segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O direito de ter um animal em meu apartamento é líquido e certo?

Não. Se ele causar dano ou incômodo à coletividade, dificilmente conseguirá ser mantido no local. Em geral, os animais são rejeitados nos prédios de apartamentos por culpa do mau comportamento do guardião, ao desrespeitar as áreas comuns que pertencem à coletividade e tentar impor a todos o seu direito de ter o animal.

Não se pode perder de vista que os animais causam alguns transtornos (tais como doenças, barulho, mau-cheiro) mas, se esses transtornos não ocorrerem, não há empecilho legal à sua permanência no prédio. O que se tem visto nos casos sobre animais em condomínios que acabam na justiça, é que cada vez mais os juízes estão posicionando-se favoravelmente aos guardiões de animais, e muitos condomínios têm tolerado até 2 cães de porte pequeno / médio, por unidade.

Os gatos são mais aceitos, porque não fazem barulho e nem precisam transitar pelas áreas comuns. No entanto, há casos em que os guardiões de animais perdem a causa na justiça, e seus animais são retirados de casa.

Como fazer para que meu animal seja aceito no prédio?
Negociar com os vizinhos ainda é o melhor caminho. O ideal é obter-se o "de acordo" do maior número de pessoas, informando-as de que o direito à posse de animal de estimação se sobrepõe à proibição das normas internas do condomínio e, sobretudo, garantindo-lhes que seus direitos serão respeitados.
Como? Não permitindo, por exemplo, que o animal transite solto por áreas comuns; utilizando o elevador de serviço para levá-lo para passear; recolhendo as fezes das áreas públicas.

As Assembleias Gerais podem ser fóruns de fundamental importância. É quando poderá ser esclarecido às pessoas não só sobre os direitos de propriedade mas, também, sobre o temperamento do seu animal e tentar, de maneira amigável, garantir a presença dele no prédio.

Posso optar por levar o animal, sem negociar com ninguém antes?
Sim, mas previna-se. Escolha cuidadosamente a raça do cão porque, embora os de pequeno porte sejam os melhor tolerados em apartamentos, alguns são mais barulhentos que os de grande porte - embora apartamentos não sejam o melhor local para o desenvolvimento destes últimos, que necessitam de grandes espaços para correr e exercitar os músculos.

Informe-se a respeito de raças, suas características e porte no site veterinário www.vidadecao.com.br

Caso a vizinhança reclame, você não consiga convencê-los e o assunto deságüe na Justiça, contrate um advogado, para assegurar o bom encaminhamento do processo -- mesmo que o processo esteja correndo no Juizado Especial (pequenas causas).

Qual a documentação que preciso para defender a permanência do meu animal em casa?
Toda e qualquer prova que demonstre a sociabilidade do animal e sua boa convivência com vizinhos e outros animais (fotos, abaixo-assinado com nome, RG e endereço; atestado de comportamento emitido por veterinário ou treinador, acompanhado de fotos, documentos de aquisição e de adestramento, se for o caso, e carteirinha de vacinação).

O que acontece se eu perder a ação?
Esgotados todos os recursos legais e de negociação, você deverá afastá-lo do condomínio em um prazo de tempo estabelecido pelo juiz. O não-cumprimento resultará no recolhimento do animal pelo CCZ da cidade.

Pronunciamento do STJ
Direito Civil. Condomínio. Animal em apartamento. Vedação na convenção. Ação de natureza cominatória. Fetichismo legal. Recurso inacolhido, Segundo doutrina de Escol, a possibilidade da permanência de animais em apartamento reclama distinções, a saber:

1. se a convenção de condomínio é omissa a respeito;
2. se a convenção é expressa, proibindo a guarda de animais de qualquer espécie;
3. se a convenção é expressa, vedando a permanência de animais que causam incômodo aos condôminos. Na segunda hipótese (alínea b), a reclamar maior reflexão, deve-se desprezar o fetichismo normativo, que pode caracterizar o "summum jus summa" injuria, ficando a solução do litígio na dependência da prova das peculiaridades de cada caso. Por unanimidade, não conhecer do recurso" (STJ - REsp. 12.166, RJ; relator Min. Sálvio de Figueiredo; 4.1 T.; j. 07.04.1992; DJ 4.05.1992; p. 5.890).

