terça-feira, 8 de outubro de 2013

Finalmente, Polícia de SP recorre à Lei de Segurança Nacional para combater atos terroristas; fiz essa defesa aqui no dia14 de junho, antes de o caos se instalar

Finalmente, Polícia de SP recorre à Lei de Segurança Nacional para combater atos terroristas; fiz essa defesa aqui no dia14 de junho, antes de o caos se instalar

Sempre com ele. Depois o resto.
Vejam esta foto de Duran Machfee/Futura Press. Volto em seguida.
Finalmente aconteceu o óbvio. A Polícia de São Paulo decidiu enquadrar um casal de arruaceiros na Lei de Segurança Nacional. O nome da moça é Luana Bernardo Lopes (foto). É estudante e tem 19 anos. O do rapaz é Humberto Caporalli, de 24. Eles foram presos em flagrante. Na mochila, carregavam explosivos e granadas. Nada menos do que isso. A polícia dispõe de imagens em que eles aparecem incitando ataques a um posto de gasolina e a um carro da Polícia Civil. O casal foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Franco da Rocha. Ela estuda artes da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, e Humberto se diz pintos e artista de rua.
Caramba! Como demorou até que alguém tivesse a coragem de fazer a coisa certa. Este bloguinho não brinca e serviço. E quanto serviço, não é!? Antes que a situação tocasse nas raias do surrealismo, defendi essa medida aqui no dia, ATENÇÃO!, 14 de junho. Antes mesmo que as manifestações ganhassem a dimensão de suposta revolta popular (tenham paciência!), senti o fedor da baderna pela baderna e da disposição de grupelhos ultrarradicais de partir para o tudo ou nada. Em vez de transcrever, vou com imagem. Este era o título do meu post.
Já no lead, eu lembrava o óbvio:
Como, desde as primeiras manifestações, que idiotas chamavam de “pacíficas”, havia depredação de patrimônio público e privado (estações de metrô e agências bancárias) e uso de coquetéis molotov, transcrevi o Artigo 15 da Lei de Segurança Nacional.
Lei da ditadura?
Ah, mas essa é uma lei da ditadura! A observação é bucéfala. Boa parte do Código Penal brasileiro também é: de 1941, em plena vigência do Estado Novo, a ditadura que mais matou no Brasil. Deve ser ignorado por isso? Se a lei foi recepcionada pela nova Constituição, e foi, deixou de ser uma lei da ditadura para ser uma lei da democracia. Escrevi isto também. Leiam. Volto em seguida.
Voltei
Interessante o ar de afronta da presa. Não acho que ela deva ser punida por causa de suas olhares, mas do que fez. A polícia descobriu todo um código a comunicação entre os baderneiros. O olhar “fiz mesmo e daí!?” é interessante porque revela, não fosse o apetrecho encontrado, que ela e os seus não se deixaram levar pelo calor da hora. Tudo aponta para uma escolha determinada e consciente.
Espero que seja esse agora o padrão. E que as demais secretarias de Segurança Pública tomem decisões parecidas. A punição por mero vandalismo no Brasil se afigura quase impossível. Quando, no entanto, as pessoas recorrem a explosivos e põem em risco a segurança da coletividade, aí existe a Lei de Segurança Nacional, que pertence ao estoque do estado democrático e de direito, para cuidar do assunto.
Vamos ver o que dirá o senhor Wadih Damous, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, aquele que foi à passeata do Rio para, disse, verificar se os policiais cometeriam atos violentos.
Eu quero saber se ele concorda que os que tentam explodir postos de gasolina e andam com granadas na mochila devem ou não ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Por enquanto. Se e quando tivermos uma lei decente para punir o terrorismo, então é caso de considerar essa gente o que efetivamente é: TERRORISTA! Sobre a volta das balas de borracha (se se provarem necessárias) em São Paulo, falo em outro post.
Por Reinaldo Azevedo

PM pode voltar a usar bala de borracha em protestos em São Paulo

08/10/2013 

O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou nesta terça-feira que os policiais militares poderão usar balas de borracha durante protestos. A afirmação foi feita durante o anúncio de criação de uma força-tarefa para identificar vândalos infiltrados em manifestações de São Paulo.

As balas de borracha estavam proibidas desde a onda de protestos ocorrida em junho, quando várias pessoas foram feridas, inclusive uma jornalista da Folha, atingida na região do olho na ocasião.

