de sal ao dia. No Brasil essa média chega a superar 10 gramas.

Uma alternativa ao sal é sua versão light, que possui menor quantidade de cloreto de sódio e é rico em potássio, elemento que atua na redução da pressão arterial. No entanto, a retirada total do sal da alimentação também é prejudicial, provocando sonolência e fraqueza.

Geralmente a Hipertensão não apresenta sintomas claramente identificáveis. É isto que a torna perigosa e nociva.

Porém, os mais comuns são: dores de cabeça, alterações na visão, tonturas, zumbido no ouvido, sangramento no nariz e palpitações. O acompanhamento médico é fundamental para a identificação da doença e do tratamento adequado.
José Renato das Neves
Fonte: www.samaritano.org.br
Dia do Goleiro
Dia Mundial da Propriedade Intelectual

Feriado Municipal de Belmonte  e de Serpa

1500 - É realizada a primeira missa no Brasil, pelo Frei Henrique de Coimbra, O.F.M.

1903 - Fundação do clube de futebol Atlético de Madrid

1952 - É publicada a primeira edição da Revista Manchete, da Bloch Editores.


1994 — Primeiras eleições multirraciais na África do Sul.

Nascimentos
1564 - William Shakespeare, escritor inglês (m. 1616).
1932 - Mário Tupinambá, humorista brasileiro (Bertoldo Brecha) (m. 2010).
1981 Mariana Ximenes, atriz brasileira.
1993 - Brunno Abrahão, ator brasileiro.

Fonte Wikipédia

Fala de delegado da PF gera confusão na Câmara de Londrina

24/04/2014 
Guilherme Batista - Redação Bonde

O delegado da Polícia Federal (PF) em Curitiba, Gastão Scheffer, participou da sessão desta quinta-feira (24) da Câmara Municipal de Londrina e foi responsável por gerar polêmica junto aos vereadores. Ele teve cinco minutos para falar no plenário do Legislativo após requerimento de Gaúcho Tamarrado (PDT). O delegado discorreu sobre a greve da categoria defendeu o porte de arma para todo e qualquer cidadão e também pediu a extinção da maioridade penal. "Desarmar o cidadão não é a solução", discursou o policial. 
O perfil do delegado no Facebook é recheado de mensagens e imagens de temas polêmicos. Na rede social, Scheffer ressalta a importância do cidadão ter o direito de se defender de "bandidos e criminosos". "Esta casa é protegida por Deus e uma arma! Se você quiser encontrar a ambos, basta entrar sem ser convidado!!", destaca o policial através de uma imagem de uma arma de fogo na rede social. 
Os vereadores ficaram indignados com as declarações do delegado. Como a fala de Scheffer durou apenas cinco minutos, os parlamentares não tiveram a oportunidade de rebatê-la. "A solução para a criminalidade é muito simples. Vamos prender as crianças e os adolescentes e armar todos os cidadãos, inclusive os despreparados", esbravejou a vereadora Lenir de Assis (PT). 

"É só armar todo mundo e encher as caixas d'água dos presídios de veneno", completou Elza Correia (PMDB). Sandra Graça (Solidariedade) e Jamil Janene (PP) fizeram coro às declarações das parlamentares. O pepista, inclusive, pediu a suspensão dos trabalhos na Câmara por 30 minutos para discutir o assunto de forma interna. 

Os vereadores criticam o fato de não ter havido a possibilidade de debate com o delegado. Quando os parlamentares dispararam contra Scheffer, ele já havia ido embora da Câmara.

http://www.bonde.com.br/

Leites Vegetais. Você pode obter leite fresco, gostoso e nutritivo a partir de inúmeros grãos e sementes que são ótimos para a saúde.

Leites Vegetais
Boa notícia! Você pode obter leite fresco, gostoso e nutritivo a partir de inúmeros grãos e sementes que são ótimos para a saúde.

Os leites vegetais podem ser uma ótima opção alimentar para quem anda querendo diminuir o consumo de leite animal ou mesmo retirá-lo do cardápio diário, muitas vezes seguido por simples hábito. E o melhor da história: ao adotar novos leites em sua vida, você não vai sofrer por falta de nutrientes. Pelo contrário, poderá ganhar em fibras, minerais e saúde.