Jurisprudências (fonte: site Cãozinho Legal)

PEC 300:Major Fábio comunica resultado da reunião sobre a PEC 300

28/08/2013
Da tribuna da Câmara Federal o deputado Major Fábio (DEM-PB) comunicou aos policiais e bombeiros militares de todo o Brasil a realização de uma reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, para discutir a votação em segundo turno da PEC 300, proposta que cria o piso salarial nacional da categoria.

-O presidente desta Casa chamou para si a responsabilidade de manter contato com os governadores e buscar um consenso para a votação do piso nacional dos policiais. Está no programa de Governo da presidenta Dilma o piso nacional; é uma PEC do senador Renan Calheiros, presidente do Senado Federal, discursou o Major Fábio.

Ele disse que a categoria que arrisca sua própria vida em defesa da sociedade, quer apenas um piso nacional. “Não é mais admissível que um policial do Rio de Janeiro ganhe R$ 1.300 reais, um brigadiano do Rio Grande do Sul ganhe R$ 1.400 reais. Os policiais e os bombeiros do Brasil querem um piso nacional. É isso o que eles querem”, conclamou.

O parlamentar paraibano explicou que PEC 300 não estabelece mais valores, mas, apensada à PEC 446, do senador Renan Calheiros, estabelece a criação de um piso nacional para policiais e bombeiros de todo o Brasil.

Praça do N.S.Aparecida teve revitalização inaugurada - Juiz de Fora

JUIZ DE FORA - 2/9/2013
Prefeito inaugura revitalização da praça do Bairro Nossa Senhora Aparecida
O prefeito participou da solenidade de inauguração da revitalização da Praça Miguel Gustavo, no Bairro Nossa Senhora Aparecida. Entre as intervenções, o espaço ganhou equipamentos de ginástica ao ar livre, um muro, limpeza e reforma especiais. Os trabalhos envolveram as secretarias de Obras e de Esporte Lazer, além do Demlurb e da Empav. 

O prefeito ressaltou a união dos órgãos municipais para benefício da população: "Esse somatório de esforços faz com que a gente traga melhorias para o bairro e para a cidade"

Adolescente pega caminhonete do tio, bate em árvore e cinco pessoas morrem, no Triângulo Mineiro

02/09/13 
CAROLINA CAETANO

Um ato inconsequente de um tio, ao permitir que a sobrinha, uma adolescente de 15 anos, dirigisse uma caminhonete deixou cinco pessoas mortas em um acidente, nesse domingo (1º), em Monte Alegre de Minas no Triângulo Mineiro.

De acordo com a Polícia Militar, o grupo formado por sete pessoas voltava de uma fazenda em Peugeot 408 Allure, placa HOC 2885, quando, na estrada da Cascalheira, na zona rural da cidade, a adolescente teria perdido o controle da direção provocando o acidente.

Quando a ambulância do Hospital Municipal de Monte Alegre de Minas chegou ao local, confirmou os óbitos da condutora do carro, Laryssa Martins dos Santos, da irmã, Maraysa Martins dos Santos, 13, do tio Antônio Oliveira da Silva, 63, que seria o proprietário do veículo, do primo Samuel José dos Santos Souza, 18, e de uma amiga da família, Edynara Santos Pereira, 15.

Já Sandro Divino de Freitas Silva Filho, 15, e Nicolas Danizeth Santos Pereira, de 13, foram socorridos com vida e encaminhados ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Eles tiveram fraturas nos braços e nas pernas.

Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Ituiutaba. O velório das vítimas acontece nesta segunda-feira (2) na cidade.

Saiba como deixar seu navegador + rápido

A gente sabe, todo mundo quer navegar mais rápido. Afinal, quem tem tempo pra perder na internet? Aqui no Olhar Digital a gente já falou de conexões, já explicou o consumo de banda e hoje traz dicas de como melhorar essa velocidade através de pequenas configurações no seu navegador.

