Éder vibra ponto conquistado durante a partida eletrizante no ginásio Chico Neto, em Maringá.
PUBLICADO EM 25/01/14 - 12h34
LITZA MATTOS
@SUPER_FC
Em uma partida eletrizante do início ao fim e decidida no tie-break, a equipe do Sada Cruzeiro derrotou o Sesi-SP por 3 sets a 2 (21/17, 15/21, 16/21, 21/15 e 23/21), neste sábado, no Ginásio Chico Neto, em Maringá, no Paraná, e se sagrou campeão da Copa Brasil de Vôlei. Com a vitória no "duelo de titãs", que durou mais de duas horas, e o troféu inédito, a equipe mineira chegou ao seu décimo título em quatro anos, garantindo vaga no torneio Sul-Americano de Clubes, que será disputado em fevereiro, na Arena Vivo.
O oposto Wallace, um dos destaques celestes, disse que no final da partida prevaleceu mais o coração do que técnica. “Sabemos que o Sesi é uma grande equipe. O mínimo esperado era isso aí, com muitos ralis no final do jogo. Acho que valeu muito a emoção no decorrer do jogo. No final não foi preciso técnica, mas coração”, afirmou.
O DUELO
A equipe azul celeste jogava em busca do primeiro título na competição nacional - que não acontecia desde 2008 - e, na sua 13º final consecutiva, começou o primeiro set dando espaço para o time de São Paulo, que estava melhor e logo abriu três pontos de vantagem no placar. Mas o Sada marcou presença recuperando a distância e não deixou o Sesi-SP disparar. O jogo permaneceu equilibrado e foi quando o bloqueio do time celeste funcionou que os mineiros conseguiram encostar e passar no placar.
Ainda assim o jogo permaneceu disputado ponto a ponto, e na metade da parcial o Sada abriu dois pontos de vantagem, o que fez o técnico do Sesi-SP, Marcos Pacheco, paralisar a partida pedindo mais atenção do seu time para explorar o bloqueio e ter maior capricho no passe. Apesar do tempo técnico, o Sada permaneceu na dianteira até o final do set.
Apesar dos celestes começarem abrindo o placar do segundo set, já na metade da parcial o Sesi-SP conseguiu quatro pontos de frente, destaques para o ponteiro Lucarelli e o oposto canhoto Renan. Enquanto o time de São Paulo soube explorar o saque e o bloqueio, o Cruzeiro parou de utilizar a sua principal arma – o saque - o que facilitou a vida do adversário. Mesmo com os dois tempos técnicos pedidos pelo treinador celeste, Marcelo Mendez, que dizia ao time para não ter medo de explorar o saque, o Sesi continuou forte e fechou a etapa com folga.
A partida ficou desequilibrada na terceira parcial quando o Lucão emplacou uma incrível sequência de sete pontos em sete saques consecutivos, deixando o Sesi-SP disparado no set. O Cruzeiro porém, não se deixou abater e tentou recuperar a distância, forçando o time paulista a cometer alguns erros, mas nem todo o esforço foi suficiente para recuperar a diferença, e o Sesi fechou o placar em 21/16.
Na quarta etapa, o Sesi-SP começou abrindo quatro pontos e o jogo permaneceu em alto nível, até que o Sada conseguiu buscar o empate em 5 a 5. Após o susto da última parcial, o time mineiro voltou para o jogo e conseguiu emplacar uma sequência de fortes saques, quebrando o passe do lado paulista. O maior pontuador do Cruzeiro na partida, o oposto Wallace fez um ace e a equipe mineira disparou na frente com 16/10. O Sesi-SP recuperou alguns pontos, mas que não foram suficientes para tirar a vitória do set do time mineiro com 21/15.
A partida então foi decidida em um tie-break de tirar o fôlego. O Sesi conseguiu abrir o placar com uma “largadinha” do Lucão, mas o erro de saque do também paulista Sidão deu o ponto de empate para a equipe de Minas. Em seguida, o Sesi abriu dois pontos e o Sada teve que buscar a diferença.
Foi quando o central Éder conseguiu o empate em 5/5. Com uma sequência de saques fortes para ambos os lados, as equipes disputavam o troféu ponto a ponto. O Sesi conseguiu abrir três pontos, mas o time celeste não deixou se abater e encostou de novo empatando em 13/13. O mesmo central celeste conseguiu encaixar o saque e fez o Cruzeiro passar na frente, mas a partida ainda teve espaço para alguns ralis com bolas para os dois lados, e o set que era para ser de até 15 pontos só terminou em 23/21, o mais longo do confronto.
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