Leite de castanha-de-caju
Sua principal função no organismo é proteger os vasos sanguíneos permitindo que toda a circulação do sangue flua melhor. Fornece proteínas e também diminui o colesterol.
Preparo: Um copo de castanhas para três a quatro de água. Bata, coe bem e obtenha quatro copos de saúde.

Leite de linhaça
A semente de linhaça fortalece a imunidade, pois é um alimento que apresenta substâncias bioativas, capazes de prevenir e tratar inúmeras doenças. Também diminui as triglicérides, reduz doenças cardíacas e é um antiinflamatório notável. Para os intestinos funcionarem bem, nada melhor do que utilizar a linhaça diariamente.
Preparo: Um copo de linhaça para quatro copos de água. Bata e coe três vezes em peneira fina. Dá três copos de leite.

Leite de arroz integral
Um poderoso desintoxicante. Os nutricionistas dizem que o leite de arroz "descansa" os órgãos do corpo. Tem proteínas, vitamina B1 e niacina, responsáveis pela transformação das proteínas e carboidratos em energia.
Preparo: Deixe de molho por oito a dez horas, dois copos cheios de arroz. Leve ao fogo com o dobro de água. Exemplo: dois copos de arroz para quatro de água e assim proporcionalmente. O arroz deve ficar ao fogo sob a medida da mão, ou seja, assim que a mão não suportar mais o calor, é hora de desligar e abafar. Bata e coe várias vezes seguidas. Dois copos de arroz rendem meio litro de leite.

Leite de amendoim
Protege o organismo da ação dos radicais livres e possui grande quantidade de proteínas. O óleo das sementes não é prejudicial, pois sua gordura não é saturada.

Preparo: O amendoim utilizado deve ser sem sal e sem casca. Deixe de molho um copo de grãos. Após mais ou menos 8 horas, bata-os no liquidificador com três a quatro copos de água filtrada ou mineral. Coe cerca de cinco vezes para obter quatro copos de leite puro. O amendoim é o leite que mais deixa resíduos.

Leite de nozes
Estamos falando das conhecidas "nozes de Natal" que podem ser consumidas em qualquer época do ano. As nozes, em geral, favorecem o aparelho respiratório. Sua gordura é facilmente metabolizada pelo organismo enquanto seu aspecto enrugado lembra o cérebro humano. Não por acaso, as nozes tonificam o sistema nervoso.
Preparo: Um copo repleto de nozes batidas com dois copos de água, sempre mineral ou filtrada, dá de três a quatro copos de um leite surpreendentemente saboroso!

Leite de quinua
Comparada ao leite materno em valor nutritivo, a quinua é riquíssima em proteínas e, segundo os antigos incas, o alimento mais rico do planeta em aminoácidos e vitaminas.
Preparo: Coloque de molho por oito horas um copo de quinua em grãos. A seguir, bata no liquidificador com três copos de água filtrada ou mineral e coe por três vezes. Rende cerca de meio litro de leite.

Leite de sementes de abóbora
Verdadeira mina de ferro, fósforo e cálcio, combate anemia, ajuda na formação de glóbulos vermelhos, na oxigenação das células e na formação de ossos, músculos e cérebro. Limpa os intestinos e combate vermes. As sementes frescas são indicadas para náuseas e enjôos das gestantes.
Preparo: Para obter um litro desse néctar de saúde, separe um copo de sementes e deixe-as de molho por uma noite. De manhã, bata com três ou quatro copos de água filtrada. Coe bem.

Leite de soja
Um grão de "bom senso", tamanho o seu equilíbrio nutricional. Possui fósforo, magnésio, ferro, cálcio, cobre, diversos aminoácidos essenciais, e doze vezes mais proteína do que o leite de vaca. Por ser altamente nutriz, a soja não só revitaliza como proporciona uma verdadeira regeneração celular.
Preparo: A soja necessita ficar de molho no mínimo seis horas. Após esse período, bata-a no liquidificador na proporção de um copo do grão para três de água filtrada ou mineral. Coe em um pano, espremendo bem o bagaço e leve o leite ao fogo até ferver - com cuidado para não entornar. Após levantar fervura, abaixe o fogo e deixe-o cozinhando por 30 minutos. Um copo de soja dá cerca de dois litros de leite. Seu resíduo, a okara, também precisa de cozimento antes de ser reaproveitado como alimento.