Ontem, um novo protesto que começou de forma pacífica, em apoio aos professores da rede municipal do Rio, terminou em vários atos de vandalismo na região central da capital paulista. Ao todo, houve 14 pessoas foram detidas, sendo que cinco continuam presas.

Após o ato, o secretário e o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, anunciaram na tarde de hoje a criação da força-tarefa, que terá seis promotores, delegados e membros da Polícia Militar.

Protesto em São Paulo Ver em tamanho maior »

Eduardo Anizelli/FolhapressAnterior
Manifestantes protestam na praça da República, no centro, durante ato convocado em apoio a professores Leia mais

"Esse grupo [força-tarefa] tem como missão impedir que uma minoria de baderneiros atrapalhe o livre direito democrático de manifestação", disse Grella. O grupo se reuniu hoje no Fórum da Barra Funda para traçar como irá agir.

Pela manhã, Geraldo Alckmin (PSDB) havia dito que as manifestações com violência ocorridas ontem "passaram do limite" e que "tomará medidas enérgicas". O tucano havia dito que a polícia vai agir com mais rigor para cumprir a lei na proteção das pessoas e acelerar as investigações para apontar os culpados pela depredação.

Entre os manifestantes de ontem que continuam presos está um casal autuado por dano ao patrimônio, vandalismo e crime contra a segurança nacional e outras três pessoas autuadas por roubo. As nove pessoas libertadas assinaram um termo circunstanciado por dano ao patrimônio, que é considerado um crime menor.

Além disso, sete pessoas foram feridas, sendo quatro PMs. Uma das vítimas é um tenente que foi atingido por uma bola de aço no rosto. Segundo a polícia, ele corre risco de ficar cego.

Ganhador não buscou o prêmio. Agora caducou e foi para o Fundo Estudantil....

Campanha “Doe seu rabinho” para ajudar vítimas do câncer chega a MG

Juiz de Fora - Torcedores do Tupi demonstraram solidariedade ao zagueiro Kall do Mixto - MT

08 de Outubro de 2013 - Juiz de Fora 


Por Guilherme Arêas

Alguns torcedores do Tupi estiveram, no início da tarde desta terça-feira (8), no Hospital de Pronto Socorro (HPS), para demonstrar solidariedade e apoio ao zagueiro Kall, que enfrentou o clube local no último domingo e foi internado na madrugada de segunda, após ter sido agredido no Centro. A torcida não teve acesso ao jogador, que está na sala de urgências, pois o local não estava em horário de visitas, mas os torcedores foram informados do quadro de saúde do atleta.

Segundo o torcedor do Tupi que organizou a ida dos carijós ao HPS através das redes sociais, Aloysio Guedes, a torcida local vai se mobilizar no que for possível para apoiar tanto o jogador quanto seus familiares. Guedes ainda repassou as informações fornecidas pelo HPS, dando conta de Kall "inspira cuidados, ainda está confuso, tem curativos na cabeça e respira normalmente, sem a ajuda de aparelhos." Os torcedores também aproveitaram para pedir que a polícia investigue o caso e identifique quem cometeu a agressão ao atleta do clube de Cuiabá. 

O zagueiro do Mixto, Fabrício Pedreira de Jesus Costa, conhecido como Kall, de 29 anos, ficou ferido depois de ser agredido por um homem na Praça Antônio Carlos, no Centro. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, por volta de 2h de segunda-feira, o atleta saía de um bar, junto com outros integrantes da delegação do clube mato-grossense, e voltava para o hotel onde a equipe estava hospedada, em frente à praça. Segundo o documento policial, os jogadores que acompanhavam o zagueiro relataram que ele foi golpeado com um soco no rosto por um homem que estava acompanhado de outros indivíduos.

A agressão fez o zagueiro cair e bater a cabeça no chão, o que causou um ferimento na nuca e deixou o jogador inconsciente. O suspeito fugiu em um veículo e não foi identificado. O atleta foi socorrido pelo Samu e levado para o HPS. Falando para o site oficial do Mixto, o volante Kiko, que estava com Kall no momento do incidente, contou como foi o momento no qual seu companheiro de clube fora agredido. "A gente estava na praça, aí veio uma briga de gangue, tipo arrastão, e todos nós corremos. O Kall foi agredido, caiu e bateu a cabeça", relatou, mostrando que o fato não teve relação com a torcida do Tupi ou a partida do último domingo.

Chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros é denunciado por maquiar ato de transferências de subordinados

07/10/2013

As injustas transferências e graves violações de direitos humanos contra os Cabos BM Cleomar Rodrigues de Oliveira e Udson Eustáquio dos Santos executadas pelo Chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros, Cel BM Ivan Gamaliel, foram discutidas em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira, 7/10/2013.

Os Cabos foram transferidos do 3º Batalhão, localizado na Avenida Antônio Carlos, onde prestavam serviços operacionais para o Núcleo de Tecnologia, local em que serão Guardas de Quartel.

Sem entender os motivos, pois trabalhavam há mais de 20 anos no serviço operacional, sem registro de qualquer punição, apenas elogios, os Cabos questionaram ao Comandante e o Chefe da Companhia, que não solucionaram o problema. Dessa forma, recorreram à Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais e, posteriormente, ao deputado Sargento Rodrigues.

Tudo começou com um pedido de socorro de uma passageira de ônibus que necessitava ser conduzida ao hospital. O Sargento que estava em serviço a levou em uma viatura com defeito no sistema de freios, sem pneu sobressalente e sem a documentação obrigatória. Um Cabo que estava em serviço naquele dia, informou ao Sargento que não deveria utilizar aquela viatura em razão desses riscos, mesmo assim o Sargento a utilizou. O Cabo, então, fez um relatório ao Comando noticiando que o socorro foi feito em um carro sem condições de segurança. Os Cabos Cleomar e Udson simplesmente elogiaram a atitude desse outro Cabo e isso foi motivo suficiente para causar essas transferências.

O deputado Sargento Rodrigues explicou que devido a esse relatório, passado alguns dias, o Comandante do batalhão transferiu os Cabos Cleomar e Udson. A primeira transferência foi publicada no dia 28 de maio de 2013 e se deu por necessidade de serviço, onde o ato foi maquiado. As transferências foram entendidas como um ato de perseguição, pois os Cabos não fizeram absolutamente nada para que isso ocorresse. Os bombeiros se encontram no conceito A50, que é o melhor conceito que o militar pode ter na ativa.

Antes de marcar a audiência pública, o deputado Sargento Rodrigues agendou uma reunião com o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Sílvio Antônio de Oliveira Melo e informou a ele que aquilo era um ato de covardia, que os Cabos Cleomar e Udson estavam sendo transferidos injustamente, pois não fizeram nada, apenas cumpriram a lei e apoiaram um relatório dizendo que a viatura estava com problema. Sendo assim, foram tachados de liderança negativa. O parlamentar, então, solicitou ao Comandante-Geral que eles retornassem ao 3º Batalhão. “É muito difícil um Coronel reformar o ato de um outro, mesmo que o ato seja uma atrocidade, há uma cumplicidade e dificuldade enorme de um desfazer o ato do outro”, explica.

As transferências, em um segundo momento, foram novamente maquiadas pelo Chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros numa tentativa de justificar que não eram ilegais, porém para onde foram transferidos não há guardas de quartel. As transferências foram injustas e covardes.

De acordo com o Chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros, Coronel BM Ivan Gamaliel, que compareceu à audiência pública e não soube explicar o fato, questionado pelo deputado Sargento Rodrigues, ele informou que conversa com os comandantes a respeito de transferências para fazer o que é melhor para a corporação. “As transferências foram feitas de Belo Horizonte para Belo Horizonte e não causou prejuízo aos militares. Da mesma forma que esses militares não querem servir em guarda de quartel, os da guarda de quartel também querem servir na operacionalidade. Nós temos que dar oportunidade para que eles também possam ajudar a sociedade. Movimentação é um ato normal e ocorre com frequência, de 15 a 20 transferências por semana em todo o Estado. Eu não entro em detalhes das fichas dos militares, pois quem faz isso são as unidades respectivas”, explica.

O Chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros explicou, ainda, que referente a viaturas baixadas, isso acontece rotineiramente, principalmente com emissão de documentos e as viaturas não param por interesse público. “Nós não podemos deixar de atender por falta de documentação. Isso é rotineiro, processo normal dentro da instituição. Não é a primeira vez e isso vai ocorrer outras vezes”, afirma.