No Chrome – hoje o browser mais popular da web – é possível ativar o recurso de pré-renderização; assim, o navegador prepara as prováveis páginas que você deva clicar para que elas sejam carregadas mais rapidamente. Nas configurações avançadas, basta marcar a opção “prever ações da rede para aprimorar o desempenho”. Fácil, né?

Ainda no Chrome, remover extensões e desativar plugins também pode ajudar bastante na performance do seu navegador. Atenção, antes de cancelar os plugins, tenha certeza que não vai precisar deles depois. Nas configurações, é só clicar na lata de lixo ao lado dos aplicativos que não deseja mais usar para removê-los.

No Firefox, da Mozilla, a limpeza de extensões e dados pessoais do navegador também ajuda em uma navegação mais fluida e sem travamentos. Em “complementos e extensões”, desative tudo o que for desnecessário. No Firefox ainda é possível fazer alguns ajustes finos para aumentar a performance do navegador. O recurso “pipeline” normalmente reduz o tempo de download das páginas. Para acessá-lo, basta procurar por network.http.pipelining.

A Microsoft também oferece ferramentas para melhorar o funcionamento do Internet Explorer. São parecidas com as dos outros navegadores, mas cada um com suas peculiaridades e caminhos. Vale a pena desativar extensões, limpar histórico e dados de navegação. Em todos os navegadores, uma alternativa para reduzir o consumo de memória e deixá-lo mais leve é tentar não manter tantas abas abertas ao mesmo tempo – o que, cá entre nós, é bastante difícil pra muita gente.

E aí, pronto para acelerar sua navegação? O tutorial completo e outras dicas para melhorar a performance dos navegadores mais populares da web estão aqui no Olhar Digital, logo abaixo. Confira e depois conte o que achou pra gente. Participe, deixe seus comentários e até a próxima.

Passo a passo 

Chrome
Uma dica importante que o próprio Google dá é o recurso de pré-renderização das páginas, que possibilita que as prováveis páginas seguintes que o usuário acesse sejam carregadas mais rapidamente. Para isso é necessário entrar em Configurações e Mostrar configurações avançadas. Em seguida, na parte de Privacidade, marque a opção Prever ações da rede para aprimorar o desempenho do carregamento da página.

A melhor alternativa para reduzir o consumo de memória do Chrome e deixá-lo mais leve e rápido parte do próprio usuário. Não mantenha tantas abas abertas, o que é cada vez mais difícil na web atualmente.

Além disso, remover extensões pode ajudar bastante no desempenho do navegador. Para isso, acesse chrome://extensions/ ou entre em Configurações e Extensões e clique na latinha de lixo ao lado dos aplicativos que não deseja usar para removê-las. Limpar os dados também pode dar um refresco ao browser. Nas Configurações, clique em Limpar dados de navegação e confirme.

Desativar plug-ins pode ser muito útil para um ganho de desempenho, mas o usuário precisa pesar suas necessidades. O JavaScript é um deles, mas muitos sites dependem dele para funcionar. O Flash, que normalmente causa muitos travamentos no navegador, também pode ser desativado, mas haverá muitas perdas de conteúdo por isso. Para isso, acessechrome://plugins/ e clique em Desativar naquele item que quiser deixar de usar.

Alterações em configurações de rede podem ser decisivas também para obter uma melhoria de desempenho. Entre em Configurações e Mostrar configurações avançadas, eAlterar configurações de proxy. Clique em Configurações de LAN e marque todas as caixas de seleção. Feche o navegador e reabra para ver se houve resultado.

Firefox
Como no Chrome, a limpeza de extensões e dados pessoais do navegador colabora bastante para uma execução mais lisa do programa. Para desativar uma extensão, acesse Firefox, Complementos e Extensões. Desative o que for desnecessário ou exclua se assim preferir. Já para apagar seus dados entre em Firefox, Histórico e Limpar dados de navegação.