Leite de aveia
A aveia é um cereal importante na alimentação dos diabéticos, pois contém fibras solúveis, que auxiliam no controle da glicemia. Protege o coração e a circulação contra a aterosclerose. É rica em cálcio, ferro, magnésio, vitaminas do complexo B e por conter fibras, facilita o fluxo intestinal.
Preparo: Separe um copo de aveia em flocos. Hidrate em água por uma noite. Na manhã seguinte, bata com três a quatro copos de água, coe e obtenha um litro de leite.

Leite de gergelim
O gergelim é ótimo para os músculos e o cérebro. Tem muita proteína e ácido fólico, essencial na formação das células sanguíneas.
Preparo: Um copo de sementes de gergelim dá quatro copos de leite. Deixe as sementes de molho por oito horas e bata com quatro copos de água. O resíduo do gergelim batido pode virar um delicioso "queijelim". Acrescente azeite, sal, orégano e misture bem até atingir a consistência de corte.

Leite de castanha-do-pará
As castanhas-do-pará são conhecidas como "pílulas da felicidade". Cada uma possui 60 mcg de selênio, um importante antioxidante que varre as impurezas das células. Contám ainda vitaminas E e B1, que exercem papel importante no metabolismo das proteínas e na geração de energia.

Preparo: Um dos mais saborosos! É como tomar leite vindo diretamente da castanheira... Deixe um copo de castanhas pré-lavadas de molho por cerca de oito horas. Bata com quatro copos de água - sempre filtrada ou mineral - para obter três copos de leite. Por ser um leite mais gorduroso, o leite de castanhas precisa ser coado quatro vezes.

Leite de girassol
Talvez sua principal propriedade seja a de ser um antioxidante poderoso, protegendo o organismo contra a poluição, o estresse e o envelhecimento precoce. É rico em proteínas e contém minerais como fósforo, cobre, ferro, zinco e vitaminas B6, E e K.
Preparo: As sementes de girassol utilizadas podem ser com ou sem casca. O importante é que não contenham sal. Deixe um copo de sementes pré-lavadas imersas em água por oito horas. Em seguida, bata no liquidificador com três a quatro copos de água filtrada. Coe bem para obter cerca de meio litro de leite "regado pelo sol"!

Dicas
Todo leite vegetal pode ser tomado puro ou adoçado com melaço, açúcar mascavo, etc. Vale inventar e criar suas próprias receitas. Eles combinam muito bem com frutas e podem ser batidos no liquidificador com banana, mamão, maçã, abacate, até abacaxi. 

Também ficam ótimos com frutas secas como ameixa-preta (sem caroço), damascos e uva-passa. Uma boa opção é deixar as frutas secas de molho por algumas horas antes de acrescentá-las ao leite, para que fiquem mais macias e soltem com facilidade seu açúcar natural.

Os segredos que fazem toda diferença
» Lave bem os grãos antes de começar o processo de "tirar o leite".
» Todo resíduo poderá ser reaproveitado em sopas, mingaus, assados ou na confecção de pães e tortas.
» Para obter uma consistência homogênea, os leites vegetais necessitam ser coados de três a quatro vezes em peneira fina ou pano macio. Coe, separe o bagaço e volte a coar sucessivamente. No caso de optar pelo pano, faça um saquinho largo e reserve-o só para esse fim. A vantagem do saquinho é que com ele pode-se "ordenhar" os grãos - o que dá uma sensação especial e gratificante.
» Os leites vegetais não toleram temperaturas elevadas. Conserve-os sempre em geladeira e se precisar aquecer, não deixe ferver, pois podem talhar. O uso da canela é indicado quando o leite for aquecido.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

REVOLTADA POPULAÇÃO AMARRA VEREADOR EM POSTE.

Vereador amarrado em poste
O vereador Marcionílio da Costa Mendes foi amarrado em um poste pela população de Mata Grande, no interior do Estado de Alagoas. Acusado de roubar os cofres públicos, o parlamentar foi inocentado pelo Tribunal de Justiça, o que revoltou o povo do município.

“A gente já cansou dessa palhaçada! Se eles continuarem nos roubando, vai faltar poste na cidade.”, comentou dona Josicleide dos Anjos, moradora da cidade e dona das cordas.

