segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Brasil coloca sob sigilo apoio financeiro a Cuba e a Angola

 ALÉM-FRONTEIRAS PUBLICADO AOS 04 JULHO 2013

Brasília – O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tornou secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos governos de Cuba e de Angola. Com a decisão, o conteúdo dos papéis só poderá ser conhecido a partir de 2027.

Fonte: Folha de S. Paulo 
O BNDES desembolsou, somente no ano passado, US$ 875 milhões em operações de financiamento à exportação de bens e serviços de empresas brasileiras para Cuba e Angola. O país africano desbancou a Argentina e passou a ser o maior destino de recursos do gênero.

Indagado pela Folha, o ministério disse ter baixado o sigilo sobre os papéis porque eles envolvem informações "estratégicas", documentos "apenas custodiados pelo ministério" e dados "cobertos por sigilo comercial".

Os actos foram assinados por Pimentel em junho de 2012, um mês após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação. É o que revelam os termos obtidos pela Folha por meio dessa lei.

Só no ano passado, o BNDES financiou operações para 15 países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de "secreto" no ministério.

Segundo o órgão, isso ocorreu por que havia "memorandos de entendimento" entre Brasil, Cuba e Angola que não existiam nas outras operações do gênero.

O ministério disse que o acesso a esses outros casos também é vetado, pois conteriam dados bancários e comerciais já considerados sigilosos sem a necessidade dos carimbos de secreto.

INEDITISMO

Antes da nova Lei de Acesso já existia legislação que previa a classificação em diversos graus de sigilo, mas é a primeira vez que se aplica o carimbo de "secreto" em casos semelhantes, segundo reconheceu o ministério. O órgão disse que tomou a decisão para se adaptar à nova lei.

O carimbo abrange praticamente tudo o que cercou as negociações entre Brasil, Cuba e Angola, como memorandos, pareceres, correspondências e notas técnicas.

As pistas sobre o destino do dinheiro, contudo, estão em informações públicas e em falas da presidente Dilma.

Em Havana, onde esteve em janeiro para encontro com o ditador Raúl Castro, ela afirmou que o Brasil bancava boa parte da construção do Porto de Mariel, a 40 km da capital, obra executada pela empreiteira Odebrecht.

Ela contou ainda que o Brasil trabalhava para amenizar os efeitos do embargo econômico a Cuba. "Impossível se considerar que é correto o bloqueio de alimentos para um povo. Então, nós participamos aqui, financiando, através de um crédito rotativo, US$ 400 milhões de compra de alimentos no Brasil."

Na visita a Luanda, em Angola, Dilma falou em 2011 que "os mais de US$ 3 bilhões disponibilizados pelo Brasil fazem de Angola o maior beneficiário de créditos no âmbito do Fundo de Garantias de Exportações" do BNDES.

A Folha revelou que o ex-presidente Lula esteve em Angola, em 2011, onde participou de um evento patrocinado pela Odebrecht. O Desenvolvimento diz que os financiamentos têm o objetivo de dar competitividade às empresas brasileiras nas vendas ao exterior. A Folha não conseguiu falar com as assessorias das embaixadas de Cuba e de Angola.
Folha 8

Dilma demite ministro Patriota após episódio com senador boliviano

26/08/2013 
Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília
O ex-ministro Antonio Patriota (Foto: Reprodução Globo News)

O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) deixou o governo após reunião com a presidente Dilma Rousseff na noite desta segunda-feira (26). O Palácio do Planalto anunciou como novo ministro Luiz Alberto Figueiredo, atual embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU). Patriota passará a ser o novo representante do Brasil nas Nações Unidas.

O motivo da demissão foi o episódio do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado havia um ano na embaixada brasileira em La Paz e foi trazido para o Brasil em um carro oficial brasileiro, embora não tivesse autorização do governo boliviano para deixar o país.