Segundo o deputado Sargento Rodrigues, se o caso não for solucionado, serão tomadas outras providências. “Nós tomaremos outras providências, inclusive porque ao meu entender configura abuso de autoridade praticada pelo Comandante. A medida em que você pratica um ato administrativo e esse ato não esteja devidamente fundamentado, motivado e apontado em sua finalidade conforme determina a lei, você está cometendo um ato irregular, um crime, pois deixou de observar leis e regulamentos sob ótica do Código Penal Militar”, afirma.

Ainda segundo o deputado, houve um desvio de finalidade, o ato foi e continuou maquiado, pois o Coronel BM Ivan Gamaliel não explicou. Outro Coronel já havia informado ao parlamentar que os Cabos Cleomar e Udson foram transferidos por serem considerados “liderança negativa”, pois isso não é motivação do ponto de vista da legalidade, o que configura abuso de poder e violação de direitos humanos.

O deputado Sargento Rodrigues apresentou requerimento na comissão solicitando empenho do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Cel BM Sílvio Antônio de Oliveira Mello, para rever o ato administrativo e retornar os Cabos ao 3º Batalhão para as funções operacionais.

Arma, balança de precisão, celular, dinheiro, drogas com um menor infrator

08/10/2013 - Juiz de Fora 
Rua Bruno Simili - Distrito Indústrial
Na tarde dessa segunda-feira(7), policiais militares foram informados que ocorria um tráfico de drogas nas imediações.
No Aglomerado Ponte Nova um adolescente foi abordado, S.M.F,16, após ter empreendido fuga, sendo arrecadado os seguintes materiais: 01 bolsa com várias bijuteria, 01 revólver da marca Smith Wesson, 05 munições intactas calibre 38, R$319,00, 01 aparelho celular, 01 balança de precisão, 01 faca, 02 pares de tênis da marca Nike.
Diante do cometimento do Ato infracional o menor infrator foi apreendido e juntamente com sua representante legal foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil.
Todo o material arrecadado acompanhou a ocorrência, tendo sido solicitado ao Juizado o acautelamento do menor infrator, sendo ratificado.
Um indivíduo conhecido pela alcunha de "Zinho" teria repassado o material para a comercialização.

PM prendeu autor de furto qualificado

08/10/2013 - Juiz de Fora 
Rua Paracatu - Bandeirantes
Nesta terça-feira(8), por volta de 01:45 h, policiais militares atenderam uma ocorrência de arrombamento a estabelecimento comercial.
Durante o patrulhamento a equipe suspeitou das atitudes de um indivíduo que portava uma espécie de bolsa, ou seja um saco plástico de cor preta, bem como fios para condução de energia elétrica enrolados no pescoço.
Edmilton M. S,27, foi abordado após empreender fuga, no interior do saco plástico foram arrecadadas uma furadeira, uma serra elétrica e uma extensão para eletricidade.
A vítima proprietária do estabelecimento comercial se fez presente.
O cidadão infrator assumiu a responsabilidade dos atos, na Delegacia também foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante Delito, sendo o autor encaminhado ao Sistema Prisional. 

Enquanto Dilma exaltava as “manifestações” no Programa do Ratinho, o pau comia no Rio e em São Paulo. Estava escrito na estrela

08/10/2013  às 6:41
Tomei uma decisão editorial. Sempre que eu escrever sobre a barbárie promovida por fascistas mascarados, a primeira imagem do meu texto será essa. Sim, é Caetano Veloso. Ele é favorável à censura prévia no caso das biografias, mas contra a repressão aos black blocs. Aos fatos da hora.
Enquanto o pau comia nas ruas em São Paulo e no Rio, Dilma Rousseff concedia uma entrevista a Ratinho. Não há nada de errado com o apresentador. Faz o trabalho dele. A questão é saber se ela faz o dela.
Enquanto a presidente dizia no SBT que “os protestos fazem parte do processo da democracia e da evolução social do Brasil”, os mascarados do Black Bloc faziam isto em São Paulo.

Black blocs destroem e viram carro da PM em SP (Foto: Eduardo Anizelli-Folhapress)
Enquanto a presidente dizia a Ratinho que os protestos “têm um sentido positivo”, os black blocs faziam isto no Rio.