Exigir que as UPPs deixem os morros é reivindicação de bandidos, de narcotraficantes, de larápios.Ou: Em muitos anos, essa é a maior vitória do narcotráfico na guerra de propaganda

25/04/2014 às 3:28
Manifestações contra a violência das UPPs marcaram o funeral do dançarino DG (JC Pereira/AgNews)

Quem assistiu apenas a alguns noticiários de TV na noite desta quinta não ficou sabendo, porque a informação lhes foi sonegada, que a manifestação de protesto contra a Polícia do Rio — e especialmente contra a presença das UPPs nos morros — contou com a adesão de black blocs e dos militantes profissionais de sempre. Havia moradores de favelas, especialmente de Pavão-Pavãozinho, protestando nas ruas de Copacabana? Havia, sim. Mas os “ideólogos” do asfalto estavam lá para, mais uma vez, usar um cadáver como estandarte — desta feita, o de Douglas Rafael da Silva, encontrado morto no Pavão-Pavãozinho, sua comunidade de origem, mas onde ele já não morava mais. Teria ido ao local para levar sua namorada, que mora na “comunidade”, que é como se deve falar “favela” em carioquês castiço e politicamente conveniente.

Seu corpo foi enterrado ontem, num grande happening, que contou até com fogos de artifício. Ninguém vai perguntar quem financiou porque há perguntas que o jornalismo só podia fazer antigamente.

Eu sou um crítico, como sabem todos, não das UPPs, mas da política de segurança pública do Rio, que opta por espantar bandidos, em vez de prendê-los. Mas é evidente que defendo a presença de unidades policiais nos morros. Rejeito ainda o nome de “polícia pacificadora” porque fica parecendo que a função dos policiais é promover a paz entre bandidos e gente decente. E lugar de bandido é na cadeia, não fazendo acordos com quem quer que seja.

É evidente que as palavras de ordem dos protestos de ontem, como “Fora UPP” e “UPP assassina”, foram ditadas pelo narcotráfico, o mesmo narcotráfico que enfrentou policiais a bala na madrugada em que Douglas, que era dançarino do programa “Esquenta”, de Regina Casé, foi assassinado. É possível que os assassinos sejam policiais? É, sim. Mas também podem ter sido os traficantes. Até que não se faça a devida apuração, transformar a opinião da mãe do rapaz numa espécie de laudo técnico informal é uma temeridade. Que se apure tudo e que se mandem os responsáveis para a cadeia. Mas vamos devagar!

E se não foi a polícia? Vão aceitar o resultado? Douglas era uma celebridade local, já não precisava mais viver na favela, embora circulasse por ali. Para o narcotráfico — estou apenas lidando com a lógica — ele está sendo mais útil morto do que vivo. E que fique claro: ainda que seus assassinos tenham sido policiais, é evidente que os morros precisam de UPPs — formada por policiais decentes.

Há coisas incômodas nessa história toda que precisam ser ditas. Felipe Moura Brasil publicou em seu blog esta imagem.
No dia 18 de janeiro, no Facebook, Douglas lamentava a morte do traficante Patrick Costa dos Santos, o “Cachorrão”, num confronto com a polícia, ocorrido um dia antes. Até aí, vá lá. O cara podia ser seu amigo. Felipe traduz para o português o que vai ali escrito:
- “PPG” é a dita “comunidade” Pavão, Pavãozinho e Galo.
- “Bicos” são fuzis de uso restrito das Forças Armadas, de grosso calibre.
- “Os amigos” são os integrantes das quadrilhas de traficantes.
- “Fazer barulho” é efetuar centenas de disparos, aterrorizando a população.

Pois é… Na reportagem do “Jornal Nacional” de ontem, prestei atenção a esta camiseta:
Os mesmos termos com os quais Douglas lamentava a morte de Cachorrão. Não! Eu nunca insinuo nada nem falo coisas oblíquas. Pouco importa o que fazia o rapaz quando não estava dançando no “Esquenta” da Casé, uma coisa é certa: não poderia ter morrido como morreu. E é preciso saber quem o matou e meter em cana, use farda ou não. Mas não dá para ignorar os fatos. Contam-me que a expressão “Saudades eternas” é uma espécie de lema ou de senha macabra com que o narcotráfico e seus aliados objetivos celebram a memória dos que lhes são caros ou dos que serão usados como estandartes. “Minha avó tem ‘saudades eternas’ no meu avô e não é narcotraficante”, diz o bobinho…

Cobrar a rigorosa apuração do caso? Sim! Meter em cana os assassinos? Sim! Pedir uma polícia mais preparada nos morros e em toda parte? Sim! Exigir que as UPPs deixem as favelas? Aí, não!