Nota divulgada pelo Planalto diz que Dilma "aceitou hoje pedido de demissão do ministro Antonio de Aguiar Patriota e indicou o representante do Brasil junto às Nações Unidas, embaixador Luiz Figueiredo, para ser o novo ministro de Relações Exteriores”.
Luiz Alberto Figueiredo, em setembro de 2012 (Foto: Marcello Casal Jr./ABr/Arquivo)

Na nota, Dilma “agradece” o trabalho de Patriota à frente do Ministério de Relações Exteriores e informa que ele será o novo representante do Brasil nas Nações Unidas. “A presidenta agradeceu a dedicação e empenho do ministro Patriota nos mais de dois anos que permaneceu no cargo e anunciou a sua indicação para a missão do Brasil na ONU", diz o texto.

Luiz Alberto Figueiredo Machado, 58 anos, nasceu no Rio de Janeiro e é formado em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ele ingressou no Itamaraty em 1980 e, no mesmo ano, iniciou atuação nas Nações Unidos como diplomata assistente. Durante a carreira diplomática, representou o Brasil em várias reuniões internacionais sobre mudança climática.

O encontro de Dilma com Patriota começou pouco antes das 19h e durou cerca de 50 minutos. Depois do encontro, a presidente e o ministro deixaram o palácio.

A cúpula do ministério passou o dia em reuniões para tratar da situação do senador e do diplomata Eduardo Saboia, encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz, que admitiu que organizou a operação que trouxe Molina para o Brasil em um carro oficial. O senador viajou 22 horas de La Paz a Corumbá (MS), onde pegou um jatinho e desembarcou em Brasília. Ele está hospedado na casa do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Em junho deste ano, a Advocacia-Geral da União (AGU), a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Itamaraty já tinham se posicionado contra ajuda ao senador boliviano Roger Pinto, que queria deixar a Bolívia rumo ao Brasil.

O Ministério Público da Bolívia planeja pedir a extradição de Molina, condenado a um ano de prisão no país por suposto crime de corrupção. Ele responde a outros 20 processos na Justiça boliviana (saiba como tramitará eventual pedido de extradição).

O fato de o governo brasileiro ter sido surpreendido pela chegada do senador contrariou a presidente Dilma. A presidente e Patriota só teriam sido informados da fuga quando o boliviano alcançou território brasileiro. De acordo com o blog Panorama Político, de Ilimar Franco, em "O Globo", há sete meses os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores do Brasil negociavam o caso do senador com o governo da Bolívia. Segundo o blog, a sugestão para que Molina deixasse o país teria sido feita informalmente por membros do governo boliviano.

Em entrevista ao Fantástico neste domingo (25), o diplomata brasileiro Eduardo Saboia, encarregado de Negócios do Brasil na Bolívia, afirmou que foi dele a decisão de trazer o senador ao Brasil. "Tomei a decisão de conduzir essa operação, pois havia o risco iminente à vida e à dignidade do senador", disse.

A eleição presidencial de 2014 já molda todos os comportamentos da classe política e da classe empresarial

26/08/2013 

Roberto Nascimento

Os arroubos legislativos dos senhores deputados e senadores são fruto da voz rouca das ruas na “primavera” de junho. Os parlamentares, que têm um instinto de sobrevivência aguçado, perceberam que o governo lhes estava passando a responsabilidade pelas mazelas sociais do povo, simplesmente culpando o Congresso pela demora na votação das leis.

Então, os parlamentares saíram a campo para votar rapidamente o pacote de bondades e a derrubada da PEC 37, que limitava os poderes do Ministério Público. Deu certo a estratégia, pois o governo erradamente passou recibo, pedindo calma a Renan Calheiros e Eduardo Alves, respectivamente, presidentes do Senado e da Câmara.

É que nenhum governo quer perder o protagonismo das medidas favoráveis a sociedade, quando lhe convêm, claro. Tanto é verdade que a popularidade do governo caiu a níveis assustadores (31%) e os governadores do Rio e de São Paulo foram colocados nas cordas e lá permanecem acuados.

Enquanto persistirem as manifestações de ruas, o quadro não será alterado. O Centrão, de triste memória e que era um dos braços do regime militar, agora é chamado pelo nome pomposo de Base Aliada, tendo o PMDB e o PT como carros-chefes. Mas os dois partidos majoritários vivem em clima de divórcio, que pode ou não chegar à separação ou à conciliação, conforme o andar da carruagem.