Black blocs incendeiam ônibus no Rio (Foto Marcelo Sayão-EFE)
Enquanto a presidente fazia poesia e garantia que os manifestantes querem “mais garantias de direitos” e “mais democracia”, na capital fluminense, assistia-se a esta beleza:

Agência bancária é depredada no Rio por black blocs (foto: Christophe Simon-AFP)

Bomba incendiária é lançada contra a Assembleia Legislativa do Rio (Foto: Pablo Jacob – Agência O Globo)
Enquanto a presidente interpretava os tais protestos como coisa de gente que quer sempre avançar, os “avançados” faziam coisas como esta:

No Rio, Black blocs acendem coquetel molotov para lançar contra PMs (Foto: Christophe Simon-AFP)

Em SP, os black blocs lançam com estilingue artefato incendiário contra policiais (foto: Fábio Braga-Folhapress)
Então vamos ver
O que você sente, leitor amigo, telespectador amigo, quando repórteres e apresentadores de TV recorrem à expressão “manifestação pacífica”? Não está cansado dessa ladainha, dessa mentira escancarada, dessa pilantragem jornalística? Estão querendo enganar a quem? Nesta segunda, a violência estava inscrita na própria convocação dos atos, desde o começo. Questionei aqui: que sentido fazia marcar um protesto em São Paulo em apoio aos grevistas do Rio?
Era o PSOL, que invadiu a Reitoria da USP, se solidarizando com o PSOL que comanda a absurda greve dos professores no Rio. Tanto lá como cá, contava-se com a colaboração dos black blocs, não é? No Rio, como num desfile de escola de samba, criou-se uma comissão de frente, com jovens e uma criança, batizada de “Tropa de Prof”. Parte da imprensa carioca delirou, achou lindo, achou demais, fez poesia, babou de satisfação. Às vezes, tenho a impressão de que há mais black blocs nas redações do que nas ruas. Vejam a foto.

Comissão da Frente da Escola Unidos do Reacionarismo, que fez delirar parte da imprensa carioca (Foto: Christophe Simon-AFP)
Logo atrás, vinha uma outra ala, a dos… black blocs propriamente. E, como é de seu feitio, mandavam a polícia se f…r.

Black blocs estavam na manifestação dos professores desde o começo: eram uma ala do desfile (Foto: Cristophe Simon-AFP)
Respondam, senhores apresentadores de TV.
Respondam, senhores jornalistas de TV.
Respondam, senhores editores de TV.
Respondam, senhores diretores de jornalismo de TV.
Quem, planejando uma “manifestação pacífica”, aceita a colaboração dos black blocs já na própria organização do suposto ato de protesto?
O chato é que a condescendência com a violência e com a desordem não muda o espírito dos que odeiam a imprensa livre e o jornalismo, como se vê na foto abaixo.