Isso é reivindicação de bandido, de narcotraficante, de larápio! Em muitos anos, muitos mesmo!, os bandidos não obtinham tamanha vantagem contra o estado na guerra de propaganda. Usasse ou não farda, é possível que o assassino de Douglas soubesse muito bem o que estava fazendo. A polícia e a política de segurança pública não ganharam nada com essa morte. Mas o crime organizado pode comemorar o resultado.

Por Reinaldo Azevedo ( http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/)

Aos 35 anos, Olodum mantém raízes e luta pela afirmação da cultura negra

25/04/2014 
Brasília
Helena Martins – Repórter da Agência Brasil 
Edição: Lílian Beraldo

Difícil imaginar um brasileiro que tenha passado pelas décadas de 1980 ou 1990 sem ouvir “Ilha, ilha do amor, Madagascar” ou “Canta, canta Salvador, canta, canta. Canta meu amor”, sempre embaladas pelo som forte dos tambores. Autor dessas e de muitas outras músicas populares, o Olodum comemora, hoje (25), 35 anos. Criado como alternativa carnavalesca dos negros em Salvador (BA), o grupo virou expoente da cultura afro-brasileira. Cultura que ajudou a divulgar em 35 países espalhados por todos os continentes.


Até os anos 70, os grandes blocos do carnaval da Bahia eram compostos majoritariamente por brancos. Para garantir a festa da população negra e enfrentar o racismo, em 1974, foi criado o Ilê Aiyê, que no último carnaval recebeu homenagem pelos seus 40 anos. Depois daquela iniciativa, outras comunidades produziram seus blocos, como o Malê Debalê (1979) e o Muzenza (1981), muitas vezes reunindo moradores de bairros específicos. No caso do Olodum, o Maciel-Pelourinho.

O local – cujo nome faz referência à coluna de pedra que servia para castigar escravos no período colonial – havia perdido centralidade na economia de Salvador e, até os anos 80, sobrevivia estigmatizado como espaço de “marginais”. Sobrados eram ocupados por famílias pobres e por prostitutas. Por manterem o local, o fotógrafo Pierre Verger chegou a afirmar que “devia se erguer no Pelourinho um monumento às putas”. Ali, nos cortiços e pelas ladeiras do “Pelô”, como chamavam os moradores, a negritude conseguiu se reafirmar por meio da cultura.
Salvador - O bloco Olodum se apresenta nas ruas do Pelourinho
Roosewelt Pinheiro/ Arquivo Agência Brasil

Os negros da Bahia fizeram da música, da religiosidade e da linguagem, expressões de resistência. Reunindo todos esses elementos, o Olodum surgiu como projeto cultural e político de luta contra o preconceito. O presidente do grupo, João Jorge Rodrigues, destaca que o trabalho tinha como objetivo tornar conhecida a história africana. “Nos primeiros carnavais, fomos muito criticados porque falamos do Egito. Não entendiam que o Egito fazia parte da África. Nós pesquisamos e mostramos que o Egito é África, que Madagascar é África, que Etiópia é África.”

A escolha carregava profundo caráter político de valorização das tradições negras. “Nós queríamos mostrar que esses países africanos produziram elementos fundamentais para a história, como a ciência e o alfabeto”, diz. “Queríamos trazer à tona a dimensão da diversidade da África, pois sempre houve uma visão hollywoodiana dos personagens da história desses países: eles sempre foram retratados como brancos”, completa o presidente do Olodum.


“Sei que o mar da história é agitado”, afirma o grupo em Canto ao Pescador, cuja letra mostra outra matriz cultural do Olodum: a nordestina. As referências se multiplicam, da figura do pescador à citação a Oloxum, passando pelo cantor baiano Dorival Caymmi. Os sucessos fizeram com que as letras do Olodum, palavra yorubá que significa “Deus dos Deuses”, entrasse para o repertório do brasileiro.