Com o Firefox, no entanto, é possível fazer ajustes finos para melhorar seu desempenho, mexendo nas configurações do navegador. Digitando about:config na barra de endereços, procure por network.http.pipelining e dê um clique duplo para liberar o recurso de pipeline, que frequentemente reduz o tempo de download de páginas. Em seguida, encontre a entrada network.http.pipelining.maxrequests, dê um duplo clique e configure o valor para 40. Caso haja algum problema, basta refazer o caminho para desativar o recurso.

Internet Explorer
A Microsoft oferece algumas ferramentas para tunar o desempenho do Internet Explorer e dá dicas em seu site de como fazer isso nos links abaixo.

A primeira delas é manter seu navegador atualizado. As versões mais recentes do IE são mais exponencialmente mais rápidas do que algumas mais antigas e a atualização pode garantir um desempenho bem mais satisfatório.

Em seu site oficial, ela também sugere a utilização do FixIt, solução da Microsoft para detecção e correção automática de erros. Existe uma versão voltada especificamente para resolver alguns dos problemas do IE. Acesse este site e dê Executar Agora. O programa será baixado e executado para procurar algum bug que esteja atrapalhando o desempenho e tentar encontrar uma solução.

Também vale a pena desativar extensões, limpar histórico e dados de navegação e, se necessário e possível, deixar de lado plug-ins desnecessários.

Brasil pedirá explicações a embaixador sobre espionagem contra Dilma

02/09/2013 
As novas denúncias de espionagem do governo americano foram tema de uma reunião neste domingo em Brasília. A presidente Dilma Rousseff determinou que o embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, seja chamado a dar explicações. Ela se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir como o País reagiria diante da revelação de que foi alvo direto da espionagem americana, conforme apontaram documentos ultrassecretos da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. As informações são do Fantástico.

Além de chamar o embaixador para que ele dê novos esclarecimentos, o Brasil também vai cobrar explicações formais do governo dos EUA. Além disso, o País vai recorrer a órgãos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), para discutir a violação de direitos de autoridades e cidadãos brasileiros. “Se forem comprovados esses fatos, nós temos uma situação que é inadmissível, inaceitável, porque se qualifica como uma clara violência à soberania do nosso país. O Brasil cumpre fielmente com suas obrigações e gostaria que nossos parceiros também as cumprissem e respeitassem aquilo que é muito caro para um país, que é sua soberania”, disse o ministro da Justiça. Procuradas, as embaixadas dos Estados Unidos e do México, também alvo de espionagem americana, não se manifestaram.

Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.

Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.

Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.

O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.

Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.

Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.

Benefício social vira "bolsa cachaça" para índios em Minas

02/09/2013 
Ana Lúcia Gonçalves - Enviada especial

Leonarodo Morais/Hoje em Dia
Embriagados, índios maxakalis dormem em ruas e praças de Santa Helena de Minas, no Vale do Mucuri

BERTÓPOLIS – Vítimas do alcoolismo, do desajuste social e da marginalização econômica, índios maxakali circulam pelas ruas de cidades que fazem divisa com as aldeias Água Boa e Pradinho, no Vale do Mucuri, como indigentes.

Não bastassem as condições sub-humanas, eles são explorados. Para ter crédito no comércio, precisam entregar senhas e cartões bancários e sociais, como do Bolsa Família, como garantia de pagamento. Os produtos adquiridos são quase sempre superfaturados. Pagam R$ 30 pela sacola de arroz ou fubá e até R$ 50 por uma garrafa de cachaça.

Embora vender bebida alcoólica a índios seja crime, com pena de seis meses a dois anos de prisão, a chamada “caiboca” (cachaça) é farta entre eles. A negociação, que muitas vezes envolve a troca de alimentos, acontece em ruas escuras ou em endereços acima de qualquer suspeita, como fazendas.

Há um ano e meio em Bertópolis, o subcomandante do destacamento da Polícia Militar, sargento Eliomar Alves, nunca realizou um flagrante. De acordo com ele, os índios protegem os fornecedores. “Os comerciantes não vendem. O problema são os atravessadores”.