Black blocs e professores fundidos num grupo só: hostilidade injustificada à TV Globo
Embora a Globo faça uma cobertura dos eventos de rua que, para ser ameno, é “amigável” com os protestos, os trogloditas continuam a satanizá-la. Se, amanhã, num ato de delírio extremo, a emissora passasse a tratar os black blocs como heróis, eles a acusariam de tentativa de cooptação. Não existem nem amenidade nem adesão o bastante para a fome do gigante.
País estúpido
Leiam este trecho em azul.
A grande mentira é esta: as manifestações nunca foram pacíficas, desde o início. Depois que se decretou que a “culpa é da polícia” e que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, debaixo de uma artilharia como nunca se viu, foi obrigada a declarar qualquer área da capital território livre para as manifestações — “sem repressão” —, estava, para lembrar imagem que usei aqui, aberta a Caixa de Pandora. Como no mito, só a esperança ficou grudada ao fundo. Os males do mundo escaparam todos.
Mais: teve início outra tese ridícula — a da “maioria pacífica”, uma espécie, como direi?, tautologia conceitual. Quando a maioria não é pacífica, o que se tem é revolução. Aliás, também as revoluções são feitas por minorias. A questão é saber se elas são ou não usadas como instrumento de luta. Ou foram os “pacíficos” que empurraram os governadores e prefeitos contra a parede?
(…)
O governo federal está recuperando a ofensiva no terreno político, e não há muito o que a oposição possa fazer. Com as pessoas comuns um pouco assustadas e de volta a seus lares, sobraram nas ruas a turma da porradaria e os radicais de esquerda, que já se mobilizam para dirigir de modo mais claro os ataques contra a imprensa — a mesma que incensou o movimento. E desqualifico, mais uma vez, uma mentira estúpida: o jornalismo não entrou nessa “para derrubar Dilma”, não! Entrou porque não resiste a qualquer coisa que tenha cheiro de povo.
(…)
Vá lá na Suécia e diga que tudo vale a pena se a disposição não é pequena para ver o que acontece. Lembram-se do furacão Katrina, nos EUA? As vítimas foram mandadas para escolas e alojamentos. Todos estavam unidos na tragédia, não é? Os idealistas esperavam solidariedade, a ajuda mútua etc. As Forças Armadas americanas estavam lá. Mesmo assim, começaram a se multiplicar os casos de estupro, e as autoridades alertaram: “Protejam-se; não temos como evitar esses atos”.
“Ah, então o povo, deixado por sua própria conta…” Sim, é isso mesmo! É por isso que existem governos e pactos sociais. O estado não precisa ser o Leviatã, não! Mas precisa ter legitimadas as suas forças de contenção. Ou é a guerra de todos contra todos. Uma coisa é criticar os maus policiais; outra, como se fez, é deslegitimar as polícias. É visível que as PMs do Brasil inteiro estão com medo de agir. Os policiais temem parar atrás das grades por cumprir sua função.
Se a amiga da presidente Dilma, a tal Rosa Maria, da Comissão da Verdade, elege as PMs como inimigas do povo e dos direitos humanos, então está declarado o vale-tudo. Vale-tudo que setores da imprensa pediram e aplaudiram. E agora? Agora são as próximas vítimas.
Retomo
Este é trecho de um post que escrevi aqui no dia 27 de junho de 2013, há mais de três meses. Quem se orienta segundo princípios inegociáveis não precisa esperar o desenrolar os fatos para dizer “não” ao que merece “não”. E eu digo “não” à violência que é dirigida contra as balizas do regime democrático.
VOCÊS SABEM QUE JAMAIS ME DEIXEI LEVAR PELO CANTO DA SEREIA, NÃO É? APANHEI MUITO POR ISSO, INCLUSIVE DE ALGUNS LEITORES HABITUAIS DO BLOG.
“É necessário ficar lembrando o que você escreveu?” É, sim! Não é sem um custo razoável que se afirmam certas coisas, na contramão, na contracorrente, quando há quase uma unanimidade em sentido contrário. É preciso ter memória.
Volto a Dilma
Na entrevista ao Ratinho, Dilma afirmou que, sem as manifestações, talvez o governo não tivesse conseguido aprovar os 75% dos royalties do pré-sal para a educação e 25% para a saúde e criar o programa “Mais Médicos”. Num caso, conta-se com o ovo na barriga da galinha. No outro, como é sabido, o programa já estava em curso e nada tinha a ver com a saúde dos brasucas, e sim com os cofres de Cuba. Isso é o de menos. O que importa é que o governo se desvinculou dos protestos, como antevi que aconteceria ainda em junho, e largou a barbárie para ser resolvida pelas Polícias Militares, que, prudentemente, cansaram de ser vítimas das milícias politicamente corretas das redações.
Se setores da imprensa, a exemplo de Caetano Veloso, acham que os black blocs “fazem parte”, por que seriam os homens de farda a dizer que não? Eles, convenham, pertencem àquele grupo que detém o monopólio do uso legítimo da força. Se os “companheiros” da imprensa acham que esse monopólio foi transferido para os outros fardados, os mascarados, não há muito o que os policiais, que são apenas o povo de farda, possam fazer. Os respectivos comandos das PMs deveriam mandar seus homens saírem às ruas distribuindo rosas & poesias.
Texto publicado originalmente às 5h05
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/enquanto-dilma-exaltava-as-manifestacoes-no-programa-do-ratinho-o-pau-comia-no-rio-e-em-sao-paulo-estava-escrito-na-estrela/

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Esquema Ponzi ou Pirâmide de Ponzi

Esquema Ponzi
Origem: Wikipdia, a enciclopédia livre.
Foto de 1920 de Charles Ponzi.

