domingo, 6 de outubro de 2013

RUIM DE SERVIÇO

5 outubro 2013


RUIM DE SERVIÇO

Sou mesmo ruim de serviço. Nunca aprendi o pulo do gato, embora tenha pernas longas e ágeis de sagitário. Nunca as usei para fugir da polícia, como canta o poeta, mas me ajudaram a correr atrás de bola. E isso sempre me causou prazer.

Talvez até seja essa mesma a questão: a essência do prazer! O pulo do gato passa por aí, pelo exercício constante da sua procura, pelo empenho sem parcimônia dessa busca incessante, patológica, exaustiva.
O chute na bola, não! A bola sempre buliu comigo. Redonda, girandola, ágil, inquietamente sem rumo. Em suma, o sumo. A autorrealização. O equilíbrio em torno de si mesmo. A busca do gol, a meta final defendida por qualquer um dos goleiros opositores. A bola, quando bem executada, destrói exércitos.

A intimidade com a bola não vem do acaso. Transpõe fronteiras genéticas, projeta-se futuristicamente. Vem do passado e se firma no presente fugidio. A sua leitura não respeita as convenções temporais. É abstrata, desconstrutiva, enquanto o pulo do gato necessita de um espaço para se efetivar e estabelecer a infraestrutura do prazer.

Chuto, logo existo. E assim se consolida a jogada, bem sucedida ou não. O desdobramento já implica em outras regras, outros passes, outra hora. Se a perfeição é uma meta, defendida pelo goleiro que joga na seleção, o gol é a superação de todos os impedimentos, de toda uma estratégia de resistência. O gol é o golpe final.

Uma outra diferença substancial: o gol nunca se realiza sozinho. É um feito coletivo, supõe uma equipe por trás (ou diante) do lance final.

O pulo do gato, não. É egoístico, pessoal, excludente e enganatório pela própria natureza.

O gol pressupõe um objetivo comum, construído coletivamente e por trás do qual está toda uma multidão representada.

O pulo do gato nos lança na individualidade desenfreada, na solidão da conquista mal remunerada e nem sempre gratificante ao final.

Por trás de cada uma dessas artimanhas, está toda uma concepção de vida, uma cosmovisão, uma proposta adulterante ou reconstrutiva do mundo e dos seres que o fazem. Enfim, é no gol ou no pulo do gato que se revela o caráter intrínseco de cada um de nós, dos nossos antecedentes e posteriores, até que alguém quebre essa sequência nem sempre lógica e pertinente e restabeleça o fluxo em sentido contrário e nem sempre antagônico, mas sempre complementar.

É no fim, enfim, que vislumbramos o (re)começo, o em torno, o entorno, o retorno, o contorno do abjeto objeto.

Consolida-se a alma de borracha, o longo e sinuoso caminho através do universo, mesmo que estejamos parados, pirados ou purificados.

Tenho dito.

Recife, 2013

sábado, 5 de outubro de 2013

Adolescente tenta assaltar loja, é baleado e morto por comparsa em Contagem

05/10/2013
Adolescente foi morto acidentalmente pelo próprio comparsa

ANDERSON ROCHA

Um adolescente foi morto por seu comparsa após uma tentativa de assalto em uma loja de celulares na tarde deste sábado (5), no bairro Industrial, em Contagem.

De acordo com informações da Polícia Militar, um adolescente e um homem tentaram assaltar um comércio de celulares e assistência técnica na rua Tiradentes, altura do número 2231, no Industrial. Ao ser abordado e ouvir o anúncio de assalto, o proprietário do comércio teria reagido e entrado em luta corporal com o garoto. O homem, que o acompanhava à distância, tentou atirar no comerciante, mas atingiu o adolescente, que morreu no local.

O criminoso fugiu e é procurado pelos militares do 39º Batalhão da Polícia Militar. O empresário passa bem.