No fundo e na forma, o cenário da eleição presidencial de 2014 já molda todos os comportamentos da classe política e da classe empresarial. A primeira, pretendendo permanecer no Parlamento futuro; e a segunda, na espera de quem bancar para usufruir dos financiamentos do Estado no distante 2015 em diante.

O primeiro tempo desse jogo interessante está em andamento, mas o segundo tempo, no ano que vem, trará muitas emoções até o apito final, simbolizado na abertura das urnas. Todo cuidado ainda será pouco, caso contrário, sofrerão até o último minuto. O juiz de 2014 será a juventude da primavera junina. E quem viver verá o espetáculo democrático.

Vítima fatal na Rio Branco/ Atropelamento na Benjamin

26 de Agosto de 2013 - Juiz de Fora 

Por Tribuna

Um acidente na Rua Benjamin Constant, próximo ao número 545, causou retenção no trânsito durante a manhã desta segunda-feira (26). De acordo com as informações da assessoria de imprensa da Settra, um pedestre foi atingido por uma motocicleta enquanto atravessava em um local fora da sinalização. A vítima foi socorrida pelo Samu. Durante a manhã desse domingo, a polícia registrou um outro atropelamento. O acidente foi por volta das 7h, na Avenida Rio Branco e matou um idoso de 71 anos, também atingido por uma motocicleta. O idoso foi socorrido pelo Samu, mas morreu a caminho do Hospital.
Tribuna de Minas

Saída do senador Roger Pinto foi caso 'grave', diz chanceler da Bolívia

26/08/2013 
Do G1, em São Paulo
David Choquehuanca , chanceler da Bolívia, dá entrevista nesta segunda-feira (26) em La Paz (Foto: AFP)

O governo da Bolívia qualificou nesta segunda-feira (26) de "grave" a saída "subreptícia" do senador Roger Pinto Molina do território do país e pediu explicações oficiais ao governo brasileiro.
Segundo o governo boliviano, o incidente viola leis nacionais e internacionais.

Em entrevista, o ministro de Relações Exteriores, David Choquehuanca, disse que vai entregar uma nota à representação diplomática brasileira na Bolívia em que expressa sua "profunda preocupação pela transgressão do princípio de reciprocidade e cortesia internacional".

"Por nenhum motivo ele poderia sair sem salvo conduto", disse Choquehuanca, afirmando que isso está estabelecido em uma convenção da ONU.

Ele assegurou que foram violados os mecanismos de cooperação que existem entre os estados.

"Por isso, na nota, solicitamos formalmente às autoridades do Brasil explicações", disse. "Têm que explicar. Há várias versões, várias afirmações em vários meios de comunicação. Nós precisamos que expliquem formalmente, a comunidade boliviana e a comunidade internacional precisam saber como sucederam os fatos e se foram violadas normais internacionais."

O chanceler boliviano qualificou o incidente de "grave" porque, no seu entendimento, não é possível que, sob o amparo da imunidade diplomática, sejam transgredidas normas nacionais e internacionais, "facilitando, nesse caso, a fuga, a saída irregular do senador Pinto".

Choquehuanca disse que a situação pode se tornar um precedente ruim porque, "amparados na imunidade diplomática", funcionários poderiam transportar drogas, armas ou pessoas.

O governo da Bolívia está investigando a forma como o senador da oposição chegou ao Brasil no domingo, informou o ministro do Governo, Carlos Romero.

"Pedimos a revisão das imagens das câmeras de segurança nas cabines de pedágio e os relatórios dos pontos de controle", comentou Romero à emissora Unitel.

Romero também informou que o governo pediu informações para a polícia local responsável pela segurança externa da embaixada do Brasil, em conformidade com as convenções internacionais.

O senador Roger Pinto chegou no domingo (25) a Brasília após deixar La Paz com um carro da Embaixada brasileira. O senador estava asilado na embaixada brasileira na Bolvia havia mais de um ano, alegando perseguição política do governo Evo Morales.

Roger Pinto saiu da Embaixada brasileira em La Paz às 15h da sexta-feira (23). Foram usados dois carros da representação brasileira. O da frente, com fuzileiros navais, fazia a segurança do outro veículo, que trazia o senador boliviano ao lado do diplomata brasileiro Eduardo Saboia, encarregado de negócios da representação. Foram percorridos 1.600 km em direção a Corumbá (MS). A viagem até a fronteira durou 22 horas.