Toda a preparação do carnaval pretendia ser educativa. Os temas que seriam abordados eram pesquisados, transformados em apostila e, depois, entregues aos compositores e possíveis cantores para que se apropriassem dos fatos e se identificassem com as histórias. Em Revolta Olodum, o grupo faz referência à Revolta dos Búzios, também conhecida como Conjuração Baiana, assim como à Guerra de Canudos e ao cangaço: “Pátria sertaneja, independente / Antônio conselheiro, em Canudos presidente”.

Historiador e integrante do Movimento Negro de Campina Grande, Jair Silva considera que as ações dos blocos afro foram fundamentais para a afirmação da identidade negra, no Brasil: “É um movimento que escreve história, que tem esse compromisso de desvendar fatos que foram negados pela cultura branca que ainda é hegemônica em nosso país.” De acordo com Jair, ao falar da luta pela liberdade, o Olodum, que se assume como movimento social, “criou autoestima para a comunidade negra da Bahia”.

“No início, era uma coisa bem de cada comunidade, de ir para o ensaio do bloco, inventar as danças, o cabelo, as roupas. O conteúdo das letras sempre apontando para o negro como bonito, potente, inteligente”, conta a antropóloga Goli Guerreiro, autora do livro A Trama dos Tambores – a Música Afro-Pop de Salvador. De acordo com ela, a movimentação gerada pelos blocos, especialmente pelo Olodum, foi “extraordinária”. “Vários territórios da cidade de Salvador começaram a se antenar para afirmar uma negritude, que tem a ver com autoestima, com a estética afro-baiana que ganhou uma altivez, um gostar de ser o que é, de ser negro”.


A movimentação musical e rítmica gerada nos anos 80 teve no samba-reggae “a coroa da estética baiana”, diz Goli Guerreiro. Criado por músicos baianos, entre eles Neguinho do Samba e Mestre Jackson, o ritmo se tornou característico do Olodum. Para a antropóloga, essa criação expressa a intensa circulação de informações existente entre os blocos afro e deles com o que circulava no mundo da música, como o som de Michael Jackson, de Fela Kuti e outros. “Essa troca de informações do mundo atlântico permite que cada cidade faça sua combinação de referências e invente algo próprio, local, mas que aponta para uma dinâmica continental”, diz.

Marcado pela presença intensa da percussão composta por tambores de tipos diferentes e tocados por cerca de 200 músicos, o samba-reggae mostrou tanta potencialidade que foi apropriado pelos blocos de trio elétrico. Nos anos 90, bandas do que, mais tarde, viria a ser chamado axé music, incluíram instrumentos harmônicos, como a guitarra, e diminuíram a quantidade de percussionistas para que o ritmo parasse não só nos trios, mas também nas “paradas de sucesso” das rádios e nas lojas de discos.

O sucesso acabou fazendo com que blocos tradicionais também se adaptassem. Boa parte deles criou bandas para fazer shows, introduziu a guitarra e buscou o mercado musical, onde as músicas do Olodum e demais ganhavam projeção na voz de outros cantores. Expressiva exceção é o tradicional Ilê Aiyê, que até hoje participa dos carnavais com os tambores e os pés no chão.

Goli avalia que a entrada no mercado e o fato de ter virado atração turística trouxe mudanças nas letras do samba-reggae. “As músicas ficam menos contundentes do ponto de vista ideológico, falam mais da alegria, de forma geral”. Já o presidente do Olodum, João Jorge, explica que o grupo buscou sustentabilidade para continuar existindo, adentrando, para isso, também no mercado internacional. “No mercado Brasil, um grupo que faz música, livro, que inspirou o funk e o rapnacional não é de nenhum significado, mas no exterior, sim.”

Ele defende que o grupo não perdeu as raízes, a vinculação à luta por igualdade e a ideologia do Pan-africanismo – expressa inclusive nas cores adotadas pelo grupo: verde, vermelho, amarelo, preto e branco, conhecidas como referências da luta contra o racismo. Destacando a projeção internacional do Olodum, o reconhecimento e a parceria com 49 artistas internacionais, dentre os quais Paul Simon, Michael Jackson e Alpha Blondy, ele afirma que o grupo é a “antena parabólica do candomblé: tem os pés no chão e a cabeça no mundo”.