Embriaguez
Fonte de uma euforia momentânea, a cachaça é a principal causa de brigas e mortes violentas na aldeia. Foram registrados cinco assassinatos em menos de um ano. Entre as vítimas está um bebê de 9 meses, atingido acidentalmente com um golpe de facão durante uma briga.

Há duas semanas, um índio matou o irmão de 21 anos com chutes na cabeça. Como a PM não entra na aldeia, a ocorrência foi confeccionada de longe, e o acusado sequer foi ouvido. “O professor (indígena) trocou o aparelho de som por seis garrafas pet de cachaça e deu para tikmûûn (índio). Quero xingar quem bebe cachaça”, diz Marcos Maxakali, irmão dos envolvidos.

Ilegal
Também seguem incólumes os comerciantes e lojistas que retêm os cartões e senhas dos índios para assegurar o pagamento das contas. Segundo o coordenador técnico da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Santa Helena de Minas, Adilson Andrade, o crime virou “costume” depois que alguns maxakalis deram calote, comprando em lugares diferentes sem pagar as contas anteriores.

“Já pegamos um cartão de volta, mas o índio retornou ao comércio no mesmo dia para devolvê-lo. Não teria onde comprar. Isso é caso de polícia”, afirmou Andrade. Outro problema são os empréstimos consignados que endividam, cada vez mais, os índios maxakali.

Frustração
Segundo o psicólogo que atende às aldeias, Ronaldo Santiago, explorados e violados em seus direitos constitucionais, os maxakalis bebem para esquecer as frustrações. Com o efeito do álcool, diz ele, os índios vestem uma “capa de onça”, que dá força e coragem, em especial para se relacionarem com o povo branco.

Embriagados, costumam cantar lamentações ou choram copiosamente, caídos nas praças e calçadas. “Insistimos em trabalhos de educação e saúde, mas sem apoio, em especial dos municípios, pouco alcançamos”.

Homicídio (ato infracional) no Santa Rita

02/09/2013 - Juiz de Fora 
Rua Orvily Derby Dutra - Santa Rita de Cássia 
Nesse domingo(1), por volta das 21:00 h, policiais militares atenderam uma ocorrência de homicídio consumado.
A vítima José E. M.E,19, foi atingida por projeteis de arma de fogo e encaminhada ao HPS, sendo constatado quatro perfurações e o óbito.
O autor do ato infracional análogo ao crime de homicídio teria sido cometido por um adolescente,17, não sendo localizado, mas foi qualificado no BO.

sábado, 31 de agosto de 2013

LUNÁTICOS, GO HOME

LUNÁTICOS, GO HOME
Guilherme Fiuza

Se você estiver entediado e quiser apimentar um pouco a sua rotina, não hesite: ligue o computador, mergulhe no mundo mágico das redes sociais, reúna uma dúzia de amigos mais ou menos ociosos, combine com eles uma causa (pode ser “tédio nunca mais”), pinte o slogan em algumas cartolinas, saia às ruas com o seu grupinho revolucionário e feche uma das principais avenidas da cidade. Qualquer uma. Mas feche mesmo: interrompa totalmente o trânsito, pelo tempo que você quiser.

Não tenha medo. As autoridades não estragarão o seu desfile. Recentemente, algumas dúzias de manifestantes bloquearam a Avenida Rio Branco, principal via do Centro do Rio, durante sete horas. A cidade parou, foi uma beleza – pelo menos para a polícia, para os guardas de trânsito, para o prefeito e para o governador, que cruzaram os braços e assistiram impávidos à singela arquitetura do caos. Ou talvez não tenham assistido, porque têm mais o que fazer.

Por algum motivo transcendental, as autoridades resolveram aceitar os bloqueios de trânsito. Passou a vigorar um novo princípio legal: a rua é do militante (qualquer um). Se ele deixar, a cidade pode ir e vir. No Rio de Janeiro, em especial, não se pode mais sair para qualquer lugar sem dar uma busca na internet ou no rádio. É preciso descobrir que bairro está sitiado naquela hora, ou naquele dia, por conta dos protestos contra tudo isso que aí está.