A que ponto chegou o 7 de setembro de 2013

05/10/2013 - Família Dizimada por ciúme

PM prendeu um dos assaltantes do Boa Vista

05/10/2013 - Juiz de Fora 
Rua Eduardo Viviane - Boa Vista 
Nessa sexta-feira (4), por volta das 15:15 h, PMs foram acionados para o atendimento de uma ocorrência de roubo.
A vítima,54, narrou que foi surpreendida por três indivíduos no interior do estabelecimento comercial.
Um dos autores estaria portando uma arma de fogo quando foi anunciado o assalto.
Foi subtraído o numerário que estava sobre o balcão.
As características físicas e as vestes dos autores foram descritas e os policiais iniciaram o rastreamento.
Em um matagal foi localizado um dos autores: Felipe J.C,21, que portava R$26,00, 01 maço de cigarros, uma faca com cabo na cor branca, uma touca da cor preta, 01 isqueiro,05 chaves, 01 revólver de calibre 22 da marca Rossi, sem munição.
O autor recebeu voz de prisão em flagrante delito, na delegacia foi ratificada, sendo o indivíduo autuado encaminhado ao sistema prisional.
Os comparsas ainda não foram localizados.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Mulher aplicou golpe de 200mil/ Saidinha de 28 mil/ Tiro no pé/ JF Fight

CDL lança campanha 'Chega de Violência' em Juiz de Fora

04/10/2013 - Juiz de Fora 
Do G1 Zona da Mata
CDL faz campanha contra violência (Foto: Reprodução/TV Integração)

Os constantes roubos, assaltos e uso de drogas, além dos conflitos entre grupos rivais nas praças do Riachuelo e dos Três Poderes, na região central de Juiz de Fora, motivou uma reunião na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Empresários e moradores se juntaram para tentar traçar um plano de ação e tentar combater a insegurança no centro comercial. Com isso foi lançada nesta quinta-feira (3) a Campanha Chega de Violência.

Segundo o presidente da CDL, Vandir Domingos da Silva, eles sentiram a necessidade de tomar uma atitude para proteger não só os lojistas como a população juiz-forana como um todo. “As pessoas querem paz para poder trabalhar, querem vender e poder abrir seu negócio, mas estão assustadas”, avaliou.

Um lojista, que não quis ser identificado, trabalha próximo à Praça Riachuelo e desabafou dizendo que na hora de ir para o emprego sempre se sente inseguro. Segundo o lojista, no bar dele têm acontecido diversas brigas, principalmente depois das 17 horas. “Começa a briga em outro lugar e vem parar dentro do bar. Já tivemos quebra-quebra de cadeira e gente que pega garrafa e joga na gente. Vira uma guerra”, contou.

Ainda segundo ele, esta história começou há dois anos e só tem piorado com chegada das gangues. O comerciante também contou que nem o posto policial que fica perto da praça dos Três Poderes resolve a situação.

“Antes tinha um posto lá na praça, hoje o posto foi para dentro do shopping. Mas antes também não adiantava recorrer ao posto, porque se tivesse uma briga e você fosse lá pedir ajuda a única coisa que eles faziam era ligar para o 190 para vir outra viatura porque, de acordo com o policial, ele não podia sair de lá porque ele colocava em risco a integridade da polícia”, comentou.

Sobre a situação citada pelo comerciante, o major Sebastião Justino disse que o posto da Polícia Militar na praça dos Três Poderes será reaberto e que mais sete sargentos da PM passaram a reforçar a partir desta semana a segurança no Centro de Juiz de Fora. Ainda segundo ele, serão feitas ações pontuais para aumentar a segurança na área comercial da cidade. “Estamos recebendo sargentos e a área central foi dividida em oito setores com o objetivo de alocar os militares em ações preventivas, dando a presença real do policiamento voltado para a comunidade e atendendo à demanda da mesma”, ressaltou.

Estradas mineiras ganham seis novos radares a partir desta segunda-feira

04/10/2013
Radares estão sob jurisdição do DER

Seis novos radares entram em funcionamento em cinco rodovias sob jurisdição do Departamento de Estrada de Rodagem do Estado de Minas de Minas Gerais (DER) a partir da 0h de segunda-feira (7). Dos seis, quatro são radares inteligentes, com leitor automático de placas.

Os novos radares estarão distribuídos na área de influência dos municípios de Caeté, Dona Euzébia, Inconfidentes e Juiz de Fora.

Um na MG-435, no município de Caeté; um na MG-285 e outro na MGC-120, em Dona Euzébia; um na MG-290, em Inconfidentes; e dois na MG-353 em Juiz de Fora. A velocidade máxima permitida para os radares que passam a operar na MG-435, no quilômetro 12,6, em Caeté; na MG-285 e MGC-120, em Dona Euzébia;na MG 290, em Inconfidentes; na MG-353 , em Juiz de Fora é de 60 Km/h.