Na chegada ao Brasil, Roger Pinto disse que fez "boa viagem". "Devo agradecer a todo o Brasil e suas autoridades”.

Questionado se temia o fato de ter vindo ao Brasil sem a Bolívia conceder salvo-conduto, documento que garante o livre trânsito em determinado território, e se isso podia atrapalhar as negociações para asilo político, Pinto preferiu não responder e disse "esperar um momento oportuno" para falar, "uma vez que conheça a decisão das autoridades". "Espero que continue meu asilo, eu tenho asilo e espero que continue", afirmou.

Neste domingo, a ministra boliviana da Comunicação, Amanda Davila, disse que a ida do senador boliviano ao Brasil não afetará as relações com o país. "Este caso não afeta as relações com o Brasil. Relações entre a Bolívia e o Brasil são mantidas em uma situação de absoluta cordialidade e respeito", disse a ministra, numa conferência de imprensa no Palácio do Governo da Bolívia.

No sábado (24), Amanda havia dito que se Pinto não estivesse mais na Bolívia, ele deixaria de ter status de refugiado e passaria a ser considerado "foragido da Justiça, sujeito à extradição".

Pareceres contrários
Em junho deste ano, a Advocacia-Geral da União (AGU), a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Itamaraty se posicionaram contra a ajuda ao senador boliviano Roger Pinto, que queria deixar a Bolívia rumo ao Brasil. As informações prestadas pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo dos Santos, estão inclusas nos pareceres e balizaram posicionamentos da AGU e da PGR encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação apresentada pelo político boliviano.

No processo protocolado no dia 16 de maio no STF, a defesa do senador questionou a atuação do governo brasileiro na resolução de seu caso e pediu um carro para deixar a Bolívia. O advogado Tibúrcio Peña afirmou que o senador teve direito de circulação restrito e que não podia ter contatos externos por determinação do governo brasileiro. O documento cita ainda que o Itamaraty, órgão do governo que negocia a situação do senador, agia com "inércia", contrariando tratados internacionais.

Acionadas pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello, relator do habeas corpus pedido pela defesa de Pinto, a AGU e a PGR se manifestaram contra possibilidade de governo brasileiro conceder carro diplomático ao senador com base em informações do Itamaraty. Marco Aurélio informou ao G1 neste domingo (25) que vai arquivar o processo porque houve "perda de objeto".

"Com a vinda do senador para o Brasil, o objeto está prejudicado, já que o habeas corpus pedia a saída da Bolívia", disse.

O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo dos Santos, informou à AGU que a vinda de Roger Pinto sem o salvo-conduto poderia “anular o efeito prático do asilo”.

“Uma decisão que determine a saída do senador Roger Pinto Molina da Embaixada sem a concessão de salvo-conduto e de garantias de segurança pelas autoridades bolivianas, por sua vez, impossibilitaria o Brasil de conceder qualquer forma de proteção jurídica ao senador, tornando sem qualquer efeito prático o asilo diplomático concedido, que desapareceria ipso facto”, diz no parecer da AGU.

Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota, que abrirá inquérito para apurar as circunstâncias da transferência para o Brasil do senador senador boliviano Roger Pinto Molina, asilado havia mais de um ano na embaixada brasileira em La Paz.

Segundo a AGU, o governo brasileiro não podia conceder carro diplomático, uma vez que há decisões da Justiça boliviana restringindo a possibilidade de o senador deixar o país.

"Os pedidos formulados pelo impetrante não são juridicamente possíveis, isto é, se o governo brasileiro propiciar ao paciente o veículo requerido para que possa sair da Bolívia, estaríamos violando a ordem internacional, descumprindo decisões judiciais de tribunais bolivianos, que já decidiram que o paciente não pode deixar o país."

Conforme a AGU, para que o senador deixe o país seria necessário um salvo-conduto por parte do governo boliviano, documento que o Brasil não pode obrigar a ser concedido por ser prerrogativa daquele país.