É uma piada (péssima). Em qualquer cidade séria do mundo isso seria impensável. O poder público, escondido em algum lugar entre a covardia e a vagabundagem, resolveu não cansar a sua beleza com a garantia da livre circulação. Desistiu de cumprir a lei.

E o que é pior: a população se sujeita a isso calada – como se fosse vítima de uma nevasca, furacão ou enchente. As pencas de institutos e ONGs que passam a vida matraqueando a palavra cidadania, entupindo a mídia e os espaços públicos com suas cartilhas politicamente corretas, também não dão um pio diante desse escárnio.

Cumpre informar a todos os papagaios de clichês moderninhos: a cidadania no Rio de Janeiro foi revogada. A não ser que se conceba a meia-cidadania, ou a cidadania em meia pista.

Como explicar esse apagão de civilidade? Como entender que o poder público lave as mãos diante dessa “solidariedade” egoísta – que pode custar a vida de um enfartado, ou torturar uma grávida em trabalho de parto? Em nome de que, afinal, as autoridades liberaram a bandalha em forma de passeata?

Provavelmente tem a ver com populismo (essa praga que dominou o continente na última década), e com uma noção subdesenvolvida de bondade e tolerância. O marqueteiro mandou não contrariar. E o mais triste é que a suposta explosão cívica, tolerada pelas autoridades, é ainda mais subdesenvolvida do que quem a tolera. Para quais mudanças reais o “povo na rua” está de fato apontando?

Nenhuma. Depois da grita contra o aumento na tarifa de ônibus, a palavra de ordem “não são só 20 centavos” enunciou um abrangente movimento de massa. Teve até político afinando a voz – como o irremovível Renan Calheiros, acusado de promiscuidade com empreiteira. Calheiros virou militante do passe livre. E continuou presidindo o Senado, numa boa.

O governo Dilma, com seus 40 ministérios, bateu o recorde de gastos públicos improdutivos no auge das manifestações (o Banco Central teve que elevar a projeção de déficit para 2,7% do PIB em 2013). A sagrada sublevação das ruas jamais apontou um dedo para qualquer dos ralos do governo popular – origem da inflação que aperta os brasileiros, não só na roleta do ônibus. A nova onda de superfaturamentos no Dnit – alvo da “faxina”! – nem foi notada por ninjas, black blocs, foras do eixo e foras de órbita.

Nesse meio tempo, chegou ao Congresso o pedido da CPI da Copa. A enxurrada de dinheiro público em estádios bilionários como Mané Garrincha e Itaquerão (projetado após o golpe que “desclassificou” o Morumbi) iria enfim ser investigada. Sabem o que aconteceu com a CPI da Copa, queridos revolucionários? Foi enterrada antes de nascer. Sem nem um cartaz criativo no velório, sem nem uma ruela obstruída para pressionar os deputados coveiros.

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que faturou alto com consultorias invisíveis para a indústria mineira, não só permanece no cargo, como dali toca sua campanha para governador. E ainda dá palpite sobre o dólar (“tem espaço para chegar a R$ 2,50”!), bajulando assim seus amigos empresários e bagunçando ainda mais o ambiente econômico. É típico do parasitismo petista, que não incomoda os fechadores de rua.

Um dos grandes agentes da pacificação no Rio, José Junior, líder do Afro Reggae, está há dois meses jurado de morte por Fernandinho Beira-Mar. Sua instituição foi metralhada no Complexo do Alemão. Não se viu uma única passeata pela vida de Junior, e contra essa vergonha de presos em segurança máxima comandando o crime.

No entanto, há uma favelinha ninja ocupando, há meses, duas faixas da Avenida Delfim Moreira, a pretexto de pedir a saída do governador.

Prezadas autoridades: tomem vergonha, cumpram a lei contra os lunáticos e devolvam as ruas ao cidadão.

Blog Besta Fubana - http://www.luizberto.com/