Um esquema Ponzi é uma sofisticada operação fraudulenta de investimento do tipo esquema em pirâmide que envolve o pagamento de rendimentos anormalmente altos ("lucros") aos investidores, às custas do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real. O nome do esquema refere-se ao criminoso financeiro ítalo-americano Charles Ponzi (ou Carlo Ponzi).

Embora sistemas semelhantes a este já existissem anteriormente, o nome deste esquema é devido ao ítalo-americano Charles Ponzi, autor de uma gigantesca fraude na década de 1920, a qual conseguiu ter maiores repercussões do que outras fraudes anteriores.

Charles Ponzi era um emigrante italiano, que se crê ter chegado aos Estados Unidos na década de 1910. De muito baixos recursos, como a maior parte dos emigrantes que chegavam a esse país, "descobriu" pouco tempo depois da chegada e graças a correspondência que recebeu de Espanha que os selos de resposta de correio internacional se podiam vender nos Estados Unidos mais caros que no estrangeiro pelo que este tipo de negócio acabaria por produzir lucros. Assim começou o rumor e muitas pessoas não quiseram ficar fora do negócio e entregaram capitais a Ponzi.

Mas embora Ponzi estivesse a recolher somas astronômicas de dinheiro, e houvesse filas para lhe entregar mais, na realidade não comprou selos. Pagava rendimentos de até 100% em três meses, com o capital dos sucessivos novos investidores.

Ponzi convenceu amigos e parceiros do novo negócio a apoiarem o seu sistema no início, oferecendo um retorno de 50% num investimento a 45 dias. Algumas pessoas investiram e obtiveram o prometido no intervalo temporal combinado. O esquema alargou-se, e Ponzi contratou agentes, pagando generosas comissões por cada dólar que pudessem trazer. Em Fevereiro de 1920, Ponzi obteve cerca de 5000 dólares americanos, uma grande quantia nesse tempo.

Em Março já tinha 30 mil dólares. A histeria colectiva cresceu e Ponzi começou a expandir-se para a Nova Inglaterra e Nova Jersey. Os que investiam obtinham grandes benefícios e estes motivavam outros a investir.

Já em maio de 1920 tinha conseguido recolher 420 mil dólares. Ponzi começou a depositar o seu dinheiro no Hanover Trust Bank of Boston (um pequeno banco ítalo-americano na rua Hanôver, a norte do bairro italiano), esperando que depois se pudesse converter no presidente do banco ou pudesse impor as suas decisões. Na realidade conseguiu controlar o banco ao comprar as suas acções.

Em julho de 1920 já tinha milhões de dólares. Muitas pessoas venderam ou hipotecaram as suas casas com a esperança de ganhar quantias muito grandes. No dia 26 de julho grande parte do esquema começou a colapsar depois de o Boston Post questionar as práticas da empresa de Ponzi. Finalmente a empresa sofreu intervenção pelo Estado que congelou todas as novas captações de dinheiro. Muitos dos investidores reclamaram furiosamente o seu dinheiro, e nesse momento Ponzi devolveu o capital a quem o solicitou, o que causou um aumento considerável da sua popularidade, havendo muitos que lhe pediam para se candidatar a um cargo político público. As promessas de Ponzi cresceram ainda mais já que planejava criar um novo tipo de banco, no qual os lucros se repartissem de igual modo entre os acionistas e aqueles que investissem dinheiro no banco. Até planejou reabrir a sua empresa sob o nome "Charles Ponzi Company", cujo principal objectivo era o de investir em empresas em todo o mundo.

Graças ao seu esquema Ponzi começou a viver uma vida cheia de luxos: comprou uma mansão com ar condicionado e um aquecedor para a sua piscina, e trouxe a sua mãe de Itália em primeira classe. Rapidamente este emigrante de baixos recursos obteve não só uma grande quantidade de dinheiro como se rodeou dos luxos mais extravagantes para a sua família e para si mesmo.

Em Agosto de 1920 os bancos e meios de comunicação declararam Ponzi em bancarrota. Este confessou que em 1908 tinha sido participante de uma fraude muito parecida no Canadá, que oferecia aos investidores grandes rendimentos.