"O Brasil deu início a intensas negociações, com o objetivo de obter o salvo-conduto, sem o qual o paciente não consegue deixar a Bolívia", argumentou a AGU.

Para o então procurador-geral Roberto Gurgel, contrário ao habeas corpus, como Pinto Molina foi beneficiário do asilo diplomático, “não se pode concluir que houve violência ou coação em sua liberdade de locomoção”.
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E Antonio Patriota, o que tem a dizer? Qual é seu papel na patranha petralha?

26/08/2013 às 4:47



No dia 21, publiquei aqui um post, às 21h48, cujo título era este:


Transcrevo trechos:
É uma pantomima! O governo tinha um plano de importar 6 mil médicos cubanos, que passariam (como passarão!) a atuar no Brasil sem qualquer exame ou validação do diploma. Para resolver um problema do nosso país? Mais ou menos. Há, com efeito, falta de médicos. Mas é certo que o governo do PT vai mesmo é repassar R$ 40 milhões por mês à ditadura comunista. (…) Quando Padilha anunciou a decisão, a classe médica brasileira reagiu. O governo, então, fingiu um recuo — mas era só uma tática, vê-se agora. Afirmou que a prioridade seria importar médicos da Espanha e de Portugal e apresentou sua esdrúxula proposta de aumentar em dois anos a graduação, obrigando os estudantes, nesse tempo, a atuar no sistema público de saúde. Sem isso, nada de diploma. (…) Atenção! É importante notar que o governo não criou um miserável programa para incentivar a interiorização dos médicos brasileiros. Foi tudo na base do gogó. O que Padilha preparou, nesse tempo, foi mesmo a criação das condições objetivas para que voltasse a seu plano original: trazer os cubanos.
(…)

A confissão
Aqueles mequetrefes de sempre vieram aqui torrar a paciência: “Como é você sabe? Você está chutando etc.”. Pois é. Eu sempre conto com alguém com a inteligência superior do senador Humberto Costa (PT-PE), ele próprio ex-ministro da Saúde, para revelar a verdade que eu lhes havia antecipado.

Costa participou de um debate com Emanuel Fortes, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, no programa “Entre Aspas” (GloboNews), comandado pela jornalista Mônica Waldvogel. O link está aqui.

A partir dos 8min49s, o petista afirma com todas as letras:
“Esse programa já vem sendo trabalhado há um ano e meio. Boa parte desses cubanos já trabalharam em países de língua portuguesa, não têm dificuldade com a língua. E, ao longo desse um ano e meio, eles vêm tendo conhecimento sobre o sistema de saúde no Brasil, doenças que existem aqui e não existem lá…”

Pronto!

Eis aí a confissão. Então já havia um programa em curso, assegura o petista. Os cubanos, ele garante, já vinham estudando até o sistema de saúde no Brasil. Assim, quando o ministro Alexandre Padilha veio a público, no dia 6 de julho, para anunciar que o governo havia desistido de importar os escravos de Fidel e Raúl Castro, estava, deixem-me ver que verbo usar… Já sei: o ministro, segundo Humberto Costa, estava mentindo.

Havia, pois, um programa secreto em curso, e isso explica a desídia no governo federal para criar incentivos para a interiorização de médicos brasileiros. Todas as circunstâncias foram criadas, isso agora está claríssimo — e há uma confissão —, para trazer os cubanos. Quando Aloizio Mercadante e o próprio Padilha defenderam aqueles dois anos a mais no curso de graduação de medicina — depois, houve o recuo —, tratava-se de mera ação diversionista.

Agora fica claro, também, por que o governo sempre evitou o diálogo aberto com as associações médicas e decidiu implementar um programa ignorando a categoria. Seu interlocutor privilegiado era a ditadura cubana.

E Patriota?
E o Ministério das Relações Exteriores? Qual é o seu papel nessa patranha petralha? Cumpre lembrar que o Itamaraty participou dessa negociação. Também ele pôs suas digitais num acordo que se fazia na surdina e que resultará na reintrodução do trabalho escravo no Brasil, ainda que muitos possam ser servos voluntários de uma ideologia. Encerro lembrando que os jornalistas investigativos têm aí uma bela pauta. Que programa era esse? Que material foi produzido para que os estrangeiros conheçam as doenças da pobreza brasileira e dos rincões? Quem preparou esse material? Por que se fez tudo à socapa? E por que, finalmente, Padilha mentiu?