Motoristas devem redobrar a atenção no quilômetro 13,9, da MG-435, em Caeté. O radar em operação no local teve sua velocidade regulamentada reduzida de 60 para 40 km/h, atendendo à solicitação da comunidade.

Radares inteligentes

O equipamento identifica a passagem de um veículo com irregularidades e emite um sinal sonoro avisando ao operador no posto de polícia, o que vai direcionar o trabalho dos policiais. Assim, além de tornar o trabalho de fiscalização mais eficiente, o equipamento reduz a possibilidade de um policial ser surpreendido durante a abordagem a um veículo roubado, por exemplo.

Com a operação dos novos radares, já são 240 os equipamentos instalados pelo DER/MG, ultrapassando a meta do projeto de operação de radares em 196 pontos de rodovias estaduais mineiras, conforme previsto no Programa de Aumento da Capacidade de Segurança dos Corredores de Transporte (Proseg).

A implantação dos novos radares é uma das ações previstas no (Proseg) da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), cujo objetivo é aumentar a segurança nas rodovias estaduais mineiras.

Estudo técnico

Os radares são instalados pelo DER/MG após elaboração de estudo técnico e implantação de projeto específico de sinalização. Os equipamentos só entram em operação depois de aferidos pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG), órgão credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), e em conformidade com as determinações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Com Agência Minas 

Comédia nacional

JUIZ DE FORA - 4/10/2013 - 12:46
Comédia nacional: Projeto Clube do Professor exibe “Mato sem cachorro”
Bruno Gagliasso, Leandra Leal e Danilo Gentili estrelam a mais nova comédia nacional – “Mato sem cachorro” -, que estará em cartaz no projeto Clube do Professor deste sábado, 5. O filme será exibido ao meio-dia, no CineArte Palace (Rua Halfeld, esquina com Rua Batista de Oliveira – Centro). A sessão é gratuita e restrita a professores (mediante apresentação da documentação comprobatória da atividade). Cada pessoa tem direito a um acompanhante, sendo necessária a apresentação da carteira de identidade. O longa-metragem, com direção do estreante Pedro Amorim, tem classificação etária de 12 anos.

O projeto Clube do Professor é desenvolvido pela Prefeitura de Juiz de Fora/Funalfa, em parceria com a direção do CineArte Palace, sendo parte do processo de revitalização do cinema e constituindo uma opção de lazer cultural para os docentes.

Mato sem cachorro – Brasil/2012 – 122 minutos

Gênero: Comédia Direção: Pedro Amorim Elenco: Bruno Gagliasso, Leandra Leal, Danilo Gentili e Enrique Diaz Sinopse: Deco (Bruno Gagliasso) vive jogado no sofá de sua casa, apesar de ter bastante talento com a música. Um dia, ele encontra dois grandes amores de uma só vez: a radialista Zoé (Leandra Leal) e o cachorro Guto, que desmaia toda vez que fica muito animado. Não demora muito para que o trio viva como se fosse uma família. Só que, dois anos depois, Zoé termina o namoro, fica com a guarda de Guto e ainda por cima arranja um novo namorado (Enrique Diaz). Motivos mais do que suficientes para que Deco fique revoltado e prepare uma vingança: sequestrar Guto. Para tanto, ele conta com a ajuda de seu primo Leléo (Danilo Gentili).

* Mais informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa: 3690-7044
FUNALFA

O mau espírito das ruas chegou à Justiça. Ou: Segundo um juiz, o que se vê abaixo é “manifestação”

04/10/2013 às 5:58

O mau espírito das ruas chegou aos tribunais. Como vocês leram aqui, a Justiça de São Paulo negou pedido da Reitoria da USP de reintegração de posse e marcou uma “audiência de conciliação” para a próxima terça-feira, dia 8. Segundo o juiz Marcos Pimentel Tamassia, da 12ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, não se poderia efetuar uma reintegração convencional porque a ação dos invasores se assemelha a um “ato de manifestação”. Ah, bom, agora entendi tudo!