O governo federal dos Estados Unidos interveio finalmente descobrindo a mega fraude, e Ponzi foi detido mas teve que ser liberto pois pagou a fiança. Decidiu continuar com o seu sistema, convencido que o poderia sustentar. Rapidamente o sistema caiu e os aforistas (poupadores) perderam o seu dinheiro. A maior parte das pessoas não obteve benefícios, e muitos dos quais reinvestiram o seu dinheiro na fraude. Ponzi, embora tenha sido enviado de volta para Itália e apesar de se descobrir a fraude, foi aclamado por muitos como um beneficente.

Características
Os esquemas Ponzi oferecem aos investidores grandes juros num curto período, e o sistema pode funcionar apenas a curto prazo, tudo dependendo da quantidade de novos investidores que integrem o negócio.

O sistema Ponzi degenera sempre em bancarrota, já que a maioria esmagadora dos investidores perde todo o seu dinheiro. 

As características típicas da propaganda para recrutar novos investidores são:
Promessa de altos rendimentos a curto prazo.
Obtenção de rendimentos financeiros que não estão bem documentados.
Dirigido a um público não financeiramente esclarecido.
Um único promotor ou uma única empresa.
Falta de Produto a ser consumido ou então um produto que é vendido a um preço muito maior que o preço de mercado. Porém a venda do produto é algo secundário, já que o mais importante é recrutar novas pessoas.
Movimentação apenas de dinheiro.
Nenhum vinculo com Leis Trabalhistas e de Arrecadação de Impostos Federais. Em geral, os participantes acabam "pagando para trabalhar".

Torna-se evidente que o risco de investimento nas operações que fazem uso desta prática é elevadíssimo.

Em muitos países, esta prática é um crime.

Autores de esquemas fraudulentos famosos
Estados Unidos da América, década de 1920 - Charles Ponzi oferecia investimentos de curto prazo com rendimentos elevados convencendo os investidores de que era possível lucrar em transações internacionais que envolviam selos e cupons-resposta dos Correios americanos, um negócio que nunca foi realizado por Ponzi. Apesar disso os depósitos saltaram de US$ 5000,00 em fevereiro de 1920 para mais de US$ 1.000.000,00 em julho de 1920 quando o esquema em pirâmide foi combatido pelo governo dos Estados Unidos. Charles Ponzi chegou a ser preso mas foi solto sob fiança pouco tempo depois e foi residir na cidade do Rio de Janeiro, onde morreu em 1949 como indigente.

 Esquemas em pirâmide no sistema financeiro que oferecem juros altos no curto prazo passaram a ser denominados como "Esquema Ponzi" devido a esse esquema fraudulento.

Portugal, década de 1980 - Maria Branca dos Santos, apelidada de "Dona Branca", criou uma organização de empréstimos e investimentos ilegais que funcionava através de um esquema em pirâmide. As atividades iniciaram no final dos anos 70 e ganharam força no início dos 1980 levantando 17,5 bilhões de escudos, o que equivalia a US$ 130 milhões na época. Em 1984 o esquema foi desmantelado pelas autoridades portuguesas que reconheceram o esquema como uma das maiores fraudes financeiras do país. Maria Branca dos Santos foi acusada e, aos 76 anos, condenada a dez anos de prisão.4 Dona Branca faleceu em 1992 aos 80 anos após ser libertada por problemas de saúde.

Estados Unidos da América, década de 2000 - o financista Bernard Madoff oferecia um fundo de investimento com juros mensais de 1% no mercado norte-americano através de um esquema em pirâmide do tipo Ponzi. Apesar da taxa de juros de mensais de 1% não serem totalmente absurdas, elas eram muito altas para os padrões da economia norte-americana (da ordem de 1% ao ano) e só foram possíveis através dos depósitos de novos investidores.

A partir da crise financeira mundial de 2007 os investidores dos fundos de Madoff foram surpreendidos ao não conseguirem resgatar seus depósitos, um esquema de fraude estimado em US$ 65 bilhões. Em 2008, Bernard Madoff, então com 71 anos, foi acusado e condenado a 150 anos de prisão.

Romênia, 1992-4: o esquema Caritas, fundado pelo empresário Ioan Stoica, atinge entre um décimo e um terço da população da Romênia. Coincidindo com a transição para o capitalismo, o esquema aproveitou-se das novas perspectivas abertas pela manipulação do dinheiro no país. Prometia o valor investido multiplicado por oito vezes, depois de uma janela de apenas três meses.