Por Reinaldo Azevedo

domingo, 25 de agosto de 2013

Classificação atualizada do Brasileirão 2013

25/08/2013 
brasileiro
campeonatos
classificação atualizadaPJV
1Cruzeiro31169
2Botafogo29168
3Grêmio28168
4Atlético-PR27167
http://globoesporte.globo.com/

Rita Lee paga indenização a três policiais militares de Sergipe

25/08/2013 
Fredson Navarro
Do G1 SE
Rita Lee diz que ama os sergipanos e pretende voltar ao estado (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)

A cantora Rita Lee efetuou o depósito correspondente ao valor das indenizações de três processos que militares sergipanos ajuizaram contra ela por danos morais causados pela artista durante um show ocorrido no Verão Sergipe, em janeiro de 2012, na Barra dos Coqueiros. Na ocasião, a roqueira interrompeu o show para reclamar da ação dos policiais que revistavam o público em busca de drogas. A cantora utilizou palavras de baixo calão para ofender os militares por entender eles estavam sendo agressivos.

De acordo com a Associação dos Militares de Sergipe (Amese), o pagamento foi feito de forma espontânea e cada um dos três policiais recebeu R$ 6.519. “Estamos comemorando os depósitos realizados. É um alerta para os militares continuarem lutando pelos seus direitos principalmente quando tem sua moral e honra atingidos”, diz o presidente da Amese, Sargento Vieira.

O G1 tentou ouvir a versão da cantora, mas a assessoria de imprensa dela não foi encontrada.

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou no último dia 30 de julho recursos apresentados pela cantora Rita Lee contra decisões que a condenaram a pagar indenizações aos policiais de Sergipe por danos morais. Em abril, ela foi condenada pela Turma Recursal do TJ-SE a pagar R$ 5 mil para cada um dos sete policiais militares que trabalhavam durante o show.

A defesa de Rita Lee apresentou recursos ao TJ contra a condenação, que foram negados. Ela, então, recorreu ao Supremo. Os pedidos da cantora não chegaram a ser analisados por nenhum ministro, mas foram recusados administrativamente pela Secretaria Judiciária do tribunal por ausência de "repercussão geral", quando o caso se repete e decisão do STF deve ser seguida pelas demais instâncias.

Além dos sete processos nos quais a cantora já foi condenada, há ainda mais 25 ações contra Rita Lee e que ainda não foram julgadas no TJ de Sergipe. A análise das ações estava parada à espera de uma decisão do STF. Como os recursos não foram analisados, os processos serão retomados, segundo o advogado Plínio Karlo, que defende os policiais.

Segurança tem novo modelo no Mineirão

25/08/2013
No gramado ou nas arquibancadas, policiais militares, agora, dividem tarefas com seguranças privados
No gramado ou nas arquibancadas, policiais militares, agora, dividem tarefas com seguranças privados
No gramado ou nas arquibancadas, policiais militares, agora, dividem tarefas com seguranças privados
GUILHERME GUIMARÃES
@SUPER_FC

“Domingo, eu vou ao Mineirão, vou torcer para o time que sou fã, vou levar foguetes e bandeiras...”. Antigamente, o trecho da conhecida música cantada nas arquibancadas era bem apropriado para os jogos no Gigante da Pampulha. No entanto, com a reforma do estádio para a Copa do Mundo, muita coisa mudou, principalmente, no controle do comportamento dos torcedores.

Com a nova estrutura do Mineirão, uma mudança significativa ocorreu no trabalho da Polícia Militar. Diferentemente do que ocorria há pouco tempo, a PM não é mais a única responsável pela segurança dentro do estádio.

Pelo contrato da parceria público-privada assinado entre a administradora do Mineirão e o governo do Estado, a responsabilidade pela segurança dos torcedores e do patrimônio público – em dias de eventos ou não – é da Minas Arena, que atua de forma conjunta e complementar com a polícia.