Vamos ver alguns “atos” que o doutor considera “semelhantes a manifestação”. Abaixo, os invasores quebram a porta da Reitoria com uma marreta, em fato de Danilo Verpa, da Folhapress.
Nas duas imagens seguintes, de Leonardo Neiva, do G1, primeiro eles tentam arrombar a porta do Conselho Universitário com uma placa arrancada do estacionamento, que indicava a vaga de deficientes. Como não conseguiram, recorreram, então, a um pé de cabra e, de novo, à marreta.
Fico cá a pensar: o que será que os extremistas de esquerda da USP precisam fazer para que o doutor Tamassia considere tratar-se de depredação do patrimônio público, por exemplo? Ainda que essa gente não tivesse recorrido à violência, cabe a pergunta: é lícito que uma minoria proíba a administração da universidade de exercer suas funções?

“Audiência de conciliação”, doutor? Conciliar quem com quem? Quê com o quê? Quem recorre a marretas e pés de cabra, meritíssimo, espera que o outro lado apresente que tipo de argumento? Qualquer concessão que a universidade pudesse fazer — ou venha a fazer, sei lá… — significaria o endosso a um método, a uma forma de luta, a um jeito de fazer política estudantil.

Não é de hoje que grupelhos extremistas agem assim dentro da USP e das universidades públicas — nas privadas, a PUC costuma assistir a atos parecidos. Nesse sentido, não se pode dizer que esses brucutus estejam se inspirando nas jornadas de junho. Já a Justiça… Pergunto: quando um grupo recorre à violência para ocupar uma área pública ou privada, impondo-se pela força, é papel da Justiça proceder a uma espécie de exame de mérito dos motivos da mobilização para só então decidir se devolve ao agravado os direitos que lhe foram surrupiados? Acreditem: não se condescende com um comportamento como esse em lugar nenhum do mundo.

Não por acaso, como já escrevi (ver post), no mesmo dia em que a Justiça negou a liminar, vândalos repetiram a operação na Unicamp para protestar contra a “presença da PM no campus”. No dia 21 de setembro, um aluno foi linchado e morto por uma gangue de punks nas instalações da universidade. Mas os extremistas de esquerda não querem a PM lá. Privatizaram as universidades públicas; acreditam que podem impor a sua vontade ao conjunto da comunidade universitária.

Vê-se agora que não estão sozinhos nessa crença. Também a Justiça começa a condescender com os motivos dos vândalos e dos violentos. É possível até que o governo de São Paulo tenha erguido as mãos para o céu. Reintegrações de posse não costumam ser coisas muito suaves. A imprensa se esbalda com as fotos dos policiais “reprimindo” esses poetas. Na USP, quem comanda a bagunça é o PSOL — o partido de doces de coco como Marcelo Freixo, Jean Wyllys, Randolfe Rodrigues, Chico Alencar, todos eles tratados quase como ídolos por certos setores da imprensa. Ah, sim: também é a legenda de Janira Rocha, aquela senhora que admitiu ter usado dinheiro de um sindicato na construção do partido e na disputa eleitoral… Uma verdadeira constelação de éticos.

“O que você tem contra a conciliação? É um recurso de que dispõe a Justiça!” Não tenho nada. Desde que seja, de fato, matéria de conciliação. Quem, num regime democrático, regido pelo direito, recorre a marretas e pés de cabra para argumentar, impondo-se pela violência, não precisa de conciliação, mas de polícia. Pergunto ao juiz: em que outras circunstâncias o meritíssimo acha descabida uma reintegração de posse? Diga-me cá, doutor: se um grupo de paulistanos invadir a sala do prefeito Fernando Haddad com uma pauta de reivindicações e se lhe for dado decidir sobre uma liminar de reintegração de posse, Vossa Excelência faz o quê? Marca uma audiência de conciliação entre o prefeito e os invasores?

Encerro

É claro que os vândalos que ocuparam a USP estão empenhados em produzir imagens para a campanha eleitoral. Nesse sentido, o despacho do juiz é até positivo. Ocorre que não penso decisões judiciais segundo conveniências políticas. Se a Justiça marca uma audiência de conciliação entre invasores e aqueles que tiveram seus direitos agravados, está dizendo que, entre eles, existe, quando menos, uma equivalência moral. Não dá para aceitar.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/