O chão do Olodum, diz João Jorge, continua a ser o Pelourinho. Desde 1983, quando foi criado o Projeto Rufar dos Tambores, o grupo oferece aulas de percussão para moradores do bairro Maciel-Pelourinho. Desde 1984, quando o então bloco de carnaval tornou-se o Grupo Cultural Olodum, desenvolve atividades de educação em diálogo com diversas linguagens artísticas.

“Os projetos sociais dos blocos afro são uma consequência natural deste desejo de mudar a realidade e, mais que os projetos sociais, esses blocos oferecem um espaço positivo de convívio para crianças e jovens negros, abrindo perspectivas para além do cotidiano determinista de pobreza e exclusão ao qual as camadas negras da população estão historicamente submetidos”, avalia a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Rita Maia.

Hoje chamado Escola Criativa Olodum, o projeto que resultou na formação da primeira Banda Mirim Olodum, envolveu, ao longo de 30 anos, cerca de 20 mil crianças e adolescentes, de 7 a 21 anos de idade, de acordo com a coordenadora da escola, Cristina Calácio. Ela considera a escola “um espaço pioneiro de participação da comunidade afrodescendente e inovador por trabalhar com arte e educação de forma conjunta”.

Tendo como critério a matrícula dos estudantes na rede municipal ou estadual de ensino, a escola se propõe a “revelar grandezas, muito mais do que simplesmente ensinar o toque do tambor. As atividades têm o objetivo de potencializar as crianças e os adolescentes, para que a inclusão deles na cidadania étnico cultural seja possibilitada”, avalia Cristina.

Além da música, “o forte da instituição”, segundo a coordenadora, é que os participantes do projeto também participam de seminários, oficinas de danças afro e de canto coral, além de aulas de informática.

O sucesso do projeto, para Cristina, deve-se ao fato de ser “uma escola diferente, plugada com aquilo que os jovens gostam e com o que eles estão interagindo no dia de hoje, que é a cultura, a tecnologia”.

Outro projeto iniciado pelo grupo, em 1990, o Bando de Teatro Olodum encenou contos africanos e histórias vinculadas aos negros e projetou atores como Lázaro Ramos, Tânia Tôko e Jorge Washington Rodrigues, que participaram da montagem teatral e do filme Ó Pai, Ó, que virou série de televisão.

Em um dos intervalos dos ensaios das peças que o grupo apresenta, nesta semana, no Festival do Teatro Brasileiro, em Rio Branco, Jorge Rodrigues concedeu entrevista à Agência Brasil.

“Eu comecei a fazer teatro no Calabar [bairro de Salvador] e fui mordido por esse teatro de transformação que é uma ferramenta de luta contra o preconceito racial, por igualdade. Quando vi no jornal a manchete: ‘Olodum monta companhia de teatro negra’, o projeto tinha a participação do Márcio Meirelles, que já era um diretor consagrado, aí eu disse: 'É nesse teatro que eu quero estar’.”

O ator, que só deixou de atuar em uma das montagens do grupo, ao longo de 24 anos, quando teve que sair da Bahia para acompanhar o nascimento da filha, diz que o projeto se espalhou pelos bairros da capital baiana e pelo país, por meio dos atores que foram formados pelo Olodum. Também no campo da música, as influências dos projetos do Olodum são perceptíveis. Músicos que cresceram ouvindo samba-reggae despontam no cenário cultural, como Anderson Souza, Mariela Santiago e Afro Jhow.

Para Jorge Washington Rodrigues, o desafio dessa proposta de produção cultural está em não mudar a rota e fortalecer o caminho que vem sendo trilhado pelo grupo. “Precisamos buscar esse teatro de afirmação, essa música de afirmação, porque o mercado é tentador e nos tenta a todo momento.”

O presidente da entidade, João Jorge, também avalia que é preciso continuar a se reinventar, inovar e seguir como parte das lutas por políticas públicas, educação e trabalho para negros. “O racismo é uma doença. E o Brasil não superou isso, portanto, o Olodum é atual, contemporâneo”, defende.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2014-04/aos-35-anos-olodum-mantem-raizes-e-luta-pela-afirmacao-da-cultura