Agora, por causa dos seguranças privados, que começaram a trabalhar nas áreas comuns e na parte interna da arena, o efetivo policial, principalmente em dias de jogos no local, diminui 70%.

“Antes, o estádio era totalmente aberto e isso dificultava bastante as ações de segurança. Com as mudanças estruturais, tudo ficou facilitado. Houve uma potencialização do nosso trabalho nos arredores do Mineirão”, explica o coronel Antônio de Carvalho, do Comando de Policiamento Especializado da capital.

Treinados. Em parceria com a polícia, a Prosegur – empresa de segurança contratada pela Minas Arena – tem a missão de manter a ordem e a segurança dos frequentadores. Os funcionários não podem dar entrevistas, mas a empresa, através de sua assessoria de imprensa, informou que trabalha apenas com profissionais especializados.

“Os funcionários são submetidos a cursos específicos de segurança de eventos. Hoje, os torcedores são abordados, primeiramente, pelos orientadores de público. Caso seja detectado algum tipo de anormalidade, os orientadores estão treinados a acionar a segurança privada. Se o caso for mais grave, o segurança privado aciona a polícia”, explica a empresa. A Prosegur deixa claro que o “poder de prisão” é da Polícia Militar, que age apenas para intervir em casos mais graves.

No Horto, escoamento é mais difícil
O trabalho da Polícia Militar nos estádios de Belo Horizonte tem sido diferente no Mineirão e no Independência. Ao contrário do estádio da Pampulha, o Horto não possui filtros, áreas próximas à arena para a triagem de torcedores.

“O Mineirão teve modificação estrutural, e isso para a segurança é muito benéfico. O público chega, e há um filtro de entradas pela esplanada. Isso minimiza a aglomeração de pessoas e facilita o nosso trabalho”, avalia o coronel Antônio de Carvalho.

No Independência, ainda de acordo com a Polícia Militar, o trabalho é dificultado pela falta de um melhor “escoamento” dos torcedores.

“O torcedor continua bebendo do lado de fora e entra na correria. O Mineirão absorve melhor essa questão, o que não ocorre no Independência. Do bar no Horto, o torcedor praticamente está nas catracas e tenta forçar a barra para entrar praticamente em cima da hora do jogo”, pondera o comandante.

Revista privada ineficaz faz PM retomar procedimentos
A queda do efetivo policial em dia de eventos no Mineirão mudou também a rotina no trabalho de acesso do torcedor. Pela diminuição de militares, o serviço de revista, agora, é de responsabilidade da Prosegur.

A abordagem, no entanto, deixa a desejar, principalmente por não evitar o acesso de vários materiais explosivos na área das arquibancadas. De acordo com o coronel Antônio de Carvalho, do Comando de Policiamento Especializado, a final da Libertadores foi a “gota d’água” para que a PM voltasse a atuar nos acessos.
“Verificamos um alto número de materiais explosivos em alguns jogos, principalmente na final. Foi terrível. Bombas e um sinalizador do tamanho de um braço chegaram a ser vistos nas arquibancadas”, conta.

Nesse jogo decisivo, um torcedor do Atlético quase perdeu três dedos da mão direita por causa de uma bomba arremessada nas arquibancadas.

“Ela veio de cima para baixo na arquibancada e, no susto, tentei tirá-la de perto com a mão. Mas houve a explosão antes e não me lembro de mais nada por causa da dor”, explicou o atleticano Felipe Abreu, 28, que precisou de cirurgias para reconstituir a mão.

SE LIGA, TORCEDOR!
Laranjas. O torcedor que tiver alguma dificuldade deve, primeiro, buscar a ajuda dos orientadores que usam os coletes alaranjados.

Amarelos. Os funcionários identificados com os coletes de cor amarela são os seguranças privados da empresa Prosegur.

FLAGRANTES
Depredadores. As câmeras já registraram tentativas de quebra das cadeiras nas arquibancadas e de danos em área do estádio.

Bombas e drogas. O monitoramento flagrou a utilização de materiais explosivos e de uso de entorpecentes durante partidas e eventos.

Penalidades. Os flagrados foram encaminhados ao Juizado Especial Criminal, no próprio Mineirão, onde foram julgados e apenados por crimes de pequeno potencial ofensivo. As imagens geradas pelas câmeras são encaminhadas ao Judiciário, que as utiliza para formação de juízo.

NÚMEROS
364 câmeras monitoram a chegada e a saída da torcida no Mineirão

382 seguranças privados trabalharam no jogo Cruzeiro e Flamengo.

Grave acidente com ônibus deixa dezenas de feridos na BR-365

25/08/2013 
Nicole Melhado
Do G1 Grande Minas
Acidente aconteceu no trevo que dá acesso a cidade de Claro dos Poções (MG). (Foto: Nicole Melhado / G1)
Um ônibus que transportava fiéis da Igreja Assembleia de Deus de Claro dos Poções (MG) capotou na BR-365 deixando 32 feridos e 2 mortos na manhã deste domingo (25).
O acidente aconteceu por volta das 9h no trevo que de acesso à cidade. Os membros da igreja seguiam para um circulo de oração que acontece anualmente, na cidade de Água Boa, a cerca de 20 quilômetros de Claro dos Poções.
Pastor José Antônio Barbosa ajudou no socorro às vítimas (Foto: Nicole Melhado / G1)
“O ônibus foi contratado por um serviço terceirizado e já havia apresentado problemas logo no início do trajeto. Fomos até chamados para vir buscar os passageiros com outro ônibus, mas o motorista parou e achou que tivesse resolvido o problema e que poderiam seguir viagem. Porém perdeu o controle do veículo na descida e capotou na virada do trevo”, conta o pastor José Antônio Barbosa, que chegou logo depois do acidente.
Uma menina de 9 anos e um homem de 83 anos morreram no local. A vítima com o estado de saúde mais grave foi uma mulher que teve o braço direito amputado. Como corria risco de uma parada cardiorrespiratória, ela foi levada de helicóptero para a Santa Casa de Montes Claros. Outros quatro pacientes em estado grave também permanecem internados na Santa Casa. Segundo a direção do hospital, o estado de saúde deles é estável, mas requer atenção.
Mulher com o braço direito amputado foi levada para a Santa Casa de Montes Claros. (Foto: Nicole Melhado / G1)
“Deparamos aqui com uma situação a qual foi necessário colocar em prática um plano de catástrofe, mobilizando todos os profissionais, inclusive estudantes do último período de medicina, e todos os hospitais da nossa rede para fazer o atendimento às vítimas”, explica o gerente de urgência e emergência de Montes Claros, Frederico Willer.
O Hospital Universitário de Montes Claros, também referência em traumatologia, recebeu 13 pacientes, outros três foram encaminhados para o Hospital Aroldo Torino e cinco para o Hospital Dilson Godinho. Pacientes com escoriações mais leves foram levados para o Hospital Regional Pirapora.
“Primeiro fizemos o atendimento às cinco vítimas em estado mais grave. Muitos estavam presos às ferragens. Todos os passageiros estavam sem cinto de segurança”, afirma o tenente Castro, do Corpo de Bombeiros.
Vítimas foram socorridas ainda na rodovia por equipes do Samu (Foto: Nicole Melhado / G1)
Testemunhas disseram à Polícia Rodoviária Federal que o ônibus apresentava problemas na marcha e estava sem freio motor. “Averiguamos que o veículo está com a lataria comprometida e pneus carecas. Mas a perícia apontará ainda a conclusão sobre as causas do acidente”, diz o policial Rossiny Alves.
O acidente deixou a rodovia interditada por quase três horas nos dois sentidos. Um grande aglomerado de parentes das vítimas e curiosos se formou no local. 
“Todo mundo que estava no ônibus era conhecido. Assim que soube do acidente vim para cá e me deparei com essa tragédia”, conta o estudante Eduardo Santos.
O músico e membro da Assembleia de Deus Jadir Martins Pimenta também foi um dos primeiros a prestar socorro às vítimas. “Um caminhoneiro que estava logo atrás do ônibus tinha uma segueta e ajudou a tirar algumas pessoas que estavam presas às ferragens”, conta.
Parentes e amigos buscam informações de feriados nos hospitais de Montes Claros. (Foto: Nicole Melhado / G1)